SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Na cama do hospital, o presidente Jair
Bolsonaro cobrou a Polícia Federal e pediu solução para o atentado que
sofreu durante a campanha eleitoral.
"Espero a nossa querida Polícia Federal, a Polícia que nos orgulha a
todos, que tenha uma solução para o nosso caso nas próximas semanas",
disse. No vídeo, postado neste domingo (10), o presidente diz que o caso
"não pode ficar impune".
Bolsonaro foi submetido à cirurgia de reconstrução do trânsito
intestinal e retirada de uma bolsa de colostomia no dia 28 de
janeiro. Neste sábado (9), o presidente iniciou dieta pastosa.
Segundo último boletim médico, houve boa aceitação do novo regime
alimentar, e o presidente continua sob antibióticos e nutrição parental.
"O quadro pulmonar está em regressão e houve melhora dos exames
laboratoriais", diz o boletim.
Neste sábado (09), Bolsonaro andou pelo quarto um pouco mais do que
nos últimos dias. O presidente continua a fazer exercícios respiratórios
no hospital Albert Einstein, onde está internado desde o dia 27 de
janeiro. Não há ainda previsão de alta.
As visitas ao presidente permanecem restritas. Neste
sábado, Bolsonaro falou por telefone com os ministros Paulo Guedes
(Economia), Sergio Moro (Justiça) e Osmar Terra (Cidadania).
CONCLUSÕES DO CASO ATÉ O MOMENTO
Em dezembro, o delegado da Polícia Federal responsável pela
investigação do atentado contra o presidente eleito, Rodrigo Morais
Fernandes, diz que sua investigação é técnica e está sendo acompanhada
pelos próprios advogados do presidente eleito.
Segundo o inquérito concluído da Polícia Federal de Minas Gerais, no
dia do crime, Adelio agiu sozinho. Pessoas que estiveram próximas
fisicamente dele no dia do crime foram interrogadas e tiveram
celulares e computadores periciados. Em conjunto com imagens do momento
do atentado, a PF concluiu que estas pessoas não tinham qualquer relação
com o crime e com o autor da facada.
Com base na investigação da PF, o Ministério Público Federal
(MPF) denunciou Adelio no dia 2 de outubro pelo crime de "atentado
pessoal por inconformismo político", descrito no artigo 20 da Lei de
Segurança Nacional. Isso porque o agressor disse que o que o motivou a
cometer o atentado foi sua discordância das posições políticas de
Bolsonaro.
O juiz federal Bruno Savino, da 3ª Vara de Juiz de Fora recebeu
denúncia oferecida pelo MPF e tornou Adelio único réu no dia 4 de
outubro. No dia 12 de outubro, Savino pediu que a sanidade mental de
Adelio fosse avaliada.
Desde o dia do atentado, ele está preso preventivamente, atualmente na penitenciária federal de Campo Grande (MS).
Um bom domingo a todos! 🇧🇷👍🏻 pic.twitter.com/3AO6csbeIb— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 10, 2019
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