O governo do estado de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (20) que
decretou estado de calamidade pública por causa do avanço do coronavírus. A medida, anunciada pelo governador João Doria, será publicada no Diário Oficial no sábado (21).
Segundo Doria, o objetivo não é “gerar pânico”, mas “facilitar e
permitir uma atuação mais correta e precisa” das autoridades para
cumprir o “dever e a obrigação de proteger a população”.
Além do decreto, o governador também anunciou novas medidas que serão
adotadas em todo o estado para conter o avanço do coronavírus nos
municípios paulistas.
Entre as medidas está a suspensão das atividades de serviço público
não essenciais até o dia 30 de abril, o que inclui o fechamento do
zoológico e de outras 102 unidades de conservação ambiental como o
Parque Villa Lobos, horto Florestal de Campos do Jordão, Parque da Água
Branca, entre outros.
O Poupatempo, o Detran e centros esportivos também terão atendimento
presencial suspenso. Entretanto, o governador reiterou que o atendimento
online, por e-mail ou telefone, continuam.
Outra medida anunciada foi o acordo firmado com a Associação Paulista de
Supermercados para que, a partir da segunda-feira (23), o álcool gel
seja vendido nos mercados sem margem de lucro. Ainda será limitada a
venda de duas unidades por pessoa.
Agradecimentos
João Doria também reiterou seu agradecimento, em nome do prefeito de
São Paulo, Bruno Covas, aos profissionais de saúde dos setores público e
privado, aos funcionários de segurança pública e à imprensa.
“Temos que estar juntos para vencer essa guerra. Além de falar em
nome do Bruno, falo em nome de 46 milhões de brasileiros, muito
obrigado.”
No encerramento, recomendou que a população, neste momento, “conviva
com aqueles que fazem parte da sua família e que são os mais importantes
da sua essência”.
“Proteja as pessoas com mais de 60 anos e não permita que elas saim
de suas casas. Prova de carinho e afeto é ter eles (idosos) ao seu
lado.”
China
Durante o pronunciamento, o governador aproveitou para reafirmar a
sua solidariedade à China e ao povo chinês. Nas palavras de Doria, a
China, que foi o primeiro país a registrar casos do novo coronavírus,
está se mobilizando para proteger seus cidadãos e sendo solidários. Por
isso, para ele, “não é justo que, qualquer pessoa, possa fazer qualquer
uma acusação ao povo chinês e à China”. JP