Mesmo com o celular desaparecido há mais de dois meses, a linha telefônica do pastor Anderson do Carmo,
marido da deputada federal Flordelis, voltou a ser usada nas redes
sociais. Nesta segunda-feira, o número da vítima deixou de participar de
grupos de WhatsApp que reuniam familiares e amigos. O caso assustou
integrantes dos grupos. O celular do pastor desapareceu pouco depois do
assassinato, em junho. Desde então, a Polícia Civil tenta recuperar
conversas e outros conteúdos que possam ajudar a entender a motivação do
crime. Mas sem o aparelho ou senhas, os investigadores encontram
dificuldades. Pessoas próximas ao pastor dizem que ele guardava diversas
senhas no bloco de notas do celular, inclusive do acesso a conversas
que ficam arquivadas na nuvem.
O caso já foi levado à Delegacia de Homicídios de Niterói, como afirmou o advogado da deputada Fabiano Leitão Migueis.
“Ela foi surpreendida hoje. Vários amigos ligando para ela e dizendo
que a linha do WhatsApp do pastor reapareceu e saiu dos grupos. Na mesma
hora, ela entrou em contato comigo. Eu printei as telas dos celulares
de alguns amigos que me enviaram e já peticionei à Delegacia de
Homicídios para a doutora Bárbara Lomba (delegada) tomar as providências
de apuração desse fato. Pode ser que alguém tenha ligado. A linha
telefônica do pastor Anderson foi cancelada pela deputada. Estava no CPF
dela e a conta era muito alta, em torno de R$800 por mês, então ela
cancelou a linha”.
Depoimentos prestados à Polícia Civil indicam que vários membros da
família tiveram acesso ao celular do pastor, antes do desaparecimento do
aparelho. Pelos menos três pessoas disseram que Flordelis também teve o
aparelho em mãos. Procurada, a assessoria de imprensa da parlamentar
informou que Flordelis não sabe do paradeiro do telefone.
A Polícia Civil pretende fazer a reconstituição do caso, já que há
suspeita de envolvimento de uma terceira pessoa no crime, segundo
informações obtidas pela TV Globo. Em nota, a Delegacia de Homicídios
diz que o caso está sob sigilo. Dois dos 55 filhos filhos do casal estão
presos, suspeitos de envolvimento na ação. Flávio dos Santos, de 38
anos, confessou que atirou no pai, na garagem de casa. Já Lucas de
Souza, de 18 anos, teria comprado a arma usada no crime. A Delegacia de
Homicídios de Niterói pediu ajuda à Interpol para rastrear a origem da
pistola, calibre 9 mm, fabricada por uma empresa argentina.
(Com CBN)
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