O candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo
Alckmin, afirmou, nesta quinta-feira (13), que os eleitores de seu
adversário, Jair Bolsonaro, estão “abrindo caminho para a volta do PT”. A
declaração foi dada durante sabatina dos jornais O Globo e Valor
Econômico e pela revista Época.
Durante a entrevista, o presidenciável falou sobre suas propostas e
ideias de governo. Ele também criticou os partidos de esquerda e definiu
os outros candidatos como vários tons de PT. Alckmin disse que votar no
candidato do PSL irá possibilitar que o PT retorne ao poder.
– Muita gente que está votando no Bolsonaro não sabe que está
elegendo o PT. Muita gente está votando no Bolsonaro e dando passaporte
para volta do PT e o que eu puder fazer para evitar isso vou fazer. Acho
que vai ter voto útil, à medida que vai avançando a campanha –
explicou.
O candidato do PSDB também deixou claro que seu partido sempre foi da
oposição e que os outros partidos são todos relacionados ao
ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.
– Tem vários tons de PT, como disse o Boulos. O PT e os adoradores do
Lula. Tem o Ciro, a Marina, o Boulos e o Meirelles, que foi presidente
do Banco Central (na gestão Lula). Nós sempre fomos oposição – disse, ao
se referir ao projeto de outras correntes nas eleições – apontou.
O presidenciável também comentou as denúncias contra membros do PSDB,
como o ex-governador do Paraná, Beto Richa. De acordo com ele, seu
partido não passa “a mão na cabeça de ninguém”, mas que é preciso
esperar a conclusão das investigações.
– Nós não passamos a mão na cabeça de ninguém. O que vejo é que há
necessidade de proteger as instituições. Queremos que se investigue,
puna os culpados e absolva os inocentes. Pessoas citadas devem se
explicar. É claro que foi uma grande surpresa. Vamos aguardar as
investigações – destacou.
Ao longo da entrevista, Geraldo Alckmin voltou a criticar novamente
Jair Bolsonaro e disse que, ao longo do tempo que passou na Câmara dos
Deputados, só votou de maneira corporativa.
– O que é Bolsonaro? Corporativismo puro. Sete mandatos defendendo
carreira, corporação. Vota contra quebra do monopólio do petróleo, das
telecomunicações, contra o Plano Real. É preciso mudar o sistema
eleitoral – ressaltou. informações pleno.news