A Rede de Pesquisa Solidária é iniciativa que reúne dezenas de instituições acadêmicas públicas e privadas. O grupo aponta que o governo já gastou R$ 75 bilhões dos R$ 152 bilhões destinados ao auxílio. O número de beneficiários atingiu 58 milhões, segundo a Caixa Econômica Federal.
Os pesquisadores estimam que a prorrogação do auxílio por mais três meses custaria R$ 121,5 bilhões, ou R$ 40,5 bilhões por mês, num cenário em que seriam mantidos o valor mensal do auxílio e os limites que restringem o acesso ao benefício, como fazem diversos projetos em discussão no Congresso.
– Mesmo com um aprofundamento da crise, o custo mensal do programa não seria muito diferente do que observamos agora, por causa das restrições impostas pela lei – diz o sociólogo Ian Prates, pesquisador do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) e um dos coordenadores do grupo.
Em abril, a Rede de Pesquisa Solidária aponta como opção para financiar a prorrogação do auxílio emergencial nos moldes atuais a criação de uma contribuição que atingiria temporariamente pessoas que têm renda mais elevada, com alíquotas de 10% a 20% para os que tiverem renda mensal superior a R$ 15.675.
*Folhapress
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