Em uma das disputas presidenciais mais difíceis e polêmicas na
história do Brasil, se destacou nesta semana, precisamente na última
quarta-feira (5), a declaração do candidato João Amoêdo, do Partido
Novo, em defesa da taxação tributária de igrejas e outras pautas
contrárias aos valores cristãos.
O presidenciável apresentou sua visão de Governo durante uma sabatina promovida pelo portal G1, em parceria com a rádio CBN. Além da taxação tributária das igrejas, ele também defendeu a adoção de filhos por homossexuais.
Legalmente, igrejas não apenas cristãs, mas todas as instituições
religiosas do país não precisam pagar o imposto sobre a arrecadação
(imposto sobre a renda obtida – IR); impostos sobre propriedades (IPTU,
IPVA); impostos sobre valores arrecadados em serviços prestados (ISS) e
outros.
A justificativa para tal isenção está na prestação de serviço dessas
instituições ao Estado, uma vez que a grande maioria possui trabalhos
voltados para a sociedade, como centros de reabilitação para dependentes
químicos, cursos de capacitação, assistência alimentar, atendimentos de
saúde, além da própria atividade religiosa que se reflete na qualidade
de vida das pessoas.
Pautas polêmicas de Amoêdo
A proposta de taxação das instituições religiosas está na esfera
burocrática. No entanto, questões como a adoção de filhos por
homossexuais atingem diretamente a ética e os valores que a maioria dos
cristãos consideram inegociáveis.
O candidato se mostrou favorável a essa pauta na parte final da
entrevista, durante a sessão “Pinga Fogo”, posição essa que ainda não
foi explorada em outras aparições do candidato na grande mídia.
Amoêdo não aparece com chances reais de ganhar as eleições desse ano,
segundo às últimas pesquisas de intenção de voto, mas vem sendo cotado
como um forte concorrente entre os últimos do pleito.
Com tais declarações, no entanto, é possível que ao menos entre os
cristãos mais conservadores João Amoêdo se distancie das melhores
pontuações na corrida presidencial. Com informações do InfoMoney.
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