O desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Agostinho Teixeira Justiça do Rio de Janeiro determinou que o pastor Silas Malafaia não
realize cultos em suas igrejas, a Assembleia de Deus Vitória em Cristo.
A decisão do desembargador aconteceu na última quinta-feira, 9.
A decisão do magistrado foi acolhida após o Ministério Público entrar
com recurso, para impedir a realização de cultos durante a pandemia do
coronavírus. O magistrado ainda estipulou uma multa de R$ 10 mil em
caso de descumprimento. JM
Em entrevista exclusiva a VEJA, pastor
Malafaia afirma ser “absurda” e uma “vergonha” a proibição. O religioso
alega que, desde 19 de março, não abre mais as portas dos templos aos
fiéis para evitar aglomeração em meio à pandemia de coronavírus.
Silas Malafaia comenta
“É (uma decisão) absurda. Ninguém pode ser processado duas vezes”,
ressaltou Malafaia. “É uma vergonha. O processo foi redistribuído. O
desembargador não teve nem o trabalho de ver que já havia uma decisão”,
completou o pastor, lembrando que o seu advogado só conseguiu acesso ao
texto na tarde desta sexta-feira.
Malafaia refere-se a uma decisão, em 21 de março, do também
desembargador Sérgio Seabra, do Tribunal de Justiça do Rio. Nela, o
magistrado deferiu, em parte, uma liminar que mantinha as igrejas
fechadas para cultos presenciais, mas abertas para receber pessoas, sem
aglomeração.
Antes, o juiz de plantão Marcello de Sá Baptista havia negado a suspensão dos cultos, como mostrou VEJA em 20 de março.
O MP, então, recorreu. Segundo a justificativa de Baptista, o governo
do estado, à época, não tinha “determinado a interrupção” e o
Legislativo “não criou uma lei neste sentido”. No mês passado, no
entanto, o governador Wilson Witzel publicou decreto suspendendo eventos
e atividades com a presença de público. Com informações Veja
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