Translate

Compartilhe

https://www.facebook.com/deltan.dallagnol/videos/1384339188276453/

search este blog

  • Saiu!

    Novo Single: História de Amor

  • Entrevista com Wallas Silva

    "Lutador de Muay Thai""

terça-feira, 21 de abril de 2020

Mandetta usa escravidão para explicar críticas ao isolamento: 'Só quem está gritando é a Casa Grande'

Para o ex-ministro da SaúdeLuiz Henrique Mandetta, as críticas às medidas de distanciamento social vêm, prioritariamente, das classes mais abastadas do país. Nesta terça-feira, em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o antigo chefe da saúde federal relacionou o passado escravocrata brasileiro às reações contrárias ao isolamento social.

Só quem está gritando é a Casa Grande, que está vendo o dinheiro do engenho cair. A Casa Grande arrumou o quarto dela, a despensa está cheia. Tem o seu próprio hospital. Ela lamenta muito o que está acontecendo, mas quer saber quando o engenho vai voltar a funcionar”, disse, em tom de comparação.

Na visão de Mandetta, as reações à doença são fruto das heranças culturais inerentes à história brasileira.

“O componente indígena pesou quando tem uma doença, os indígenas vazam para o meio do mato porque sabem que o contágio pode ser devastador. Então, a nossa parte indígena vazou. A nossa herança negra, africana, era obrigada a trabalhar, mesmo doente. Registra que é preciso trabalhar —mas exige segurança, proteção. ‘Opa, estou desprotegido!’ Ele foi e se auto-cuidou. As pessoas estão criando mecanismos para se cuidar”, destacou.

Abraço na despedida

O ex-ministro sofreu diversas críticas por permitir ser abraçado por uma servidora do Ministério da Saúde durante seu último dia na sede da pasta, em Brasília. À Folha, ele reconheceu o erro.

“Na despedida, a gente escolheu um para dar abraço em nome de todos. Todo mundo queria me abraçar. Os funcionários choravam, foi uma comoção. Escolhemos uma delas para me dar o abraço em nome de todos. Mas está errado. Totalmente errado", salientou, admitindo a necessidade das repreensões sofridas.

A saída dele do cargo foi anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na última quinta-feira. O escolhido para substituí-lo foi Nelson Teich.   

Livro

Mandetta é deputado federal licenciado — foi eleito parlamentar pelo Mato Grosso do Sul. Filiado ao DEM, ele diz que pretende escrever um livro sobre as vivências acumuladas no enfrentamento à pandemia. O ex-ministro diz que não pretende abordar temas políticos na obra, mas sim dificuldades enfrentadas pela saúde brasileira desde o início do surto da infecção.

Como exemplo, ele citou a empresa chinesa que desistiu de vender respiradores a estados do Nordeste. A operação foi cancelada quando os equipamentos estavam no Aeroporto de Miami, nos Estados Unidos, aguardando transferência para o Brasil.
 EM

26 casos confirmados de coronavírus em Vitória da Conquista

Com 3 novos casos confirmados de Covid-19 nesta terça-feira (21), Vitória da Conquista registra o total de 26 casos confirmados laboratorialmente. Destes, 19 evoluíram para cura e 1 para óbito, de acordo com Boletim epidemiológico atualizado às 17h de hoje pela Secretaria Municipal de Saúde.
Dos pacientes que testaram positivo para Covid e ainda estão em recuperação, 4 estão em isolamento domiciliar e 2 encontram-se internados.

Ainda de acordo com informações da Secretaria de Saúde, já são 512 casos notificados com suspeita clínica e epidemiológica de infecção pelo novo coronavírus, sendo que 413 foram descartados

Outros 73 casos ainda estão em investigação: 16 aguardam resultado laboratorial e 57 aguardam coleta de amostra para serem encaminhadas ao Lacen Estadual, em Salvador, para análise laboratorial por meio de biologia molecular. Dos 73 pacientes em investigação, 5 estão internados e 68 estão em isolamento domiciliar.

A divulgação dos resultados dos exames também é feita pelo Lacen Estadual, que transmite as informações à Vigilância do município por meio do sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL).

Os bairros Centro, Brasil, Recreio, Alto Maron, Urbis VI, Boa Vista, Candeias, Primavera e Lagoa das Flores, foram as localidades que registraram casos confirmados de pacientes com Covid-19.

Ainda de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, desde o dia 20 de março, a transmissão do novo coronavírus passou a ser considerada comunitária em todo o território nacional, e, por esse motivo, definições operacionais foram discutidas com o objetivo de orientar o serviço de Vigilância na identificação e notificação dos casos de Covid-19. Essas definições são orientadas por meio do Guia de Vigilância Epidemiológica Emergência de Saúde Pública de importância Nacional pela doença da Covid-19 e na Nota Técnica COE Saúde Nº 54 de 8 de abril de 2020, da Secretaria de Saúde do Estado.

A Secretaria Municipal de Saúde reforça a importância de que, neste momento, a população siga as orientações de distanciamento físico e isolamento social, mantendo os cuidados de higiene, evitando aglomerações e, caso apresente sintomas da doença, entre em contato imediatamente com uma Unidade de Saúde ou com o Call Center.

Call Center – A Secretaria Municipal de Saúde disponibiliza um Call Center para tirar dúvidas da população sobre a Covid-19 e atender pessoas que apresentem febre de início súbito, acompanhada de tosse ou dor de garganta ou dificuldade respiratória, na ausência de outro diagnóstico específico. Além disso, crianças com menos de 2 anos de idade, considera-se também como casos de Síndrome Gripal: febre de início súbito e sintomas respiratórios (tosse, coriza e obstrução nasal), caso também não tenha outro diagnóstico específico.

Contatos:

  • Telefones fixos: (77) 3429-7451/3429-7434/3429-7436
  • Celulares: (77) 98834-9988/98834-9900/98834-9977/98834-9911

Alexandre de Moraes analisará pedido de Aras para investigar manifestações

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), vai analisar o pedido feito pelo procurador-geral da República, Augusto Aras de abertura de inquérito para investigar as manifestações realizadas neste domingo (19) que defenderam a intervenção militar e a volta do AI-5.
O pedido foi distribuído, na tarde desta segunda-feira (20), para a relatoria do ministro. O processo consta como sigiloso no órgão, com seus andamentos fechados ao público.

O objetivo de Aras é apurar se houve crime por parte de deputados federais e cidadãos na organização destes atos, que pediram o fechamento de instituições democráticas, como o Congresso Nacional e o STF. Uma das análises é uma possível violação da Lei de Segurança Nacional.

Apesar de ter participado dos atos, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não é alvo do inquérito. Porém, segundo informações da procuradoria, ele pode passar a ser investigado, caso surjam indícios de sua participação nas organizações das manifestações.

Moraes também é relator do inquérito que investiga ataques, ameaças e fake news contra ministros da Corte e seus familiares. O inquérito foi aberto em março do ano passado pelo presidente do STF, ministro DiasToffoli, e também é sigiloso.Uol

Brasil faz estudos de cloroquina em quase 6.000 pacientes, com resultados previstos para o fim de maio

O Brasil submeterá quase 6.000 pessoas a estudos científicos com o objetivo de determinar se a cloroquina é útil no combate à covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. 

Até o momento, a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) autorizou 12 estudos com a substância em no país. 

As primeiras pesquisas com o remédio só trarão resultados no fim de maio, segundo contaram à BBC News Brasil os cientistas responsáveis por alguns dos experimentos. Em outros casos, os resultados não chegarão antes de dois ou três meses.

Assim como os demais estudos sobre o novo coronavírus no país, as pesquisas com a cloroquina e a hidroxicloroquina se concentram no Estado de São Paulo, unidade da federação com o maior número de pessoas afetadas pela doença até agora. 

Desde o começo da epidemia no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vem defendendo o uso da substância no tratamento dos infectados pelo vírus SARS-CoV-2. O presidente chegou a dizer que a substância estava sendo empregada com sucesso "em tudo quanto é lugar". Mas ainda não há nenhum estudo conclusivo sobre a eficácia do medicamento ao redor do mundo.

Em seu último pronunciamento em rede nacional, no dia 8/4, Bolsonaro disse que o medicamento podia ser usado "desde a fase inicial" da doença — o mandatário mencionou o caso do médico cardiologista Roberto Kalil Filho, que usou a droga em seu tratamento ao contrair o vírus. 

"Há pouco conversei com o doutor Roberto Kalil. Cumprimentei-o pela honestidade e compromisso com o juramento de Hipócrates, ao assumir que não só usou a hidroxicloroquina bem como a ministrou para dezenas de pacientes. Todos estão salvos. Disse-me mais. Que mesmo não tendo finalizado o protocolo de testes, ministrou o medicamento agora para não se arrepender no futuro", disse Bolsonaro, na ocasião. 

A defesa do uso precoce da cloroquina e da hidroxicloroquina contraria o protocolo atual do Ministério da Saúde, segundo o qual estas drogas devem ser ministrada apenas a pacientes críticos. A divergência em relação à droga foi um dos principais motivos para a queda do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

A cloroquina é um medicamento utilizado no Brasil desde os anos 1950. É indicada para o tratamento de várias doenças, como artrite reumatóide, lúpus e malária. A hidroxicloroquina é a versão mais "moderna" da droga, com efeitos colaterais mais leves.

Estas drogas vêm sendo usadas de forma experimental no Brasil e em outros países, apesar de não existirem testes clínicos suficientes para garantir que sejam eficazes ou seguras no tratamento da Covid-19. 

Os efeitos colaterais podem incluir arritmia cardíaca e possíveis danos à visão e à audição. Por isso, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recomenda que sejam usadas com muito cuidado, pois podem ser letais em algumas circunstâncias.

Até esta segunda-feira (20), o Brasil somava 40,5 mil casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus. A doença já tinha custado as vidas de 2.845 brasileiros, segundo a contagem do Ministério da Saúde.

Quais são as pesquisas com a cloroquina

Os 12 estudos já autorizados com a hidroxicloroquina e o difosfato de cloroquina (nome técnico da versão mais antiga da droga) fazem parte de um conjunto maior de pesquisas relacionadas ao novo coronavírus. 

O último boletim da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) menciona 112 estudos sobre o vírus aprovados até as 21h da última quinta-feira (16). 

Destes, 24 são ensaios clínicos, que somam 12.508 pacientes. Além da cloroquina, também há dois ensaios com a nitazoxanida (comercializada como o vermífugo Annita); com corticoides, e até com a transfusão de plasma sanguíneo de pacientes convalescentes da Covid-19.

Tanto a cloroquina quanto a hidroxicloroquina estão sendo testadas. Há também testes com a cloroquina associada à azitromicina, um antibiótico usado geralmente contra infecções bacterianas. A maioria das pesquisas acontece em São Paulo, mas há também estudos em curso em Manaus (AM) e em Fortaleza (CE). 

Parte dos estudos emprega técnicas como grupos de controle (quando uma parte dos participantes recebe o medicamento e a outra, não); e randomização (quando os participantes dos dois grupos são definidos de forma aleatória). Alguns outros não usam estas técnicas — e são chamadas de estudos observacionais.
A randomização e o uso de grupos de controle são alguns dos requisitos para atestar a validade de uma droga no tratamento de uma doença. 

Um dos principais estudos em curso com a substância é o conduzido pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC), sediado em São Paulo (SP). Os primeiros pacientes começaram a ser incluídos no estudo no fim da semana passada, de acordo com os responsáveis. Ao todo, serão 1,300 pacientes de Covid-19, que não foram hospitalizados.

"A eficácia e segurança (de uma droga) só podem ser confirmadas se você faz o estudo comparativo, o estudo clínico randomizado. Vários países estão conduzindo (testes deste tipo)", diz à BBC News Brasil Álvaro Avezum, diretor do Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e um dos responsáveis pelo estudo. 

"Se eu trato 100 pacientes com a hidroxicloroquina, mas não comparo com pacientes que não foram tratados, não posso falar em eficácia e segurança. Quando eu pego e trato um número de pacientes, posso descrever o que aconteceu, mas não posso falar que tem eficácia. No nosso estudo, 650 vão tomar a hidroxicloroquina; e 650 não vão tomar."

"O que vamos tentar demonstrar é se a hidroxicloroquina é útil e eficaz para evitar que o paciente se hospitalize", afirma ele. 

Embora seja coordenado pelo HAOC, o estudo faz parte do esforço de uma coalizão de oito instituições, que inclui os hospitais Sírio-Libanês, Albert Einstein, Hospital do Coração (HCor), Beneficência Portuguesa, Hospital Moinhos de Vento (de Porto Alegre), e outros. 

O HAOC convidou 100 hospitais, distribuídos por 50 cidades de 14 Estados brasileiros, para incluir pacientes de Covid-19 no estudo. Os resultados devem começar a chegar dentro de dois a três meses, segundo Avezum. 

Além da pesquisa coordenada pelo HAOC, hospitais da coalizão coordenam outros dois estudos clínicos com a hidroxicloroquina. O mais adiantado deles é chefiado pelo Hospital Albert Einstein e incluirá 400 participantes. 

Um segundo estudo será coordenado pelo Hospital Sírio-Libanês, com 630 pacientes.
Estes dois últimos são apoiados pelo laboratório farmacêutico EMS — além dos medicamentos, a empresa fez uma doação de R$ 1 milhão para apoiar os estudos, segundo contou à BBC News Brasil o médico Roberto Amazonas, diretor médico-científico do laboratório. A EMS é uma das empresas que produz a cloroquina no Brasil.

Ao contrário do estudo coordenado pelo HAOC, estes dois últimos são focados no tratamento de pacientes da Covid-19 em estado grave. O mais adiantado deles deve apresentar resultados já no fim de maio, segundo Roberto Amazonas. 

A indústria farmacêutica está financiando outros estudos relacionados à Covid-19: o laboratório Aché está bancando estudos com corticoides, coordenados pelo Hospital Albert Einstein. 

Apesar do grande número de pesquisas em curso, os próprios médicos que atuam nos estudos ressaltam que é preciso cautela: não há garantias que um protocolo para tratamento da doença estará disponível nas próximas semanas.

"Ciência é uma coisa muito complexa. E ciência apressada por uma pandemia é ainda mais imprevisível. O que a gente tem, não só no Brasil como no mundo inteiro, é muita opinião. Muito achismo. E o achismo não funciona com pacientes", diz o médico Luciano Cesar Azevedo, superintendente de ensino do Hospital Sírio-Libanês. 

"'Eu acho que tal remédio funciona, porque eu dei para três pacientes e os três melhoraram'. Como você pode ter certeza que foi o remédio que você deu que causou a melhora? Eles podem ter melhorado porque a imensa maioria dos pacientes com covid-19 melhora. Com remédio, sem remédio ou apesar do remédio", diz ele.

Azevedo coordenará um dos estudos da coalizão de hospitais, que investigará o uso do corticoide dexametasona em pacientes da Covid-19.

Como funciona a aprovação das pesquisas

Desde o fim de janeiro, todos os projetos de pesquisa relacionados à covid-19 e que envolvem pacientes humanos estão sendo analisados pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, a Conep. A comissão é ligada ao Conselho Nacional de Saúde (CNS), e é integrada por professores universitários e cientistas. 

Desde o início da pandemia, os integrantes da comissão têm se reunido de forma remota todos os dias para analisar os projetos -- inclusive aos domingos e feriados, segundo conta à BBC News Brasil o coordenador do grupo, o médico Jorge Alves Venâncio. 

"O foco da Conep é a proteção de quem participa das pesquisas. (...) Muito frequentemente, quando uma pessoa é convidada a participar de uma pesquisa, ela está numa situação muito fragilizada. Você imagina uma pessoa que acabou de receber um diagnóstico de câncer e é convidada a participar de uma pesquisa: a última coisa que ela vai se preocupar é se os direitos dela estão sendo respeitados, tudo certinho", diz ele à BBC News Brasil. 

"Ela está brigando pela vida. E é justamente por causa disso que no mundo inteiro existem sistemas destinados a proteger quem está participando de pesquisas", diz. 

Quando um projeto de pesquisa chega à comissão, é remetido a um grupo de cerca de 80 técnicos do Ministério da Saúde que analisam a proposta e preparam um parecer preliminar. 

O texto é então enviado a um dos pouco mais de 50 cientistas que formam a comissão — este prepara um relatório e submete a alguns de seus pares em um pequeno grupo chamado "câmara". É a câmara que dá o veredito final sobre o pedido de pesquisa.

Morte de pacientes com alta dosagem

Um dos estudos aprovados pela Conep com a cloroquina se encerrou com a morte de 11 pacientes em Manaus — o grupo estava tomando doses mais altas do antimalárico, e faleceram até o sexto dia de tratamento com o remédio. 

Segundo Venâncio, a comissão não tinha como prever este resultado, e o projeto da equipe de Manaus seguia os critérios técnicos adequados. 

"Eles interromperam foi um braço da pesquisa, não o estudo inteiro. O braço que foi interrompido era o que tinha uma concentração maior (da droga). A cloroquina sabidamente provoca arritmia cardíaca e uma série de outros problemas também", disse. 

"Essa questão de pesar risco e benefício, que é a coisa básica nessa tarefa de proteção aos participantes, muitas vezes é uma coisa delicada. Não é uma coisa simples e matemática, porque você tem que procurar o máximo de benefício para um dado risco. E tem uma zona cinzenta, na fronteira", comenta ele. 

"Esse braço que foi suspenso, a minha impressão é que caiu nessa zona cinzenta. E eles fizeram a suspensão (do estudo) com rapidez. Nos comunicaram imediatamente e tudo mais. E estão continuando a pesquisa só com o braço que envolve uma dose menor", disse.
BBC News

Bolsonaro pede que isolamento acabe esta semana, mas Nelson Teich e Paulo Guedes falam em fim progressivo e planejado

Horas depois de o presidente Jair Bolsonaro voltar a pedir o fim do isolamento e dizer que espera que as restrições impostas por governadores e prefeitos acabem ainda nesta semana, os ministros da Saúde, Nelson Teich, e da Economia, Paulo Guedes, pregaram que o relaxamento das medidas de distanciamento social deverá ocorrer de forma “progressiva, estruturada e planejada” e “no devido tempo”. As regras que impuseram a quarentena para quem pode ficar em casa foram um dos motivos de divergência entre o presidente e o ex-titular da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que deixou o cargo na quinta-feira passada (dia16) após semanas de desgaste por conta da condução do combate ao novo coronavírus.

— A gente está atuando em três braços que são fundamentais. Um: entender melhor a doença, fazer o diagnóstico, entender a evolução. A segunda coisa: preparar a infraestrutura para o tratamento para que, nesse tempo em que a gente está afastado, vai ser usado para melhorar, preparar para o cuidado. 

E o terceiro: com essa preparação, desenhar esse programa de saída progressiva, estruturada e planejada do distanciamento social — disse Teich em vídeo divulgado na noite desta segunda-feira (20) pela assessoria de comunicação da pasta.

Pela manhã, o presidente havia dito:
— Eu espero que essa seja a última semana dessa quarentena, dessa maneira de combater o vírus, todo mundo em casa. A massa não aguenta ficar em casa, porque a geladeira está vazia — afirmou Bolsonaro, que colocou em dúvida a eficácia do isolamento: — Essas medidas em alguns estados foram excessivas. Não atingiram seu objetivo. Aproximadamente 70% da população vai ser infectada, não adianta querer correr disso, é uma verdade. Estão com medo da verdade?

Teich, que assumiu o cargo sexta-feira (dia 17), disse no vídeo divulgado pelo ministério que a previsão de compra de testes para o novo coronavírus subiu de 24 milhões para 46 milhões, mas não deu prazo para as entregas. A testagem em massa é uma das formas de relaxar a quarentena em lugares onde o nível de contágio já tenha atingido um patamar considerado seguro. O ministro explicou que testar em massa não quer dizer que todos os brasileiros vão fazer o exame:

— A Coreia do Sul, que é uma referência em testes, fez 10 mil testes por milhão de pessoas. Não estamos falando em testar o país inteiro. A gente vai usar o teste de uma forma em que as pessoas testadas vão refletir a população brasileira.

Teich anunciou também a compra de 3,3 mil respiradores, usados no tratamento de pacientes graves, dos quais 1.150 vão ser entregues em maio e o restante em até 90 dias. Com isso, segundo o Ministério da Saúde, já foram assinados contratos para a aquisição de 14,1 mil aparelhos. Em 8 de abril, a pasta já havia prometido 14 mil respiradores em 90 dias.

Guedes: ‘sinais vitais’ preservados
Também nesta segunda-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que preservar o que chama de “sinais vitais” da economia não significa sair do isolamento social agora.

— A economia vem com mais força do que está se pensando porque ela já estava começando a se mover. E se nós preservamos os sinais vitais vamos sair. Preservar os sinais vitais da economia não significa sair do isolamento agora. Significa fazer a coisa programada, fazer direito, fazer no devido tempo — afirmou Guedes, em transmissão ao vivo de uma instituição financeira.

Para Guedes, é preciso cuidar da saúde e da economia:
— Esse é o ponto futuro (sair do isolamento). Está acontecendo na China, os governos lá fora estão começando a planejar a saída. Nós temos que pensar isso também. São duas dimensões. Tem que pensar as duas dimensões.

Guedes chamou de “advertência” as críticas do presidente Jair Bolsonaro às medidas de isolamento social. E sugeriu que setores podem funcionar com proteção adequada aos trabalhadores.
 Extra

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Auxílio de R$ 600: Caixa anuncia antecipação da segunda parcela; veja datas

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, anunciou nesta segunda-feira (20) a antecipação do pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600.

Guimarães deu a informação ao participar de uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto com outros integrantes do governo.

No calendário inicial, o pagamento começaria no próximo dia 27. Pelo novo calendário, a segunda parcela será paga nas seguintes datas:
Segunda parcela do auxílio de R$ 600

Fonte: Caixa Econômica Federal
O auxílio de R$ 600 foi aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo governo para ajudar os trabalhadores informais em meio à pandemia do novo coronavírus.
Com a pandemia, diversos setores além da saúde têm sido afetados e, com isso, a pandemia tem provocado efeitos também na economia.

CONQUISTA | 19 Pessoas já estão curadas do Covid-19

Até às 17h desta segunda-feira (20), foram registrados em Vitória da Conquista 507 notificações de casos suspeitos de infecção pelo Novo Coronavírus. 408 já foram descartados e 23 casos foram confirmados laboratorialmente, sendo que 19 deles evoluíram para cura e 1 para óbito.

De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde, outros 76 casos ainda estão sendo investigados: 23 aguardam resultado laboratorial e 53 aguardam coleta de amostra para serem encaminhadas para análise laboratorial.

A análise das amostras, bem como a divulgação dos resultados são feitas pelo Lacen Estadual, em Salvador, que transmite as informações à Vigilância do município por meio do sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL).

Os bairros Centro, Brasil, Recreio, Alto Maron, Urbis VI, Candeias, Primavera e Lagoa das Flores, foram as localidades que registraram casos confirmados de pacientes com Covid-19.
Ainda de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, desde o dia 20 de março, a transmissão do novo coronavírus passou a ser considerada comunitária em todo o território nacional, e, por esse motivo, definições operacionais foram discutidas com o objetivo de orientar o serviço de Vigilância na identificação e notificação dos casos de Covid-19. Essas definições são orientadas por meio do Guia de Vigilância Epidemiológica Emergência de Saúde Pública de importância Nacional pela doença da Covid-19 e na Nota Técnica COE Saúde Nº 54 de 8 de abril de 2020, da Secretaria de Saúde do Estado.

A Secretaria Municipal de Saúde reforça a importância de que, neste momento, a população siga as orientações de distanciamento físico e isolamento social, mantendo os cuidados de higiene, evitando aglomerações e, caso apresente sintomas da doença, entre em contato imediatamente com uma Unidade de Saúde ou com o Call Center.

Call Center – A Secretaria Municipal de Saúde disponibiliza um Call Center para tirar dúvidas da população sobre a Covid-19 e atender pessoas que apresentem febre de início súbito, acompanhada de tosse ou dor de garganta ou dificuldade respiratória, na ausência de outro diagnóstico específico. Além disso, crianças com menos de 2 anos de idade, considera-se também como casos de Síndrome Gripal: febre de início súbito e sintomas respiratórios (tosse, coriza e obstrução nasal), caso também não tenha outro diagnóstico específico.

Contatos:

  • Telefones fixos: (77) 3429-7451/3429-7434/3429-7436
  • Celulares: (77) 98834-9988/98834-9900/98834-9977/98834-9911