Em videoconferência fechada para o público com deputados do
Democratas neste domingo (5), o ministro da Economia, Paulo Guedes,
defendeu novas medidas em parceria com o parlamento para enfrentar a
crise econômica em meio à pandemia do coronavírus, segundo relato de um
participante da reunião.
Para Guedes, o congelamento de salário dos servidores por dois anos é
uma opção para não cortar da remuneração do funcionalismo, uma vez que o
presidente Jair Bolsonaro não aceita tocar nesse assunto.
"Há risco deflacionário, portanto, não devemos cortar salário de
funcionários públicos, o presidente nem aceita falar disso, mas o setor
público tem de dar o exemplo, deveríamos congelar os salários durante
dois anos, a economia seria a mesma de promovermos cortes salariais sem o
risco deflacionário."
Outra proposta, sugerida por um parlamentar, agradou Paulo Guedes: a
antecipação do pagamento de emendas parlamentares para aquecer a
economia. Guedes disse que isso é "música para os ouvidos".
Disse ainda que "não queria que esse ano fosse visto como o grande
arrombamento” e garantiu que o governo vai gastar. “Vamos gastar, mas
quero manter a agenda das reformas estruturantes." Ele disse também que o
governo enviará a proposta da reforma tributária entre 30 e 40 dias.
"Também seria importante votarmos à questão da partilha daqui 20 ou 30
dias para aquecer o mercado de petróleo e gás", complementou.
Guedes também criticou a internet da Granja do Torto, uma das
residências oficiais do governo federal. "Vocês estão reclamando do meu
áudio, que está cortando, isso porque é a internet da Granja do Torto,
para vocês verem como está precário o nível de investimento no Brasil." CNN