Uma das descobertas mais fascinantes
da arqueologia moderna é, sem dúvida, a revelação de que o anel
descoberto da década de 1960, pelo arqueólogo Gideon Forster, da
Universidade Hebraica de Jerusalém, pertenceu ao governador romano
Pôncio Pilatos, responsável pelo julgamento que levou a crucificação de
Jesus Cristo, como diz a Bíblia.
O achado foi um dos muitos artefatos encontrados na época, durante
escavações na fortaleza do rei Herodes (73 a.C. a 4 a.C.), localizada no
deserto da Judeia, 12 km ao sul de Jerusalém.
Até então os pesquisadores não haviam decifrado a inscrição na
superfície do anel de bronze, mas graças aos avanços tecnológicos foi
possível utilizar uma técnica especial de leitura ampliada, mediante
fotografias computadorizadas, para revelar o significado da inscrição,
50 anos depois.
Atualmente, uma equipe liderada pelo Dr. Roee Porath, também da
Universidade Hebraica de Jerusalém, descobriu que o anel contém a imagem
de uma taça de vinho com uma inscrição em grego que diz: “Pilatus”.
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Imagem do anel que pertenceu a Pôncio Pilatos |
Por ser uma peça simples, os cientistas acreditam que o anel era
utilizado por Pilatos no seu dia-a-dia, como uma espécie de carimbo para
autenticar documentos em seu nome. Existe a possibilidade de que
funcionários também possam ter utilizado o anel sob o seu comando, com o
mesmo propósito.
A revelação do nome de forma precisa não deixa dúvida quanto à sua
autenticidade, por se um nome raro na época. A peça também revela a
importância de Pilatos naquele contexto, em Roma, exatamente como
descreve a Bíblia.
“Não conheço nenhum outro Pilatos do período e o anel mostra que ele
era uma pessoa de influência e riqueza”, disse o professor Danny
Schwartz, segundo informações do jornal
Haaretz.
A descoberta arqueológica é mais uma que acrescenta evidências históricas precisas da época de Jesus Cristo,
confirmando cientificamente que os relatos narrados na Bíblia Sagrada
possuem pleno respaldo histórico, corroborando ainda mais com a fé
cristã, o que significa um duro golpe para céticos e ateus.