A afirmação do ministro da Economia, Paulo Guedes, que comparou nesta
 sexta-feira os servidores públicos a "parasitas" que querem reajustes 
automáticos, repercutiu negativamente entre as diversas entidades desses
 trabalhadores. Os sindicatos e associações divulgaram notas de repúdio 
ao ministro.
No fim da tarde, após as inúmeras críticas recebidas,
 o Ministério da Economia, em comunicado, afirmou que a declaração foi 
"tirada de contexto" e que o foco na reforma administrativa foi 
desviado.
A
 Associação Nacional de Auditores Fiscais da Receita federal (Unafisco 
Nacional), em nota, repudiou as declarações de Guedes, afirmando que "se
 partilhássemos da descompostura do Ministro, poderíamos compará-lo a um
 serviçal do mercado, que promove a falência do Estado em detrimento do 
povo brasileiro".
"A Unafisco rechaça com toda veemência e 
indignação tal classificação rasa e generalizada, porque os auditores 
fiscais da Receita Federal exercem com orgulho e lisura suas atribuições
 sempre buscando a justiça fiscal e a proteção da economia nacional , 
seja na fiscalização e arrecadação dos tributos internos, seja na 
fiscalização do fluxo de nosso comércio internacional e de nossas 
fronteiras. O assédio institucional que vem sendo praticado pelo Sr. 
Paulo Guedes em relação aos servidores públicos já ultrapassa os limites
 legais e merece reação à altura".
O Sindicato dos Servidores das 
Justiças Federais no Estado do Rio (Sisejufe) também criticou as 
declarações de Guedes feitas durante evento no Rio. Segundo a entidade, 
quando diz: “O hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita, o 
dinheiro não chega no povo e ele quer aumento automático”, o ministro, 
além de fazer um comentário desrespeitoso, incompatível ao cargo, 
demonstra má-fé e desconhecimento quanto à realidade do funcionalismo 
público.
"O ministro Paulo Guedes atacou os servidores com a 
grosseria que lhe é costumeira", afirma nota divulgada pelo Sindicato 
dos Profissionais da Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe/RJ). De 
acordo com o comunicado, o ministro reproduziu uma visão de mundo 
deturpada, preconceituosa e estreita que compartilha com os demais 
integrantes do governo.
"O ministro, ao invés de atacar 
gratuitamente os servidores, deveria cuidar melhor da economia 
brasileira, que se mantém com mais de 12 milhões de desempregados, 41 
milhões de trabalhadores informais e 7 milhões de subocupados – números 
explosivos e terríveis que comprovam a desastrosa política econômica de 
Guedes/Bolsonaro". Extra
 






 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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