Na última sexta-feira, a revista Trip publicou uma entrevista com Fábio Porchat,
que está gerando muitos comentários e críticas por parte dos cristãos. O
apresentador falou sobre seu trabalho, sexualidade e também expôs seu
ponto de vista a respeito da espiritualidade.
Porchat apontou a fé em Deus como uma “grande invenção” da humanidade, usada para tornar a vida mais suportável.
“Eu não acredito em nada. De Deus a astrologia, acho tudo uma grande
invenção para as pessoas justificarem a existência, suportarem a vida,
que é horrível”, disse. “Pensa: 98% das pessoas no mundo estão f***das –
se todos soubessem que a vida é uma merda e que não há nada depois
dela, iam pensar só em si mesmas acima de tudo e ia virar um caos”.
Jesus e Bíblia
Continuando seu raciocínio, Porchat foi mais específico a respeito da
fé cristã e disse acreditar que Jesus viveu entre a humanidade, mas
simplesmente como “um cara maneiro” e não como o filho de Deus.
“Pelo que falam de Jesus, ele deve ter sido um cara maneiro para
caramba: pregava o amor, dava a outra face para bater, impedia
apedrejamentos. Agora, falar que é filho de Deus? Peraí”, acrescentou.
O apresentador e humorista também apontou como uma “maluquice” o fato dos cristãos acreditarem na Bíblia, por ser um livro antigo e “ultrapassado”, que mais parece uma “série de histórias”.
“Também acho uma maluquice as pessoas acreditarem na Bíblia. Uma
coisa é ler como uma série de histórias inspiradoras. Se as coisas
mudaram de 30 anos para cá, imagina nos últimos dois milênios. Como é
possível pegar um livro escrito há 2 mil anos, ler aquilo e seguir como
código de conduta?”, questionou.
O apresentador chegou a demonstrar certa falta de conhecimento sobre a contextualização histórica da Bíblia em sua crítica.
“E cada um só lê o que convém: a Bíblia diz que não pode fazer a
barba, que mulher não pode sair menstruada, não pode comer carneiro, mas
aí as pessoas escolhem entender apenas que não pode ser gay”, afirmou.
Ao final de sua resposta, após dizer que pontos básicos do
cristianismo são “maluquice”, Porchat disse que “respeita” as crenças
das pessoas, mas ressaltou que a visão cristã sobre muitas questões
sociais importantes são uma “loucura”.
“É lógico que respeito a religiosidade das pessoas, cada um acredita
no que fizer melhor para si. Só não acho que religião deva influenciar
outros assuntos importantes. A bancada evangélica escolher o ministro da
educação, por exemplo, é uma loucura. O mesmo vale para decisões
importantes para a sociedade, como aborto, legalização do casamento gay,
genoma, análise de DNA, clonagem e muitos outros”, destacou. ministerioengel.com
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