A Bolivia vive um momento de tensão pela proposta de criminalização a
evangelização feita pelo presidente do país, Evo Morales. O Novo Código
do Sistema Criminal propõe mudanças na legislação que cercearão a
liberdade religiosa e aproximarão o país do conceito bolivariano de
sociedade, bastante similar ao comunismo por abraçar a ditadura como
modelo de governo.
O artigo 88 do projeto prevê prisão de sete a doze anos para quem
cometer os crimes descritos nos parágrafos daquele tópico. No entanto,
lideranças cristãs chamam atenção para o fato de que o 12º parágrafo
caracteriza como crime “o recrutamento de pessoas para participação em
organizações religiosas ou de culto”.
Segundo informações do portal La Razón,
centenas de evangélicos fizeram manifestações em La Paz, capital do
país. O protesto contou com apoio de advogados e jornalistas, que
enxergam no projeto do presidente o fim da liberdade de imprensa com o
texto dos artigos 309, 310 e 311, que tratam de “injúria e difamação” e
preveem prisão para quem fizer denúncias contra o governo e os políticos
bolivianos.
Em contraponto, o governo da Bolívia argumenta que a liberdade de
expressão, seja religiosa ou de opinião na imprensa, literatura e artes,
é uma “concessão de Estado”, e que os “excessos” precisam ser
combatidos. O mesmo discurso foi adotado no Brasil anos atrás pelo
ex-presidente Lula (PT), que propôs uma lei de regulação da mídia que
tinha ares de censura.
Nesse contexto, o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) prometeu buscar
informações junto às autoridades diplomáticas brasileiras para descobrir
formas de pressionar o governo Evo Morales a retirar do projeto os
pontos que atentam contra as liberdades religiosas.
“Essa nada mais é do que uma tentativa de calar aqueles que são
contra ao seu projeto de perpetuação no poder”, declarou Feliciano em um
vídeo publicado nas redes sociais.
O pastor pediu ainda que os cristãos brasileiros se mobilizem em
oração e se mantenham informados, porque o presidente Morales é parte do
grupo de políticos de esquerda da América Latina e conta com simpatia e
apoio dos partidos brasileiros que atuam nesse espectro ideológico.
“Acordem cristãos, o mal vem com sapatinho de algodão, entrando em
nossas casas e governo. Precisamos resistir para que a Bolívia seja
livre, para que o Evangelho seja pregado porque a liberdade de culto é
um dos maiores direitos individuais do ser humano”, pontuou Marco
Feliciano. com informações gospel+