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quarta-feira, 1 de julho de 2020

COVID-19 | 259 pessoas estão com o vírus ativo e seguem se recuperando em Vitória da Conquista

Em quatro meses de notificações, a Secretaria Municipal de Saúde registrou em Conquista 798 pessoas que testaram positivo para Covid-19. Nesta quarta-feira (1), o número de pacientes recuperados passou de 494 para 523. Outros 259 ainda apresentam sintomas da infecção e seguem se recuperando (16 internados e 243 em tratamento domiciliar) e 16 pessoas residentes do município foram a óbito.

3.979 pessoas notificadas com Síndrome Gripal/suspeita de Covid-19 estão aguardando classificação final no e-SUS Notifica, sendo que 3.912 aguardam coleta para exame laboratorial ou possuem critérios* para realização do Teste Rápido e outros 67 aguardam resultado laboratorial de exame RT-PCR. Dessas pessoas notificadas, 3.296 já se recuperaram da Síndrome Gripal, 668 apresentam Síndrome Gripal leve e seguem em tratamento domiciliar e estão internados 14 pacientes que aguardam investigação laboratorial. Além disso, o caso de um paciente que foi a óbito em domicílio por suspeita de Covid-19 na última quinta-feira (25), ainda aguarda resultado laboratorial.

Também tiveram resultado negativo para coronavírus 4.170 pessoas notificadas pela Secretaria de Saúde, sendo que 1.041 foram descartados após exame laboratorial RT-PCR e 2.769 por Teste Rápido.

Hoje, 49 pacientes estão internados nos leitos clínicos e de UTI da rede SUS destinados, exclusivamente, ao tratamento da Covid-19. São pacientes residentes de Vitória da Conquista e outros 25 municípios da macrorregião, entre eles: Livramento de Nossa Senhora, Eunápolis, Jaguaquara, Caculé, Encruzilhada, Nova Canaã, Iguaí, Malhada de Pedras, Jânio Quadros, Itapetinga, Ilhéus, Luiz Eduardo Magalhães, Potiraguá, Ibicuí, Brumado, Itapebí, Prado, Cândido Sales, Mucuri, Itororó, Poções, Aurelino Leal, Barra do Choça, Guanambi e Valença.

Clique para acessar o Boletim epidemiológico completo.

*Critérios estabelecidos pela Nota Técnica COE Saúde Nº 54 de 8 de abril de 2020 (atualizada em 04 de junho de 2020), da Secretaria de Saúde do Estado.

Call Center –A Secretaria Municipal de Saúde disponibiliza um Call Center para tirar dúvidas da população sobre a Covid-19 e atender pessoas que apresentem sintomas suspeitos.

  • Telefones fixos: (77) 3429-7451/3429-7434/3429-7436
  • Celulares: (77) 98834-9988/98834-9900/98834-9977/98834-9911

Sobe para 10 o número de mortos por "ciclone bomba" no RS e em SC

O "ciclone bomba" registrado ontem na região sul do Brasil provocou dez mortes, sendo nove em Santa Catarina e um no Rio Grande do Sul. Os dados foram divulgados na manhã de hoje pela Defesa Civil dos estados. Até ontem, eram quatro mortos, sendo três em solo catarinense.

Ao menos uma pessoa está desaparecida em Brusque (SC). O fenômeno ainda provocou queda de árvores, destelhamentos e gerou falta de luz nos dois estados.

Em Santa Catarina, a Defesa Civil confirmou mortes em Tijucas (três), Chapecó, Santo Amaro da Imperatriz, Governador Celso Ramos, Ilhota, Itaiópolis e Rio dos Cedros (um em cada).

Um dos mortos em Tijucas não resistiu após ser atingido por uma estrutura não especificada. A queda de árvore matou uma idosa em 78 anos em Chapecó, enquanto um homem perdeu a vida depois de ser atingido por fios de alta tensão em Santo Amaro do Imperatriz. Os outros casos não foram detalhados.

No Rio Grande do Sul, a única vítima fatal foi um homem de 53 anos que morreu ontem após ser soterrado em um deslizamento de terra em Nova Prata, na Serra. Na manhã de hoje, boletim da Defesa Civil salientou que "não podemos afirmar que o deslizamento se deu em decorrência da chuva, mas sabemos que essa condição climática favorece a instabilidade do solo", disse em nota. O órgão aguarda o resultado da perícia para confirmar a morte em decorrência do ciclone.

Cerca de 639 mil pessoas estão sem luz no estado, de acordo com a RGE (Rio Grande Energia) e a CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica), responsáveis pelo fornecimento. Na área da RGE, são 129 mil atingidos, com Erechim sendo a cidade mais afetada. Já na área da CCEE, 510 mil estão sem energia elétrica, com 190 mil no litoral norte.

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou que 16 cidades do estado foram atingidas pelo ciclone. No total, 1.035 pessoas estão desalojadas, sendo que a maior parte se concentra em duas cidades: Vacaria (com 520 atingidos) e Ibiaçá (400). Ambos os municípios ficam na região norte do estado. Em Sebastião do Caí, 73 pessoas foram levadas para o ginásio municipal ainda na madrugada de hoje.

A Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina) informou que 750 mil moradias seguem sem luz na manhã de hoje. Ontem, o número chegou a 1,5 milhão. A companhia espera que 80% do sistema seja reestabelecido até o fim do dia, mas explicou que alguns locais podem ter o problema prolongado pela dificuldade para retirar os materiais que atingiram a rede elétrica. Segundo a concessionária, esse foi o maior dano da história da rede elétrica estadual.

Mais de mil bombeiros estão trabalhando para atender os casos em Santa Catarina, em especial as quedas de árvores e placas. Já foram atendidas por volta de 1.600 ocorrências até a manhã de hoje.

Rajadas podem chegar a 130 km/h hoje

O "ciclone bomba", que causou estragos e mortes ontem, deve continuar a provocar forte ventania na região Sul hoje. As rajadas de vento podem chegar a 130 km/h em algumas cidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, de acordo com a MetSul Meteorologia.

Assim como ontem, há possibilidade de queda de árvores, postes, destelhamentos e colapso de estruturas hoje. O fenômeno deve começar a perder força no Sul a partir desta tarde. UOL

Pela primeira vez, mais da metade dos brasileiros não têm trabalho, diz IBGE

Apenas 49,5% das pessoas com idade de trabalhar estavam ocupadas no trimestre encerrado em maio. É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada na manhã desta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o menor nível de ocupação desde o início do levantamento, em 2012. Ainda, segundo o IBGE, o número apresenta uma queda de cinco pontos percentuais em relação ao trimestre encerrado em fevereiro. 

"Pela primeira vez na série histórica da pesquisa, o nível da ocupação ficou abaixo de 50%", diz Adriana Beringuy, analista da pesquisa. "Isso significa que menos da metade da população em idade de trabalhar está trabalhando. Isso nunca havia ocorrido na PNAD Contínua", acrescenta. Ou seja: mais da metade da população com idade para trabalhar está desocupada.

O mercado de trabalho mostrou nos três meses até maio perda de vagas generalizadas, como consequência das medidas de paralisação para contenção do coronavírus, com comércios e indústrias sendo mantidos fechados e as pessoas em isolamento social.

Ainda, de acordo com o levantamento, a taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,9% no trimestre encerrado em maio, ante 11,6% até fevereiro. Dessa forma, o contingente de desempregados no Brasil entre março e maio atingiu 12,710 milhões, de 12,343 milhões entre dezembro e fevereiro.

Isso significa mais 368 mil pessoas à procura de trabalho em relação no trimestre até maio em relação aos três meses anteriores período anterior.

Ao mesmo tempo, o total de pessoas ocupadas teve recuo a 85,936 milhões, queda de 8,3% sobre o trimestre imediatamente anterior – ou 7,8 milhões de pessoas que saíram da população ocupada – e de 7,5% ante o mesmo intervalo de 2019.

"É uma redução inédita na pesquisa e atinge principalmente os trabalhadores informais. Da queda de 7,8 milhões de pessoas ocupadas, 5,8 milhões eram informais”, completou Beringuy.

mpacto da Covid-19

O impacto da pandemia mostrou toda sua força com perdas tanto entre os trabalhadores com carteira assinada quanto entre os informais. No trimestre até maio, os que tinham carteira assinada no setor privado eram 31,103 milhões, de 33,624 milhões entre dezembro e fevereiro, atingindo o menor nível da série.

Um total de 9,218 milhões de pessoas trabalhavam sem carteira assinada no período, contra 11,644 milhões no trimestre imediatamente anterior.

Já o número de trabalhadores domésticos recuou a 5,074 milhões de pessoas, o que corresponde a 1,170 milhão de trabalhadores a menos no mercado de trabalho.

Assim, o contingente na força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) chegou a 98,646 milhões de pessoas, uma queda de 7,406 milhões, ou 7%, em relação ao trimestre encerrado em fevereiro.

"O crescimento da população fora da força indica que as pessoas estão interrompendo a busca de trabalho por conta do distanciamento social. Para as pessoas lá na frente saírem da inatividade para conseguirem uma ocupação vai depender do desempenho da economia", completou Beringuy.

Nos três meses até maio, o rendimento médio do trabalhador chegou a 2.460 reais, maior nível desde o início da série, de 2.374 reais até fevereiro. Mas, segundo o IBGE, esse aumento se deve à redução no número de trabalhadores informais, grupo que geralmente ganha remunerações menores.

Na segunda-feira, o Ministério da Economia informou que o Brasil fechou 331.901 vagas formais de trabalho em maio, pior desempenho para o mês da série iniciada em 2010, mas numa melhora em relação à performance fortemente negativa de abril.

A pesquisa Focus mais recente do BC mostra que a expectativa do mercado é retração de 6,54% para a economia este ano, indo a um crescimento de 3,50% em 2021.

*Com Reuters

terça-feira, 30 de junho de 2020

Auxílio emergencial terá mais duas parcelas de R$ 600, confirma Paulo Guedes

O auxílio emergencial pago pelo governo federal após aprovação no Congresso terá mais duas parcelas no valor de R$ 600 cada. A informação foi confirmada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em entrevista ao canal CNN Brasil.

O anúncio oficial ainda será feito em uma cerimônia hoje à tarde com a presença do presidente Jair Bolsonaro, que estará ao lado do ministro.

Inicialmente, o governo queria oferecer um auxílio de R$ 200 às pessoas em vulnerabilidade por conta da pandemia. Depois, o valor foi alterado para R$ 500 pelo Congresso e, em um acordo com o governo, passou para R$ 600.

Agora, no momento de decidir sobre a prorrogação ou não do benefício, o governo passou a cogitar propor mais três parcelas, mas no valor de R$ 300. O Congresso, porém, reagiu, avisando que se isso fosse feito aumentaria o valor. O presidente, por sua vez, prometeu vetar eventual aumento. A partir daí, o governo passou a discutir que as parcelas teriam valores decrescentes, sendo de R$ 500, R$ 400 e R$ 300. Como o Congresso não aderiu também a essa proposta, surgiu agora o anúncio de duas parcela de R$ 600.

Otempo

sábado, 27 de junho de 2020

COVID-19 | Em Conquista, 161 pacientes seguem em recuperação

Neste sábado (27), a Secretaria Municipal de Saúde divulgou mais sete resultados positivos para Covid-19 em Conquista. Agora, são 638 casos confirmados de pessoas que se contaminaram com a doença. 463 pessoas já estão recuperadas e 161 ainda estão apresentando sintomas e, por isso, seguem em recuperação, sendo que 12 delas estão internados e 149 em tratamento domiciliar.

4.019 pessoas que foram notificadas com Síndrome Gripal/suspeita de Covid-19 aguardam classificação final no E-Sus Notifica. Destas, 3.872 estão aguardando coleta para exame laboratorial ou possuem critérios* para realização do Teste Rápido e 147 aguardam resultado de exame RT-PCR.

Quanto ao estado de saúde dos pacientes investigados, 621 apresentam Síndrome Gripal leve e estão em tratamento domiciliar, 3.383 já se recuperaram da Síndrome Gripal e 14 estão internados aguardando resultado laboratorial. Uma pessoa foi a óbito em domicílio na última quinta-feira (25) e a Secretaria segue aguardando resultado da análise laboratorial da amostra que foi coletada pós-morte.

Dos 3.585 casos já descartados, 1.287 apresentaram resultado não detectável para Covid-19 em exame laboratorial RT-PCR e 2.298 foram descartados por Teste Rápido.

51 pacientes estão internados nos leitos clínicos e de UTI da rede SUS destinados, exclusivamente, ao tratamento da Covid-19, neste sábado (27). São pacientes de Vitória da Conquista e mais 23 municípios da macrorregião: Livramento de Nossa Senhora, Eunápolis, Jaguaquara, Cândido Sales, Itapebí, Brumado, Nova Canaã, Ilhéus, Prado, Iguaí, Jordânia, Potiraguá, Ibicuí, Luiz Eduardo Magalhães, Calulé, Encruzilhada, Jânio Quadros, Itapetinga, Itororó, Tremedal, Ibirapuã, Ituberá e Malhada de Pedras.

Clique para acessar o boletim completo.

*Critérios estabelecidos pela Nota Técnica COE Saúde Nº 54 de 8 de abril de 2020 (atualizada em 04 de junho de 2020), da Secretaria de Saúde do Estado.

Call Center – A Secretaria Municipal de Saúde disponibiliza um Call Center para tirar dúvidas da população sobre a Covid-19 e atender pessoas que apresentem sintomas suspeitos.

  • Telefones fixos: (77) 3429-7451/3429-7434/3429-7436
  • Celulares: (77) 98834-9988/98834-9900/98834-9977/98834-9911

Ministério da Saúde anuncia parceria para produzir até 100 milhões de doses de vacina contra a covid-19

O Ministério da Saúde anunciou neste sábado (27), em coletiva no Palácio do Planalto, em Brasília, uma parceria para o desenvolvimento e a produção de vacina contra a covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. Se demonstrada eficácia, serão 100 milhões de doses à disposição da população brasileira, de acordo com o governo federal.

O acordo, fechado com a Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca, prevê a compra de lotes e da transferência de tecnologia, envolvendo participação do Brasil produção e no desenvolvimento da vacina que é considerava uma das mais promissoras do mundo entre as mais de 200 sendo pesquisadas. Nesta fase inicial, serão dois lotes de insumos e transferência de tecnologia: um em dezembro de 2020 e outro em janeiro de 2021.

— Estamos colocando o país na liderança do desenvolvimento da vacina contra o coronavírus — garantiu o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco.

O ministério explica que, na fase inicial, em que o Brasil assume também os riscos da pesquisa, serão 30,4 milhões de doses da vacina, no valor total de US$ 127 milhões. Se a vacina for segura e eficaz e tiver o registro no Brasil, serão mais 70 milhões de doses, no valor estimado em US$ 2,30 por dose.

O governo reconhece que a vacina ainda não é considerada segura nem eficaz. Se comprovada a segurança e eficácia da vacina, o Brasil deverá produzir mais 70 milhões de doses.

"O governo federal considera que esse risco de pesquisa e produção é necessário devido a urgência pela busca de uma solução efetiva para manutenção da saúde pública e segurança para a retomada do crescimento brasileiro", informou a pasta, em nota.

— Depois do Reino Unido, o Brasil foi primeiro a iniciar os estudos de eficácia da vacina contra covid-19. É o único estudo clínico de vacinas da América Latina — destacou a diretora de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Camile Giaretta Sachetti.

A vacina está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e pelo laboratório AstraZeneca. No Brasil, a tecnologia será desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), fundação do Ministério da Saúde.

— Ótima parceria, mas a vacina tem que funcionar – e a longo prazo. Esse é o quesito básico que a gente não sabe ainda. Essa vacina vai passar por testes ainda — diz Alexandre Zavascki, professor de Infectologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e chefe do setor de Infectologia do Hospital Moinhos de Vento.

Participam do anúncio, além de Elcio Franco, do Ministério da Saúde, também o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti Neto, e a diretora de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos, Camile Giaretta Sachetti. Gaucha

Acompanhe como foi a coletiva:

Fraudes no auxílio emergencial já dão prejuízo de mais de R$ 60 milhões

Uma série de fraudes em saques e pagamentos com recursos do auxílio emergencial já leva a Caixa a amargar um prejuízo de mais de R$ 60 milhões, segundo apurou o Estadão/Broadcast Falhas na poupança digital e no aplicativo "Caixa Tem", entre outras brechas, têm permitido que criminosos acessem as contas dos beneficiários e usem o dinheiro que não lhes pertence. O valor do desfalque seria suficiente para pagar a cota de R$ 600 do benefício a mais 100 mil brasileiros.

A instituição detectou que algumas contas estão sendo acessadas indevidamente, por pessoas que não são as beneficiárias do auxílio. Como o calendário de saques impôs restrições, os fraudadores têm ampliado sua forma de atuação e usam o dinheiro para quitar boletos, fazer pagamentos com QR code (uma espécie de código de barras) ou utilizam o cartão virtual da poupança digital.

Diante das reclamações, a Caixa tem reembolsado os beneficiários que foram vítimas do golpe, mas precisará arcar com o prejuízo. O problema ocorre depois de a Caixa decidir abrir contas de poupança digital para todos os beneficiários, inclusive aqueles que haviam indicado contas já existentes para receber o benefício, e levou a um jogo de empurra nos bastidores do banco. Nenhuma área quer assumir a responsabilidade pelas perdas.

A professora de música Rafaela Priscila Cavalcanti da Silva, de 31 anos, recebeu normalmente a primeira parcela do auxílio em sua conta poupança na Caixa, mas só ficou sabendo depois que a segunda prestação havia sido depositada na poupança digital. Quando tentou fazer o cadastro no Caixa Tem, no início deste mês, apareceu a informação de que o CPF já estava cadastrado com outro e-mail e telefone.

Moradora de Camaçari (BA), Rafaela foi à agência da Caixa e descobriu que os fraudadores usaram o dinheiro do seu auxílio para pagar um boleto de R$ 600. A professora fez a contestação e, após dez dias, conseguiu reaver os recursos. Até lá, no entanto, precisou atrasar contas. "Foi um prejuízo", diz. Prestes a receber a terceira parcela, tem medo de a história de repetir. "Ainda acho que não é confiável."

A ajudante de cozinha Aparecida Zilma, de 34 anos, levou um susto quando foi sacar o dinheiro da segunda parcela do auxílio em 19 de maio. "O atendente falou que eu já tinha sacado", conta Beneficiária do Bolsa Família, ela tentou retirar o dinheiro diretamente no caixa de uma agência em Mauá (SP) porque seu cartão estava com problema e acabou ouvindo que ele havia sido clonado. "Retiraram o dinheiro em Minas Gerais", diz.

Aparecida levou mais de 30 dias para ser reembolsada pela Caixa: só recebeu o valor sacado indevidamente junto com a terceira parcela, agora em junho. Ela, que perdeu o emprego informal durante a crise, já vinha atrasando algumas contas para conseguir comprar comida e acabou ficando em situação ainda mais delicada. Para segurar as pontas, Aparecida precisou da ajuda do companheiro, Joélio, que trabalha como entregador e até hoje está com o seu pedido de auxílio emergencial em análise.

Procurada, a Caixa informou que "atua com inteligência, prevenção e combate a fraudes e adota as melhores práticas e ferramentas de mercado para proteção de suas aplicações de forma a proteger seus clientes e beneficiários". Segundo o banco, as áreas de segurança realizam monitoramento e mapeamento contínuo de seus sistemas, em colaboração com os órgãos de segurança, com o objetivo de coibir movimentações indevidas. "Eventuais ocorrências identificadas são tratadas e reportadas à Polícia Federal", diz a nota.

Crédito indevido

A Caixa também está acumulando prejuízos devido a um erro de processamento que levou o banco a depositar o valor do auxílio em dobro para alguns beneficiários. Mesmo quem indicou conta em outro banco para receber o benefício recebeu a segunda parcela em uma poupança digital criada automaticamente pela Caixa. Após um período, o dinheiro que não havia sido gasto foi transferido dessa poupança para a conta indicada originalmente.

Segundo apurou a reportagem, dentro da Caixa há quem defenda que o valor pago a mais seja descontado da terceira parcela, mas o jurídico do banco é contra porque poderia gerar questionamentos. Na aprovação da lei do auxílio, o Congresso previu que o dinheiro da política é completamente blindado de descontos por cobrança de dívidas, incluindo cheque especial.

A Caixa respondeu que não tem registro de depósitos em duplicidade no pagamento do auxílio emergencial.

CB