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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Igreja orienta pais na prevenção da depressão infantil

Talvez você não imagine que possa ser tão precoce. Mas a partir do quarto mês de gestação, a criança é capaz de absorver sentimentos de rejeição e abandono, os quais podem contribuir para o desenvolvimento de um quadro depressivo. Isso acontece, por exemplo, em casos em que a mãe tem depressão pós-parto. Diante de uma situação tão delicada, para auxiliar os pais na prevenção da depressão infantil, o Clube de Aventureiros realizou no dia 9 de fevereiro um encontro de sua Rede Familiar, em Teresina, Piauí.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que a depressão afeta 322 milhões de pessoas no mundo. A ocorrência do transtorno em crianças de 6 a 12 anos cresceu de 4,5% para 8% na última década. Em seu nível mais severo, a depressão pode levar a pessoa a cometer suicídio, e é a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.

Mas o que leva uma criança a ter depressão?

São múltiplos os fatores que acarretam o transtorno, como herança genética, a existência de traumas provocados por perdas, abusos na infância, entre outros. Mas de acordo com o psicanalista Sulênio Vale Júnior, a principal causa da depressão infantil é ausência de afeto do pai e da mãe.

“A criança vai passar por um processo distímico, ou seja, uma depressão leve, que se apresenta através de um choro suave, uma perda de alimento. E esse quadro pode se agravar até o momento em que a criança não vai mais querer sair de casa ou ir para a escola. Se essa depressão não for tratada como deveria ser, a criança vai apresentar os sintomas que um adulto com depressão tem”, explica.
Embora os sintomas de depressão na criança e no adulto sejam parecidos, a maneira como a criança expressa suas emoções é bem particular. Isto acontece porque a sua habilidade de comunicação ainda está em desenvolvimento.
“Quando uma criança é acometida com a depressão, especialmente quando é muito nova, ela pode não saber explicar como é a tristeza que ela está sentindo. Por essa razão, os pais e professores devem ficar atentos às mudanças de comportamento que a criança apresenta”, afirma a psicóloga Juliana Sousa.

Maus hábitos da vida moderna aumentam a distância entre pais e filhos

Uma pesquisa realizada pela AVG Thecnologies em 2015 revelou que 87% das crianças brasileiras acreditam que seus pais passam muito tempo conectados a seus celulares e tablets. Juliana Sousa alerta para o perigo que essa ausência – ainda que os pais estejam dentro de casa – pode provocar.

“Pais que passam muito tempo no celular, nas redes sociais, passam menos tempo com os filhos. Se eu passo menos tempo com a criança com a qual convivo, eu não consigo observar uma mudança em seu comportamento. Eu não conheço como ela é dentro de seu padrão normal”, afirma.

É preciso buscar apoio no lugar certo

O acompanhamento profissional é muito importante. Por essa razão, Sulênio Júnior orienta que os pais não se apoiem exclusivamente em informações encontradas na internet. “Recomendo que os pais procurem bons profissionais. E que façam isso a partir da indicação de outros pacientes que tenham sido acompanhados por eles. Busquem informações a respeito do seu trabalho, conversem com o profissional primeiro. Só depois levem seus filhos ao atendimento”, explica.

O psicanalista destaca ainda que grupos de apoio como a Rede Familiar dos Aventureiros, coordenada pela Igreja Adventista, são importantes parceiros no acompanhamento da criança. “Vejo a Igreja como um fundamento básico nesse processo, porque ela ajuda a sedimentar limites e valores ativos que levam ao respeito familiar e ao respeito pelo outro”, conclui.

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