O Jair Bolsonaro
(sem partido) escolheu o delegado Rolando Ferreira de Souza para
comandar a Polícia Federal. A nomeação do novo diretor-geral da
instituição foi anunciada hoje em decreto publicado no Diário Oficial da
União.
A opção foi feita depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) barrou a seleção de Alexandre Ramagem, amigo pessoal da família Bolsonaro.
Número 3 da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Souza é próximo de Ramagem. Reportagem do UOL mostrou
que a aposta sobre ele havia crescido entre policiais, porque, com
Ramagem impedido de assumir pela Justiça, só restaria um mandato-tampão.
E, para assumir essa tarefa, a função só seria aceita por Souza, que já
trabalha com Ramagem.
Outro fator que fez crescer o nome de Souza
foi seu histórico na corporação. Apesar de não estar entre os mais
experientes na casa, foi ele quem "desenrolou" o banco de dados Atlas,
que reúne informações estratégicas para facilitar investigações da PF,
narrou um amigo.
Segundo um delegado e um perito, o delegado é muito pró-ativo e
poderia fazer uma boa gestão, mesmo porque já chefiou a unidade regional
de Alagoas.
Além disso, Souza liderou o setor de repressão a
desvios de dinheiro público na sede da PF em Brasília. Isso o tornou
conhecido de todos, o que desperta confiança, avalia um amigo. E também
pacificaria a polícia, num momento de tensão e desconfiança de que
Bolsonaro age para interferir em investigações e obter informações
estratégicas indevidamente, como denunciou Moro à própria polícia.
* Com informações de reportagem de Eduardo Militão, do UOL, em Brasília
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