Filho da deputada federal Flordelis, Adriano do Carmo foi
conduzido à Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e
Maricá (DHNSGI), na manhã deste sábado (30), durante uma busca feita na
casa do chefe de gabinete da parlamentar, Luciano da Silva Gomes.
Adriano é genro de Luciano e estava em sua casa na hora da apreensão.
Ele tentou esconder o celular numa caixa de pizza. Os agentes precisar
ligar várias vezes para o aparelho do filho de Flordelis até
encontrá-lo.
Os policiais também estiveram no gabinete de Flordelis, no Centro do
Rio, e na igreja Ministério Flordelis, no Mutondo, em São Gonçalo, onde
Luciano é pastor.
O CASO
O pastor Anderson do Carmo foi assassinado na madrugada do último dia 16
de junho, na garagem de casa, em Pendotiba, Niterói (RJ). O laudo
mostrou 30 perfurações pelo corpo, a maior parte nas costas, peito e
região da virilha. Anderson era casado há 25 anos com Flordelis, pastora
e deputada federal pelo Rio de Janeiro. Sempre ao lado da esposa, ele
atuava como secretário-geral do PSD no Estado.
Dois filhos da pastora, Lucas dos Santos, de 18 anos, e Flávio dos
Santos, de 38, estão presos desde o dia 17 de junho, um dia após o
crime. Eles foram indiciados pela morte do pastor. O mais velho assumiu
ter efetuado seis tiros. Lucas teria ajudado comprando a arma, mas não
estaria em casa no momento dos disparos. Os agentes ainda estão
investigando os pontos contraditórios.
Um terceiro filho teria afirmado, em depoimento, que não ouviu
discussão, barulho de carro ou moto em fuga. Que quando chegou na cena
do crime encontrou o irmão Flávio próximo ao pai, caído. Ele garantiu
ainda que o celular de Anderson, que está sumido, foi entregue a
Flordelis.
Ainda em depoimento, o filho disse que o pastor já recebeu uma
mensagem com ameaça de morte e uma das irmãs ofereceu R$ 10 mil a Lucas
para que cometesse o crime. Flordelis e três filhas já teriam colocado
remédios na comida de Anderson, por isso, sua saúde estava debilitada.
A mãe de Anderson do Carmo, Maria Edna do Carmo, acredita no
envolvimento da nora, Flordelis, na morte do pastor. A irmã de Anderson,
Michele do Carmo, que recentemente morreu em decorrência de uma anemia,
também acreditava que a deputada havia sido a mandante do crime. PN