O primeiro dia de funcionamento das linhas exclusivas de ônibus para
mulheres em horários de pico, no Distrito Federal, foi marcado por
reclamações — tanto de homens quanto de mulheres.
Criadas a partir de um
projeto aprovado
pela Câmara Distrital, as linhas exclusivas têm o objetivo de coibir
casos de assédio sexual. Serão 26 horários ao todo, 14 com destino à
Santa Maria e 12 com destino ao Gama, duas cidades satélites de
Brasília.
A medida, que foi sancionada no dia 10 deste mês, começou a valer nesta
segunda-feira, após ser regulamentada, e define que um terço da frota
que faz a linha BRT Sul deve ser exclusivo para mulheres. O DF já conta
com vagões exclusivos para mulheres no metrô.
Na fila da rodoviária esperando um ônibus, a usuária do BRT Sul Cenilda
Silveira, de 64 anos, afirmou que não sabia que a mudança começava nesta
segunda e que, independente da medida, faltam ônibus fazendo o trajeto.
A auxiliar de cozinha Elivânia Oliveira, de 32 anos, também precisou
utilizar o BRT Sul nesta segunda, mas não pôde embarcar no coletivo
exclusivo por estar acompanhada do marido. Apesar de celebrar a
iniciativa e afirmar que vai usar o ônibus, ela acredita que falta
transporte para todos.
— A ideia é boa, mas acho que para fazer isso tem que ter uma frota de
ônibus maior. Não adianta de nada botar ônibus exclusivo para a mulher, e
o restante do pessoal ficar uma hora, uma hora e meia esperando o
próximo.
Também acompanhada do marido, Ketuly Bernardi, de 39 anos, não conseguiu
pegar o ônibus exclusivo. Apesar disso, também é a favor da medida.
— Eu que sou mulher acho bom. Porque pelo menos a gente é mais
valorizada, e não tem essa questão de os homens ficarem assediando a
gente no ônibus.
— E ônibus exclusivo para homem? — um passageiro gritou em determinado momento.
Para Elias Félix, de 34 anos, que pega o transporte todos os dias, a medida é um "absurdo".
— Se não tem ônibus suficiente para abastecer o Gama, como é que eles vão fazer um negócio desse?
Ele acredita que a medida foi feita de forma errada e que alguns ônibus exclusivos vão transportar poucas pessoas, enquanto os outros ficarão ainda mais lotados.
Queiroz Soares, de 27 anos, e Luis Laurindo, de 53, também criticaram a medida e a falta de organização das filas — muitos usuários não sabiam da mudança, que foi anunciada no site do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) no começo da manhã.
— A iniciativa é boa, mas tem que aumentar a frota — disse Soares.oglobo
Medida é criticada pelos homens
Na fila do transporte nesta segunda, as críticas surgiam cada vez que os ônibus exclusivos paravam na plataforma.— E ônibus exclusivo para homem? — um passageiro gritou em determinado momento.
Para Elias Félix, de 34 anos, que pega o transporte todos os dias, a medida é um "absurdo".
— Se não tem ônibus suficiente para abastecer o Gama, como é que eles vão fazer um negócio desse?
Ele acredita que a medida foi feita de forma errada e que alguns ônibus exclusivos vão transportar poucas pessoas, enquanto os outros ficarão ainda mais lotados.
Queiroz Soares, de 27 anos, e Luis Laurindo, de 53, também criticaram a medida e a falta de organização das filas — muitos usuários não sabiam da mudança, que foi anunciada no site do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) no começo da manhã.
— A iniciativa é boa, mas tem que aumentar a frota — disse Soares.oglobo
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