Enquanto as empresas transportadoras se movimentam para mudar a tabela do frete mínimo, os caminhoneiros
acompanham, ressabiados, o andamento das negociações em Brasília. Nesta
quarta-feira 6, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) vai buscar uma readequação para os valores previstos na tabela.
Nas redes sociais, os motoristas temem que o lobby dos
grandes grupos consiga derrubar a tabela recém-instituída pelo governo
como contrapartida ao fim da greve.
Mas eles prometem resistir. “Se essa tabela cair, vai ter uma greve
pior que a última. E aí não vai ter negociação, pois eles vão querer
provar para o mundo que são fortes, vai ser uma grande revolta”, diz
Ivar Luiz Schmidt, representante do Comando Nacional do Transporte (CNT)
e que foi o grande líder da paralisação de 2015.
Foi ele quem criou os primeiros grupos de caminhoneiros no WhatsApp
para organizar os protestos daquele ano. Hoje, Schmidt participa de
quase noventa grupos na rede. “Está todo mundo só esperando que a tabela
seja derrubada para parar tudo de novo”, afirma. “E, pelo que estou
vendo no WhatsApp, pode ter certeza de que isso vai acontecer.”
A tabela de preço mínimo do transporte rodoviário –
definida às pressas pelo governo para interromper a greve na semana
passada – é considerada a maior vitória dos caminhoneiros nos últimos
tempos. Mas, diante da reação do empresariado (principalmente
representantes do agronegócio), eles começam a temer que essa conquista
esteja com os dias – ou horas – contados. informações veja
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