Nesta quarta-feira (8/5), o deputado federal Marcelo Freixo 
(PSOL-RJ) apresentou um projeto de decreto legislativo (PDL) que visa 
suspender os efeitos do decreto
 nº 9.785, assinado nesta terça-feira (7/5) pelo presidente Jair 
Bolsonaro, que facilita o porte de armas de fogo para uma série de 
categorias de profissionais. 
Na lista, há 
advogados, residentes de área rural, profissional da imprensa que atue 
na cobertura policial, conselheiro tutelar, caminhoneiros e 
profissionais do sistema socioeducativo. O texto do PDL afirma que o 
decreto assinado por Bolsonaro é visto como um "inadmissível retrocesso 
nas políticas públicas de controle de armas de fogo e do seu uso".
Além
 disso, o texto critica a atuação do chefe do Executivo. "Está evidente 
que o chefe do Executivo está legislando por decreto, tanto que há 
projetos de lei em tramitação no Congresso para dar porte de armas para 
agente socioeducativo, oficial de Justiça."
O PSOL
 Nacional também vai apresentar um Ação Direta de Inconstitucionalidade 
(Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a corte a 
inconstitucionalidade do decreto de armas assinado por Bolsonaro. 
Segundo o partido, Bolsonaro não respeitou as próprias competências e 
"usurpou as competências do Congresso Nacional, que é o único que pode 
ampliar as pessoas que podem portar e possuir armas".
Audiência com Moro
Na
 audiência da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime 
Organizado, da Câmara dos Deputados, realizada nesta quarta (8/5) com a 
presença do ministro da Justiça, Sérgio Moro, o assunto voltou a ser 
abordado. 
Moro foi questionado pelo deputado 
Marcelo Freixo, que solicitou a audiência e é autor do projeto de 
decreto legislativo. "Porque incluir mais 20 categorias? Porque legislar
 por decreto? O senhor concorda que o presidente substitua esta casa 
(Congresso Nacional) e faça uma legislação por decreto no que diz 
respeito ao porte de armas?", questionou Freixo. CB


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