O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que está em
estudo a autorização do uso da hidroxicloroquina e da cloroquina para
pacientes com quadros leves da covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.
O
Ministério da Saúde já havia autorizado que médicos utilizassem as
substâncias para pacientes graves, que estão internados, e pacientes
críticos, que estão em leitos de UTI.
A autorização, se concedida, não equivale à orientação de que o
medicamento deva ser utilizado, mas apenas à permissão de que médicos
prescrevam a substância no tratamento de seus pacientes.
Ainda não
há estudos que comprovem a eficácia da hidroxicloroquina e da
cloroquina no tratamento da covid-19, mas o uso da substância vem sendo
feito experimentalmente e está sendo analisado por pesquisadores.
Segundo Mandetta, está em estudo se o uso em pacientes com sintomas
leves poderia ter o efeito de evitar o agravamento do quadro, mas é
preciso avaliar os riscos trazidos pelos efeitos colaterais do
medicamento.
"Se a gente fizer uso quase que profilático, para
evitar que eles tenham problema à frente, isso ainda existe algum tipo
de dúvida, porque tem efeitos colaterais", disse Mandetta.
O
ministro afirmou que hoje que há no país nove pesquisas em andamento
sobre medicamentos que podem ser utilizados no tratamento ao
coronavírus. Os estudos abrangem cerca de 100 centros de pesquisa e
cinco mil pacientes com quadros de leve a grave.
As principais
substâncias sendo pesquisadas são a cloroquina, hidroxicloroquina com
azitromicina, remdevir, lopinavir com ritonavir, interfeton beta b1,
hidroxicloroquina, dexametasona, tocilizumabe e plasma convalescente.
O Ministério da Saúde espera que os primeiros resultados preliminares dos estudos sejam conhecidos a partir do dia 20 deste mês.
Presidente entusiasta
O presidente Jair Bolsonaro
(sem partido) tem se mostrado um entusiasta da hidroxicloroquina e da
cloroquina como alternativa de tratamento ao vírus, embora ainda não
haja consenso científico sobre sua eficácia.
Segundo a Anvisa
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária) os estudos disponíveis sobre
esses medicamentos ainda não são conclusivos.
Hoje, as substâncias são utilizadas no tratamento de lúpus e malária, por exemplo.
Médicos
e pesquisadores em diferentes países tem estudado o uso das substâncias
no tratamento a pacientes com o novo coronavírus. uol
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