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terça-feira, 14 de maio de 2019

Professor de projeto social é morto após ser baleado ao chegar no local de trabalho

Um professor de um projeto social foi morto após ser baleado no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, nesta terça-feira, de acordo com moradores da comunidade.Segundo eles, a vítima foi identificada como Jean Rodrigo Aldrovande, e estaria chegando ao local onde dá aulas de jiu-jitsu quando foi atingido. Após a ação, moradores realizaram um protesto, veiculado ao vivo na Página Voz das Comunidades, onde os participantes do ato chegaram a atear fogo em objetos — um trecho da Estrada Adhemar Bebiano foi fechado. Policiais chegaram até o local e dispararam bombas efeito moral para dispersar o ato.

Jean foi baleado ao sair de seu carro, um Fiat Palio branco, quando estacionou o veículo em frente ao projeto social, num dos acessos ao Complexo do Alemão. No momento em que o professor deixou o automóvel, teve início uma troca de tiros entre policiais militares e traficantes e Jean foi atingido. Um aluno, que estava próximo ao atleta, também foi atingido por disparo, de acordo com a mãe do professor, Sandra Mara. Ele foi socorrido e levado para o Getúlio Vargas. Ainda não há informações sobre o estado de saúde dele.

Segundo a Polícia Civil, as investigações estão em andamento na DH/ Capital. A perícia foi feita no local. O corpo de Jean Rodrigo da Silva Aldrovande foi encaminhado para o IM. Entretanto, às 19h 40 o corpo de Jean ainda não tinha sido retirado e não havia policiais da Divisão de Homicídios no local.

Pai da vítima, Carlos Alberto Aldrovande, de 65 anos, disse que o filho dava aulas de lutas há sete anos. No período da manhã, Jean trabalhava com o pai, num depósito de gás na Ilha do Governador. À tarde, ia para o Complexo do Alemão. Ele estava próximo ao corpo, que estava coberto.

— Meu filho é morador do Complexo do Alemão desde pequeno. Dava aula de luta há sete anos. Estava chegando para dar aula. Estava na frente do projeto. Foi baleado com um tiro de fuzil na cabeça. Para mim, foi execução — disse o pai do atleta.

Outro amigo disse que ele tentou fugir dos disparos, mas foi atingido.
— O Jean tentou se abaixar, mas uma bala pegou nele — disse um amigo da vítima, que, com medo, pediu para não ser identificado. — Jean sempre ajudou o bairro. Falava com garotos que queriam se envolver com o crime, conversava para que eles começassem a praticar o Jiu-Jitsu, fazer um esporte. 

Outro amigo da vítima, Vitor Gomes, de 20 anos, que trabalha com recreação infantil, disse que Jean havia sido morador de rua e era comprometido com o trabalho na comunidade:
— Ele era um rapaz muito motivador, carismático, brincava com todos. Às vezes, mesmo sem receber, iria trabalhar, dava as aulas. Olhava para ele e jamais pensaria que, no passado, foi morador de rua. Podia estar sol ou chuva, não tinha tempo ruim pra ele — disse o Vitor.

Ele morou alguns anos na rua, depois de se separar de uma ex-mulher. Mas a situação mudou quando conheceu a atual mulher, uma jornalista. Jean foi vice-campeão em uma competição estadual do Rio recentemente.

Protesto após professor ser baleado

As imagens veiculadas pela Página Voz das Comunidades mostram o momento em que os policiais chegam ao local e atiram as bombas de efeito moral para dispersar o ato. Houve correria. Crianças deixavam a escola às pressas, com medo do que ocorria por ali. O clima era tenso na região.
Por volta das 17h, um caminhão do Corpo de Bombeiros chegou ao local para apagar o fogo nos objetos do local. 

O professor dava aulas de jiu-jitsu no projeto que fornecia aulas gratuitas na região. Segundo testemunhas, ele foi baleado e "morreu com as chaves nas mãos".

Pelas redes sociais, internautas comentaram sobre o episódio e o clima tenso na região: "Descanse em paz, que Deus te receba de braço aberto", consta de um comentário na internet. "Indignado, me pergunto: até quando?", reclamou outro. extraglobo

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