Apollo
Quiboloy, um polêmico pastor da mega-igreja das Filipinas, que possui
cerca de 6 milhões de seguidores de dízimos nesse país e em todo o
mundo, foi detido por agentes federais em Honolulu, no Havaí, na
quinta-feira passada, depois que cerca de US $ 350.000 em dinheiro e
peças para reunir rifles de estilo militar foram descobertas em seu jato
particular.
Quiboloy, que lidera a Igreja do Reino de Jesus Cristo
, estava entre seis pessoas em seu Cessna Citation Sovereign quando os
agentes da Alfândega e da Aplicação da Fronteira abordaram-na apenas
antes da partida e encontraram o dinheiro e as peças de armas, informou o Havaí . O dinheiro estava totalmente dobrado $ 100 de contas recheadas dentro de meias em uma mala.
Felina Salinas, de 47 anos, de Makakilo, que era o único cidadão dos
EUA no jato, disse às autoridades que o dinheiro era dela e ela foi
presa. É contra a lei federal tirar mais de US $ 10.000 fora do país sem declará-lo.
Salinas, que compareceu no tribunal na quarta-feira, é gerente de
negócios de um ramo da igreja de Quiboloy no Havaí e um fiel apoio. Ela só declarou US $ 40.000, então ela foi acusada de tentativa de contrabando de dinheiro em massa.
O jato do pastor, que vale a pena pelo menos US $ 15 milhões, permanece
no Havaí e o governo federal está trabalhando para aproveitá-lo. Quiboloy, que teria sido no Hawaii para um concerto, voltou para as Filipinas em um voo comercial.
Salinas foi liberado com caução de US $ 25.000 e ela está programada para retornar ao tribunal em 27 de fevereiro.
Quiboloy, que é ex-membro da Igreja Pentecostal Unida, fundou a igreja
do Restauração no 1985, depois de ter dito que recebeu um chamado de
Deus. De acordo com a Ásia Times , Deus veio a sua mãe na forma de uma nuvem depois que ele nasceu e declarou: "Esse é meu filho".
"Quando o Pai me chamou, Ele me isolou em duas montanhas. Ele me deixou
passar por experiências espirituais que nunca tive antes. Ele disse:
'Eu vou te dar os espíritos desses ministérios: o mosaico, o solomônico e
o ministérios proféticos ".
E nessas visões, eu (e muitos outros) me vi em pé, à medida que três
homens grandes e espirituais entraram em meu corpo. A interpretação dos
três ministérios - o mosaico, o solomônico e o ministério profético -
confiou-me pelo Pai ", ele observa no site da igreja. Ele se chama o nomeado filho de Deus.
Desde a sua vocação, Quiboloy tornou-se rico e é amigo de longa data do controverso presidente filipino Rodrigo Duterte.
Ele afirma ter 4 milhões de seguidores de dízimos nas Filipinas, 2
milhões a mais no exterior e atinge 600 milhões de espectadores em todo o
mundo através de sua estação de TV, disse a Asia Times. Em uma entrevista de 2010 com a ABC News , Quiboloy disse que cada membro de seu reino compartilhou sua riqueza e é bem-vindo para ficar em sua mansão.
Ele também notou que Deus revelou a ele em 1983 que ele deveria possuir
um jato e argumentou que todos deveriam aceitar o que eles recebem de
Deus na vida, mesmo que seja a pobreza. "Se não é a vontade de Deus para eu ter essas coisas que tenho, você pode tirá-lo", disse ele.
"É a vontade de Deus que nós seguimos ... Se ele quisesse que eu
vivesse como um rato, se ele quisesse que eu vivesse em riqueza ou na
pobreza, isso não interessa para mim. Coloque-me lá e eu serei feliz
desde que seja a vontade de Deus ". com informações christianpost.com
Um novo caso de morte de um líder evangélico abalou os fiéis da
igreja Centro Evangelístico Internacional Mutuá (CEI Mutuá), em São
Gonçalo (RJ). O titular da denominação, pastor Walter, faleceu no último
domingo, 18 de fevereiro, enquanto pregava sobre os Salmos 119.
“Havia muitas luzes no cenáculo onde estavam juntos. O que eu aprendo
com esta palavra é que havia muita luz… Salmo 119 diz: ‘Lâmpada para
meus pés é a tua palavra e luz para o meu caminho'”, diz o pastor,
fazendo uma breve pausa. “Quem pode dar glória Deus?”, questiona, antes
de cair sem vida.
Na página da igreja CEI Mutuá no Facebook, fiéis deixaram mensagens
de condolências à família e amigos. “‘Combati o bom combate. Encerrei a
carreira . Guardei a Fé.’ 2 Timóteo 4:7. Deus pra si o tomou. Luto.
Pastor Walter, homem de honra”, escreveu um dos fiéis.
“Aprouve o Senhor chamar o nobre Pr. Walter para a glória,
quero
deixar meus sentimentos a todos os familiares, amigos, obreiros e
congregados! Vai ficar a saudades mas tendo a certeza que nos
encontraremos. Deus permitiu que ele pregasse uma última mensagem de
despertamento pra sua igreja, suas últimas palavras foram GLÓRIA A DEUS!”, comentou outro.
O pastor, identificado nas redes sociais apenas como Walter, deixou
filhos e esposa. Não foram divulgados maiores detalhes a respeito do
culto fúnebre e do sepultamento.
Casos semelhantes
Ao longo dos últimos anos, diversos casos semelhantes ao do pastor
Walter foram flagrados pelas câmeras de celulares dos fiéis ou por
sistemas de filmagem das igrejas.
Em novembro de 2015, um pastor morreu no púlpito momentos após terminar seu sermãode domingo, na cidade de Fresno, Califórnia (EUA). Eddie Crain tinha 39
anos e era pastor da North Point Community Church. Ele dedicava-se ao
trabalho com crianças, mas também conduzia os chamados cultos da
família, quando toda a congregação participa.
Crain havia acabado de terminar a mensagem daquele culto, quando deu
um passo para trás e caiu no púlpito, já inconsciente. Os fiéis chamaram
o socorro médico, mas o pastor foi declarado morto, vítima de um ataque
cardíaco. Casado, o pastor deixou esposa e cinco filhos.
Novembro de 2016 marcou a despedida do pastor Jim Watson, que faleceu
enquanto cantava um louvor que ele disse ter sido inspirado por Deus. O
caso foi registrado na igreja Crossroads Family Fellowship, em
Clermont, estado da Flórida (EUA).
Jim Watson estava pregando quando contou à congregação que sentiu o Espírito Santo conduzindo-o a cantar a música In His Presence (“Em sua presença”, em tradução livre), da cantora Sandi Patty.
Quando Watson terminou de cantar a música, ele sofreu um ataque
cardíaco fulminante e faleceu ainda no púlpito. O relato foi feito pela
esposa do pastor, Lisa. “O pastor Jim era um verdadeiro cavalheiro e
exalava o amor de Jesus a todos que conhecia”, comentou o pastor Steven
Halford, que lidera uma igreja na Inglaterra.
Já em agosto do ano passado, um pastor faleceu enquanto pregava em um culto, momentos após afirmar que tinha tido uma visão de um caixão no meio da igreja. Testemunhas afirmaram que o sacerdote caiu sem vida instantes depois de revelar o que tinha visto.
O pastor, identificado como Jimme Javier Cherre Lizama, tinha 46 anos
de idade e era natural do Peru, com visto de permanência no Brasil até
dezembro de 2021. Ele liderava a Igreja Jesus Reis dos Reis, em
Parauapebas (PA), e estava no país desde 2011.
O caso mais recente foi o do presbítero Francisco Noronha,
que sofreu um ataque cardíaco enquanto pregava, caindo no momento da
ministração. Ele foi socorrido pela congregação e levado ao Hospital
Regional de Santo Antônio de Jesus (BA), mas não resistiu e acabou
falecendo, deixando a esposa e duas filhas. com informações Gospel+
Um grupo de fiéis denunciou na tarde desta quinta-feira (15), que tem
passado por momentos de insegurança durante os cultos realizados em um
morro localizado no bairro de Cruz das Almas-AL. Em áudios encaminhados
à Gazetaweb, eles relatam como aconteceram as ações criminosas.
Confira os relatos: Audio Player
De
acordo com os áudios, os assaltos e estupros aconteciam geralmente
durante a madrugada e principalmente durante os momentos de louvor. As
vítimas eram abordadas pelos criminosos e, após anunciarem o assalto,
levavam os pertences e as vezes cometiam o estupro.
O local é
usado por religiosos de diversas denominações para a prática de orações,
e o horário em que os cultos acontecem é sempre durante a madrugada. No
entanto, o local é isolado, escuro e de difícil acesso.
A
reportagem procurou o tenente-coronel Rocha Lima, comandante do Batalhão
de Polícia de Eventos (BPE), responsável pelo patrulhamento da região.
Ele relatou que tem conhecimento dos casos e que trabalha para coibir a
ação dos criminosos.
Morro em Cruz das Almas é utilizado para cultos religiosos FOTO: Felipe Brasil
O comandante afirma que o local é propício a criminalidade por se
tratar de um local ermo, de difícil acesso e que as pessoas devem ter
cautela ao irem fazer suas orações no local. Segundo Rocha Lima, o
trabalho agora é junto com a inteligência da Polícia encontrar os
culpados.
Apesar de termos certeza da salvação em Cristo, o momento de partida
continua sendo motivo de surpresa e angústia para todos nós. O que
aconteceu a Francisco Noronha, 2º vice-presidente da Igreja Assembleia
de Deus – Missão de Santo Antônio de Jesus, na Bahia, exemplifica isso.
De forma inesperada por todos, o presbítero Francisco sofreu um
ataque cardíaco enquanto pregava, caindo no momento da ministração. Ele
foi socorrido pela congregação e levado ao Hospital Regional, mas não
resistiu e acabou falecendo.
Deixando esposa e duas filhas, o velório de Francisco aconteceu no
Templo da Assembleia de Deus da Avenida Barros e Almeida na manhã da
última segunda (12).
Essa não é a primeira vez que um caso como esse acontece. O pastor, cujo nome atribuído é João Pires, faleceu enquanto
pregava. Poucos minutos antes ele disse: “Estou terminando a minha
carreira carreira”, vindo logo em seguida a ter um mal súbito e falecer
diante da congregação.
Em outra ocasião, o pastor Edvaldo José da Silva, da Assembleia de
Deus Ministério Missão, em Arapiraca (AL), conhecido como “pastor
Walmir”, também faleceu durante um culto enquanto pregava. Ele teve um mal súbito e não resistiu, mesmo já tendo sido socorrido.
Em todos os casos, homens de Deus se depararam com a morte física de
forma inesperada, mas suas palavras deixaram evidente a certeza da fé em
Jesus Cristo, vindo após isso a salvação. Que também tenha se cumprido a
Palavra escrita em Filipenses 1:21:
“Porque para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro”. com informações gospel+
O pastor e conferencista George Costa, divulgou um vídeo convocando toda liderança da zona oeste da cidade de Vitória da Conquista, para o próximo encontro de líderes, pastores e ministros engajados no projeto IGREJA UNIDA. O encontro acontecerá no dia 5 de março, às 19:00h, na igreja CEMAP, localizada no bairro Patagônia, no fundo do colégio Fernando Espínola.
O encontro definirá mais uma caminhada de interseção, na região oeste da cidade. Segundo o Pr. George Costa, a primeira caminhada ocorrida no dia 31, já traz resultados significativos pelo poder da oração, reduzindo em 80% a criminalidade na região alcançada pelo trabalho de interseção, o que mostra a importância da oração e da continuidade do trabalho estabelecido por meio da unidade das igrejas da cidade.
A próxima caminhada está prevista para o dia 18 de março, na manhã de domingo, a partir das 9:00h.
Era carnaval de 1990, quando Lilico da Mangueira deu uma
entrevista ao vivo para a repórter Leilane Neubarth (TV Globo). Em plena
Sapucaí, avenida do samba da cidade do Rio de Janeiro, vestido de
mestre-sala, o conhecido campeão nota 10 da Mangueira afirmava que
aquele seria seu último ano no desfile. “Por qual razão?”, questionou a
jornalista. “Vou me dedicar a um compromisso espiritual e enalteço Jesus
Cristo que me trouxe até aqui!”. E assim teve início a nova vida de
William Lourenço Braga, hoje pastor da Igreja Batista Pentecostal
Restaurando Vidas, na Penha, bairro na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Atualmente funcionário do Ministério da Saúde, veio da Mangueira, onde
nasceu e cresceu e foi dedicado ao diabo aos quatro anos de idade. Vivia
em um ambiente de ocultismo, envolvido por práticas de Macumba. Sua
família foi a segunda a povoar o morro e ainda fundou a escola de samba
da Mangueira. Entre o samba e a feitiçaria, Lilico não sabia quantas
reviravoltas Deus iria dar em sua jornada. É o que ele conta nesta
entrevista ao Pleno.News.
“Penso que a igreja não deve estar em um lugar que é consagrado aos demônios”, alerta pastor William Braga Foto: Virgínia Martin
Como ex-integrante da Mangueira, como vê a polêmica
deste carnaval sobre a escola de samba ter sido acusada pela RioTur de
usar intolerância religiosa em seu desfile? Acho que a Mangueira cometeu uma falta de respeito muito
grande. Mas penso que o trabalho de repúdio ao Crivella vem de uma
questão política. É evidente que na parte religiosa eles não professam a
mesma fé que o prefeito. Porém, se fizessem a mesma coisa com os
católicos, com os gays, com os espíritas, teria sempre alguém para
gritar, para reclamar… Mas se fazem contra os evangélicos, ninguém
grita. Assim, continuam a fazer o que querem. No entanto, creio que Deus
é quem vai dar uma boa resposta para todos depois do Carnaval. Se este
prefeito estiver mesmo imbuído de Deus, a Mangueira terá uma resposta
nesta quarta-feira de cinzas.
E o que achou de Marcelo Crivella não ter participado do carnaval da cidade do Rio? Vi que este prefeito é muito corajoso em não ter participado.
Mais do que ser um homem público, ele é um homem seguidor de Cristo.
Melhor ele sofrer debaixo das críticas do povo do que suportar o
carnaval, que não é de Deus. Ele sabe que tem que prestar mais contas ao
céu do que ao inferno.
Como o senhor começou a atuar como mestre-sala? Na Mangueira de onde vim, é natural uma criança de 5 anos, por
exemplo, já ir se definindo em sua posição na escola de samba. Eu era
mascote de uma ala chamada Pobres de Paris. Usava trajes de fidalgos,
saia vestido com capa e espada. E, certa vez, fomos nos apresentar no
Palácio Guanabara. Só que faltou alguém na posição de mestre-sala e me
chamaram para fazer a substituição. Fui indicado pela Neide, uma
maravilhosa porta-bandeira. E eu me sai muito bem. Com apenas 8 anos,
surpreendi naquela ocasião. A Neide se tornou uma professora para mim,
me ensinando a dançar com a delicadeza de um nobre.
Em 1984, eu fazia parte da comissão de carnaval da Mangueira
e estavam decidindo quem ia ser o mestre-sala. Fui indicado por ter
tirado nota máxima em uma escola do segundo grupo, e assumi minha
posição, mesmo contra a vontade de muitos. No ano seguinte, o carnaval
da Mangueira foi um fiasco e a mídia reportou que a única coisa que
tinha valido a pena foi o mestre-sala Lilico, acompanhado da
porta-bandeira Mocinha. Foi a confirmação de que realmente eu deveria
ficar. Ainda assim, 90% do povo da Mangueira não me queria. Preferiam o
mestre-sala Delegado, que era Estandarte de Ouro. E ainda alegaram que
uma pessoa influente na Mangueira, o bicheiro Zinho, teria pago para eu
tirar nota 10. Só que em 1986, o Zinho nem estava mais na Mangueira e eu
tirei 10 de novo. Em 1987, acabei sendo escolhido para fazer a chamada
da Rede Globo de TV e permaneci mestre-sala da Mangueira até 1990,
sempre com nota máxima.
E o caminho até mudar totalmente de vida, como foi? Como mestre-sala da Mangueira, me tornei famoso. Viajei muito
para fora do Brasil, entrei no caminho das drogas, cheirava cocaína,
fumava maconha, bebia muito. Nessa época, eu conhecia um jovem chamado
Emanuel Messias, que vivia de forma errada como eu, mas dizia que um dia
iria para os caminhos de Deus. Ele afirmava que quando isto
acontecesse, o Lilico iria também. Eu negava, me esquivava dizendo que
eu era macumbeiro e ia morrer macumbeiro.
Mas o dia chegou para meu amigo Messias. Ele passou a andar
nos caminhos de Jesus e foi me procurar. Eu estava na casa de minha mãe
na Mangueira, invocando um demônio, pois queria que minha viagem aos
Estados Unidos fosse um sucesso. Antes que a mulher incorporada cortasse
a cabeça do frango, ela ficou estática e disse: “Tá vindo um camarada
aqui que é filho do homem lá de cima. Não deixe ele entrar aqui”. Era o
Messias que estava chegando e que havia se entregado a Jesus. Fui lá
fora e ele me disse, tal como havia dito antes, que tinha largado a vida
torta. “Vim aqui te dizer que o único caminho que você vai ter para ser
feliz é com Jesus. Larga tudo e vem”. Eu neguei. Mas meu amigo
continuou: “Saiba que quando você precisar, fale que o sangue de Jesus
tem poder e ele vai estar contigo onde quer que você esteja”. Messias
ainda disse que havia um demônio dentro da casa e que iria expulsá-lo.
Eu neguei.
Quando voltei, o demônio disse que não podia fazer mais nada
porque havia muita luz ali e desincorporou. A luz era do amigo Messias
como novo homem espiritual. E ele nem sequer tinha entrado no local.
Tudo aquilo me chamou atenção. Hoje eu sei que a Palavra de Deus jamais
volta vazia. Fui mesmo para os Estados Unidos, desfilei em Manhattan.
Adquiri um novo status no Brasil, o internacional Lilico. Fui matéria do
Fantástico, do Globo Repórter, transitava entre artistas como Alcione,
Beth Carvalho, Maria Betânia. Tudo foi me dando projeção.
Sua conversão aconteceu de que forma? Eu tinha muito envolvimento com tráfico de drogas. E nem tinha
necessidade de estar na vida do crime. Afinal de contas, eu era um
artista, um homem instruído. Fiz parte da segunda turma de Educação
Física da UERJ, em 1976. Mas, por estar no meio das drogas, tinha
penetração em várias favelas do Rio de Janeiro e com traficantes como
Meio Quilo, Escadinha, Gordo, todos conhecidos no crime. Por conta
disso, entrei na camada mais pesada do tráfico. Por dois anos fui quase
emboscado na Marquês de Sapucaí, depois do desfile da Mangueira. E
comecei a entender que alguma coisa estava errada.
Eu tinha uma namorada que morava na Itália. Fiz planos de ir
para lá depois do carnaval porque havia uma promessa de que eu iria
morrer após o desfile. Eu era perseguido pela milícia, não pela polícia
propriamente. Certa vez, eu estava fugindo da polícia, que atirou para
cima de mim. Eram três da madrugada de lua cheia e um policial me achou e
colocou a escopeta no meu queixo: “Agora você vai morrer!”, ele disse.
Quando apertou o gatilho, o tiro não aconteceu. Foi quando me lembrei
das palavras do Messias sobre clamar pelo sangue de Jesus. E assim fiz.
Disse ainda que se Deus me livrasse, eu mudaria minha vida. E Ele mudou.
É claro que, naquele momento, falei no sangue de Jesus como
uma espécie de talismã. Até que eu entendesse que a salvação é muito
mais ampla que todas essas coisas e que o sangue de Jesus foi uma
consequência da morte de Jesus na cruz. Mas, na hora difícil, a gente
aplica tudo o que for possível para salvar a própria pele.
Então, no caminho para a Marquês da Sapucaí, o Pedro Paulo,
neto de Tia Zica, disse que estava sentindo que algo iria acontecer
comigo naquela noite. Eu desconfiei. Logo pensei que ele estava sabendo
que alguém iria me pegar na avenida para me matar. Apenas respondi que
eu iria ganhar mais quatro notas 10 e ser considerado o melhor. Ouvi
dele que, mesmo sem entender, sabia que algo bom aconteceria na minha
vida.
Lilico lembra que o Evangelho foi transmitido pela Rede Gobo, porque foi ao vivo. “Se fosse gravado, eles iriam editar”
A verdade é que, dentro do meu coração, eu sentia que a
última coisa que eu queria era estar no desfile. Ao andar pela
concentração, estava cercado por alguns seguranças, mas senti algo
gelado perto de mim e uma voz sussurrou no meu ouvido: “Hoje você morre
na Apoteose”. Em seguida, virei para o outro lado e, inesperadamente,
senti que alguém me abraçava, mas não havia ninguém ali. Foi uma
experiência pessoal, única, real que tive com Jesus ali naquele momento.
Em seguida, fui colocar a fantasia da Mangueira e, na volta,
a produção da Rede Globo me abordou e a repórter Leilane veio me
entrevistar (está registrado em vídeo), querendo saber a razão daquele
ser meu último ano no desfile. Bem, eu tinha planos de ir para a Itália,
mas Deus tem seus próprios planos. Minha cabeça estava na Itália, mas a
cabeça de Deus estava na minha salvação. Na hora, só me veio à mente
aquela resposta que saiu da minha boca: “Enalteço o Senhor Jesus Cristo
que me trouxe até aqui e a partir do próximo ano vou cuidar do meu lado
espiritual”. Ninguém entendeu nada.
Quando a bateria da Mangueira entrou, até o Jamelão estava
lá e eu entrei para dançar, o que ouvi não foi o samba da Mangueira, mas
a canção de louvor “Nosso Deus é soberano, ele reina antes da fundação
do mundo…” Eu dançava ao som dessa música. Comecei a aplicar uma nova
performance que eu nunca havia dançado. Não estava atuando ao som da
Mangueira. E, surpreendentemente, todo mundo estava adorando. E assim
aconteceu, não como o diabo previa. Eu, na verdade, naquela noite, morri
para o samba, morri para a Mangueira, morri para o mundo. Mas nasci
para Jesus. E comecei a viver para Ele desde 1990.
Sobre os desdobramentos? Foi difícil recomeçar tudo do zero. Por conta de muitas
viagens, deixei meu emprego público federal, no IBGE. Com currículo na
rua, só encontrava portas fechadas. Surgiu uma inscrição para motorista
na CEDAE e passei em todas as provas teóricas. Mas na data da prova
prática, eu estaria fazendo uma viagem missionária em Minas e não
estaria no Rio. O interessante é que com três meses de convertido, eu já
tinha lido a Bíblia toda. E muitas coisas que eu havia lido na Palavra
de Deus me garantiam que Ele me sustentaria e que eu precisava confiar.
Deus é fiel e justo para nos guardar. Quando Deus tirou o povo do Egito,
alimentou a multidão com maná. Então, todos aqueles ensinamentos já
estavam dentro de mim. Eu não era um crente desconhecedor da Palavra. Eu
era um novo crente conhecedor das maravilhas que Deus já havia feito na
minha vida.
E fui fazer a viagem missionária. Dois meses depois, um
amigo meu, que era da Mangueira e também havia se tornado pastor, me
procurou e disse que a Superintendência de Campanhas do Ministério da
Saúde, a SUCAM, estava aproveitando o pessoal que havia feito prova para
a CEDAE. Logo fui me apresentar. Na chegada, fui o último a entrar.
Outros não conseguiram e o guarda na entrada ainda disse: “Este era o
último que estávamos esperando” . E lá se vão 28 anos, desde 1991, que
trabalho no Ministério da Saúde.
Como conheceu Elma, sua esposa? Ah! É uma história bonita. Quando cheguei de viagem dos Estados
Unidos, o Cosme, que tinha sido um dos maiores passistas da Mangueira,
estava evangelizando todo mundo e me chamou para ir à igreja. Como
sempre, falei que era macumbeiro e nada tinha o que fazer na igreja. Mas
ele insistiu e me levou. Lá, eu vi a Elma louvando ao Senhor. Sondei se
era casada. Cosme riu e disse que ela “não era para meu bico” e que eu
precisaria caminhar muito com Cristo antes de chegar até ela. Só
respondi que eu um dia casaria com aquela moça. Pois bem, me converti,
fui visitar a igreja do Grotão, na Penha, e lá estava ela. Estamos
juntos há 27 anos. O que pensei em 1985 se concretizou. Hoje temos uma
filha de 18 anos.
Ao lado da esposa e da filha de 18 anos, resultado de uma união de 27 anos
Fale sobre o processo de libertação de todas aqueles vícios. Foi instantâneo. Só demorei mais com o cigarro, mas me libertei
da prostituição e das drogas de forma imediata. Por causa do alto
consumo de drogas, eu era muito deprimido. Fiz tratamento com
psicanalista, com psicólogo, com psiquiatra… e nenhum deles conseguiu me
ajudar com todo o seu conhecimento. Quando aceitei Jesus como meu
salvador, minha vida mudou. E eu que pensava que jamais me libertaria da
Mangueira, que é uma espécie de ópio, é uma droga, e quem se vicia não
escapa. Mas escapei da Mangueira. Tudo porque Jesus se mostrou maior que
tudo. Não uso mais nada. Sou liberto.
E quanto aos demônios? Fui enganado pelo diabo durante 37 anos. Parei. Abri mão de servir a 40 demônios. Não quis mais saber.
O senhor hoje é pastor. De que forma aconteceram consagração e preparo? Pastorado requer um chamado. Eu me lembro de que, em certa
ocasião, estava embalando cocaína com o pessoal. Cada um bebendo uísque,
consumindo droga e, em um momento de silêncio, ouvi uma voz que me
disse: “Vou te tirar disso aí e vou te fazer pastor da minha igreja”.
Impressionado, fiquei olhando para todo mundo. E o dono da boca de fumo
me disse: “Eu escutei o que você escutou”. E riu e ainda debochou de
mim. Quando me converti a Cristo e fui para a igreja, eu já sabia que ia
ser pastor. A partir daí, fui estudar. Cursei Seminário de Teologia,
Psicologia Cristã, Clínica Pastoral e em 1996 fui consagrado ministro do
Evangelho na Mangueira, na Igreja Batista Ebenézer.
O que hoje é o carnaval para o senhor? A origem do carnaval vem dos primórdios da Roma antiga, com seu
deus chamado Dionízio e sua era de orgias. Passou pela Europa e se
estatizou na origem africana. Ou seja, uniu a carga europeia de
fidalguia e realeza com a carga africana de seus batuques e orixás.
Quando os escravos chegaram na Europa, viam os saraus e adaptavam os
passos que a realeza fazia no ritmo do atabaque. Os africanos estavam
acostumados com sua cultura de reverenciar seus orixás. Algumas tribos
reverenciavam a Macumba que tinha um toque diferente do toque do
Candomblé. Com o passar do tempo, influências da Europa, da África e de
Roma, com sua libertinagem, foram dando forma ao carnaval que existe
hoje. Pode ter evoluído para algo mais luxuoso, cultural, como dizem,
tornou-se uma indústria. Mas, lá na essência, continua sendo adoração ao
diabo. Seja com toda tecnologia, com todo avanço, com toda
plasticidade, vai continuar sendo uma festa ao diabo. Continua a ser um
ritmo que contamina sem que as pessoas se deem conta de sua origem e
propósito.
O que acha do evangelismo de evangélicos com estratégias carnavalescas para falar de Jesus pelas ruas? Olha, já estive dos dois lados. Quando estamos do lado de lá, a
visão é cultural, é só artística. Mas do lado de cá, é sempre de
idolatria, é uma idolatria ao diabo. Nem gosto de falar para o sambista
sobre a evolução do carnaval sob a influência do diabo. O sambista não
aceita isso, assim como eu também não aceitava.
Mas sou desfavorável a esse tipo de manifestação da igreja,
que teria muito mais campo para evangelização sem ser dentro do
carnaval, na minha opinião. Creio que os crentes não deveriam estar
dentro de um ambiente que é consagrado ao diabo. Eu posso dizer sobre
algo que vivi e sei sobre a influência dos demônios nessa “festa”. Por
que não evangelizam antes do carnaval? Talvez impedissem que muitos
participassem dele.
No bairro da Penha, no Rio de Janeiro, pastor William Braga faz um trabalho de libertação, atuando também na Cracolândia
E sobre as conversões como resultado do trabalho evangelístico? São primeiramente números. Não sei até que ponto aquele
convertido vai se converter mesmo, se será discipulado, acompanhado. Se a
igreja que está evangelizando for de longe, como será feito o
acompanhamento? Tem que ser algo muito bem planejado. Porque é fácil
tirar uma foto e colocar uma legenda, dizendo que 200 pessoas se
converteram. Só que conversão é mudança de vida e comoção é um momento
apenas. Depois de meses ou anos, apresente para mim o resultado das
conversões ocorridas no carnaval. Apresente essas mesmas pessoas dentro
da igreja louvando e glorificando a Deus. Se eu vir isso, talvez possa
mudar meu pensamento.
O que avalia sobre seu primeiro testemunho na avenida diante das câmeras? O que sei é que lá na avenida havia muitos desviados dos
caminhos de Deus. Eles ouviram e alguns retornaram. Outros foram
impactados e conheceram o amor de Jesus. Pensaram: “o que faz este cara
largar tudo no auge de seu sucesso?”. Eu parei porque Deus me alcançou.
Surpreendentemente, o Evangelho foi transmitido pela Rede
Gobo porque foi ao vivo. Se fosse gravado, eles iriam editar. Tempos
depois, a Globo foi fazer uma reportagem para o Globo Repórter sobre
manifestações religiosas e visitaram a igreja da Mangueira. Quando viram
os milagres de Deus acontecendo ficaram maravilhados. Choravam,
narrando ou filmando. E tudo aquilo não foi ao ar. Porque ou eles pegam
os exageros de algumas igrejas ou a inércia de outras.
O que perdeu? O que eu não tinha. Nada era meu. Segundo o diabo, foi ele que
me deu. O que eu conquistei depois é que passou a ser meu, baseado em
uma fala divina e baseado em uma vida com Deus.
O que costuma fazer durante o carnaval? Quando temos condições, a gente viaja. Ou fica em casa, vai à praia. Ficamos tranquilos.
Por que acredita que o carnaval esteja acabando?
Porque o samba vem sofrendo mudanças muito grandes. O ritmo,
o andamento musical já tem alterações. O sambista tradicional sabe
disso. Ele percebe que o samba vem perdendo sua autenticidade. E eu
queria saber de onde se tirou que carnaval é cultura. Carnaval é festa
da carne.
Como percebe os temas de enredo? As escola têm ficado um pouco sem criatividade. Pegam temas
para chamar atenção ou temas que tenham uma subvenção em sua origem. Vai
homenagear Miguel Falabella a troco de quê? Para angariar apoio dos
artistas e ter suporte da classe.
Como o senhor evangeliza? Não tenho estratégia. Eu me deixo usar por Deus em qualquer
lugar. Se estou na boca de fumo, eu digo que já fiz aquilo e que a
misericórdia de Deus me alcançou. Eu vou aonde for preciso. Meu trabalho
como agente de saúde é visitar lares e se eu tenho oportunidade, falo
de Jesus. Não existe um dia em que eu tenha deixado de falar do
Evangelho para alguém. Informações Pleno.news
Al Bilial*, um ex-muçulmano
fanático, há muito tempo foi um membro ativo de sua mesquita local em
um reino do Oriente Médio. Enquanto estudava na universidade, um amigo
cristão – que também era filho de um evangelista da organização ‘Bíblias
para o Oriente Médio’ lhe deu um exemplar de um livreto com a mensagem
do Evangelho. Como uma cortesia ao amigo, ele leuo material, mas não
acreditou em uma palavra.
Pouco depois, Jesus o surpreendeu ao aparecer diante dele em uma visão.
“Eu
sou o Alfa e o Omega”, disse Ele a Bilial. “Eu sou o começo e o fim. Eu
morri na cruz e ressuscitei da morte para dar a todos a vida eterna.
Aqueles que acreditam em mim terão um lugar comigo no céu. Siga-me sem
hesitar!”.
Bilial conseguiu encontrar o livreto novamente e
contatou o número impresso sobre ele. Um pastor da ‘Bíblias para o
Oriente Médio’ atendeu a ligação e compartilhou a mensagem do Evangelho
claramente com ele. Ele não precisava mais de muito para ser convencido a
se entregar a Jesus como seu salvador pessoal e Senhor, após aquela
visão. Tempos depois de consagrar sua vida a Cristo se comprometeu
plenamente com o cristianismo através do batismo.
Tendo grande
status, tanto academicamente como no Islã, Bilial era extremamente
respeitado por sua comunidade. Mas após ele abraçar a mensagem do
Evangelho, seus pais, parentes e líderes da comunidade queriam
desesperadamente que ele voltasse ao islamismo. Bilial corajosamente
manteve sua preciosa fé cristã.
A comunidade irritada
eventualmente o excomungou da mesquita. Todos – incluindo sua própria
família – passaram a considerá-lo “um inimigo perigoso”.
Bilial
começou a ir para um trecho do deserto para orar todas as noite. Ele se
ajoelhava na areia, sozinho diante de seu Senhor, e por quase duas horas
orava e adorava a Deus.
Alguns jovens terroristas, sob a
liderança do primo de Bilial, Sulfiker*, começaram a formular um plano
para matá-lo. Eles primeiro descobriram aonde e quando ele se ia para
suas orações noturnas. Então, armados com bastões de aço e facas
afiadas, eles o seguiram e ficaram à espreita para atacá-lo.
Mas
os anjos do Senhor cercaram Bilial e lutaram contra os atacantes.
Absolutamente amedrontados, os membros da gangue de Sulfiker se
dispersaram. Bilial, no entanto, permaneceu tão absorvido pela presença
de Deus em seu tempo com o Senhor que nem percebeu o tumulto.
Quando
Sulfiker se afastou, de repente ele caiu em um poço profundo. Ele
quebrou as mãos e as pernas no outono, então, logicamente, mal
conseguiria mover-se, e muito menos sair.
Quando seu momento de
oração e louvor terminou, Bilial levantou-se e sacudiu a areia de seus
joelhos. Ele então sentiu o Espírito Santo levando-o ao poço em que seu
primo havia caído. Ele conseguiu ver imediatamente que Sulfiker
precisava de ajuda para sair dali, então desceu e conseguiu subir com o
jovem em seus ombros. Sulfiker pensou que seu primo deveria estar
furioso com ele.
“Não me mate!”, o muçulmano gritou.
Bilial
arrastou-se, puxou-o do poço e fez alguns curativos de primeiros
socorros. Ele também orou por seu primo e então levou-o para sua casa e
de lá para o hospital.
Sulfiker permaneceu no hospital por várias
semanas, com Bilial quase que constantemente ao seu lado. Quando
pareceu ser o momento certo, ele compartilhou a mensagem do evangelho
com seu primo lesionado. Sulfiker então revelou tudo o que aconteceu na
noite de sua queda. Envergonhado, ele confessou seus pecados e também se
entregou a Jesus Cristo como seu salvador pessoal e Senhor.
Os
amigos de Sulfiker – os companheiros de ataque – também o visitaram no
hospital. Eles obviamente tinham ficado tão assustados quanto ele, ao se
depararem com aqueles anjos guerreiros. Quando Sulfi compartilhou com
eles a mensagem da salvação disponível e possível somente em Jesus
Cristo, eles também precisaram de pouco para serem convencidos disso e
se juntaram a ele em uma oração para se entregarem Jesus.
Todos
já foram excomungados de sua mesquita e enfrentaram severas
perseguições. Eles também participam secretamente de cultos de adoração
em uma igreja subterrânea da região e trabalham evangelizando pela
organização Bíblias para o Oriente Médio.
*Os nomes citados nesta
matéria são fictícios para preservar a segurança destes cristãos, que
vivem em área de grande intolerância religiosa.