Um experimento com um antiviral deteve o progresso do coronavírus em macacos. Um estudo foi publicado nesta sexta-feira (17/04) pelo instituto americano de doenças infecciosas.
Segundo a agência France Presse, a experiência ainda é
preliminar e não foi analisada pela comunidade científica. Ela foi
realizada para complementar estudos que utilizam o medicamento no
tratamento de pacientes hospitalizados com a doença.
Os
macacos foram divididos em dois grupos, cada um composto por seis
macacos — todos infectados com o vírus da Covid-19. Um dos grupos
recebeu o antiviral e o outro não foi tratado.
Cerca de 12 horas apos a infecção, explicou o instituto, o grupo de
reste recebeu uma dose por via intravenosa e uma dose de reforço diária
durante seis dias. O medicamento foi ministrado com rapidez para evitar o
avanço da doença nos pulmões.
Segundo relatos, apenas um dos seis macacos que teve o tratamento
com antiviral teve leve dificuldades para respirar. Já todos os animais
que não utilizaram o medicamento apresentaram problemas respiratórios.
“A
quantidade de vírus presente nos pulmões foi muito mais baixa no grupo
tratado e o Sars-Cov-2 causou menos danos a estes animais em relação aos
não tratados”, justificaram os pesquisadores.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o presidente da República, Jair Bolsonaro, de costas
- Pedro Ladeira - 11.fev.2020/Folhapress
Enquanto intensifica ataques ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
tratado como seu adversário, o presidente Jair Bolsonaro tem feito
acenos e oferecido espaços no segundo escalão do governo para atrair o
chamado centrão e diminuir o seu distanciamento com o Congresso.
Nesta sexta (17), o ministro Walter Braga Netto (Casa Civil) recebeu
três líderes do bloco no Planalto. O gesto político ocorreu um dia após
Bolsonaro atacar Maia e dizer que o presidente da Câmara quer tirá-lo do poder.
Oficialmente, o líder do Republicanos, Jonathan de Jesus (RR), o líder
do PL, Wellington Roberto (PB), e o do PP, Arthur Lira (AL), foram
recebidos pelo militar e também pelo presidente com a justificativa de
apresentar a eles o centro de comando das ações de combate ao
coronavírus.
Contudo, a visita faz parte da estratégia do Planalto de minar a
força de Maia e tentar trazer para a base do governo esses partidos,
que somam apoios importantes no Parlamento —só PP, PL e PSD têm 116 dos
501 deputados em exercício.
Segundo a Casa Civil, também foram à visita parlamentares do PSL, como Carla Zambelli (SP) e Sanderson (RS).
O centrão é formado por DEM, PP, PL, Republicanos, Solidariedade, PSD e
outros partidos e foi fundamental na eleição de Maia no ano passado. O
grupo controla a pauta legislativa da Câmara e, até então, dava ao
presidente da Casa apoio integral para ser um contrapeso a Bolsonaro.
Na quinta (16), Bolsonaro acusou o presidente da Câmara de conspirar
para tirá-lo do posto e qualificou como péssima a atuação do deputado.
"Parece que a intenção é me tirar do governo. Quero crer que esteja
equivocado", disse Bolsonaro, em entrevista à CNN Brasil, ao comentar a
aprovação pela Câmara de um projeto de socorro aos estados.
Pouco depois, Maia rebateu as acusações e afirmou que Bolsonaro usou “um velho truque da política” de trocar a pauta para tentar desviar a atenção da demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde.
A ida de líderes do centrão ao Planalto nesta sexta foi interpretada
por aliados de Maia como um gesto de que esses parlamentares estão
tentados a ceder ao apelo do governo.
Aliados de Bolsonaro, por exemplo, já teriam colocado à disposição de
alguns partidos espaços importantes. Segundo parlamentares, o PSD
poderia indicar nomes para a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e o PP,
para o FNDE (Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação).
A escalada de ataques contra Maia só teria sido decidida depois
que Bolsonaro teve um aceno mais forte dos líderes de PP, PSD e PL de
que ajudariam a compor sua base no Parlamento.
O presidente precisava dessa sinalização como um contrapeso ao provável desembarque do DEM de seu governo.
Depois do ataque a Maia e da demissão do ministro Luiz Henrique
Mandetta da Saúde, Bolsonaro praticamente sacramentou a saída do partido
--outro integrante do DEM, o fiel ministro Onyx Lorenzoni, aguarda apenas a criação do Aliança pelo Brasil, partido do presidente, para se filiar à legenda.
A aproximação dos três partidos do Planalto é vista com desconfiança no
Parlamento. Nas palavras de um líder que não quis se identificar, o
governo entrou no modo desespero e está se aproximando “do centrão
raiz”, que troca apoio por cargos.
Apesar disso, como há receio de que Bolsonaro não cumpra a sua palavra,
líderes têm resistido a atender aos apelos do presidente.
O movimento de aproximação do centrão também tem como pano de fundo a eleição à presidência da Câmara, em fevereiro de 2021.
Dentro do bloco político já há uma avaliação de que Maia tem
tensionado a relação com Bolsonaro para se fortalecer e tentar ficar no
cargo, com uma manobra para alterar a regra que impede uma reeleição
dentro de uma legislatura.
A leitura feita por um grupo, ainda minoritário, é que a manutenção do
protagonismo de Maia pode inviabilizar qualquer movimento contrário a
ele em fevereiro de 2021.
Do lado do Palácio do Planalto, aliados de Bolsonaro veem nesse
movimento um sinal de fragilidade de Maia e querem aproveitar para se
posicionar na disputa pelo comando da Câmara no ano que vem.
Em tese, Maia não pode ser candidato, mas aliados tentam articular uma
saída jurídica e legislativa para que ele fique no cargo por mais dois
anos, em um movimento que também pode beneficiar o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Maia está no seu terceiro mandato consecutivo à frente da Câmara.
Publicamente, diz que não tem pretensão de ficar no cargo. Internamente,
porém, não esconde que quer ter a palavra final para indicar, pelo
menos, seu sucessor.
Um dos nomes favoritos do presidente da Câmara para sucedê-lo é do líder
da Maioria, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Maia também vê com bons olhos
uma alternativa de fora do bloco como o presidente do MDB, Baleia Rossi
(SP).
O presidente da Câmara tentou conter o movimento de aproximação de
Bolsonaro. Individualmente, chegou a pedir aos líderes que não se
reunissem com o presidente de maneira isolada.
Nas últimas duas semanas, os presidentes do Republicanos, Marcos Pereira
(SP), e do PSD, o ex-ministro Gilberto Kassab, acompanhados de líderes
da Câmara e do Senado, estiveram com Bolsonaro.
Além das conversas com o presidente, deputados do MDB, Solidariedade e
até do PSDB foram ao Planalto na última semana para reuniões com
ministros palacianos. A ida deles ao encontro foi lida por integrantes
do governo como um gesto de descontentamento com Maia.
O presidente da Câmara tem se recusado a sentar para conversar com
integrantes do governo e mantendo críticas ao Planalto em suas
entrevistas coletivas diárias e conversas com empresários.
Auxiliares do chefe do Executivo avaliam que não cabe ao Poder
Legislativo fazer pronunciamentos diários sobre a crise do novo
coronavírus e que o deputado do DEM tem se valido desse expediente para
se manter no campo de oposição.
O governo também sente a falta do contraponto que Davi Alcolumbre fazia na relação com o Legislativo.
Durante o período da pandemia, o presidente do Senado ficou fora da cena
política por quase duas semanas, após ser diagnosticado com o novo
coronavírus.
Quando voltou à rotina, ele se mostrou mais próximo a Maia do
que ao governo. O ponto de inflexão do presidente do Senado foi a
doença. Alcolumbre chegou a parar num hospital em Brasília por dificuldades para respirar.
Nesta sexta, com anuência do presidente do Senado, líderes
partidários fecharam acordo para não votar a medida provisória do
Emprego Verde e Amarelo, que reduz encargos para patrões que contratarem
jovens no primeiro emprego e pessoas acima de 55 anos que estavam fora
do mercado formal. A medida perde a validade na próxima segunda-feira
(20).
O presidente do STF, Dias Toffoli, fez um gesto de apoio a Maia na sessão virtual desta sexta. O ministro voltou a defender um pacto institucional e elogiou o Congresso.
"O Estado é um só. Você pode ter visões diferenciadas , mas tem que
ter responsabilidade. Eu penso que seja o Poder Executivo federal, os
governadores de estados e os prefeitos têm tido uma atuação muito
responsável. O Congresso Nacional, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia,
e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, têm tido uma atuação muito
responsáveis", afirmou Toffoli em uma live organizada do Banco Safra.
Uma pesquisa feita ao longo desta sexta-feira (17/04) pelo instituto Datafolha indicou que 64% dos brasileiros acreditam que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) agiu mal ao demitir o então ministro da Saúde,
Luiz Henrique Mandetta, em meio à crise do coronavírus. Segundo o mesmo
levantamento, 25% dos entrevistados aprovaram a demissão, e 11%
afirmaram não saber.
A pesquisa, segundo o jornal Folha de S.Paulo,
foi feita por telefone com 1.606 pessoas em todo o Brasil e sua margem
de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Apesar
da expressiva rejeição à demissão, a aprovação pessoal do presidente
Bolsonaro melhorou, mesmo que a oscilação tenha ficado dentro da margem
de erro. A porcentagem dos que aprovam a administração de Bolsonaro foi
de 36%, contra 33% de pesquisa realizada entre 1º e 3 de abril.
Os que desaprovam Bolsonaro eram 39% e agora são 38%.
Os
governadores viram sua popularidade baixar nessa pesquisa, mas ainda
são mais bem avaliados do que o presidente da República. O índice de
ótimo/bom para as administrações estaduais baixou de 58% para 54% entre
as duas pesquisas.
Em um estudo publicado pela Academia Chinesa de Ciências,
a pesquisadora Alida Bailleul e seus companheiros de equipe divulgaram
que podem ter encontrado partes de DNA em um fragmento de cartilagem do
crânio de um dinossauro conhecido como Hypacrosaurus, que existiu há
mais de 70 milhões de anos atrás.
O fóssil é pequeno, mas pode conter restos de DNA de dinossauros que
nunca haviam sido descobertos. O material genético traz evidências de
proteínas originais e células criadoras de cartilagem e, além disso, uma
assinatura química que é consistente com o DNA.
Um material genético tão antigo é considerado uma raridade. De acordo
com os cientistas, o DNA de dinossauros não-aviários, que é o caso
deste animal, pode fornecer informações inéditas e ricas sobre a
biologia dos dinossauros. A descoberta, além disso, pode atestar que
material genético de dezenas de milhões de anos atrás ainda pode ser
detectado. Entretanto, os cientistas ressaltam que mais estudos ainda
são necessários.
Caso sejam confirmadas, as descobertas de Bailleul podem significar
que é possível descobrir muito mais sobre os seres antigos. “Acho que a
preservação excepcional é realmente mais comum do que pensamos, porque,
como pesquisadores, ainda não examinamos um número de fósseis
suficientemente grande. Nós devemos continuar procurando”, disse a
pesquisadora no estudo.
Paralelamente, uma equipe da
Universidade de Princeton conseguiu identificar micróbios dentro de um
fragmento de um Centrosaurus, que tem idade similar ao hipacrosauro.
Essa e outras descobertas indicam que comunidades bacterianas podem
estar presentes em DNAs de milhões de anos, mas especialistas ainda não
descobriram como um osso de dinossauro é capaz de manter os organismos.
“Ainda não descobrimos todos os mecanismos complexos da fossilização
molecular usando a química. E não sabemos o suficiente sobre os papéis
que os micróbios desempenham”, diz Bailleul.
Apesar de diversas incógnitas, a pesquisadora reconhece que é
importante levar em conta diversas formas de microorganismos que antes
não eram conhecidas e que podem ser encontradas em ossos de dinossauros.
Ela acredita, porém, que é improvável que as bactérias entrem na
cartilagem e reproduzam seu núcleo.
A paleobiologia molecular está desenvolvendo, ainda, padrões de
evidências e buscando pistas em ossos milenares. “Espero que muitos
paleontólogos ou biólogos, ou ambos, também estejam tentando fazer isso.
Podemos descobrir as respostas mais rapidamente se todos trabalharmos
juntos nisso”, completou Bailleul.
Ela conclui que a pesquisa não é conclusiva, mas que novos estudos
podem comprovar sua hipótese: “Essas são perguntas muito difíceis. Mas
se continuarmos tentando, há esperança de que possamos descobrir a
maioria das respostas”, disse a pesquisadora.
O ministro da Educação Abraham Weintraub garantiu que a
versão impressa da edição do Enem deste ano acontecerá normalmente nos
dias 1º e 8 de novembro. O anúncio foi feito durante uma live no
Instagram do ministro nesta sexta-feira (17).
– Vai ter Enem! Essa quarentena vai acabar em breve! Eu acredito que a crise já vai ter passado!
O Exame Nacional do Ensino Médio terá, pela primeira vez, a aplicação
de provas digitais em fase experimental. Esse modelo acontecerá nos
dias 22 e 29 de novembro e será feito por 100 mil voluntários. Em caso
de problemas, Weintraub explicou que os candidatos poderão fazer a
versão impressa em uma data posterior.
Weintraub também avisou que o prazo para o pedido de isenção da taxa
de inscrição vai até a próxima segunda-feira (20) e o resultado será
divulgado na sexta (24). Em decorrência da crise econômica por causa do
coronavírus, o governo vai suspender temporariamente o pagamento do
Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
– Já está encaminhado o pedido, tramitando no Ministério da Economia e
no MEC. Serão 60 dias e, se precisar mais 30 e, depois, mais 30.
O ministro assegurou que o ano letivo não está comprometido por causa
da suspensão das aulas. O presidente Jair Bolsonaro editou, no início
do mês, uma medida provisória que flexibiliza o número mínimo de 200
dias letivos previstos em lei.
– O ano letivo não está comprometido. A gente flexibilizou a questão
dos 200 dias. A única coisa que a gente pede é que as escolas deem um
currículo de 800 horas/aula, e isso pode ser feito de uma forma mais
flexível.PN
Um pastor foi detido nesta quinta-feira (16) em São Caetano,
no Agreste de Pernambuco, por descumprir o decreto estadual que proíbe o
funcionamento de igrejas e a aglomeração de pessoas em virtude do novo coronavírus. De acordo com a Polícia Militar, o pastor ministrava um culto para cerca de 25 pessoas.
O pastor foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil de São
Caetano, e vai responder um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). JM
Os interessados em fazer a prova do Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem) 2020 têm até as 23h59 desta sexta-feira (17), para pedir a
isenção de pagamento da taxa de inscrição. A solicitação é feita,
exclusivamente, por meio da plataforma virtual Página do Participante, dentro do site do Enem. O procedimento não garante a participação no exame. As inscrições devem ser realizadas de 11 a 22 de maio.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela aplicação do Enem,
o participante habilitado para a isenção em 2019 que não compareceu aos
dois dias de exame deve comprovar o motivo da ausência para pedir nova
gratuidade neste ano. O processo também deve ser realizado pela Página
do Participante.
Tem direito à isenção da taxa quem cursar a última série do ensino
médio em 2020, em escola da rede pública declarada ao Censo Escolar;
tiver cursado todo o ensino médio em escolas públicas ou como bolsista
integral na rede privada, além de ter renda per capita igual ou inferior
a um salário mínimo e meio.
A pessoa precisa também declarar estar em situação de vulnerabilidade
socioeconômica, por ser membro de família de baixa renda, inscrita no
Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico), que
requer renda familiar per capita de até meio salário mínimo ou renda
familiar mensal de até três salários mínimos.
Cadastro
Para justificar a ausência em 2019 e/ou solicitar a isenção em 2020,
os participantes deverão ter o login único do governo federal, pelo portal gov.br.
O acesso poderá ser realizado por meio da Página do Participante do
Enem. A senha deverá ser memorizada ou anotada em local seguro, pois
será necessária para acompanhar todas as etapas do exame, desde a
solicitação de isenção da taxa de inscrição até a consulta dos
resultados, em 2021.
Enem Digital
O exame digital será oferecido a partir deste ano, com implantação
gradual e aplicação-piloto para 100 mil pessoas de todo o país. A
estrutura das provas é a mesma do modelo impresso.
A modalidade tem edital próprio, mas as regras para pedidos de isenção e justificativas de ausência são as mesmas.
As provas da versão digital estão previstas para 11 e 18 de outubro e as do Enem impresso, para 1º e 8 de novembro.