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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Jesus era um bruxo e a Bíblia é um “livro de magia”, defende movimento de “bruxas cristãs”

A expressão “caça às bruxas” surgiu após os julgamentos no pequeno povoado de Salém, Massachusetts (EUA), em outubro de 1692. Na ocasião, mulheres que tinham envolvimento com práticas ocultas foram julgadas e cerca de 20 delas acabaram queimadas numa fogueira em praça pública.
Em abril de 2019, na mesma Salém, será realizada a primeira “Convenção anual de bruxos cristãos”. Segundo o material de divulgação, contará com a presença de um dos líderes desse movimento, o “profeta” Calvin Witcher, o qual defende que Jesus era um feiticeiro e a Bíblia é um “livro de magia”.
A pastora Valerie Love, promotora do evento, se descreve como uma bruxa cristã e costuma ministrar aulas de ‘consciência espiritual’. Recentemente, ela iniciou a Escola de Mistérios, onde oferece ajuda para os cristãos usarem a magia, que os críticos condenam como “perigosa”. ” Ela insiste que não há nada errado com a ideia de cristãos praticando magia apesar das advertências bíblicas contra a prática.
Em entrevistas anteriores, Witcher apontou os milagres feitos por Jesus como claros exemplos de feitiçaria.
“Você está falando sobre feitiçaria em seu entendimento básico, é apenas ser capaz de mudar o natural por meios sobrenaturais. É um processo alquímico…. você transformar água em vinho. Fazer dois peixes e cinco pães alimentar uma multidão – com certeza formas de feitiçaria. Andar sobre a água desafia as leis que governam esse plano físico. Isso é tudo do reino de feitiçaria. Todo milagre de Jesus desafia a lei humana, as leis do universo e do mundo. Então… você não pode realmente falar sobre ser um seguidor de Jesus sem fazer o que ele fez que é magia”, argumentou.
Para Witcher os líderes da igreja não querem que as pessoas saibam sobre isso para manter os fiéis como “escravos”. “Na maioria das vezes, quando as pessoas são contra magia, feitiçaria, misticismo, ocultismo, a nova era… elas não sabem que a Bíblia não é contrária à magia.”
No vídeo de divulgação da Convenção de Bruxas Cristãs, que será realizada de 15 a 21 de abril, a patora Love disse no último dia do evento, o Domingo de Páscoa, as bruxas e bruxos se reunirão para o primeiro culto dentro de uma igreja na cidade.

Jennifer LeClaire, que foi uma bruxa por muitos anos, antes de conhecer Jesus e ser liberta, que acompanha o movimento cristão de bruxaria há vários anos. Ela diz que essa mistura de bruxaria e cristianismo é “perigosa”.
“Temos visto a ascensão de cristãos praticando feitiçaria. Ou talvez eles não sejam cristãos de verdade. Eu não vou julgar a salvação de alguém, mas quando as pessoas na igreja liberam maldições, oram contra você e fazem jejum para destruí-lo, o fruto do Espírito está claramente ausente “, lamentou. “Gálatas 6 relaciona tanto o fruto do Espírito quanto as obras da carne. A bruxaria está entre eles.” gospelprime

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Bolsonaro entrega proposta da Previdência no Congresso

Nesta quarta-feira (20), por volta das 9h20, o presidente Jair Bolsonaro chegou ao Congresso Nacional para entregar a proposta da reforma da Previdência. Ele foi acompanhado do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Os dois foram recepcionados pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, pelo secretário especial de Previdência e Trabalho, deputado federal Rogério Simonetti Marinho (PSDB-RN) e outros líderes partidários.
O presidente havia antecipado que as idades mínimas para aposentadoria foram fixadas em 65 anos para homens e 62 para mulheres. Outros detalhes devem ser anunciados nesta quarta. A equipe econômica programa uma coletiva de imprensa para anunciar a reforma.

OPOSIÇÃO E PROTESTOS
Na chegada de Bolsonaro, um grupo de sete parlamentares do PSOL fez um protesto. Eles vestiram aventais e seguraram laranjas, remetendo às denúncias que o ex-ministro Gustavo Bebianno enfrenta. Entre eles estavam Marcelo Freixo e David Miranda. pleno.news

“Deus me curou”, diz Beto Barbosa após lutar contra um câncer de próstata

O cantor Beto Barbosa, conhecido no Brasil como um ícone da lambada, gênero musical dançante que se tornou febre na década de 80, passou por uma fase difícil em sua vida, após descobrir que estava com um câncer de próstata e bexiga em agosto do ano passado. Desde então, ele passou por 12 sessões de quimioterapia, mas hoje comemora a vitória atribuindo a Deus sua cura.
Beto Barbosa publicou no último domingo (17) uma foto ainda no hospital, em recuperação, após a cirurgia para a retirada do tumor cancerígeno.
“Hoje comecei a andar sem tantos aparelhos ligados. Tomei banho sozinho e comecei a sentir o ar da independência hospitalar. Não vejo a hora de voltar para casa”, escreveu o cantor, destacando que está “100% curado”.
O cantor e compositor estima que já vai poder passar o seu aniversário em casa, no final do mês, e conseguir praticar exercícios para fortalecer seu corpo. “Acredito que até terça-feira já estarei em casa e, no dia do meu aniversário, 27/02″, disse ele.
“Quero estar caminhando na esteira e malhando com a orientação da equipe médica”, acrescenta, em seguida agradecendo a Deus pela cura, reconhecendo o papel da equipe de saúde como instrumentos nas mãos do Senhor.
“Enfim, Deus me curou e me salvou através dos médicos. Agradeço de corpo, alma e coração as orações e palavras de força que recebi e continuo recebendo de todos vocês”, conclui o cantor, segundo informações do portal G1.

Decreto que entrega chave da cidade a Deus é inconstitucional, diz Justiça

Dois anos depois do prefeito de Guanambi, no sudoeste da Bahia, Jairo Silveira Magalhães, ter publicado um decreto no qual anuncia a “entrega da chave da cidade a Deus”, o Tribunal de Justiça do estado (TJ-BA) classificou a medida como inconstitucional. A informação foi divulgada pelo Ministério Público (MP-BA).
Em decisão unânime, os desembargadores do Pleno acolheram Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) ajuizada em janeiro de 2017 pelo Ministério Público estadual, por intermédio da procuradora de Justiça Ediene Lousado e do promotor de Justiça Cristiano Chaves. A decisão foi publicada na última quinta-feira (14).
A Justiça já tinha determinado, em março de 2018, que o prefeito suspendesse o decreto, publicado no dia 2 de janeiro de 2017, mas o prefeito recorreu da decisão, alegando que o ato não possuía efeitos concretos.
O MP solicitou a suspensão do decreto municipal sob a alegação de que ele afrontava os princípios constitucionais da Carta Magna e da Constituição Estadual, que asseguram a laicidade do Estado e os direitos fundamentais à liberdade de consciência, de crença e à liberdade de culto religioso.
Ao julgar o recurso interposto pelo prefeito, o desembargador relator Ivanilton Santos da Silva afirmou que “o que salta aos olhos é que o decreto em questão se utiliza da máquina administrativa para manifestar dogmas e crenças, levando a crer que o Estado, naquela manifestação municipal, repudia outras crenças e valores religiosos, o que pode ser um comportamento atualmente temerário e inadmissível”. Ele julgou procedente a ação do MP e decidiu pela declaração da inconstitucionalidade do decreto.

O caso

O decreto do prefeito de Guanambi foi publicado no dia 2 de janeiro, primeiro dia útil de 2017. No documento, o gestor do município declarou também que a cidade pertence a Deus. Ele assumiu o cargo no dia 1° de janeiro, e esse foi o primeiro ato de Jairo à frente da prefeitura.
Jairo é empresário e foi eleito com pouco mais de 50% dos votos em primeiro turno. Ele também já foi vereador, presidente da Câmara de Vereadores e vice-prefeito de Guanambi.
No documento intitulado “Entrega da chave da cidade ao Senhor Jesus Cristo”, o prefeito ainda declara que “todos os principados, potestades, governadores deste mundo tenebroso, e as forças espirituais do mal, nesta cidade, estarão sujeitas ao senhor Jesus Cristo de Nazaré”, e “cancela todos os pactos realizados com qualquer outro deus ou entidades espirituais”. Ele conclui o decreto com afirmação de que a palavra dele é irrevogável.
Após a divulgação do decreto, o MP recomendou a revogação do ato. Com isso, Jairo Magalhães disse ter sido mal interpretado e negou que tenha discriminado alguma religião com a ação. O prefeito, que é evangélico, disse que a intenção não foi promover debates religiosos e diz respeitar o estado laico.
Por meio de nota, ele chegou a informar que a publicação “não teve a intenção de ferir a laicidade e que foi inspirada no preâmbulo do texto constitucional, que invoca o nome de Deus. Jairo Magalhães afirmou ainda que tem harmonia e respeito com todos que professam, ou não, os mais variados credos.
O prefeito também pediu desculpas pelo decreto e disse que não teve a intenção de ofender nenhum cidadão ou religião. O gestor de Guanambi conclui o esclarecimento com a afirmação de que a obrigação dele é de “governar para todos, primando pelo diálogo inter-religioso, sem distinção de qualquer natureza”. JMnoticia

Feministas ‘evangélicas’ se unem para lutar pela legalização do aborto: ‘Nosso direito’

Legalizar o aborto é compreender que a vida precisa ser preservada. A legislação que temos hoje sobre o tema potencializa a morte. Ela não impede que aconteçam abortos e ainda mata mulheres. Queremos uma fé que dialogue“, afirma Camila Mantovani, de 24 anos, uma das feministas fundadoras da Frente Evangélica pela Legalização do Aborto. O movimento, que surgiu em São Paulo, tem recebido o apoio da grande mídia que busca reforçar o tema com o apoio de uma certa classe feminista que se autointitula “evangélica”.
De acordo com as informações da ativistas, Fundada em 2017, a Frente, partiu de mulheres que lutam pela legalização do aborto e, naquele ano, se depararam com argumentações de viés religioso contrárias a ADPF 442 (ação proposta pelo PSOL que pede a descriminalização do aborto até a 12ª semana gestação no STF). “Nos chamou a atenção posicionamentos que falavam em nome de todas as religiosas. Achamos aquilo absurdo e compreendemos a importância de nos organizarmos e mostrarmos que o campo religioso e, especificamente o evangélico, é muito diverso no país”, destaca.
Segundo a fundadora da Frente, elas trabalham por meio do diálogo com as igrejas evangélicas sobre a importância de mudança na legislação como forma de garantir a vida. Camila explica que elas abordam assuntos como justiça reprodutiva, violência de gênero e direitos humanos. “Fazemos isso com base na nossa fé em Jesus Cristo. Compreendemos que ninguém avança em garantia de direitos nesse país se a disputa de consciência não for travada no campo religioso“, diz.

Ameaças

Camila relata que defender o tema da legalização do aborto é um risco para mulheres evangélicas, e que precisa ser acompanhada pela Comissão de Direitos Humanos por conta das ameaças sofridas. De acordo com a jovem, muitas militantes da causa já receberam mensagens de ódio na internet, ameaças de morte e foram seguidas até suas casas.

“Nosso debate é sobre dignidade, ninguém pode decidir por nós” — Foto: Arquivo pessoal/Camila Mantovini
Os homens que detém o poder político hoje, dentro das igrejas ou fora dela, essas mãos que seguram a bíblia e legislam no congresso em nome de Deus, representam os que historicamente roubam nossos direitos e nossa dignidade. Mas ninguém pode ter o monopólio sobre o evangelho ou sobre Deus. É por isso que insistimos em ser igreja. Porque ninguém vai falar por nós“, finaliza.
Se o senado fosse composto majoritariamente por mulheres, o aborto já tinha sido legalizado. A mulher quer e deve decidir sobre o seu corpo, mas o machismo enraizado cria limitações”, diz uma das ativistas.
Larissa Santos, de 20 anos, acredita que as pessoas não devem olhar o tema apenas pelo olhar religioso, mas também pensando no bem coletivo. Para ela, a criação da Frente Evangélica pela Legalização do Aborto é muito importante para união e defesa dos direitos femininos. “Na minha Assembleia, esse pensamento não é bem aceito porque as pessoas são muito conservadoras. A legalização para eles é como o fim do mundo“, relata outra militante.
Muitas pessoas podem achar que é uma contradição eu ser cristã e a favor da legalização do aborto, mas eu vejo por outro lado. Se na Bíblia está escrito que só Deus pode tirar e dar a vida às pessoas, lá também diz que temos livre arbítrio. Além disso, o Estado é laico, então a religião não deve interferir em decisões que são para todos“, dispara ainda a jovem abortista. JMnoticia
“Vejo uma criança como uma benção quando se tem estrutura familiar, vontade de ser mãe e estabilidade financeira” — Foto: Arquivo pessoal/Thamires Moreira

Ouça os áudios da conversa entre Jair Bolsonaro e Gustavo Bebianno

Como anteciparam Augusto Nunes e Felipe Moura Brasil, os áudios –reproduzidos abaixo – das conversas entre Jair Bolsonaro e Gustavo Bebianno, então secretário-geral da Presidência, comprovam que eles conversaram três vezes na terça-feira passada, 12 de fevereiro, ao contrário do que faz parecer o tuíte de quarta-feira, 13, do filho Carlos Bolsonaro, compartilhado pelo presidente, quando o vereador acusou Bebianno de dizer uma “mentira absoluta” ao relatar o ocorrido ao jornal O Globo.
No primeiro diálogo, trataram da reunião entre Bebianno e Paulo Tonet Camargo, vice-presidente de relações institucionais do Grupo Globo.
“Eu não quero ele aí dentro”, afirmou Bolsonaro. “Qual a mensagem que vai dar para outras emissoras? Que nós estamos nos aproximando da Globo (…) Você está trazendo o maior cara que me ferrou antes, durante e agora após a campanha para dentro de casa. Me desculpa: como presidente da República: cancela. Não quero esse cara aí dentro e ponto final”.
No segundo áudio, Bolsonaro mostrou-se incomodado com a ida de Bebianno e dos ministros Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) à Amazônia, onde discutiriam com líderes locais a construção de uma ponte sobre o Rio Amazonas, uma hidrelétrica e a extensão da BR-163 até a fronteira com o Suriname.
“Gustavo, uma pergunta, ‘Jair Bolsonaro decidiu enviar para a Amazônia?’”, irrita-se o presidente. “Não tô entendendo. Quem tá patrocinando essa ida para a Amazônia?”
 No último diálogo do dia, Bolsonaro determina: “Ô Bebiano, essa missão não vai ser realizada. Eu não quero que vocês viajem, por quê? Vocês criam a expectativa de uma obra, aí vai ficar o povo todo me cobrando. Isso pode ser feito quando nós acharmos que vai ter recurso, que vai ser aprovado etc. Então essa viagem não se realizará, tá ok?”
Na tentativa de corroborar sua acusação de “mentira absoluta” de Bebianno sobre a conversa com seu pai, Carlos Bolsonaro também divulgou na quarta-feira o trecho de um áudio em que o presidente diz a Bebianno que “está complicado conversar ainda”.
Ainda na quarta-feira, Bebianno enviou a Bolsonaro uma mensagem em que se queixava do comportamento de Carlos.
“Capitão, está difícil para mim”, escreveu Bebianno. “Não vou ser taxado de mentiroso por ninguém. Não sou mentiroso, não sou desonesto. Isso não está certo! O Carlos não pode mais seguir ofendendo as pessoas, agredindo, xingando, transformando seu aliados e amigos em opositores. Isso precisa parar. Isso vai comprometer o seu governo.”
Confrontado, o pai insistiu em defender o filho.
“Você não falou comigo nenhuma vez no dia de ontem”, respondeu Bolsonaro em outra mensagem de áudio. “Ele esteve comigo 24 horas por dia, então ele não está mentindo nada nem tá perseguindo ninguém”.
Bebianno ainda tentou argumentar. “Capitão, há várias formas de se falar”, rebateu. “Nós trocamos mensagens ontem três vezes ao longo do dia, capitão. Falamos da questão do institucional do Globo, falamos da questão da viagem. Falamos por escrito, capitão. E qual a relevância disso? As coisas precisam ser analisadas de outra forma, tira isso do lado pessoal. Ele não pode atacar um ministro dessa forma. Nem a mim nem a ninguém. Isso está errado.”
Bolsonaro tomou novamente o partido do filho.
“Gustavo, usar que usou do WhatsApp para falar três vezes comigo, aí é demais da tua parte. Aí é demais e eu não vou mais responder a você”, disse.
“Outra coisa: eu sei que você manda lá no Antagonista. A nota foi pregada lá. Dias antes, você pregou uma nota, que tentou falar comigo e não conseguiu no domingo. E eu sabia qual era a intenção. Era exatamente dizer que conversou comigo e tá tudo muito bem. Então, faz favor, ou você restabelece a verdade ou não tem conversa a partir daqui pra frente.”
As notas do site O Antagonista, porém, apenas repercutiam e destacavam a notícia do Globo, sobre ambos terem se falado três vezes na terça, e uma notícia da Folha, sobre a tentativa de ligação no domingo anterior.
Bebianno tentou explicar, mas Bolsonaro, inflamado pelo filho, não estava disposto a ouvi-lo. JP News

Judeus ultraortodoxos levam capoeira para Jerusalém

A capoeira recebeu o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Só que a novidade agora é que está fazendo o maior sucesso na Terra Santa.


Dois irmãos israelenses foram para o Brasil, conheceram a capoeira e ficaram encantados. Eles aprenderam com mestres brasileiros, e decidiram que ela tinha tudo a ver com os judeus ultraortodoxos, os que passam o dia rezando e estudando a bíblia judaica.

Eles precisaram pedir o ok para o rabino para ter certeza de que a capoeira não ia contra a religião. E tudo certo, não vai. A moda está pegando.

Será que eles erraram de cenário? A capoeira saiu do Brasil e veio parar na Cidade Santa? No gramado, as acrobacias saem perfeitas, mas as pedras milenares de Jerusalém não ajudam e Miki desiste: “Não foi boa ideia esse lugar”, ele diz.
Quando saltam pelas ruas os judeus ultraortodoxos Miki e Yehuda Hayat mudam de nome.

Bom Dia Brasil: Como é que é o apelido do Miki?

Isaac Benasulim, professor de capoeira: Ele é Gafanhoto e o Yehuda é Grilo. Porque o gafanhoto pula para caramba. Aí veio o irmão dele. Então é grilo, o grilo pula mais ainda que ele.

É sexta-feira, e a Cidade Velha de Jerusalém está cheia e o pessoal de uma produtora veio gravar o videoclipe da dupla. Homens de chapéu preto pelas ruazinhas, normalmente, vão a caminho do Muro das Lamentações. Mas os irmãos que pulam não vieram rezar. Eles querem convencer os homens e principalmente os jovens que leem a Torá, a bíblia judaica, em frente ao muro de que jogar não impede ninguém de rezar.

Vocês têm ideia de como é estranho capoeira na Terra Santa? Uma cidade sagrada para judeus, muçulmanos e católicos. E de repente essa dança, essa arte marcial que nasceu na África e passou pelo Brasil chega a um lugar onde todo mundo esperaria nada mais do que religião. E o mais interessante é que esses dois são superreligiosos.
“Não é comum ver os ortodoxos fazendo esse tipo de coisa”, diz a engenheira Nicole.

“É estranho sim, porque as pessoas não costumam ver caras como eu fazendo capoeira. E o meu projeto é justamente trazer a capoeira para cá”, diz Miki, o Gafanhoto.

“Eu não esperava ver uma coisa dessa aqui. Quando eu vi ele com o berimbau eu falei: 'Nossa!' Eu esperava qualquer outra coisa. Aí eu vi eles fazendo, a gente parou e até filmou”, diz um turista brasileiro.

É a 80 quilômetros de Jerusalém, nos arredores de Tel Aviv, em uma cidade onde a maioria dos moradores segue estritamente a religião judaica, em Bnei Brak, que Grilo e Gafanhoto estão fazendo o maior barulho.

Para abrir a primeira academia em um bairro ortodoxo de Israel, Miki teve que pedir permissão aos rabinos. E, incrivelmente,  já apareceram mais de 200 alunos.

"A capoeira era vista assim como uma coisa. Que que é isso: é uma dança, é uma seita, é religioso?  A gente até brincava que é uma seita que se rola... se rola de rir!", conta o jovem.

Mas agora Grilo e Gafanhoto são pura seriedade. Estão no camarim de uma das maiores casas de show de Jerusalém. Com um colega, eles se preparam para a primeira apresentação pública de uma espécie de coreografia de capoeira. Está todo mundo nervoso. É a primeira vez nos palcos, e tem 7 mil pessoas na plateia.

Em uma dança que é afro-brasileira, coreografada à moda israelense, e ao som de música eletrônica religiosa, com um belo empurrão do ídolo pop Yaakov Shwekey, Grilo e Gafanhoto dão os primeiros saltos para popularizar a capoeira entre aqueles que só pensavam em rezar. G1