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quinta-feira, 16 de julho de 2020

'Não recomendo', diz Bolsonaro sobre tratar covid-19 com hidroxicloroquina

O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre o tratamento que ele está fazendo para combater a covid-19, com hidroxicloroquina, no final da tarde dessa quarta-feira (15/7).

O presidente fez uma live no Facebook para confirmar que o segundo teste feito por ele deu resultado positivo para o vírus. Apesar de dizer que o medicamento estava trazendo bons efeitos, Bolsonaro afirmou que “não recomenda nada, recomendo que você procure seu médico.”

“Estou medicado desde o ínicio com hidroxicloroquina. Tenho recomendação médica para isso. Estou me sentindo bem desde o dia seguinte. Não tive nenhum sintoma forte, uma febre pequena na segunda-feira retrasada, de 38 graus, um pouco de cansaço e dores musculares”, disse o chefe do Executivo.

Durante o vídeo, Bolsonaro questiona se o fato de estar se sentindo melhor tem a ver com o tratamento. “Coincidência ou não, sabemos que o tratamento não tem nenhuma comprovação científica mas deu certo comigo.”

Ele relembrou que o medicamento ainda está passando por testes e voltou a falar que tem apoio de alguns médicos para aprovação do medicamento. “Não estou fazendo nenhuma campanha, o custo é baratíssimo. Deve ser até por isso que existem algumas pessoas contra. Outras, pelo que parece, é uma questão ideológica”, explicou.

Segundo teste

Uma semana após o diagnóstico positivo para o coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro testou positivo novamente para a doença. O presidente deve fazer ainda um terceiro exame para verificar se pode retomar suas atividades.

Segundo informações da CNN, Bolsonaro não apresentaria quadro febril há mais de uma semana, não estaria com falta de ar e nem sem paladar. A taxa de saturação de oxigênio seria de 98% e seus exames de sangue e coração teriam sido considerados normais.

CORREIO

Nova gasolina nacional será melhor e mais cara; entenda a química por trás

Uma "nova gasolina" está prestes a chegar aos consumidores brasileiros. A partir de agosto, as refinarias nacionais e os combustíveis que chegarão por importação ao Brasil deverão respeitar novos padrões de qualidade da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Mas, afinal, o que muda cientificamente nesta gasolina?

A "nova gasolina" tem alterações físico-químicas que tendem a deixar o combustível vendido por aqui mais próximo ao que é comercializado na Europa e Estados Unidos, segundo especialistas apontaram para Tilt. Ele tende a ficar mais eficiente principalmente em carros mais modernos.

A maioria do combustível feito no Brasil já segue algumas dessas especificações, mas agora isso será obrigatório e padronizado a partir do dia 3 de agosto, com prazo adicional de 60 dias para refinarias e de 90 dias para postos "queimarem" o estoque do combustível antigo. A resolução 807/2020 foi feita em janeiro, após discussões que se arrastavam desde 2017.

Abaixo, entenda cientificamente as três principais mudanças que sua gasolina sofrerá a partir de agosto:

Octanagem

O índice faz referência ao nível que a gasolina pode resistir à pressão do motor sem sofrer combustão espontânea.

Existem dois tipos:

  • A MON (número do octano do motor, na tradução literal), que avalia a resistência da gasolina à detonação (combustão da ignição do carro) quando o motor está em plena carga e em alta rotação;
  • A RON (número do octano de pesquisa), que é a resistência do combustível quando o motor está carregado e em baixa rotação.

Como era?

No Brasil, só era especificado a MON e o IAD (Índice Antidetonante), que era a média entre o MON e o RON. Estima-se que a gasolina comum no Brasil tinha RON de 91 com IAD 87 —na Europa, o RON é em média de 95, podendo chegar a níveis altos como 98.

Como será agora?

A partir de 3 de agosto, a gasolina comum vendida no país deverá ter um valor mínimo de 92 para o RON. Já em janeiro de 2022 o valor mínimo da octanagem RON deverá ser de 93. A Petrobras afirmou a Tilt que seu combustível já terá o valor de 93 para a octanagem RON em agosto.

Por que isso importa?

Essa mudança afetará principalmente os veículos mais modernos, que tinham uma nova construção de motor e sofriam mais com a gasolina antiga.

"A característica de RON aparece muito em motores mais modernos. A tecnologia e a eletrônica mais avançada diminuem o peso do motor mantendo a mesma potência. Eles exigem mais o RON, que não era monitorado no Brasil. Foi feita até uma carta da indústria automotiva para a ANP mudar isso", explica ao Tilt Rogério Gonçalves, especialista em combustíveis da Petrobras.

Carros mais modernos, de alguns anos para cá, passaram a apresentar consumo elevado de gasolina, o que gerou reclamações de consumidores. O RON muito baixo poderia até levar a quebras de motores em casos mais drásticos por gerar combustão espontânea.

Com o RON maior, a gasolina brasileira também se aproxima a de países como Estados Unidos e Europa, onde estão os principais centros das montadoras. Como os carros costumam ser pensados e montados nesses locais, eles poderiam chegar ao Brasil com dificuldades de se adaptar ao padrão nacional.

"Veículos com taxa de compressão muito alta precisam de combustível com alta octanagem. Senão ocorre um fenômeno de pré-ignição e faz um barulho que no popular chamamos de 'batida de pino'. Normalmente a industria briga por qualquer décimo da octanagem", aponta Gonçalves.

Massa específica

Também conhecida como densidade, a massa específica depende do refino do petróleo e é importante para delimitar a potência da gasolina.

Como era?

O Brasil não determinava parâmetros ou limites. Estima-se que a gasolina comum brasileira variava entre 700 kg/m3 e 740 kg/m3, sendo que a maior parte da gasolina importada figurava na faixa menor.

Como será agora?

A gasolina comum e a premium deverão ter massa específica mínima de 715 kg/m3.

Por que isso importa?

A mudança pode servir para dar mais energia para a gasolina nos carros que circulam por aqui.

"Com a mesma quantidade de volume, digamos um litro, quanto menor a densidade menos energia eu tenho. Vou colocar um litro no carro e aquela gasolina com baixa densidade pode fazer menos quilômetros por litro", afirma Everton Lopes, mentor de tecnologia e inovação para a área de Energia a Combustão da SAE (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade) Brasil.

Essa mudança é um dos fatores que pode fazer a gasolina render mais nos carros. É esperado um rendimento cerca de 5% maior por litro —ao mesmo tempo, o preço também irá aumentar. O estabelecimento de um limite mínimo garante uma quantidade mínima de conteúdo energético na gasolina.

Temperatura de destilação a 50%

É um dos parâmetros utilizados no processo de destilação da gasolina. Chamada de "50% dos evaporados", é o momento em que tem a evaporação de 50% da massa.

Como era?

Antes não havia limites mínimos próprios para isso. Havia apenas o limite máximo de 120º C da gasolina tipo A e 80º C da tipo C.

Como será agora?

A T50, como é chamado o índice, para a gasolina comum será de 77º C.

Por que isso importa?

Segundo a ANP, esses parâmetros de destilação afetam a potência e o desempenho do motor, além da própria dirigibilidade do carro. Segundo especialistas, quanto mais fácil você vaporiza, melhor o desempenho do motor em diversos cenários.

"Melhora a curva de aquecimento do motor pela manhã quando dá partida no carro, tem uma resposta melhor do motor em troca de marcha, ou em aceleração ao sair de uma lombada", exemplifica Lopes.

Impactos das mudanças

O Brasil tem, segundo dados da ANP, elevado o nível de importação de gasolina —passou de 3,2 milhões de barris em 2010 para 30,3 milhões em 2019. Em 2018, 19% da gasolina comercializada por aqui era importada. Isso gera uma "zona" de padrões que poderia ser prejudicial para carros.

"A gasolina brasileira estava mais ou menos nesse nível, mas quando importava existia o risco de ser diferente. Agora o lote comprado vai ser comprado dentro dessa especificação. Com isso a gente consegue separar muito bem um produto bom de um produto ruim", opina Lopes.

A Petrobras diz que a produção da nova gasolina não é um problema, já que as refinarias são bem adaptáveis aos novos padrões. Ao mesmo tempo, já foi anunciado que o combustível ficará mais caro no Brasil por causa disso.

"Essa nova formulação da gasolina permite uma redução de 4% a 6% do consumo do combustível nos motores. Esse ganho de rendimento compensa a diferença de preço da gasolina, porque o consumidor vai rodar mais quilômetros por litro. Apesar de esta gasolina ter um custo de produção maior, não é isso que determina o preço final", aponta a Petrobras em nota, citando também cotação do mercado e outras variáveis como valor do barril do petróleo, frete e câmbio.

A gasolina também não irá mudar do dia para a noite a partir de 3 de agosto. Parte das mudanças já está ocorrendo nos últimos meses. Outras particularidades da gasolina nacional não mudarão, como a porcentagem de etanol misturado, que foi mantido em 27% para as gasolinas comum e aditivada e em 25% para a gasolina premium.

UOL

Corinthians e mais 6 clubes da série A anunciam apoio à MP do Flamengo

A MP 984 do futebol que dá o direito de transmissão de TV ao clube mandante acaba de ganhar mais uma adesão de peso.

O Corinthians — segunda maior torcida do país — e mais seis clubes vão anunciar apoio à medida provisória assinada por Jair Bolsonaro, somando agora 15 equipes das 20 pertencentes à primeira divisão do campeonato Brasileiro. No total, já são 40 clubes entre as séries A, B e C.

Além do Corinthians, apoiam a MP o Vasco, o Atlético Mineiro, o Sport, o Goiás, o Atlético Goianiense e o Red Bull Bragantino. O apoio será anunciado nesta quinta em um manifesto conjunto nas redes sociais dos clubes.

O apoio se dá um dia depois da final do carioca. A partida foi transmitida pelo SBT e teve o dobro de audiência tradicional do canal no Rio de Janeiro.

VEJA

Bancada Cristã consegue barrar Ideologia de Gênero na AL de Pernambuco

Nesta quarta-feira, a Alepe (Assembleia Legislativa de Pernambuco) votou a PEC que, por conta de um substitutivo ao projeto original, poderia incluir a ideologia de gênero na Constituição do Estado de Pernambuco.

A PEC, apresentada pelo deputado Isaltino Nascimento, inicialmente, previa apenas o combate ao preconceito de forma ampla e ao racismo. Porém, um substitutivo apresentado pela CCLJ alterou o texto e incluiu o termo “Gênero” na PEC, além de outros termos como raça, cor, etnia, religião, origem nacional ou regional.

O deputado Pastor Cleiton Collins apresentou uma subemenda na comissão para retirar o termo Gênero, mas não teve êxito.

Como a votação iria para segundo turno em plenário, o deputado pastor Cleiton Collins conseguiu coletar as 25 assinaturas necessárias para apresentar um destaque ao texto para que o termo “Gênero” tivesse que ser votado separadamente.

Na votação em plenário, o substitutivo da CCLJ foi aprovado por unanimidade. Já o destaque apresentado pelo deputado Pastor Cleiton Collins fez com que o termo “Gênero” fosse votado separadamente, fazendo com que fossem necessários 30 votos favoráveis para que o conceito ideológico fosse incluído na Constituição Estadual.

Na votação do Destaque, o termo “gênero” no texto recebeu 26 votos contrários e 14 favoráveis e, portanto, a palavra “Gênero” não foi incluída no texto final.

Veja a versão final da PEC aprovada:

Art. 5° XIV – combater todas as formas de discriminação e preconceito de raça, cor, etnia, sexo, religião, de origem nacional ou regional.

Veja a lista dos deputados que votaram pela inclusão da Ideologia de Gênero na Constituição de Pernambuco e os que foram contrários:

quarta-feira, 15 de julho de 2020

COVID-19 | Conquista registra 24º falecimento por Covid-19

Foi registrado, nesta quarta-feira (15), o 24º falecimento de uma paciente de 44 anos, que possuía Diabetes Melito, moradora do bairro Zabelê em Vitória da Conquista. Ela foi internada no dia 6 de julho no Hospital São Vicente, onde veio a óbito hoje por agravamento dos sintomas da Covid-19.

Até o momento, foram contabilizados 1.286 casos de pessoas que se contaminaram com o Novo Coronavírus no município, desde quando foram iniciadas as notificações, no fim do mês de fevereiro. Destes, 965 já estão recuperados e 297 em recuperação – 24 deles estão internados e 273 encontram-se em tratamento domiciliar.

5.404 pacientes seguem sob investigação e aguardam classificação final no e-SUS Notifica, sendo que 4.757 deles possuem critérios de coleta para exame laboratorial ou Teste Rápido* e 647 aguardam resultado laboratorial de exame RT-PCR. Das pessoas em investigação, 4.129 já recuperaram-se da Síndrome Gripal, 1.246 apresentam sintomas leves de Síndrome Gripal e permanecem em tratamento domiciliar. Outros 26 estão hospitalizados aguardando resultado de análise laboratorial e três pacientes foram a óbito por suspeita de contaminação por Covid-19. A Secretaria de Saúde segue aguardando a investigação laboratorial desses casos.

Ocupação dos leitos – Atualmente, estão disponíveis 96 leitos na rede SUS exclusivos para tratamento da Covid-19, sendo 46 leitos clínicos e 50 leitos de UTI. Neste momento, estão internados 75 pacientes que são residentes de Vitória da Conquista e de outros 29 municípios: Jânio Quadros, Brumado, Firmino Alves, Ubatã, Macarani, Maetinga, Ibicuí, Potiraguá, Cândido Sales, Itapetinga, Jequié, Cachoeira do Pajeú, Maiquinique, Anagé, Jaguaquara, Itambé, Planalto, Iguaí, Cocos, Itabela, Eunápolis, Itabuna, Belo Campo, Guanambi, Nova Canaã, Wenceslau Guimarães, Poções, Pedra Azul e Guaratinga.

Clique para acessar o Boletim epidemiológico completo.

*Critérios estabelecidos pela Nota Técnica COE Saúde Nº 54 de 8 de abril de 2020 (atualizada em 04 de junho de 2020), da Secretaria de Saúde do Estado.

Call Center – A Secretaria Municipal de Saúde disponibiliza um Call Center para tirar dúvidas da população sobre a Covid-19 e atender pessoas que apresentem sintomas suspeitos.

  • Telefones fixos: (77) 3429-7451/3429-7434/3429-7436
  • Celulares: (77) 98834-9988/98834-9900/98834-9977/98834-9911

STF concede prisão domiciliar para Geddel Vieira por 'risco real de morte'

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, atendeu o pedido da defesa do ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) e converteu sua pena em prisão domiciliar por causa da pandemia do coronavírus. Na decisão, o magistrado justificou um agravamento da saúde de Geddel, com "real risco de morte".

A decisão foi proferida na noite de ontem. Na semana passada, o ex-ministro, que cumpre pena em um presídio em Salvador, teve resultado positivo para covid-19, mas uma contraprova dias depois apontou resultado negativo.

Em seu despacho, Toffoli justifica a concessão da prisão domiciliar devido ao "agravamento do estado geral de saúde do requerente, com risco real de morte reconhecido". O ex-ministro está no grupo de risco por ter mais de 60 anos e possuir comorbidades (hipertensão).

Geddel terá de usar tornozeleira eletrônica e cumprirá prisão domiciliar até que a recomendação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) sobre o cumprimento de penas durante a pandemia perca a validade.

Em março, o ministro do STF Edson Fachin, relator original da causa, negou pedido da defesa de Geddel para que ele cumprisse pena em prisão domiciliar. Na decisão de ontem, Toffoli ressaltou que Fachin poderá reexaminar o caso, inclusive quanto ao período de duração da prisão domiciliar.

Ministro de Lula e Temer

Geddel foi ministro da Integração Nacional no governo Lula (PT) e da Secretaria de Governo da gestão Michel Temer (MDB). Em julho de 2017, ele foi preso preventivamente após a Polícia Federal apreender aproximadamente R$ 51 milhões em dinheiro em um apartamento em Salvador.

Em 2019, ele foi sentenciado a 14 anos de prisão por suposta associação criminosa e lavagem de dinheiro, pela Segunda Turma do STF.

uol

Major Olímpio: 'Bolsonaro está comprando partidos para não ter votação de impeachment'

Com a saída do presidente Jair Bolsonaro no ano passado, o sendador Major Olímpio se tornou o político do do PSL com mais votos recebidos na eleição de 2018. Ex-policial militar, ele ensaia agora também deixar a legenda. Distante de Bolsonaro já há algum tempo, o senador se irritou nos últimos dias ao saber pela imprensa da reaproximação do presidente com a sigla, na esteira de um acordo de troca de cargos por apoio ao governo no Congresso. Em entrevista a "Época", Olímpio Gomes comenta as mudanças no cenário, sua decepção com a política, seus planos eleitorais e não poupa críticas a Bolsonaro e ao partido.

Nesta semana veio a público informação de que o PSL e o presidente Bolsonaro estão se reaproximando. O senhor criticou essa iniciativa. Vai deixar o PSL?

Eu estou que nem cachorro caído de mudança. Não tinha intenção de me desfiliar. Fiquei sabendo pela imprensa da reaproximação do presidente (nacional do PSL) Luciano Bivar com o presidente Bolsonaro. Eu sou um senador com mais de 9 milhões de votos. Com a saída do Bolsonaro, eu sou quem tem mais votos no partido. Duas semanas depois dessa conversa do Bivar com Bolsonaro eu venho saber pelos jornais que está em curso uma reaproximação com a disponibilização de cargos para o partido numa ação conduzida pelo vice-presidente do partido, Rueda, o senador Flávio Bolsonaro e o líder do governo na Câmara, (Felipe) Francischini. Logicamente eu me manifestei contra. Disse no grupo de parlamentares que eu não alimento meu carrasco. O presidente saiu do partido arrebentando o Bivar e cada um de nós, fazendo com que a opinião pública pensasse que o partido era um antro de criminosos quando, na verdade, eram os filhos dele, ele mesmo e advogados inescrupulosos que estavam querendo se apoderar do partido por questões financeiras. Me incomoda demais porque é o puro toma-lá-dá-cá nojento. Convenceram o Bolsonaro a ir atrás do Bivar e ele está buscando o PSL da mesma forma que buscou aproximação com outros partidos recentemente. Se ele esqueceu que ele se comprometeu na campanha eu não esqueci. Eu sei que tem no partido deputados que estão como cadela no cio puxando o saco dia inteiro de ministros e do presidente tentando gerar essa aproximação. Se eles falam em nome do partido eu quero estar fora disso.

A maioria no PSL hoje é contra ou a favor do presidente Bolsonaro?

Ainda é neutro. Tem bolsonaristas, que há muito tempo o partido já tinha que ter expulsado, e não-bolsonaristas. Eduardo Bolsanaro, Carla Zambelli, Bia Kicis... o que eles estão ainda fazendo no partido que acusaram tanto? Tenho certeza que a aproximação do Bolsonaro é para comprar o partido para ver se ele arquiva todos esses processos contra deputados bolsonaristas no conselho de ética. Mas tem sim um monte de gata fogueteira correndo atrás de verba e cargo. Estão enganando o Bivar.

O sr. conversou com Bivar sobre seus planos de desfiliação?

Não, porque no grupo de mensagens ele escreveu que quem quer fazer não ameaça e sai. Eu só disse a ele no grupo que eu não sou de ameaçar e que não quero atrapalhar em nada o jogo de quem quer cargo, emenda, ribalta para sair na foto, candidatos a prefeitos mais competitivos porque estará agarrado ao Bolsonaro.

Apesar da indignação que manifesta, o senhor trata da desfiliação como uma possibilidade. Por quê?

É porque eu ainda sou o líder do PSL no Senado e preciso deixar a função. Eu me sinto fora do partido. Eu vi o próprio presidente e seus filhos acusarem o partido de ser laranja enquanto o maior laranja do PSL continua ministro do Turismo. A gente ficou tomando bordoadas esse tempo todo e agora eu vou ver o partido de sorrisos e alegrias dizer que foi tudo sem querer. Bolsonaro está comprando os partidos para não ter votação pelo impeachment.

Foi o senador mais votado em 2018 no país e eleito na esteira na popularidade do Bolsonaro. Como fica seu futuro político?

Vou enfrentar isso como sempre fiz. Na polícia eu enfrentava bandidos com armas. Na política eu enfrento bandidos e quadrilhas, gabinete do ódio, gente usando máquina pública. Pela conveniência, era simplesmente ter abaixado a cabeça para o presidente Bolsonaro e ficado quieto. Eu não tenho preço. Tenho valores e esses eu vou preservar.

E a candidatura para governador de São Paulo em 2022?

Eu desisti de futuro político. Me desencantei com a política. Essa decepção que estou sentindo hoje vai ser a do povo brasileiro. É questão de tempo. Eu nunca pude supor que esse negócio do (Fabrício) Queiroz. Ele era o diretor financeiro de uma holding familiar dos Bolsonaro. Basta o Queiroz abrir a boca e o Brasil vai ficar abismado com as coisas. Foi a decepção das decepções. Estou pouco me lixando se vai aumentar ou diminuir os ataques a mim. Minha esperança é que a lei alcance essas pessoas. Vários vão ter o destino em Bangu 8 e não é só o Queiroz. Eu me elegi e devo muito ao Bolsonaro, mas também trabalhei muito por isso e por ele. Não vou me candidatar mais. Quero cumprir meu mandato até 2026 e parar. Eu sonhei demais com essa mudança do Brasil e fui enganado. Me sinto envergonhado. Deixa pra lá porque não é mais para mim.

Um áudio circulou essa semana nas redes sociais com o sr atacando com xingamentos um filiado do PSL. Por que fez isso?

O sujeito vinha me atacando em redes sociais por ser bolsonarista. Eu liguei pra ele e falei um monte de desaforos. A única coisa que eu me desculpo com as pessoas que ouviram a gravação é pelos palavrões que eu disse. Elas não precisavam ouvir aquilo, embora ele sim. Mas é essa verdadeira quadrilha que existe nas redes sociais atacando reputação.

Qual sua avaliação do governo?

Esse governo não tem projeto de país para nada. Eu sou o sub-relator da reforma tributária e esse é o governo da 'semana que vem eu vejo'. Quando vem o projeto da reforma tributária eu perguntei tantas vezes. Faz um ano e meio que eu ouço: semana que vem eu vejo. Essa interinidade macabra para a vida das pessoas de um general cumpridor de ordens no Ministério da Saúde para anular a saúde e tentar fazer valer a tese maluca da cloroquina do presidente. São mais de 70 mil mortes, dá vergonha na gente. Assume agora um novo ministro da Educação mas a gente não tem um projeto para nada. Nem a porcaria das escolas militares, que era para regozijo do presidente, acabou andando.

Seu posicionamento hoje é de oposição ao governo?

As pautas de governo ninguém precisa me pagar para eu votar o que tem que ser votado para o país. Não sou mais um bolsonarista mas 90% das pautas eu tenho votado e defendido.

Vai se filiar a um novo partido?

Eu já tive alguns convites, colegas aqui no Senado que me chamaram para me filiar ao partido A ou B. Mas eu não tive nem o tempo nem o ânimo para pensar nisso. O que deve acontecer é eu ficar algum tempo sem partido ou permanentemente sem partido. Não tenho hoje nada em vista. Só estou ajustando quando fazer isso.

ÉPOCA