A casa do vereador Adelsim do Povo (PP) foi alvo de tiros na noite desta
terça-feira (9) em São Bento do Tocantins, na região do Bico do
Papagaio. De acordo com a Polícia Civil, os disparos foram feitos pelo
prefeito da cidade Ronaldo Parente (PSDB). Os dois teriam uma desavença
antiga e antes dos disparos trocaram ofensas em áudios pelo WhatsApp.
Ninguém se feriu.
Segundo
a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o advogado do prefeito entrou
em contato com o delegado regional de Araguatins e informou que Ronaldo
Parente vai se apresentar na manhã desta quarta-feira (10).
As balas entraram pelo vidro de uma
janela. As marcas de tiros mostram que pelo menos seis disparos foram
feitos. Um armário de cozinha foi atingido e uma cortina perfurada.
Dois disparos atingiram armário de cozinha — Foto: Folha do Bico/Divulgação
O parlamentar afirmou que a relação
com o prefeito é ruim porque ele é vereador de oposição e tem feito
cobranças para a administração.
“Faço cobranças, vídeos mostrando a
situação da cidade. Fiz um falando das condições da feira, que está
abandonada, e de uma obra de drenagem feita na principal da cidade, mas
que está alagando outro setor. Minhas cobranças são sempre em relação à
melhoria da cidade. Mas ele zangou”, afirmou.
Adelsim do Povo afirma que a
confusão desta terça-feira ocorreu após um áudio no WhatsApp. “Mandaram
em um grupo dizendo que ele é ‘campeão de obras’, mas eu falei que não
tinha nada de campeão de obras, que ele é campeão de mentiras. Aí ele
começou a mandar áudios me chamando de moleque e chamando para brigar.
Eu também mandei áudios e ficou aquela coisa”, afirmou.
O vereador contou que estava
chegando de uma fazenda quando ouviu os tiros. No momento dos disparos
estava na casa os dois filhos do parlamentar, de três e sete anos, a
sogra e uma cunhada dele.
De acordo com a polícia, testemunhas
afirmaram ter visto o prefeito chegar em uma caminhonete momentos antes
dos disparos. O vereador também afirma que os tiros foram disparados
pelo prefeito.
A SSP informou que o delegado regional solicitou perícia da casa e um inquérito foi aberto para investigar o caso.
Weintraub disse que pais de alunos agressores devem perder os benefícios do Bolsa Família e até mesmo a guarda dos menores.
O novo ministro da Educação, Abraham Weintraub,
defende que professores agredidos em sala de aula chamem a polícia e que
os pais sejam processados e, “no limite”, percam o Bolsa Família e a
tutela dos estudantes infratores.
Questionado pelo Estadão sobre o que fazer para enfrentar a indisciplina nas escolas, o novo titular do MEC foi incisivo:
“No curto prazo, não
faremos nada nesse aspecto. Mas sou a favor de seguir a lei. Se o aluno
agride, o professor tem de fazer boletim de ocorrência. Chama a polícia,
os pais vão ser processados e, no limite, tem que tirar o Bolsa Família
dos pais e até a tutela do filho.”
E acrescentou:
“Tem que cumprir a
Constituição e as leis ou caminhamos para a barbárie. Hoje há muito o
‘deixa disso’, ‘coitado’. O coitado está agredindo o professor. Tem que
registrar, o pai tem que ser punido. Se não corrigir, tira a tutela da
criança.”
Com Brasília repleta de prefeitos endividados que participam da
Marcha dos Prefeitos, senadores aprovaram em dois turnos nesta
terça-feira (9) uma proposta de emenda à Constituição que permite o
repasse de emendas parlamentares diretamente a estados e municípios sem intermediação do governo federal.
Sob o argumento de desburocratizar a liberação de ajuda às suas
bases, o dinheiro de emendas individuais impositivas poderá chegar aos
caixas de prefeituras e governos estaduais sem uma destinação específica
e sem a fiscalização e o cumprimento de exigências feitas atualmente
pela Caixa Econômica Federal e órgãos federais de controle.
A nova legislação permite que a verba seja utilizada para pagamento
de pessoal. Além disso, o projeto tira da União a possibilidade de
remanejar recursos que eventualmente ficam retidos por falhas nos
convênios ou restrições feitas pela Caixa.
"Hoje,
nós fazemos as emendas ao Orçamento, elas precisam ser aprovadas, o
governo federal pode contingenciar. O governo federal, através da Caixa,
faz uma série de exigências de haver convênio para poder destinar
aquele recurso. Qualquer filigrana jurídica trava a destinação e a
utilização do recurso. O que estamos fazendo é uma ligação direta, sem a
Caixa Econômica Federal", explica o relator da proposta, Rodrigo
Pacheco (DEM-MG).
A PEC foi aprovada no Senado, em primeiro turno, com 62 votos a
favor, 4 contra e 1 abstenção. No segundo turno, foram 62 votos a favor,
3 contra e 1 uma abstenção. A proposta ainda precisa passar pela
Câmara.
Apesar de o senador Major Olímpio (PSL-SP), líder do partido do
governo, ter votado a favor da emenda, as senadoras do PSL Juíza Selma
(MT) e Soraya Thronicke (MS) votaram contra, assim como Eduardo Girão
(PODE-CE). O senador Plínio Valério (PSDB-AM), votou contra no primeiro
turno e não votou no segundo. O senador José Serra (PSDB-SP) se absteve.
Pelo texto, as emendas de cada parlamentar, que são de pagamento
obrigatório, podem chegar a estados e municípios por doação ou com
finalidade de despesa definida.
Na primeira modalidade, os recursos são repassados independentemente
da celebração de um convênio e passam a pertencer ao estado ou
município. Ou seja, o prefeito ou o governador pode usar este dinheiro
como bem entender, sem que o parlamentar defina uma obra.
Como o texto não faz nenhuma ressalva, o relator entende que este dinheiro pode ser usado no pagamento de despesas com pessoal.
Nos casos de doação, a fiscalização ficará a cargo dos órgãos de
controle interno dos estados e municípios e pelos TCMs (Tribunais de
Contas dos Municípios) e TCEs (Tribunais de Contas dos Estados).
Já quando a transferência se der com finalidade definida, o deputado
ou senador estabelece para onde vão os recursos e os gestores municipais
e estaduais não podem utilizá-los com folha de pagamento.
Neste caso, a fiscalização será feita pelos órgãos de controle interno federais e pelo TCU (Tribunal de Contas da União).
"O problema é que o recurso de uma emenda é destinado ao município
que, às vezes, deixa de cumprir as formalidades, às vezes está com
negativações, às vezes a Caixa impõe uma série de restrições. A Caixa,
inclusive, cobra valores muito elevados para fazer o monitoramento e o
repasse desses recursos. O que esta emenda faz é simplificar esta
relação", argumenta o relator.
Além de perder um instrumento de negociação, o governo federal
deixará de administrar recursos que, pela legislação atual, são
liberados de acordo com o andamento de cada obra ou programa.
"[A União] Perde um pouco da possibilidade de fazer remanejamento
diante de alguma falha de convênio ou alguma obstrução da Caixa
Econômica Federal", diz Pacheco.
Em busca de apoio para aprovar a reforma da Previdência, o presidente
Jair Bolsonaro havia dito de maneira genérica, no evento com prefeitos
pela manhã, que garantiria o repasse de mais recursos da União às
cidades.
"Conversei com o Paulo Guedes ontem. Dei o sinal verdade. Vamos
apoiá-los na majoração do fundo de participação dos municípios com uma
emenda constitucional", disse Bolsonaro.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que
conversaria com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para que a
votação na Casa vizinha se desse ainda nesta quarta-feira (10). Maia,
no entanto, viajará para Nova York neste mesmo dia.
Senadores que passaram o dia atendendo a prefeitos de seus estados comemoraram a aprovação da emenda constitucional.
"Esta PEC, sem nenhuma dúvida, é a mão estendida ao pacto federativo.
Vossa excelência dá o primeiro grande passo e atende a 5.570 prefeitos
que hoje estavam numa marcha com o pires na mão", disse o senador
Telmário Mota (PROS-RR).
Houve quem apontasse que a PEC afrouxa a fiscalização.
"Indo diretamente para o município, apenas com o controle do Tribunal
de Contas do Estado e do Município, eu acredito – e tirando a Caixa
Econômica, que faz um controle, que tem também um trabalho de obras
sociais – que não é, no meu modo de entender, em princípio, salutar para
a transparência, para a fiscalização correta do dinheiro público que
nós nos propomos fazer", disse Eduardo Girão.
"Podemos fazer questionamentos, colocar em dúvida a eficiência da
fiscalização sem a presença do Tribunal de Contas da União e da CGU
[Controladoria-Geral da União], mas, indiscutivelmente, nós estaremos
eliminando burocracia que causa ineficiência administrativa e
desperdício do dinheiro público", ponderou Alvaro Dias (PODE-PR).
Outros senadores procuraram rebater as críticas sobre a fiscalização.
"Vamos encaminhar [os recursos] diretamente a quem vai executar as
obras. E não assiste verdade que vai facilitar ou vai relaxar a
fiscalização. Há fiscalização demais! O dinheiro precisa ir direto para o
município", disse Jorginho Mello (PR-SC). Folha
Uma grande confusão entre parlamentares governistas e de oposição tomou conta da Câmara dos Deputados nesta terça. A sessão em que o relator da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça, deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), apresentaria o seu parecer, foi interrompida por 15 minutos após o deputado Bismarki (PDT-CE) acusar o deputado Delegado Waldir (PSL-GO) de estar armado. Waldir afirmou que só portava o coldre, sem o revólver. Veja a confusão:Vídeo via @mateusferraz
VÍDEO - Disputa de gritos na CCJ, como ocorreu na sabatina do ministro Paulo Guedes, entre oposição e governo. pic.twitter.com/tNLQrf8fuW
A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para
28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam
Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os
estudos (21%), o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais
importante para ter uma vida melhor.
Ter acesso à saúde foi citado
como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados
na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição.
Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria
de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%), apoio financeiro da
família (5%) e cultura e lazer (2%).
Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam:
Fé religiosa: 28%
Estudar: 21%
Ter acesso a atendimento de saúde: 19%
Crescer no trabalho: 11%
Ganhar mais dinheiro: 8%
Ter acesso à aposentadoria: 6%
Apoio financeiro da família: 5%
Cultura e lazer: 2%
Importante apontar como a renda, pura e simples, não é vista como aspecto prioritário para uma vida melhor. Oxfam Brasil
Pesquisa ouviu 2.086 pessoas em todo o país
A
Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou
pessoalmente 2.086 pessoas em 130 cidades de todos os estados
brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de
fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos
percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança
de 95%.
Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de
grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca
refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo,
informou a Oxfam.
Em show do lollapalooza, que reúne milhares de pessoas de diversos países, uma oportunidade foi dada a um índio representante dos povos Guaranis, que de maneira indireta mandou um recado para o presidente Jair Bolsonaro.
"A população indígena no mundo é 5% da população. Nós povos indígena, protegemos 82% da biodiversidade do mundo. Falam que é muita terra pra pouco índio, mas é pouco índio protegendo a vida pro mundo inteiro sobreviver. Nós povos indígenas estamos sendo perseguidos, estamos sendo assassinados e muitos. Nós estamos lutando pela vida, o homem mais poderoso do mundo no meio da floresta sem nada, ele não vai sobrevivência. O poder da vida tá na natureza. Salve o planeta! Salve a Terra! Não ao genocídio dos povos indígenas. Vamos lutar pela sobrevivência das futuras gerações."
Jair Bolsonaro em entrevista ao programa Pingo nos IS da JovemPan, afirmou que irá restringir e corrigir demarcações de terras indígenas, pois, segundo ele, é muita terra pra pouco índio e que deveria ser revisto.
“falam que é muita terra pra pouco índio, mas é pouco índio protegendo a vida pro mundo inteiro sobreviver”
Presidente de honra do PR, o ex-ministro Alfredo Nascimento afirmou
nesta terça-feira, após reunião com o presidente Jair Bolsonaro, que o
partido é favorável a aprovação da reforma da Previdência "com alguns
ajustes". "Vamos votar com o governo, mas não vamos fechar questão",
afirmou.
Segundo ele, os ajustes devem ser feitos na proposta de mudança da
aposentadoria rural, no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e também
na proposta para os professores. "Não abrimos mão de defender os
professores e também aposentadoria rural", declarou.
Nascimento
disse ainda que o PR não quer participar do governo e é independente.
"Vamos avaliar a cada votação", disse. "Temos 39 deputados e é um
partido que conta para essa reforma. Estamos conversando porque
entendemos que é importante para o país", completou.
O
presidente de honra do PR citou a ideia de Bolsonaro de criar um
conselho político com a participação de líderes partidários. "Eu sugeri
que se faça então uma pauta prévia", afirmou.
A reunião com o PR
foi a primeira desta semana de Bolsonaro com os partidos, desde que ele
resolveu entrar pessoalmente na articulação pela reforma da Previdência.
Na semana passada, Bolsonaro recebeu líderes e presidentes do MDB, PP,
PSDB, PSD, PRB e DEM. Nesta semana, além do PR, presidente marcou
encontros com membros do Solidariedade, Avante, Novo, Podemos e PSL. valor