Uma onda de violência contra templos cristãos no país tem chamado a atenção dos líderes e assustado fieis. Templo pichados, depredados e bens destruídos são
o retrato do início de uma perseguição mais acirrada as cristãos no
Brasil por causa de sua posição conservadora bem definida no processo
eleitora que culminou na vitória de Jair Bolsonaro.
Onda em Minas
Mais uma depredação ao patrimônio
cultural e religioso de Minas foi registrada em Minas Gerais. Desta vez,
o crime aconteceu em outro templo católico, na Igreja São José, em
Ituí, na zona rural de São João Nepomuceno, na Região da Zona da Mata. O
templo religioso foi invadido e a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi
quebrada. A Arquidiocese de Juiz de Fora acredita que o ato tenha sido
cometido por intolerância religiosa. O registro do boletim de ocorrência
será feito ainda nesta terça-feira. Este foi o terceiro caso de
vandalismo somente nos últimos quatro dias.
O crime aconteceu no último fim de
semana, mas só foi descoberto nessa segunda-feira. De acordo com a
assessoria de imprensa da arquidiocese de Juiz de Fora, duas pessoas
chegaram na igreja e notaram uma das portas arrombadas. Eles fizeram uma
varredura no local e verificaram que nenhum objeto foi furtado.
Porém, encontraram a imagem de Nossa Senhora de Aparecida, que ficavam
em um andor, jogada no chão. A peça ainda estava enrolada em um pano
amarela e com um terço preso. A parte debaixo se desprendeu, e com o
impacto. Os danos deixaram vários cacos da imagem espalhados pelo chão
da igreja.
A arquidiocese de Juiz de Fora informou que vai registrado o boletim de
ocorrência ainda nesta terça-feira sobre o caso. A hipótese levantada é
de um ato por intolerância religiosa. O invasor ainda não foi
identificado.
Onda de violência
Esse foi o terceiro ato de vandalismo ao
patrimônio cultural e religioso em Minas Gerais. Na madrugada de
domingo, em São João del-Rei, um estudante de psicologia, de 21 anos,
natural de Jundiaí (SP), se tornou suspeito de ter subido na porta da
Igreja de Nossa Senhora do Carmo, de 1732, e quebrar um anjo barroco em
pedra-sabão e outros adornos que compõem a entrada do templo. O imóvel
está localizado na Praça Deputado Augusto das Chagas Viegas, no Centro
Histórico.
No sábado, em Conselheiro Lafaiete, na
Região Central de Minas, a imagem centenária de Nossa Senhora das
Graças, de origem francesa e feita em gesso, se transformou em cacos
quando um jovem de 18, aproveitando que o templo estava vazio, entrou na
Igreja de São Sebastião e puxou do altar lateral a peça de 1,20 metro
de altura. Na noite anterior, a mesma pessoa foi acusada de quebrar
vidros do Posto de Saúde da Família (PSF) do Bairro Alto do Guarani, na
mesma cidade.
Templos evangélicos na mira
A greja Assembleia de Deus da cidade de Moreno, na Grande Recife (PE), amanheceu pichada nesta segunda-feira (29) com frases contra o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
Palavras ofensivas, palavrões e frases
de apoio ao PT mostravam o descontentamento do grupo com o resultado das
urnas. Na lateral da igreja, o grupo ainda escreveu: “Lula livre”.
A igreja preferiu não emitir nota a respeito do ocorrido.
A igreja preferiu não emitir nota a respeito do ocorrido.
Ao longo da campanha eleitoral, várias igrejas evangélicas foram alvos de depredação,
pois muitos líderes religiosos resolveram apoiar Bolsonaro como
candidato. Os grupos contrários a ele, não satisfeitos, resolveram
atacar as igrejas.
A destruição de bem cultural protegido é
crime previsto no art. 62 da Lei 9605/98. Os autores da infração estão
sujeitos a pena de reclusão de um a três anos de prisão, e terão que
pagar multa. Além disso, têm a obrigação de restaurar o bem danificado.
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