Translate

Compartilhe

https://www.facebook.com/deltan.dallagnol/videos/1384339188276453/

search este blog

  • Saiu!

    Novo Single: História de Amor

  • Entrevista com Wallas Silva

    "Lutador de Muay Thai""

sexta-feira, 24 de abril de 2020

Força-tarefa da Lava Jato diz ser inconcebível que presidente 'tenha acesso a informações sigilosas'

A força-tarefa da Lava Jato em Curitiba emitiu nota manifestando "repúdio às noticiadas tentativas de interferência do presidente da República na Polícia Federal em investigações e de acesso a informações sigilosas", em referência às afirmações feitas pelo ex-juiz Justiça, Sergio Moro, no pronunciamento em que ele deixou o Ministério da Justiça.

"É inconcebível que o presidente da República tenha acesso a informações sigilosas ou que interfira em investigações", afirma o grupo do Ministério Público Federal do Paraná, coordenado pelo procurador Deltan Dallagnol.

"A tentativa de nomeação de autoridades para interferir em determinadas investigações é ato da mais elevada gravidade e abre espaço para a obstrução do trabalho contra a corrupção e outros crimes praticados por poderosos, colocando em risco todo o sistema anticorrupção brasileiro", segue o comunicado.

Leia a íntegra da nota abaixo:
"Os procuradores da República integrantes da força-tarefa da operação Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná vêm a público manifestar repúdio às noticiadas tentativas de interferência do Presidente da República na Polícia Federal em investigações e de acesso a informações sigilosas. 

1. A operação Lava Jato demonstra que o trabalho do Estado contra a corrupção exige instituições fortes, que trabalhem de modo técnico e livre de pressões externas nas investigações e processos.

2. Assim, a escolha de pessoas para cargos relevantes na estrutura do Ministério da Justiça e da Polícia Federal deve ser impessoal, guiada por princípios republicanos e jamais pode servir para interferência político-partidária nas investigações e processos. 

3. Da mesma forma, as investigações devem ser protegidas de qualquer tipo de ingerência político-partidária. É inconcebível que o Presidente da República tenha acesso a informações sigilosas ou que interfira em investigações.

4. A tentativa de nomeação de autoridades para interferir em determinadas investigações é ato da mais elevada gravidade e abre espaço para a obstrução do trabalho contra a corrupção e outros crimes praticados por poderosos, colocando em risco todo o sistema anticorrupção brasileiro." Folha

Mourão se pronuncia sobre saída de Moro

Nesta sexta-feira (24), após o anúncio da saída de Sergio Moro, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que o pedido foi uma perda para o governo e ressaltou o bom trabalho apresentado por ele. 

“O Moro é um cara muito bom e excepcional. Eu acho que ele vinha fazendo um bom trabalho. Mas relação é relação, né”, disse. “Não é bom, mas vida que segue”, afirmou.

O general da reserva afirmou que o ex-juiz da Operação Lava Jato é “um nome importante, respeitado e Sempre se perde [com a saída]”.

Na manhã desta sexta-feira, Sergio Moro, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, anunciou a sua demissão após a insistente interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal, com a exoneração unilateral de Marcelo Valeixo; desejo de aparelhar e comandar a PF e descontentamento com as tramitações do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Fonte: Folha de São Paulo

Mãe de Sérgio Moro se pronuncia após pedido de demissão

Após o pedido de demissão de Sérgio Moro da pasta da Justiça e da Segurança Pública, Odete Moro, mãe do agora ex-ministro, afirmou que o filho “mantém seus princípios éticos e morais”.

“Graças a Deus, meu filho mostrou à nação brasileira que mantém seus princípios éticos e morais”, publicou Odete Moro, nesta sexta-feira (24), em uma rede social, poucos minutos após o filho se demitir do Ministério da Justiça e acusar o presidente Jair Bolsonaro de interferir nas ações da Polícia Federal.

“Sinto muito por não ter podido realizar o seu grande sonho, de acabar ou amenizar a corrupção, dando oportunidades justas aos brasileiros”, emendou a mãe do ex-juiz, Odete Moro.
Sérgio Moro declarou inúmeras vezes estar insatisfeito com as interferências de Bolsonaro na Polícia Federal. 
Fonte: Revista Época.

Bolsonaro anuncia que vai falar sobre Moro nesta sexta: 'Restabelecerei a verdade'

O presidente da República, Jair Bolsonaro, anunciou que vai se falar às 17h sobre a saída de Sérgio Moro do governo. Bolsonaro disse que vai "restabelecer a verdade" durante o seu pronunciamento.

"Hoje às 17h, em coletiva, restabelecerei a verdade sobre a demissão a pedido do Sr. Valeixo, bem como do Sr. Sérgio Moro", escreveu no Twitter.

Durante o discurso em que confirmou a sua demissão. Moro acusou Bolsonaro de pedir relatórios da Polícia Federal. O ex-juiz também desmentiu que tinha conhecimento da exoneração de Maurício Valeixo da Polícia Federal. BN

Mandetta parabeniza Moro e ressalta "trabalho técnico" contra a COVID-19

O ex-ministro da Saúde, o deputado Henrique Mandetta, parabenizou o juiz Sérgio Moro, ministro da Justiça que pediu demissão do cargo, nesta sexta (24), em razão de interferência política do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal. "Parabéns pelo trabalho ministro Sergio Moro. O país agradece. Outras lutas virão!, escreveu Mandetta em foto dos dois que publicou no perfil nas redes sociais.

Mandetta usou as redes sociais para dizer que ele e Moro trabalharam juntos no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. Mandetta foi demitido do cargo por Bolsonaro por ter assumido posição técnica frente ao Ministério da Saúde em relação ao isolamento social, o que desagradava o presidente. "O trabalho realizado sempre foi técnico. Durante a pandemia trabalhamos mais próximos, sempre pensando no bem comum", disse.
O trabalho realizado sempre foi técnico. Durante a pandemia trabalhamos mais próximos, sempre pensando no bem comum. Parabéns pelo trabalho Ministro Sérgio Moro. O País agradece ! Outras lutas virão!!
Publicado por Henrique Mandetta em Sexta-feira, 24 de abril de 2020

PANDEMIA 


Durante entrevista coletiva, Sérgio Moro também lamentou que tivesse que anunciar sua saída do governo no momento em que o país enfrenta essa grave pandemia. Por diversas vezes, Moro falou de como esteve a postos para colaborar no combate à COVID-19. O ex-ministro lamentou o número de mortos, cerca de 3.313 pessoas pelo novo coronavírus, e pontuou a importância do enfrentamento à pandemia.

Ao final da entrevista coletiva que concedeu aos jornalistas, Moro se colocou à disposição para ajudar no combate à pandemia. EM

“O maior absurdo e falta de habilidade política nessa hora”, diz Malafaia sobre demissão de Sérgio Moro

O pastor Silas Malafaia criticou a demissão de Sérgio Moro do ministério da Justiça do governo Bolsonaro.
O ex-juiz federal Sergio Moro não é mais o ministro da Justiça e Segurança Pública do governo do presidente Jair Bolsonaro. Ele confirmou oficialmente o desembarque em pronunciamento nesta 6ª feira (24.abr.2020), no auditório do próprio Ministério, que ainda está em andamento.

Moro sai do governo no mesmo dia em que o diretor-geral da PF (Polícia Federal) Mauricio Valeixo, braço direito dele, foi exonerado. Em publicação no DOU (Diário Oficial da União), consta que a exoneração foi “a pedido”. Eis a íntegra (255 KB).

A imprensa noticiou na última 5ª feira (23.abr) que Moro pediu demissão do cargo ao saber da intenção de Bolsonaro em exonerar Valeixo. O presidente, no entanto, afirmou na manhã desta 6ª feira (24) que os jornalistas “erraram tudo”.

Ele fez a afirmação aos repórteres que o aguardavam na saída do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência. Depois de fazer a declaração, os apoiadores começaram a gritar e xingar os profissionais que trabalhavam no local.JM

Moro: Bolsonaro tentou interferir no trabalho da PF para acessar informações sigilosas e relatórios de inteligência

Ao anunciar a saída do cargo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, acusou nesta sexta-feira (24) o presidente Jair Bolsonaro de tentar interferir politicamente no comando da Polícia Federal para obter acesso a informações sigilosas e relatórios de inteligência. “O presidente me quer fora do cargo”, disse Moro, ao deixar claro que a saída foi motivada por decisão de Bolsonaro.

Moro falou com a imprensa após Bolsonaro formalizar o desligamento de Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral da Polícia Federal – o ministro frisou que não assinou a exoneração do colega.

“Fiquei sabendo pelo Diário Oficial, não assinei esse decreto”, afirmou.

“O presidente me disse que queria ter uma pessoa do contato pessoal dele, que ele pudesse colher informações, relatórios de inteligência, seja diretor, superintendente, e realmente não é o papel da Polícia Federal prestar esse tipo de informação. As investigações têm de ser preservadas. Imagina se na Lava Jato, um ministro ou então a presidente Dilma ou o ex-presidente (Lula) ficassem ligando para o superintendente em Curitiba para colher informações”, disse Moro, ao comentar as pressões de Bolsonaro para a troca no comando da PF.

“A interferência política pode levar a relações impróprias entre o diretor da PF e o presidente da República. Não posso concordar. Não tenho como continuar (no ministério) sem condições de trabalho e sem preservar autonomia da PF. O presidente me quer fora do cargo”, acrescentou o ministro.

De acordo com Moro, Bolsonaro relatou em conversas preocupação com o andamento de inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF). Um deles foi aberto no ano passado para apurar ameaças, ofensas e fake news disparadas contra integrantes da Corte e seus familiares. Conforme informou o Estado, essa investigação sigilosa já identificou a atuação de empresários bolsonaristas contra a Corte.

Na última terça-feira, o ministro Alexandre de Moraes abriu um outro inquérito para apurar “fatos em tese delituosos” envolvendo a organização de atos antidemocráticos, após Bolsonaro participar de protesto em Brasília convocado nas redes sociais com mensagens contra o STF e o Congresso. Outra apreensão do presidente é a apuração sobre o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) que trata de um esquema de “rachadinha” em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. O caso foi revelado pelo Estado.

O ex-juiz federal da Lava Jato lembrou que, em novembro de 2018, logo após as eleições presidenciais, Jair Bolsonaro lhe disse que ele teria “carta branca” para comandar a pasta, o que acabou não ocorrendo. “Ele (Moro) vai abrir mão da carreira dele. É um soldado que está indo à guerra sem medo de morrer”, disse o presidente na ocasião.

De acordo com Moro, a partir do segundo semestre do ano passado, “passou a haver uma insistência do presidente com a troca do comando da Polícia Federal”.

“O presidente passou a insistir também na troca do diretor-geral. Eu disse ‘Não tenho nenhum problema em trocar o diretor-geral, mas eu preciso de uma causa’. (…) Estaria claro que haveria interferência política na PF”. O problema é: por que trocar? Por que alguém entra? As investigações têm de ser preservadas.”
 
Ao falar do governo Dilma Rousseff (PT), o ministro observou que “é certo que o governo da época tinha muitos defeitos, mas foi fundamental a autonomia da PF”. “Foi garantida a autonomia da Polícia Federal durante os trabalhos. O governo da época tinha inúmeros defeitos, crimes de corrupção, mas foi fundamental a manutenção da autonomia da PF para que fosse realizado o trabalho. Isso permitiu que os resultados fossem alcançados.”
 
Desde que abandonou 22 anos de magistratura para entrar no governo, Sérgio Moro tem acumulado uma série de derrotas. O pacote anticrime formulado por ele, por exemplo, foi desidratado pelo Congresso. Recentemente, Bolsonaro também tentou esvaziar dividir o Ministério da Justiça, retirando de Moro a parte reservada ao combate à criminalidade, justamente uma das áreas que apresentava melhor resultado até aqui. O plano do presidente era entregar a área que cuida da Polícia Federal para o ex-deputado Alberto Fraga  (DEM), amigo pessoal de Bolsonaro.

Segundo Moro, ao aceitar o convite para comandar a Justiça, nunca houve a condição para que ele depois assumisse uma cadeira no Supremo. “O compromisso (ao assumir ministério) era aprofundar combate à corrupção”, afirmou.

“Busquei ao máximo evitar que isso (a minha saída) acontecesse, mas foi inevitável”, disse Moro. “Não foi por minha opção.”

Sucessão. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), já articula para emplacar o secretário de Segurança do DF, Anderson Torres, no lugar de Moro. Crítico do ex-juiz, Ibaneis disse ao Estado que Torres, que é amigo de Bolsonaro, seria um ministro “100 vezes melhor” que o ex-magistrado.
Estadão