Em conversa com pastores na entrada do Palácio do Planalto, o presidente
Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (02) que desconhece hospitais
que estejam lotados por conta da doença e que o coronavírus ‘não é isso
tudo que estão pintando’: “O vírus é uma coisa que 60% vai ter ou 70%.
Não vai fugir disso. A tentativa é de atrasar a infecção para os
hospitais poderem atender. Eu desconheço qualquer hospital que esteja
lotado. Desconheço. Muito pelo contrário. Tem um hospital no Rio de
Janeiro, um tal de Gazolla [Hospital Municipal Ronaldo Gazolla], que se
não me engano tem 200 leitos, só tem 12 ocupado até agora. Então, não é
isso tudo que estão pintando até porque, no Brasil, a temperatura é
diferente, tem muita coisa diferente aqui”, apontou.
O presidente disse ainda que é necessário convencer governadores a não
continuarem sendo radicais. Ele voltou a atacar o governador de São
Paulo, João Doria, dizendo que ele ‘acabou com o comércio’. “O
governador Doria acabou de fazer um vídeo agora. Um vídeo assinado pelos
governadores do Sul e Sudeste dizendo que eu sou responsável e tenho
que resolver o problema de arrecadação deles. Eles acabaram com o
comércio. O Doria acabou com o comércio na estrada. Não pediu para mim,
não conversou comigo, para fazer aquela loucura. É aquela história: o
corpo está doente, vamos dar o remédio. Agora, se der três ou quatro
vezes a dose a mais, é veneno. É o que o governador fez em São Paulo: um
veneno. Acabou ICMS, vai ter dificuldade para pagar a folha agora, com
toda certeza, nos próximos um ou dois meses... E quer agora vir pra cima
de mim?Não.
Tem que se responsabilizar pelo que ele fez. Ele tem que
ter uma fórmula agora de começar a desfazer o que ele fez de excesso há
pouco tempo. Não vai cair no meu colo essa responsabilidade. Desde o
começo, eu estou apanhando dele e mais alguns exatamente por falar
isso."
Bolsonaro também comentou sobre as críticas que recebeu sobre a
visita que fez a regiões de Brasília no último dia 30 e desafiou
governadores a fazerem o mesmo para conhecerem a realidade dos
trabalhadores informais.
“Duvido que um cara
desses, um governador desses, um Doria da vida, um Moisés [Carlos], vai
no meio do povo. Não vai. Algumas outras autoridades que me criticam,
vai lá conversar com o povo. A justificativa é: 'não vou porque posso
pegar...'. Tá com medinho de pegar vírus? Tá de brincadeira”, concluiu.
Os pastores oraram por Bolsonaro e pediram uma linha de crédito para igrejas. CB
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