Novas resoluções debatidas na Assembleia
Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) de conteúdo contrário a
Israel contaram com o voto favorável do Brasil. Dentre os textos
aprovados estão alguns que negam a relação dos judeus com o Monte do
Templo, em Jerusalém, assim como a soberania do país sobre a chamada
Cidade Santa.
A administração Michel Temer (MDB) não
significou nenhuma mudança de postura do Brasil em relação ao
alinhamento ideológico adotado durante as administrações petistas no
Ministério das Relações Exteriores.
Na última sexta-feira, 30 de novembro, as
seis resoluções de teor contrário a Israel foram votadas pela
Assembleia Geral. De acordo com informações do Jerusalem Post,
a resolução primária sobre Jerusalém, negando a soberania israelense
sobre a cidade, recebeu 148 votos a favor, 11 contra e 14 abstenções.
Além disso, uma deliberação sobre o
conflito entre palestinos e israelenses, com conteúdo contrário a
Israel, recebeu 156 votos a favor, 8 contra e 12 abstenções. Em seu
texto, essa resolução referiu-se ao Monte do Templo pelo nome adotado
pelos muçulmanos para o local, al-Haram al-Sharif. Uma terceira
resolução, que foi aprovada por 99 votos a favor, 10 contra e 66
abstenções, pediu a Israel que se retirasse das colinas de Golã,
localizadas entre o Estado judeu e a Síria.
A postura da diplomacia brasileira, mais uma vez, foi contrária a Israel em todas as resoluções, repetindo o posicionamento de dezembro de anos anteriores e da era petista.
Do lado oposto estão países como Estados
Unidos, Canadá e Austrália, que votaram contra todas as seis resoluções.
Espera-se que outras 14 resoluções preparadas pela ONU sejam votadas em
breve.
A embaixadora de Israel na ONU, Noa
Furman, afirmou que as resoluções mais preocupantes são aquelas que
ignoraram os laços judeus e cristãos com o Monte do Templo: “Essa
omissão foi deliberada. Ela mostra ainda outro exemplo da recusa
palestina em reconhecer a comprovada conexão histórica entre o judaísmo,
o cristianismo, o Monte do Templo e Jerusalém como um todo”, denunciou.
“A comunidade internacional deve parar de participar da negação
descarada da história. Não podemos permitir essas tentativas descaradas
de deslegitimar Israel”, acrescentou.
A representante dos Estados Unidos,
Leslie Ordeman, comentou as resoluções expressando reprovação:“Como os
EUA deixaram claro repetidamente, essa dinâmica é inaceitável. Mais uma
vez, vemos resoluções que são rápidas em condenar todos os tipos de
ações israelenses, mas quase nada dizem sobre ataques terroristas
palestinos contra civis inocentes”, contextualizou
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