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quinta-feira, 23 de abril de 2020

Moro pede demissão após troca na PF, e Bolsonaro tenta reverter

O presidente Jair Bolsonaro comunicou o ministro da Justiça, Sergio Moro, nesta quinta-feira (23) que pretende trocar a diretoria-geral da Polícia Federal, hoje ocupada por Maurício Valeixo. 

Bolsonaro informou o ministro que a mudança deve ocorrer nos próximos dias. Moro então pediu demissão do cargo, e Bolsonaro tentar reverter a decisão.

Valeiro foi escolhido por Moro para o cargo. O atual diretor-geral é homem de confiança do ex-juiz da Lava Jato. Desde o ano passado, Bolsonaro tem ameaçado trocar o comando da PF. O presidente quer ter controle sobre a atuação da polícia.

Moro topou largar a carreira de juiz federal, que lhe deu fama de herói pela condução da Lava Jato, para virar ministro. Ele disse ter aceitado o convite de Bolsonaro, entre outras coisas, por estar "cansado de tomar bola nas costas".

Tomou posse com o discurso de que teria total autonomia e com status de superministro. Desde que assumiu, porém, acumula recuos e derrotas.

Com esse novo embate, Moro vê cada vez mais distante a promessa de uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Esse caminho já estava enfraquecido especialmente depois da divulgação de mensagens privadas que trocou com procuradores da Lava Jato.
Sob o comando de Moro, a Polícia Federal viveu clima de instabilidade no ano passado, quando Bolsonaro anunciou uma troca no comando da superintendência do órgão no Rio e ameaçou trocar o diretor-geral.

No meio da polêmica, o presidente chegou a citar um delegado que assumiria a chefia do Rio, mas foi rebatido pela Polícia Federal, que divulgou outro nome, o de Carlos Henrique de Oliveira, da confiança da atual gestão. Após meses de turbulência, o delegado assumiu o cargo de superintendente, em dezembro.

No fim de janeiro, o presidente colocou de volta o assunto na mesa, quando incentivou um movimento que pedia a recriação do Ministério da Segurança Pública. Isso poderia impactar diretamente a polícia, que poderia ser desligada da pasta da Justiça e ficaria, portanto, sob responsabilidade de outro ministro.

Bolsonaro depois voltou atrás e disse que a chance de uma mudança nesse sentido era zero, ao menos neste momento.
RECUOS E DERROTAS DO 'SUPERMINISTRO'

Ministério da Segurança Pública - Bolsonaro afirmou que pode recriar a pasta da Segurança Pública, que hoje integra o Ministério da Justiça. Com isso, a área sairia da alçada de Moro. O ministro, contudo, tem usado como principal vitrine da sua gestão a redução de homicídios, que foi iniciada no governo de Michel Temer (MDB).

Prisão após condenação em 2ª instância - Em novembro, o Supremo Tribunal Federal voltou a barrar a prisão de condenados logo após a segunda instância. Decisão permitiu a soltura do ex-presidente Lula, condenado pelo ex-juiz. Ponto muito defendido pelo ministro, a execução antecipada da pena foi tirada do pacote anticrime pela comissão que analisou o texto na Câmara. Por outro lado, Moro tem liderado esforço no Congresso para a elaboração de nova lei que permita a medida.

Pacote anticrime - O projeto aprovado pelo Congresso e sancionado por Bolsonaro foi um tanto diferente daquele apresentado por Moro à Câmara no início de 2019. Para além da prisão após segunda instância, a ampliação das causas excludentes de ilicitude, que poderia isentar de punição policiais que matassem em serviço, também foi removida. Das 38 sugestões de vetos que constavam em parecer do Ministério da Justiça, quatro foram atendidas por Bolsonaro de forma integral e uma de forma parcial. Meses antes, o presidente havia dito que o pacote, considerado prioridade para Moro, não era visto com urgência pelo governo.

Juiz das garantias - Aprovada junto com o pacote anticrime, a medida, que prevê a divisão de processos penais entre dois juízes, foi criticada por Moro. Bolsonaro, contudo, sancionou o projeto e não vetou o instituto.

STF - Bolsonaro havia afirmado que prometeu a Moro uma vaga no STF ao convidá-lo para assumir o ministério da Justiça. Depois, voltou atrás e afirmou que não houve combinado. O presidente também tem afirmado que pretende indicar alguém "terrivelmente evangélico" para uma das duas vagas que devem ser abertas até 2022 e deu a entender que pode nomear o atual ministro da Advocacia-Geral da União, André Luiz Mendonça.

Mensagens da Lava Jato - Mensagens obtidas pelo site The Intercept Brasil e publicadas por diversos veículos, entre eles a Folha, revelam que Moro, enquanto juiz da Lava Jato, aconselhou e colaborou com a Procuradoria. Segundo a lei, contudo, um magistrado deve se manter imparcial diante das partes de um processo.

Confiança de Bolsonaro - Após a divulgação das primeiras mensagens, em junho, Bolsonaro deu declarações de apoio ao ministro, mas também disse que não existe 100% de confiança.

Destruição de provas - Logo que a Polícia Federal prendeu quatro suspeitos de hackear autoridades e captar suas mensagens no aplicativo Telegram, Moro disse que o material apreendido seria destruído. Tanto a PF quanto Bolsonaro afirmaram que essa decisão não cabia ao ministro —essa competência é da Justiça.

Polícia Federal - Bolsonaro anunciou que Ricardo Saadi seria substituído por Alexandre Silva Saraiva na Superintendência da PF no RJ. A direção da PF, contudo, havia escolhido o delegado Carlos Henrique Oliveira Sousa, da Superintendência de Pernambuco. O anúncio de Bolsonaro foi malvisto pela corporação como uma interferência do presidente em assuntos internos. Desde então, Bolsonaro deu diversas declarações reforçando a intenção de intervir na Polícia Federal. Também alfinetou Moro ao afirmar que cabe a ele, e não ao ministro, fazer nomeações no órgão.

Perda do Coaf - Criado em 1998, o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) é um órgão de inteligência financeira que investiga operações suspeitas. Ao assumir a Presidência, Bolsonaro tirou o Coaf do Ministério da Economia (antiga Fazenda) e o colocou na pasta de Moro, a Justiça.

O ex-juiz acabou derrotado depois que o Congresso devolveu o Coaf à Economia (sob Paulo Guedes) ao analisar a MP da reforma administrativa do governo federal.

Depois, o Coaf foi transferido para o Banco Central. O chefe do órgão e aliado de Moro, Roberto Leonel, foi substituído por Ricardo Liáo, funcionário de carreira do BC.

Decreto das armas - O primeiro revés foi ainda em janeiro. O ministro tentou se desvincular da autoria da ideia de flexibilizar a posse de armas, dizendo nos bastidores estar apenas cumprindo ordens do presidente. Teve ignorada sua sugestão de limitar o registro por pessoa a duas armas —o decreto fixou o número em quatro.

Laranjas - No caso do escândalo de candidaturas de laranjas, enquanto Moro deu declarações evasivas, dizendo que a PF iria investigar se “houvesse necessidade” e que não sabia se havia consistência nas denúncias, Bolsonaro determinou dias depois, de forma enfática, a abertura de investigações para apurar o esquema. Denunciado pelo Ministério Público por envolvimento no caso, Marcelo Álvaro Antônio permanece no cargo de ministro do Turismo.

Ilona Szabó - Moro teve de demitir a especialista em segurança pública por determinação do presidente, após repercussão negativa da nomeação. Ilona Szabó já se disse contrária ao afrouxamento das regras de acesso a armas e criticou a ideia de ampliação do direito à legítima defesa que está no projeto do ministro. Até hoje, Moro não nomeou um substituto.
compartilhamento Especial
Folha-SP

Conselho Federal de Medicina libera uso de cloroquina mediante autorização de médicos

O Conselho Federal de Medicina (CFM) liberou o uso da cloroquina contra o coronavírus se o paciente souber dos riscos e o médico quiser prescrever o medicamento. De acordo com o Conselho, o uso da substância continua a não ter comprovação científica, mas a situação de pandemia é uma excepcionalidade, o que fez o CFM avaliar a situação desta maneira.

O parecer do CFM foi apresentado nesta quinta-feira (23) ao presidente Jair Bolsonaro, em reunião no Palácio do Planalto. O texto estabelece algumas circunstâncias para o uso.

A avaliação de que a cloroquina pode ser utilizada, respeitando a relação médico e paciente, já havia sido apontada pelo ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta. O parecer do CFM segue na mesma linha. Mas, atualmente, não há um protocolo formal do Ministério da Saúde, o que está em discussão no governo.

Receita online

Em outra frente, nesta quinta-feira, o Conselho Federal de Medicina, o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) e o Conselho Federal de Farmácia (CFF) lançaram uma plataforma que permite a validação de receitas e atestados médicos, à distância. Isso irá auxiliar o trabalho de médicos que atendem virtualmente, o que está permitido até o fim da pandemia de coronavírus.

Trata-se de um site validador de prescrições médicas, o que facilita a comprovação na hora de comprar algum medicamento. O paciente poderá receber o documento pelo celular.

“Esta é parte de uma iniciativa que soma esforços ao trabalho de outros órgãos reguladores e legisladores para efetivar a possibilidade da utilização da Telemedicina, em caráter de excepcionalidade e enquanto durar as medidas de enfretamento ao coronavírus, já estamos desenvolvendo estratégias pós-pandemia”, explica o 1º secretário do CFM, Hideraldo Luis Souza Cabeça.
 (Com CNN)

Veja lista com mais 70 profissões que podem receber Auxílio Emergencial de R$ 600

Mais de 70 novas funções também vão receber o Auxílio Emergencial de R$ 600. Isso porque o Senado aprovou nesta quarta-feira (22/04) o ampliação do alcance do auxílio emergencial de R$ 600 a ser concedido as pessoas prejudicadas pela pandemia do novo coronavírus (veja tabela com lista de profissões no fim da matéria).

O projeto recebeu voto favorável de 80 senadores (o que representa unanimidade, porque o presidente da sessão não vota) e segue agora para a sanção do Presidente da Republica Jair Bolsonaro.

Além de trabalhadores informais, autônomos e microempreendedores individuais (MEIs), outras 70 funções também podem receber o benefício. veja abaixo:
  1. pescadores
  2. aquicultores
  3. marisqueiros
  4. catadores de caranguejos
  5. agricultores familiares
  6. arrendatários
  7. extrativistas
  8. silvicultores
  9. beneficiários de programas de crédito fundiário
  10. técnicos agrícolas
  11. assentados da reforma agrária
  12. quilombolas e demais povos e comunidades tradicionais
  13. trabalhadores das artes
  14. trabalhadores das artes cultura
  15. autores e artistas, de qualquer área
  16. cooperados ou associados de cooperativa ou associação
  17. taxistas
  18. mototaxistas
  19. motoristas de aplicativo
  20. motoristas de transporte escolar
  21. trabalhadores do transporte de passageiros regular
  22. microempresários de vans e ônibus escolares
  23. caminhoneiros
  24. entregadores de aplicativo
  25. Diaristas
  26. cuidadores
  27. babás
  28. Agentes de turismo
  29. guias de turismo
  30. Seringueiros
  31. mineiros
  32. garimpeiros
  33. Ministros de confissão religiosa e profissionais assemelhados
  34. Profissionais autônomos da educação física
  35. trabalhadores do esporte
  36. atletas
  37. paratletas
  38. técnicos
  39. preparadores físicos
  40. fisioterapeutas
  41. nutricionistas
  42. psicólogos
  43. árbitros
  44. auxiliares de arbitragem
  45. trabalhadores envolvidos na realização das competições
  46. barraqueiros de praia
  47. ambulantes
  48. feirantes
  49. camelôs
  50. baianas de acarajé
  51. artesãos
  52. expositores em feira de artesanato
  53. Garçons
  54. manicures
  55. pedicures
  56. cabeleireiros
  57. barbeiros
  58. esteticistas
  59. depiladores
  60. maquiadores
  61. e demais profissionais da beleza
  62. empreendedores individuais das categorias de beleza
  63. cosméticos
  64. terapias complementares
  65. arte-educação e de atividades similares
  66. empreendedores independentes das vendas diretas
  67. ambulantes que comercializem alimentos
  68. vendedores de marketing multinível
  69. vendedores porta a porta
  70. Sócios de pessoas jurídicas inativas
  71. Produtores em regime de economia solidária
  72. Entre outros
Como solicitar o Auxílio Emergencial
Quem deseja solicitar o benefício deve acessar o site ou baixar o aplicativo “Caixa Auxílio Emergencial” nos aparelhos com sistema operacional Android e aparelhos com sistema iOS, como iPhones.

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Mulher de 68 anos dá à luz gêmeos e médico cita ‘milagre’

Após 43 anos tentando, uma mulher de 68 anos realizou o sonho de ser mãe pela primeira vez. Ela e o marido, de 70 anos, fizeram três fertilizações in vitro. No último dia 14, nasceram os gêmeos do casal nigeriano.

Segundo Noah Adenuga, pai das crianças, o casal fez o procedimento no Reino Unido e, em seguida, voltaram para Nigéria. Até decidirem pela fertilização, o casal recebeu uma série de respostas negativas de médicos que consideravam o procedimento imprudentes.

O médico que acompanhou a gestação, Adeyemi Okunowo, considerou o nascimento um milagre. Apesar disso, ele destacou os riscos que a mãe correu por causa de uma gestação aos 68 anos.

O hospital que realizou a fertilização disse que, geralmente, não faz este procedimento em mulheres desta idade. No entanto, concordaram com a tentativa por ser uma responsabilidade médica. Não foi divulgado se o casal usou os próprios óvulo e espermatozóides ou se recorreram a um banco de doação.

A mãe e as crianças já receberam alta e estão saudáveis em casa. PN

Senado amplia auxílio emergencial para mães adolescentes e pai solteiro

O Senado aprovou, nesta quarta-feira (22/4), a proposta que amplia o alcance do auxílio emergencial de R$ 600 pago a trabalhadores informais durante a pandemia do novo coronavírus. O Congresso acrescentou à lista 20 categorias que não estavam na proposta do governo. Entre eles, pais solteiros e mães adolescentes.

O texto ainda precisa ser sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro. Se considerar necessário, ele pode vetar algum ponto ou toda a matéria. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), comemorou a aprovação, no Twitter, e cobrou a sanção "o mais breve possível". "Milhares de brasileiros aguardam esse dinheiro para minimizar os efeitos na queda de renda", escreveu.

No Senado, o projeto foi aprovado por unanimidade. Passam a ser beneficiados motoristas de aplicativo, vendedores porta a porta, esteticistas, caminhoneiros, agricultores familiares, quem atua na economia solidária e pescadores artesanais que não recebam o seguro-defeso, entre outros grupos.

O projeto também permite que recebam as três parcelas de R$ 600 mães adolescentes (menores de 18 anos) e trabalhadores informais que, em 2018, tiveram renda superior a R$ 28,6 mil, excluídos da proposta original. Pais solteiros passam a ter direito ao dobro do valor, R$ 1,2 mil, mesma regra adotada para mães chefes de família.

O texto garante ainda que o pagamento das parcelas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) será suspenso por um período de dois a quatro meses, mas apenas a beneficiários que estão com pagamento em dia. O governo também não poderá cortar aposentadorias, pensões, e Benefício de Prestação Continuada (BPC) enquanto durar o período de calamidade pública, a não ser em caso de morte.

Mudanças

Amin retomou um ponto que havia sido tirado pela Câmara, que flexibiliza os critérios para receber o BPC, valor de um salário mínimo mensal pago a idosos e deficientes de baixa renda. A exigência para pedir o benefício passa a ser de renda de até meio salário mínimo (R$ 522,50) por pessoa da família mensalmente, não mais um quarto (R$ 261,25), como é hoje.

A proposta aprovada nesta quarta muda de forma definitiva a lei que organiza a Assistência Social e regulamenta o BPC. Por isso, é uma medida que não vale apenas durante a pandemia. Se não for vetado pelo presidente, o critério continuará sendo de meio salário mínimo mesmo quando o auxílio emergencial deixar de vigorar e depois do estado de calamidade pública.

A equipe econômica tem se posicionado reiteradamente contra a ampliação do BPC, devido ao alto custo aos cofres públicos, calculado em R$ 20 bilhões por ano. O governo alega que a medida vai contra a Constituição e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), por não determinar a fonte de financiamento.

O relator suprim
iu os trechos que garantiam concessão automática do auxílio a pessoas que não tenham CPF ou título de eleitor. Amin lembrou que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o governo tem o direito de exigir a regularização do CPF para pagar o benefício. "Como há essa decisão judicial, entendemos que esses dispositivos devam ser também excluídos do texto", justificou.

A proposta é um complemento à que criou o auxílio emergencial e já está em vigor. O benefício foi proposto pelo governo federal para compensar minimamente a perda de renda de trabalhadores informais com a pandemia de covid-19. A proposta do Executivo era de uma ajuda de R$ 200, ampliada pelo Congresso para os atuais R$ 600, que podem ser pagos a até dois integrantes da família.EM

Igreja perde 11 membros por Covid-19; ‘devastador’, diz pastor

Um pastor do Harlem que perdeu 13 membros em 30 dias, incluindo 11 para o novo e mortal coronavírus, disse que acredita que a fé de sua congregação está sendo testada, já que muitos de seus membros ainda não foram testados para o vírus, apesar do número de mortos da igreja. As informações são do The Christian Post

“As Escrituras dizem que se vivemos, vivemos para o Senhor, se morremos, morremos para o Senhor … todos nós nascemos com uma data de validade e todos nós vamos encontrar a morte em algum momento. É simplesmente insondável e lamentável que tantas pessoas em nossa congregação [tenham morrido] ”, disse o Rev. Johnnie Green, da Igreja Batista Mount Neboh, no Harlem(EUA), na terça-feira, destacando que ele não está dormindo muito.

“Eu recebo ligações o tempo todo da noite. Toda vez que meu telefone toca, pergunto-me se é um anúncio de outra pessoa com teste positivo ou outra pessoa morrendo para que você saiba, estou tendo uma média de quatro horas de sono por noite. É isso aí. Está na minha cabeça – disse Green.

Desde que seus membros começaram a morrer, o pastor do Harlem, que lidera uma congregação de 1.200 membros, disse que só conseguiu enterrar dois deles porque uma funerária local que serve a igreja também foi atingida por infecções por coronavírus.

“O proprietário da casa funerária e vários funcionários contrataram a COVID-19. As pessoas estavam ficando doentes entrando e saindo da funerária, por isso exigiram que a funerária estivesse em quarentena por 14 dias, o que atrasou alguns enterros ”, disse ele. “Tivemos três enterros que deveriam ocorrer esta semana. Dois enterros e uma cremação que foram suspensos até maio.

Apenas 48 horas antes, Green revelou à sua congregação em uma transmissão ao vivo do Facebook que 11 membros haviam morrido, incluindo nove do coronavírus. Pouco antes de sua entrevista na terça-feira de manhã, ele recebeu uma ligação dizendo que um 13º membro de sua congregação havia falecido. As duas novas mortes foram relacionadas ao coronavírus, disse Green e foi “devastador“, disse ele.

“Aconteceu tão severamente e tão repentinamente que foi como ser pego de surpresa. É algo que você não espera. Você lê na Bíblia, lê as histórias de pessoas como Jó e como ele perdeu 10 de seus filhos ao mesmo tempo e o impacto que isso teve na vida de Jó. Bem, não perdi 10 filhos, mas perdi 13 membros o impacto foi devastador.

Ele pontua, no entanto, que ele mantém sua fé, mesmo ao lidar com a realidade de que ele, assim como muitos de seus congregantes, permanece não testado para o vírus.

“Eu não acho que Deus escolheu nossa igreja para nos provar. Eu acredito que Deus permitiu que isso acontecesse em nossa igreja, para que ela demonstrasse perante o mundo como é a verdadeira fé em Deus … Agora estamos aprendendo que Deus pode nos passar pela crise … então estamos dependendo de Sua Palavra ”, disse. JM

Plano de retomada pós-crise prevê criação de 1 milhão de empregos com obras públicas


O ministro a Casa Civil, Walter Braga Netto, à frente do projeto. Foto: Adriano Machado / Reuters
O ministro a Casa Civil, Walter Braga Netto, à frente do projeto. Foto: Adriano Machado / Reuters
BRASÍLIA —Sob coordenação do ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, e sem participação direta do ministro da Economia, Paulo Guedes, o governo anunciou nesta quarta-feira um plano de recuperação econômica do país para depois da crise causada pelo novo coronavírus.

O programa é sustentado na retomada de obras públicas com recursos do Tesouro Nacional, como forma de evitar uma escalada do desemprego. A principal frente de atuação está sendo desenvolvida pelo Ministério da Infraestrutura.

A equipe do ministro Tarcísio Gomes de Freitas indicou 70 obras, na área de transportes, com projetos de engenharia e licenciamento ambiental em fase adiantada. O plano prevê aportes estatais de R$ 30 bilhões até 2022 e, segundo estimativas da pasta, mais de 1 milhão de empregos nesse período.

O plano está sendo chamado de Pró-Brasil. Ele é propagandeado internamente como o Plano Marshall do governo Jair Bolsonaro, em referência ao programa dos Estados Unidos de recuperação de países aliados após da Segunda Guerra Mundial.

— A gente estima um valor de R$ 30 bilhões. Isso representa uma complementação que já temos hoje. Não vamos dar nenhuma pirueta fiscal, nenhuma cambalhota — garantiu o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, completando: — Temos que pensar no dia seguinte.
Os detalhes do pacote foram apresentados nesta quarta-feira em reunião de Bolsonaro com a equipe ministerial.

Segundo relatos, durante a reunião, foi apresentado o diagnóstico de que a crise causada pela pandemia do novo coronavírus irá se estender no ano que vem e que será necessário repensar a atual política de ajuste fiscal. Além disso, há uma avaliação que as medidas lançadas até agora pelo governo, com impacto fiscal perto de R$ 300 bilhões, são apenas paliativos.

Para uma ala do governo, apoiada pelos militares do Palácio do Planalto, o plano de privatizações e concessões não dará resultado no curto prazo, por conta de questões burocráticas e legais. Daí a necessidade de se aumentar o gasto público.

O ministro da Infraestrutura garantiu que o governo manterá o programa de concessões, com investimentos de R$ 250 bilhões em 30 anos.
Outras medidas estão vindo dos ministérios do Desenvolvimento Regional e de Minas e Energia. Há a intenção de retomar empreendimentos de habitação via Minha Casa, Minha Vida, além de obras de saneamento. Uma das saídas será financiar obras do Minha Casa, Minha Vida totalmente com recursos do FGTS, o que hoje é limitado.

A questão agora é como conciliar o plano com as restrições fiscais do país. O Ministério da Economia ainda não está envolvido diretamente nas discussões, nem mesmo o ministro Paulo Guedes. Integrantes da pasta foram pegos de surpresa com o anúncio do programa.

Os técnicos da equipe econômica têm alertado que qualquer gasto que extrapole o programa de combate à calamidade, focado em 2020, precisará respeitar as regras fiscais vigentes. Uma delas é o teto de gastos, mecanismo que limita o avanço das despesas à inflação. Além disso, um gasto de R$ 30 bilhões pode ser tímido, avaliou uma fonte, Por isso a necessidade da entrada do setor privado no programa de recuperação.

O plano aumenta a pressão sobre o teto de gastos, que já era questionado pela ala política do governo. Uma parte do governo defende a exclusão de uma lista de investimentos previamente selecionados do teto de gastos, o que o Ministério da Economia é contra.

Para Guedes, a saída para estimular a atividade econômica no pós-crise é ampliar a concessão de crédito, de maneira que o setor privado seja responsável pela recuperação do país. Para isso, defende a ampliação das privatizações e das concessões. Críticos desse plano de Guedes dizem que essas propostas não são capazes de gerar emprego no curto prazo.

O ministro-chefe da Casa Civil disse que o programa chamado de Pró-Brasil atuará com ênfase em dois eixos: “ordem” e “progresso”. No primeiro grupo, encontram-se as medidas estruturantes e mudanças legais; atração de investimentos privados; maior segurança jurídica e produtividade; melhoria do ambiente de negócios; e mitigação dos impactos socioeconômicos. As obras públicas estão no segundo eixo. Oglobo