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sexta-feira, 29 de março de 2019

Índice de desemprego cresce para 12,4% em fevereiro

Segundo o IBGE, o Brasil possui 13,1 milhões de desempregados, 892 mil a mais que no período anterior. O número de pessoas desalentadas (que desistiram de procurar emprego) ou com mão de obra subutilizada também subiu.

A taxa de desemprego do país ficou em 12,4% no trimestre móvel encerrado em fevereiro, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

A taxa ficou acima daquela registrada no trimestre móvel anterior, encerrado em novembro de 2018, de 11,6%, mas abaixo da marca apurada em mesmo período de 2018, de 12,6%.

A leitura ficou em linha com a expectativa de analistas de 24 consultorias e instituições financeiras consultados pelo Valor Data, que previam, em média, uma elevação da taxa de desemprego para 12,4% no trimestre móvel encerrado em fevereiro.

O total de desempregados -- pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, sem encontrar na semana de referência da pesquisa -- estava em 13,098 milhões em fevereiro. Esse contingente era 7,3% maior do que no trimestre móvel anterior, ou 892 mil pessoas a mais. Frente a um ano antes, diminuiu em apenas 0,2%.

A busca por empregos cresce na medida em que o mercado passa por um período de dispensas. A população ocupada (empregados, empregadores, autônomos etc) somava 92,127 milhões nos três meses até fevereiro, 1,1% a menos do que no trimestre anterior, ou 1,062 milhão de pessoas a menos. Frente ao segundo mês de 2018, o total de ocupados aumentou 1,1%, ou 1,036 milhão de pessoas a mais.

O processo de recuperação do mercado de trabalho foi iniciado em abril de 2017, especialmente via empregos formais. Em 2018, porém, a recuperação perdeu fôlego e foi menos intenso do que o previsto, assim como a retomada da atividade econômica como um todo.

Renda
Os trabalhadores tiveram ganho real de salários neste início de ano - o rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos foi de R$ 2.285 no trimestre encerrado em fevereiro, 1,6% acima do período de setembro a novembro de 2018 (R$ 2.250).

Na comparação com mesmo trimestre móvel de 2018, o avanço da renda foi de 0,7%. Essa variação é considerada estabilidade pelo IBGE, ou seja, está dentro do intervalo de confiança (margem de erro) da pesquisa.

O avanço da renda, contudo, foi para poucos, uma vez que a população ocupada encolheu 1,1% no trimestre móvel terminado em fevereiro.

Apesar disso, o desempenho da renda foi suficiente para manter a massa de rendimentos (total da renda de todos os trabalhadores) em terreno positivo. A massa somou R$ 205,416 bilhões de dezembro de 2018 a fevereiro de 2019, 0,5% acima do trimestre móvel anterior e 2% maior do que no mesmo período findo em 2018.

Trabalhadores subutilizados
O país tinha 27,929 milhões de trabalhadores subutilizados de dezembro a fevereiro deste ano. Trata-se de uma alta de 3,3% frente aos três meses anteriores (setembro a novembro), o correspondente a 901 mil pessoas a mais.

A subutilização -- espécie de mão de obra "desperdiçada" -- inclui três tipos de trabalhadores: os desempregados; os subocupados (pessoas empregadas, mas que gostariam e poderiam trabalhar mais); e a força de trabalho potencial (pessoas que não buscam emprego, mas estão disponíveis para trabalhar).

"Esse crescimento está ligado ao aumento de desocupação no trimestre", disse Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

A taxa de subutilização estava em 24,6% da força de trabalho ampliada (que soma a força de trabalho com a força de trabalho potencial) no trimestre encerrado em fevereiro, acima do trimestre móvel anterior (23,9%).

Já o desalento -- que integra o conjunto de subutilizados -- chegava a 4,855 milhões de pessoas no trimestre encerrado em fevereiro, 150 mil pessoas a mais na comparação ao trimestre móvel anterior. Quando comparado ao mesmo período do ano passado, o desalento cresce 6%. www.valor.com.br

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