O presidente Jair Bolsonaro anunciou, na manhã desta terça-feira (1º/9) a
prorrogação do auxílio emergencial por meio de Medida Provisória. O
valor das parcelas que serão pagas até dezembro é de R$ 300. Antes da
declaração, o chefe do Executivo se reuniu com parlamentares no Palácio
da Alvorada para discutir os valores e também falar o Orçamento de 2021.
“Depois que nós criamos, há praticamente cinco meses, o
auxílio emergência de R$ 600, ele validou-se por três meses. Por
decreto, nós o prorrogamos por mais dois meses e agora resolvemos
prorrogá-lo por medida provisória até o final do ano", disse.
"O valor, como vínhamos dizendo, é muito para
quem paga, no caso o Brasil, e podemos dizer que não é um valor muitas
vezes para todas as necessidades, mas mais basicamente atende. Até
porque o valor definido agora há pouco é um pouco superior a 50% do
valor do Bolsa Família. Nós decidimos aqui, atendendo a Economia, em
cima da responsabilidade fiscal, fixá-lo em R$ 300", apontou.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, classificou a
decisão sobre o auxílio emergencial como "excelente". Ele explicou que
estender o auxílio emergencial por quatro meses, no valor de R$ 300,
mostra que "o presidente não deixou ninguém para trás" e fez isso
"dentro do que é possível fazer com os recursos que nós temos".
Líder do governo no Congresso, o senador Eduardo Gomes
(MDB-TO) também elogiou a prorrogação do auxílio emergencial no valor de
R$ 300. "O anúncio do presidente Jair Bolsonaro dá, nos últimos seis
meses, com os dois meses de R$ 600, uma média de R$ 400", alegou.
Reforma administrativa
Bolsonaro anunciou ainda que enviará a reforma administrativa ao Congresso na quinta-feira (3/9).
"Que fique bem claro: não atingirá nenhum dos atuais servidores. Ela se
aplicará apenas aos futuros servidores concursados", reafirmou.
Ao lado do presidente, o líder do governo no Senado,
Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), ressaltou a articulação, dizendo que,
além de receber os líderes para criar esse acordo em torno do auxílio
emergencial e da reforma administrativa, o presidente Jair Bolsonaro
ligou para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e para o
presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), na reunião para
comunicar as decisões.
Prorrogação do auxílio emergencial
Sobre o auxílio, na semana passada, Bolsonaro deixou
claro que, na visão dele, uma extensão após esse período é inviável. Ele
classificou que "R$ 600 é muito e R$ 200 é pouco" e também criticou
quem está reclamando da redução dizendo que o auxílio "não é aposentadoria", mas uma ajuda emergencial.
Nas últimas semanas, Bolsonaro tem criticado a
prorrogação do pagamento do auxílio. Ao mesmo tempo em que o programa é o
que mais eleva a popularidade. No último dia 19, o chefe do Executivo
justificou que o atual valor do auxílio custa aos cofres públicos mais
de R$ 50 bilhões mensais.
CorreioBrasiliense