O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta,
disse nesta quarta-feira (1º) que a concorrência com outros países fez
com que fornecedores de equipamentos na China cancelassem contratos de
venda de equipamentos médicos, incluindo máscaras e respiradores.
O ministério tinha a previsão de uma entrega de 200 milhões de
equipamentos de proteção que foi cancelada. Mandetta culpou a
concorrência entre países, que cobrem ofertas para levar a produção já
contratada por outros.
"Às vezes chegam pessoas e falam para quem vendeu: 'olha, você vendeu
por quanto? vendeu por 10. E a multa? É tanto, 20%. Bom então tá, então
eu pago a multa, pago os 10 e pago mais tanto para você vender pra mim'.
Então a coisa está dessa maneira", disse Mandetta.
"Hoje os Estados Unidos mandaram 23 aviões cargueiros para a China para
levar o material que eles adquiriram. As nossas compras, que nós
tínhamos expectativa de concretizá-las para poder fazer o abastecimento,
muitas caíram." - Mandetta
Mandetta usou a compra de respiradores com exemplo da instabilidade nas relações de compra e venda com a China.
"Hoje, nós conseguimos fazer uma possível compra. Assinamos e
empenhamos, adiantamos, uma possível compra de 8 mil respiradores.
Queremos receber. Ele tem 30 dias para nos entregar. Se entregar, ótimo,
ótimo. O cenário muda nos respirador, porque 8 mil respiradores, eu
acalmo SP, MG, RJ. Acalmo as capitais. A coisa anda", disse.
"(Mas) eu não quero vir aqui e falar: 'Eu tenho tanto. Está comprado'.
Está havendo uma quebra entre o que você compra, assina e o que,
efetivamente, você recebe", disse Mandetta.
"O nosso problema é que este vírus ele foi extremamente duro e
derrubou, machucou, inutilizou, parou a produção dos equipamentos de
proteção individual que os hospitais utilizam no mundo todo", disse
Mandetta.
O ministro afirma que espera a regularização do mercado. "A gente espera
que a China volte a ter uma produção mais organizada e a gente espera
que os países que fizeram, que exercem o seu poder de compra, que eles
já tenham se organizado, e tenham se saciado das suas necessidades para
que o Brasil possa entrar e comprar também para proteger o nosso povo",
disse o ministro.G1
0 comentários:
Postar um comentário