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quinta-feira, 30 de abril de 2020

Sergio Moro apresentará provas contra Bolsonaro no STF

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou, em entrevista à revista Veja, afirmou que não vai admitir ser chamado de mentiroso pelo presidente da República, e que apresentará à Justiça as provas que demonstram que o presidente tentou de fato interferir na Polícia Federal. 

“Nunca foi minha intenção ser algoz do presidente”, afirmou o ex-ministro. Sergio Moro também contou que o presidente Bolsonaro não é tão combatente à corrupção como afirma ser. 

“Sinais de que o combate à corrupção não é prioridade do governo foram surgindo no decorrer da gestão (…). Teve esse episódio da demissão do diretor da Polícia Federal sem o meu conhecimento. Foi a gota d’água”, afirmou Moro. 

Ao ser questionado sobre as provas que tem a respeito da interferência de Bolsonaro na polícia federal, Moro afirmou: ” As provas serão apresentadas no momento oportuno, quando a Justiça solicitar”.

O ex-ministro da Justiça afirmou que outros ministros do governo Bolsonaro sabem quem tem a razão nesta história: “Não posso admitir que ele [Bolsonaro] me chame de mentiroso publicamente. Ele sabe quem está falando a verdade. Não só ele. Existem ministros dentro do governo que conhecem toda essa situação e sabem quem está falando a verdade”.

Como de praxe, os bolsonaristas iniciaram um ataque à reputação de Sergio Moro e até mesmo de sua esposa. ” Atacaram minha esposa e estão confeccionando e divulgando dossiês contra ela com informações absolutamente falsas”, relatou Sergio Moro. 

Ainda assim, o ex-juiz da Operação Lava Jato afirma gostar do presidente. ” Pessoalmente, gosto dele. No governo, acho que há vários ministros competentes e técnicos”, contou Moro.  

Apesar do conflito com o presidente Jair Bolsonaro, Sergio Moro não se arrepende de ter abandonado a magistratura para participar do governo. “Embora soubesse que minha ida para o governo seria controversa, o objetivo sempre foi continuar defendendo a bandeira anticorrupção, evitando retrocessos. Não, não me arrependo. Acho que foi a decisão acertada naquele momento. Agradeço ao presidente por ter me acolhido”, relatou o ex-ministro.
 MBL

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