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sábado, 15 de junho de 2019

Em nova mensagem divulgada por site, Dallagnol diz que Fux apoiou Moro em 'queda de braço' com Teori

O site The Intercept, do jornalista Glenn Greenwald, divulgou na noite desta sexta-feira (14) a ‘Parte 6’ das mensagens trocadas entre o ex-juiz Sergio Moro e os procuradores responsáveis pela operação Lava Jato.

O lote inédito de diálogos deixa evidente que a função de coordenador da operação estava realmente a cargo do atual ministro da Justiça do governo Bolsonaro.

Sergio Moro chegou a pedir aos procuradores para que eles divulgassem uma nota à imprensa para rebater o que ele chamou de ‘showzinho’ da defesa do ex-presidente Lula.

Segundo a lei, o juiz não pode auxiliar ou aconselhar nenhuma das partes do processo. Os diálogos revelados podem levar à anulação de condenações proferidas por Moro, caso haja entendimento que ele era suspeito.

A maioria dos diálogos do vazamento ocorreu entre Moro e o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima no aplicativo de mensagens Telegram.

Confira alguns trechos:
Santos Lima – 22:10 – Achei que ficou muito bom. Ele começou polarizando conosco, o que me deixou tranquilo. Ele cometeu muitas pequenas contradições e deixou de responder muita coisa, o que não é bem compreendido pela população. Você ter começado com o Triplex desmontou um pouco ele.

Moro – 22:11 – A comunicação é complicada pois a imprensa não é muito atenta a detalhes
Moro – 22:11 – E alguns esperam algo conclusivo

Um minuto depois da última mensagem, Moro mandou para o procurador Santos Lima:

Moro – 22:12 – Talvez vcs devessem amanhã editar uma nota esclarecendo as contradições do depoimento com o resto das provas ou com o depoimento anterior dele

Moro – 22:13 – Por que a Defesa já fez o showzinho dela.
Santos Lima – 22:13 – Podemos fazer. Vou conversar com o pessoal.
Santos Lima – 22:16 – Não estarei aqui amanhã. Mas o mais importante foi frustrar a ideia de que 
ele conseguiria transformar tudo em uma perseguição sua.

Naquele dia, um vídeo com Lula tomava conta da internet e dos telejornais. Depois de sair do prédio da Justiça Federal, o ex-presidente se dirigiu à Praça Santos Andrade, em Curitiba, e fez um pronunciamento diante de uma multidão. Por 11 minutos, Lula atacou a Lava Jato, o Jornal Nacional e o então juiz Sergio Moro.

O ex-presidente disse que estava sendo “massacrado” e encerrou com uma frase que entraria para sua história judicial: “Eu estou vivo, e estou me preparando para voltar a ser candidato a presidente desse país”. Era o lançamento informal de sua candidatura às eleições de 2018.

Depois disso, como já se sabe a partir do que foi revelado em mensagens anteriores, impedir a candidatura de Lula tornou-se uma espécie de missão — bem sucedida — dos procuradores e de Sergio Moro.

Um fato curioso: Este PRAGMATISMO POLÍTICO noticiou, em 2016, que o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, protagonista deste novo lote de mensagens, disse que o “PT é o único partido político que não impede investigações”  É possível que esse episódio tenha sido repercutido de alguma maneira nos grupos internos dos membros do Ministério Público. pragmatismopolitico

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