Estudantes de universidades e escolas públicas e federais de todo o
país se reúnem nesta quarta (15) contra os cortes promovidos pelo
Ministério da Educação no ensino. Há registros de protestos em mais de
20 estados de todas as regiões do Brasil.
Os manifestantes criticam a medida defendida pelo ministro Abraham
Weintraub de cortar 3,4% do orçamento às universidades federais,
atingindo 30% do total de despesas discricionárias das instituições de
ensino. Estes gastos são direcionados basicamente às áreas de pesquisa e
manutenção dos centros de ensino.
Em São Paulo, já há manifestações ocorrendo no
campus USP, na capital, e outros eventos marcados para acontecer durante
a tarde, na Avenida Paulista. Segundo o sindicato dos professores do
estado, ao menos 32 escolas privadas da cidade também aderiram à
paralisação. No interior do estado, estudantes também marcham na sede da
Unicamp, em Campinas, e na UNSEP, em Rio Claro.
O Rio de Janeiro também tem protestos agendados para
esta quarta e as principais universidades do estado, UFRJ e UERJ,
confirmaram a paralisação de suas atividades.
Em Belo Horizonte, alunos, professores e servidores
da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) participaram de um
protesto contra os cortes. Os organizadores estimam 4 mil participantes,
enquanto a Polícia Militar não divulgou números.
Na região Sul, cidades como Curitiba e Porto Alegre
também concentram protestos. A capital paranaense tem manifestações na
Praça Santos Andrade, no centro da cidade. No Rio Grande do Sul, as
marchas contam com o apoio do CPERS, sindicato local de professores.
O nordeste também tem manifestações nas grandes cidades. Em Salvador,
alunos de escolas públicas e particulares estão com as aulas
suspensas. Colégios de renome na capital baiana, a exemplo do Antônio
Vieira e Sacramentinas e Portinari, aderiram à paralisação. No Ceará, o instituto federal do estado também faz parte da greve.
A mobilização pelo tema também movimenta as redes sociais. No final da
manhã, a hashtag #TsunamiDaEducação estava em primeiro lugar entre as
mais comentadas no Twitter. No Facebook, os maiores eventos chamando o
público para as manifestações reuniam entre 15 mil e 20 mil adeptos. JP