O governo começa a pagar na quinta-feira (9) a primeira parcela do
auxílio emergencial de R$ 600 para pessoas inscritas no Cadastro Único
(CadÚnico). Já para os trabalhadores informais ou microempreendedores, o
pagamento ainda depende do cadastro no site ou aplicativo da Caixa
Econômica, que começou a ser feito nesta terça-feira. Em apenas seis
horas de funcionamento, a Caixa Econômica Federal finalizou o cadastro
de 10 milhões de benefícios da renda básica emergencial.
Em
entrevista coletiva na tarde de hoje, o presidente do banco, Pedro
Guimarães, a expectativa é encerrar o dia com 15 milhões a 20 milhões de
trabalhadores cadastrados que começarão a receber o auxílio até o dia
14 de abril.
Guimarães fez um apelo para que os beneficiários
recorram aos meios digitais para tirar dúvidas, para evitar aglomeração
nas agências.
O aplicativo Caixa Auxílio Emergencial pode ser
baixado gratuitamente. Para facilitar, as operadoras de telefonia
liberam o tráfego de dados e é possível navegar pelo canal mesmo sem
acesso à internet. Dúvidas também podem ser retiradas pela linha
telefônica 111, que, só até o meio da tarde de hoje, já tinha recebido
330 mil ligações.
“A gente conseguiu dar vazão ao investimento
muito grande de todos. Peço desculpas se estiver lento. Porque hoje
será, sem dúvidas, o dia de maior intensidade”, declarou o presidente da
Caixa. Segundo ele, a expectativa é encerrar a semana com o
cadastramento de 60% a 80% dos trabalhadores que tenham direito à renda
básica emergencial.
Saques
Quem tem
direito vai receber três parcelas, por meio de depósito na conta
poupança digital que será aberta gratuitamente pela Caixa, ou na conta
que o beneficiário indicar no momento do cadastro. Para evitar uma
corrida desenfreada aos bancos, nessa primeira etapa só será permitido
fazer transferências eletrônicas ou pagar boletos e contas domésticas
por meio do aplicativo Caixa Tem.
O saque será permitido apenas a
partir dos próximos dias, pois a Caixa ainda estuda um mecanismo
seguro, por meio de agendamento em agências, lotéricas e correspondentes
bancários.
“Imaginem no dia em que realizarmos o pagamento, com
20 milhões de pessoas nas agências e nas lotéricas. Não vamos permitir
isso”, destacou Guimarães.
Sem descontos
Como
o objetivo do benefício é levar renda à população em condição de
vulnerabilidade nesse momento de pandemia, o governo fez um acordo com
os bancos para impedir qualquer tipo de descontos. “Mesmo se a pessoa
tiver com alguma pendência, devendo o cheque especial, por exemplo, o
dinheiro vai cair sem nenhum abatimento”, declarou o ministro da
Cidadania, Onyx Lorenzoni. otempo
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