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domingo, 9 de dezembro de 2018

'Bolsonaro não tem um projeto para o País', afirma Luciano Huck

O apresentador e empresário Luciano Huck diz não enxergar nas propostas do presidente eleito Jair Bolsonaro “um projeto de País”. Embora afirme que Bolsonaro “não enganou ninguém” durante a eleição e defenda um voto de confiança no futuro presidente, Huck cobra um plano de redução da desigualdade para o País “não ficar andando de lado para sempre”. O apresentador já admitiu que não tem mais como sair da “caixinha” da política, onde entrou quando passou a ser cotado como um potencial “outsider” na disputa presidencial deste ano. Após muitas especulações, ele não aceitou entrar na arena eleitoral. Nesta entrevista ao Estado, Huck admite que centro está convergindo para um novo partido e comenta as acusações contra o senador Aécio Neves (PSDB) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Em entrevista recente ao ‘Estado’, você disse que não conseguiria mais voltar "para a caixinha que estava". Qual será seu próximo passo na política? Vai se filiar a algum partido?
Minhas intenções não mudaram. Minhas movimentações nesse último ano e meio nunca foram um projeto político, pessoal, uma coisa personalista no sentido de algo que eu estivesse fazendo ao meu favor. Desde o começo foi uma convocação geracional. E eu acho que ela segue sendo assim. Estou há 19 anos viajando o País muito intensamente – de todos os cantos e todos os recortes. Isso ninguém tira de mim. Você pode fazer mestrado em Harvard, mas isso você não vai aprender. E o que me incomoda, há algum tempo e de maneira bem franca, é a desigualdade que a gente tem no País. Então se a gente não tiver um projeto claro e bem desenhado de redução de desigualdades esse País vai ficar andando de lado pra sempre. Acho super legal as iniciativas do terceiro setor e de filantropia. Por outro lado, só quem vai ter o poder, de fato, de reduzir a desigualdade no País é o Estado. Quem toca o Estado é a política. 

O tema da desigualdade passou ao largo na última campanha...
Acho que ficou muito claro nessa eleição que as pessoas estavam sedentas por coisas novas. Acho que o Bolsonaro é a cristalização, a materialização desse inconformismo, dessa descrença da política como um todo. Mérito dele. Está eleito presidente. Mas eu não enxerguei na campanha como um todo, de todos os candidatos, e sigo não enxergando, um projeto de País. Eu não consigo ver. A gente fica discutindo aqui a fiação e o encanamento, mas não as reformas estruturais necessárias, que todos concordam, e que são necessárias para o País não quebrar. Mas são discussões de calculista. Não enxergo qual é o projeto de País. E nas agendas que dependem da crença pessoal do Bolsonaro, ele também não está mentindo. A chancelaria, por exemplo, eu posso não concordar. A educação, que quando ele chegou a aventar o nome do Mozart (Neves Ramos), eu disse “caramba bicho!” eu vou festejar o Bolsonaro... Mas, não, ele foi para um caminho que é o que ele pensa. 

Não enxerga um projeto de País no futuro governo Bolsonaro?
A gente vive em uma democracia. Ele ganhou a eleição. A eleição está ganha. Ele vai fazer o governo dele com as coisas que ele acredita. Eu acho de verdade que, nesse momento, não é para fazer oposição. Eu acho que a gente tem que dar um voto de confiança para quem ganhou. A beleza da democracia é que a votação é individual, mas a responsabilidade pelo resultado é coletiva. Ele ganhou a eleição legitimamente. Não é hora de fazer oposição. É hora de ter diálogo, é hora de conversar. Não acho que o Bolsonaro enganou ninguém. Ele está fazendo exatamente o que falou que ele ia fazer. A equipe econômica é uma equipe extremamente competente, liberal, com uma cabeça boa, comprometida e com nomes muito bons, começando pelo Paulo (Guedes) de quem eu tenho muito respeito e gosto. 

Mas você vê no Bolsonaro um projeto de País?
Eu acho que não. E não estou falando isso como uma coisa negativa. Acho que ele não teve nem tempo. Ele ganhou a eleição agarrado no cangote, com 7 segundos de televisão, sem dinheiro... Ganhou na raça e na marra. Eu não acho que ele tenha um projeto de País, mas as pautas com as quais ele ganhou a eleição, ele vai poder atuar. O Sérgio Moro, de quem eu gosto e tenho muito respeito, acho que ele tem várias funções nesse governo. Primeiro, para quem colocava em xeque a democracia, sob o ponto de vista das coisas que o Bolsonaro disse no passado... o Sérgio Moro é um legalista. Quando você põe um legalista como ministro da Justiça com o poder que ele tem, está claro que as leis serão seguidas. E do outro lado, uma agenda liberal na economia que ele pode fazer virar realidade. Precisa de uma agenda eficiente por um lado, mas ela tem que ser afetiva. Se você não tiver uma agenda social muito focada, com prioridades claras, o País vai continuar sendo desigual. A redução de desigualdade é um problema enorme e de solução complexa. Precisa ser prioridade, mas acho que não vai ser nesse caso. 

Em pautas como flexibilizar o estatuto de desarmamento, Escola sem Partido e meio ambiente, há risco de retrocesso?
Vejo risco de retrocesso. Na educação, vejo. A evolução que a gente teve nos últimos 20 anos no Brasil chegou em um nível tão bacana que você pega todos que estudam a educação hoje está tudo meio em um consenso, os discursos estão meio parecidos. Todo mundo sabe os nossos problemas. O nosso problema hoje é o de subir o sarrafo da qualidade. Hoje em dia é qualificar e avaliar professor, é combater evasão escolar, é você fazer alfabetização no tempo correto, é você transformar a escola no epicentro da cidade e da sociedade. Está todo mundo nesse caminho. Agora, a cabeça que o Bolsonaro colocou ali... Para mim, discutir escola sem partido agora é uma bobagem tão grande. 

Como tem lidado com o Fla-Flu da política?
Tem que ter meio tom. Mas o meio tom não tem que ser um partido político, do tipo temos que fazer um partido de centro...Eu realmente não tô nessa página. É muito mais fácil eu ficar na televisão fazendo o meu programa e ganhando o meu dinheiro do que estar aqui falando desses assuntos com você. Isso aqui é exatamente fora da minha zona de conforto. O que está acontecendo comigo é que eu não quero me politizar porque eu não quero ser político. Eu quero ser um cidadão atuante que, de fato, vai contribuir para um novo ciclo para o País - trazendo gente, curando gente, trazendo ideias, rodando o mundo, encontrando soluções. Eu quero rodar o Brasil e poder criar um ímã potente para atrair gente afim de fazer diferente. As lideranças, naturalmente, vão aparecer. Dentro desse contexto, que não é simples, eu não estou preocupando se é de direita ou de esquerda. Eu quero ver as boas ideias. No final das contas é sobre como a gente melhora a vida das pessoas, como a gente reduz desigualdade, como que a gente melhora a questão das favelas, como a gente distribui renda, como a gente inclui a dona Maria Inajá, uma analfabeta funcional com 6 filhos, para além do Bolsa Família, como é que os filhos dela podem ter um futuro... A discussão de como a gente pode ter um País menos desigual... e não quer dizer que o rico tem que ficar mais pobre, não, eu só quero que quem esteja embaixo tenha um nível de decência pelo menos . Eu vou chutar com as duas pernas, acho que tem boas cabeças dos dois lados. Eu não estou muito preocupado em tomar um lado não. O meu lado é o lado que faz bem para o País, que faz bem para todo mundo. Eu sou capaz de criticar o que eu não concordo na agenda do Bolsonaro e capaz de apoiar as coisas que acho que são positivas para o País. 

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse recentemente que é preciso criar um ‘centro radical’; políticos como o Paulo Hartung têm liderado conversas...Esse é o seu campo político?
Tenho conversado muito com o Paulo. E eu acho que o que ele fez no Espírito Santo é uma referência importante de gestão pública para o Brasil. O Hartung tem essa característica de não levantar bandeiras e de querer juntar gente boa. O presidente Fernando Henrique, como sempre, é alguém muito lúcido. Acho que essa reorganização partidária vai ser necessária, por causa da cláusula de barreira, por causa de uma série de coisas que estão acontecendo. Eu acho que o centro vai sim se organizar... 

Em um novo partido? 
Eu acho que sim. Está convergindo pra isso. Os dois maiores ativos que os partidos pequenos tinham para sobreviver era tempo de televisão e Fundo Partidário. Eles perderam. Informações Estadão

Militantes do MST são assassinados em acampamento na Paraíba, diz polícia

Dois militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram assassinados no sábado em acampamento na cidade de Alhandra (PB), a cerca de 45 quilômetros de João Pessoa, afirmaram o grupo e a polícia.

Segundo o MST, bandidos entraram encapuzados no acampamento e metralharam a área onde jantavam os agricultores.

A polícia em Alhandra confirmou as mortes e informou que dois policiais de João Pessoa foram enviados para ajudar a investigar as mortes e estavam ouvindo testemunhas neste domingo.

Nenhum suspeito foi identificado ou preso, informou a polícia, e os corpos dos ativistas ainda estavam no acampamento.

O MST afirmou que os homens assassinados eram José Bernardo da Silva e Rodrigo Celestino, coordenadores do acampamento, “o que evidencia o caráter de crime para intimidar a luta pela terra”. O grupo cobrou uma investigação rápida do crime e prisão dos assassinos e disse que o acampamento abriga 450 famílias, que produzem “numa terra que foi encontrada abandonada, totalmente improdutiva e que havia se tornado apenas um bambuzal”. O proprietário, segundo o MST, é o grupo Santa Tereza.

Ainda segundo o MST, Silva era irmão de Odilon da Silva, membro do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e também assassinado na Paraíba, há nove anos.

Segundo a Comissão Pastoral da Terra, os assassinados relacionados a disputas de terra no Brasil somaram 70 no ano passado. A entidade afirmou em relatório divulgado em abril que o número é o mais alto desde 2003, quando 73 pessoas foram assassinadas em conflitos fundiários no país.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, considera o MST como um grupo terrorista. Grupos como o MST temem que a posição de Bolsonaro sobre a questão possa estimular ainda mais violência em regiões rurais do país. Informações Exame

Bolsonaro: Ou mudamos agora o Brasil, ou o PT volta, com muito mais força do que tinha no final do governo Dilma Rousseff

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse neste sábado (8) que proporá ao Congresso Nacional uma mudança no sistema de votação brasileiro já no primeiro semestre de 2019. Ao participar, por teleconferência, da Cúpula Conservadora das Américas, Bolsonaro disse que o número de votos que recebeu nas eleições deste ano deveria ter sido maior.

“Nós pretendemos votar no primeiro semestre uma boa proposta de sistema de votação no Brasil. Porque eu e muitos entendem que nós conseguimos a vitória porque tínhamos muitos, mas muitos mais votos do que eles [PT], e tivemos uma situação parecida, de um certo equilíbrio”, argumentou.
Sem explicar o projeto, Bolsonaro disse que o objetivo é aperfeiçoar o sistema eleitoral no país. “Não estou aqui fazendo uma afirmativa. A desconfiança da possibilidade de fraude é uma coisa na cabeça de muita gente aqui no Brasil. Não é porque nós ganhamos agora que devemos confiar nesse processo de votação. Queremos é aperfeiçoar. Na verdade, nós temos sempre que nos aperfeiçoar porque eles [oposição] não dormem no ponto. Eles não perdem por esperar para mudar o destino do nosso Brasil”, disse.

O presidente eleito justificou as críticas ao sistema eleitoral ressaltando que “o que está em jogo não é o sucesso ou o fracasso” do seu mandato, mas “o fracasso ou o sucesso do Brasil”. “E o que está em jogo é a nossa liberdade. Nós sabemos das armas que eles usam para atingir o seu objetivo”, declarou.

Ou mudamos agora o Brasil, ou o PT volta, com muito mais força do que tinha no final do governo Dilma Rousseff. Então, há uma preocupação sim, por parte de muita gente, por parte de outros partidos”, completou. Informações Exame

Bolsonaro diz que, se errou ao receber cheques, vai responder ao Fisco

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que se ele errou em conduzir recebimento de quitação de empréstimos por devedores por meio da conta bancária de sua mulher, Michele, ele arcará com as consequências com a Receita Federal.

"Se eu errei eu arco com minhas responsabilidades com o Fisco, sem problema nenhum" afirmou a jornalistas após participar de cerimonia de formatura na escola naval, no Rio de Janeiro.

Bolsonaro refere-se a Fabricio Queiroz, ex- assessor do senador eleito pelo PSL Flávio Bolsonaro, filho mais velho do presidente eleito. Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda, apontou movimentações bancárias na conta de Queiroz, consideradas suspeitas, de mais de R$ 1,23 milhão, entre 1º de janeiro de 2016 e 31 de janeiro de 2017. Depósitos foram realizados na conta da mulher do presidente eleito, Michele de Paula Bolsonaro, por Queiroz. De acordo com o presidente eleito, os recursos se referem ao pagamento de dívida de Queiroz com o próprio Bolsonaro.

Ao ser questionado por jornalistas se teria conversado com Flávio sobre o fato de sete assessores de seu filho, na época em que este era parlamentar, ter realizado depósitos em contas relacionadas a família de Bolsonaro, o presidente eleito afirmou: "Se você pegar no teu círculo de amizades ali, na imprensa, no quartel, no hospital, é normal ente aqueles funcionários um ajudar o outro. Não foi diferente na assembleia legislativa. Eles se socorrem de gente que está do seu lado".

Ele disse ainda não ter tido nada de anormal na exoneração do ex- assessor, em 15 de outubro deste ano, e declarou apenas que ele não correspondeu às expectativas do cargo.

Bolsonaro ainda falou sobre a relação com o ex-assessor. "Eu conheço o senhor Queiroz desde 1984. Depois nos encontramos novamente, eu deputado federal, ele sargento da polícia militar do Rio de Janeiro. Somos paraquedistas. E nasceu ali, continua uma amizade. Em muitos momentos tivemos juntos, em festas" afirmou. "Com o tempo, ele foi trabalhar com meu filho", disse. "Outras oportunidades eu já o socorri financeiramente. Nesta última agora houve um acúmulo de dívida dele para comigo. Então ele resolveu pagar com cheques. Que não foi um cheque de R$ 24 mil. Foram dez cheques de R$ 4 mil". "Eu não botei na minha conta porque tenho dificuldade para ir em banco, para andar na rua. Deixei com minha esposa. "Lamento o constrangimento que ela está passando. Mas ninguém recebe ou dá dinheiro sujo por cheque nominal, meu Deus do céu", disse.

Bolsonaro afirmou ainda que o filho não está em investigação e que o relatório surgiu de um levantamento feito pela Coaf com todos os membros da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de janeiro. "O próprio Coaf diz que movimentação atípica não é uma afirmação de que ele seja culpado de alguma coisa", afirmou, acrescentando que muitos hoje estão na malha fina do imposto de renda, por exemplo, mas isso não quer dizer necessariamente que essa pessoas sejam culpadas de algo. Ele disse esperar ainda que se algum processo for instaurado contra Queiroz, "que ele se explique". "Eu não conversei com ele. Se ele quiser conversar comigo acho que não seria prudente", pontuou.

Ele comentou ainda que o 'pente-fino" do Coaf foi realizado no início do ano e que o relatório foi divulgado por advogados de acusados de crimes de movimentação financeira supostamente com intuito de desviar foco, e afetar seu filho, Flávio. Informações valor.com.br

sábado, 8 de dezembro de 2018

Para evitar demolição, Prefeitura de SP e Universal fecham acordo sobre Templo de Salomão

A gestão Bruno Covas (PSDB) assinou na sexta-feira (7) um acordo com a Igreja Universal do Reino de Deus e o Ministério Público para solucionar pendências do Templo de Salomão.

O TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) que envolve a doação de moradias populares por parte da igreja, como contrapartida à construção no local que era reservado para este fim. A igreja havia se comprometido a doar terreno de 17.851 m² na Subprefeitura da Mooca, o que não foi feito até agora.

“O TAC estabelece ainda obrigações para as partes envolvidas, inclusive multas pecuniárias para a Igreja Universal, em caso de não cumprimento das mesmas, bem como estabelece as obrigações da Prefeitura de São Paulo quanto ao licenciamento, a fim de que a situação seja resolvida no prazo máximo de dois anos, a partir da assinatura do acordo”, afirma a prefeitura, em nota.

Para que seja feito o licenciamento definitivo do Templo de Salomão, a igreja deverá atender exigências das pastas municipais de Urbanismo e Licenciamento,Verde e Meio Ambiente e Transportes, assim como pagar pendências fiscais existentes.

Já a prefeitura se comprometeu a analisar os documentos apresentados pela Igreja Universal e expedir as licenças.

O processo de construção do espaço foi cercado por irregularidades. Para conseguir a liberação, a igreja apresentou pedido de reforma do prédio na área onde hoje funciona o templo, mas o edifício em questão havia sido demolido dois anos antes –o certo seria o uso de alvará de construção, não de reforma.

A liberação do projeto ocorreu após decisões do ex-diretor do departamento que autorizava construções Hussain Saab. Após reportagem da Folha, ele seria acusado de comandar esquema de corrupção na aprovação de obras. Outro problema era a área ter sido construída em zona reservada a moradia social – -por isso, a prefeitura exigia uma contrapartida. O Ministério Público entrou no assunto e ameaçou pedir a demolição do templo, medida que chegou a ser cogitada dentro da prefeitura. Informações JMnoticia

SUPERAÇÃO | A trajetória de Maicon Loiro (vídeo)

Na semana em que se comemora "O dia internacional da pessoa com deficiência" nosso blog teve a honra de entrevistar Antonio Maicon, mais conhecido como Maicon Loiro, da cidade de Vitória da Conquista, que representando as minorias, ressaltou durante a entrevista concedida ao nosso blog a importância das autoridades políticas investirem na saúde e mobilidade urbana para melhor qualidade de vida dos brasileiros.

Maicon, concluiu o ensino médio e prestou vestibular para área de fisioterapia e afirmou: "Foi uma longa trajetória que eu tive"..."Por incrível que pareça, eu passei no curso de fisioterapia". Além de narrar durante a entrevista, críticas relacionadas ao setor público e compartilhar de suas conquistas, Maicon encontrou na "fé" motivação para enfrentar os dilemas da vida e seguir firme na caminhada.

Assista à integra da entrevista com Maicon Loiro no vídeo.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Conheça Cristiane: A esposa que promoveu Cabo Daciolo

Cristiane Dutra Daciolo é uma mulher diferenciada. Inteligente, articulada, destemida, cheia de simpatia e de fé em Deus. Essa carioca de 47 anos, é casada há duas décadas com o ex-presidenciável Cabo Daciolo, o homem que desbancou nomes como Marina Silva e Henrique Meirelles na corrida presidencial, no primeiro turno.

Na tarde da entrevista, Cristiane apareceu com uma simplicidade carregada de firmeza. Longe de qualquer estereótipo de mulher de um político que viralizou o famoso bordão “Glória a Deus”, revelou-se uma Cristiane com múltiplas funções e qualidades. Trabalha como empresária na área de seguros, cuida dos três filhos, Manuela (11), Bernardo (12) e Maria Eduarda (20), administra a casa, monitora limpeza e organização da família, sendo também uma personal stylist de todos. Decidiu estudar Jornalismo, que cursa no terceiro ano. Assessorou toda campanha do marido e tem orgulho das vitórias conquistadas com tão pouca verba e equipe.
Mas, quem é essa mulher que quase nunca aparece, mas que tem exercido uma positiva influência sobre sua família? Quem é a profissional que gosta do anonimato, mas que circula com competência pela área de comunicação? Quem é a mulher de Deus que acredita na força feminina? Conheça agora Cristiane Daciolo: uma guerreira em favor das mulheres.

Como você e Daciolo se conheceram?
Eu estava em uma festa do banco em que eu trabalhava e ele foi com um grupo de amigos. A gente ainda não era cristão de igreja. Na época, ele estava se formando como bombeiro. Conversamos um pouquinho e depois fui embora da festa. Não demorou muito e ele apareceu no banco me procurando. Fomos conversando mais, amadurecendo a relação e logo estávamos morando juntos. Só viemos a nos casar no civil seis anos depois.

Como foi sua conversão?
Eu frequento a igreja evangélica desde os 16 anos. Sempre gostei e tinha o Cristianismo como minha religião. Só que eu ia à igreja evangélica, me sentia muito bem, gostava dos louvores, mas era tudo sem compromisso.

Certa vez, Daciolo teve um problema de doença, uma gastroenterite que não curava por nada. E ele passou a frequentar a igreja com sua mãe. Foi um chamado individual dele. Eu não ia junto. Até que ele se converteu em 2004 na Assembleia de Deus.

A partir de então, ele passou a ser um crente fervoroso. Daciolo é o mesmo homem cristão desde o dia de sua conversão, sempre fiel e temente a Deus. Não teve aquela coisa de primeiro amor com Deus que depois vai esfriando. Ele sempre foi visceral, apegado com Cristo.

Eu comecei a frequentar a mesma igreja que ele frequentava, a Assembleia de Deus, em Campo Grande, no Rio de Janeiro. Logo ele se batizou. E em 2005, nos casamos no civil.

Quando ele começou a campanha para deputado, percebi que eu queria também me batizar, mas não na Assembleia de Deus. Fui para a igreja Bola de Neve e lá me batizei. Era o local que eu gostava de ir, onde me sentia bem.

E como você percebia e se envolvia com a vida política dele?
Sempre participei em tudo, desde as campanhas de rua. Eu me envolvia em todos os detalhes. Por exemplo, na época das mobilizações em favor dos bombeiros, quando ele foi preso, eu estava à frente, falava com a imprensa, me mobilizava para ajudar tanto a ele quanto à classe. Estava sempre atuando nos bastidores para que algo de bom acontecesse.

Deus sempre me deu muita força para eu cuidar de tudo. Ele me guiou de tal forma para que Daciolo não tivesse preocupações com os filhos, com a casa, com o andamento de tudo. E essa evolução culminou no mandato dele.

Enquanto ele ia na frente, eu seguia por trás de tudo. Em todos os sentidos, desde as roupas que usava, o conteúdo das redes, as campanhas dele… E como Daciolo não tem domínio de redes sociais, passei a organizar todas as plataformas e aplicativos.
A faculdade de Jornalismo veio em decorrência de tudo isso. Afinal, eu tinha que obter maior preparo para fazer bem feito.

Conte sobre ingressar na universidade diante de tantas demandas na vida.
Ingressei na universidade logo no início do mandato dele. Ele assumiu em 2015 e eu iniciei em 2016. Fiz vestibular e fui estudar na UNIP de Brasília. Hoje, estou no terceiro ano da IBMR, no Rio de Janeiro. Estudo pela manhã, trabalho de tarde no meu escritório e cuido da casa, dos filhos e dele, sem problemas.

Como administra o jeito contundente e autêntico de seu marido?
Muita gente pode pensar que ele deve ser um sujeito dominador. Mas Daciolo é um homem extremamente romântico. É muito parceiro, sabe? E não tem como não se encantar com ele, que me surpreende a cada dia. Isso é muito legal.

Mesmo sendo muito ocupado, ele tem aquele start para sempre me manter apaixonada. É uma característica extraordinária dele. Um homem que conheço há 20 anos e que sempre me surpreende. A viagem para Israel foi uma surpresa. Foi um presente de aniversário de casamento. Mal percebi e ele já tinha comprado as passagens.

De que forma planejava as ações de campanha dele?
Como esposa e jornalista, sempre preservei o lado pessoal dele e o lado dos filhos para que nossa vida não ficasse muito exposta. Mas aos poucos, percebi que eu deveria mostrar para o mundo quem era Cabo Daciolo de verdade.

Porque até então as pessoas achavam que ele era um louco com a Bíblia debaixo do braço. Pensei: “tenho que mostrar esse lado amoroso dele e nossa família”. Revelar a essência dele. E eu procurei fazer esse trabalho nos meus textos, nos releases que eu enviava para a imprensa, no contato com os jornalistas, nas entrevistas dele… Paramos de nos esconder. E tudo acabou caminhando para algo mais verdadeiro, mais real. Ele não era apenas um personagem. Havia uma história, uma família por trás dele.

Como era lidar com as críticas contra Daciolo?
Quando você demonstra amor por todos, é muito difícil a pessoa vir com pedras na mão, mesmo que tenham as críticas. Eu achei maravilhoso, formidável, aquela coisa dos primeiros memes. Adorei! Vi que também era uma forma de divulgar ele ainda mais. E fui por essa vereda. Falei que ia aproveitar tudo aquilo. E que dos memes ruins, começaríamos a divulgar memes do amor.

No Instagram, comecei a aproveitar isso com fotos, stories. E conseguimos mostrar o que ele é. Nada engessado. Como esposa, eu sabia quem ele era e passei isso por meio das ferramentas de comunicação.

Certa vez, postei um meme dele virando o personagem Homem de Ferro que falava “Glória a Deus”. Outra vez, no meio do caminho para casa, vimos um arco-íris e fiz umas fotos para usar. Meu papel era fazer viralizar o que eu queria. E fui fazendo. E eu tinha o personagem principal, a fonte, praticamente nas minhas mãos.

E tivemos sucesso. Um parlamentar sem muito poder conseguiu galgar uma competição entre poderosos e teve ótimos resultados. E meu lado de esposa e de jornalista me trouxe a sagacidade e a sabedoria para ter esta percepção.

E quando ele fazia alguma coisa com a qual você não concordava?
Tem coisas que não tem como eu segurar, né. Tinham palavras ou atitudes que ele fazia e eu discordava. Mas o Daciolo tem uma coisa extraordinária: ele é alguém 100% espiritual. Ele tem uma capacidade espiritual de antever. E como eu já vi muitos milagres sobrenaturais em nossa vida, eu entro de cabeça no que ele fala.

Porque já vi muitos resultados. E por ele ser meu marido, por eu confiar nele, por ele ser o provedor da casa, por ele nunca ter me desamparado em 20 anos, então, confio completamente nele e mergulho junto. E se lá no final do mergulho existir uma pedra e nós dois precisarmos desviar, vamos fazer isso juntos. E sempre tivemos esse lema na vida.

Como explica o fato dele ter alcançado votos a frente de outros candidatos, como Marina Silva e Henrique Meirelles?
Foi todo um conjunto. Primeiramente, foi por Deus. Não tem explicação. A pessoa pode falar qualquer coisa, mas foi o sobrenatural de Deus que agiu. Fora disso, não tem como, mesmo com toda minha assessoria. Era impossível.

Se você for conversar com qualquer cientista político, qualquer pessoa mais esclarecida, todos diriam que era impossível alcançar aquela marca sem dinheiro. Lembro de que íamos para os debates de carro próprio. As vezes, por causa dos congestionamentos de trânsito, nós nos arrumávamos dentro do carro e já chegava direto para o debate. E ele chegava bem, sereno, pleno. Só Deus faz isso.

Diante da sua espiritualidade e do seu lado jornalístico, como avalia as afirmações dele de que seria presidente?
Não descartei a possibilidade. Ele profetizava aquilo na vida dele. E eu acho importante. Eu lido com isso também na minha vida, porque profetizo para minha vida, para a vida dos meus filhos, para as pessoas que amo. As vezes, até para as pessoas que eu nem conheço, mas que sei que estão precisando de ajuda.

Você é uma mulher forte ao lado de um homem forte. De que forma estão delineando o futuro de vocês?
Tenho ido muito a Brasília a fim de encerrarmos trâmites. Estamos entregando o apartamento funcional, o gabinete. Mas, vou ser bem sincera, ainda não temos um plano. Temos algumas propostas, mas muitas nem valem a pena.

Por que você diz preferir seu anonimato?
Eu costumo não postar minha foto. Aquela do aniversário e casamento, ele postou escondido de mim, mas não aparece meu rosto.

Eu acho que tem que ter alguém no anonimato, mesmo que, como esposa, seja meio difícil. Mas eu acho que o anonimato ajuda, seja para poder andar no meio das pessoas, dos jornalistas, do meio político. Quando estava na Câmara dos Deputados, ninguém sabia quem eu era. E isso é muito legal, porque você acaba absorvendo coisas que jamais conseguiria se fosse pessoa pública como ele. Minhas redes sociais são todas fechadas. Eu filtro bem as coisas que posto e isso é proposital.

O que achou do episódio dele se retirar para jejuar por 21 dias?
O Daciolo sempre foi um homem de jejum e oração. É é por isso que ele vê o sobrenatural na vida dele em tantos momentos. É habitual ele fazer jejuns longos. Antes dele decidir pela campanha presidencial, ele fez um jejum de 40 dias, só bebendo água.

Então, já estou acostumada a ver isso e ajudá-lo. Quando alguém está em um jejum prolongado, não pode ter preocupações. E assim vou filtrando o que chega para ele. E por Daciolo não ter muito acesso às redes sociais, é muito fácil fazer isso. Sou uma espécie de para-raios para a vida dele.

A esposa de Daciolo é, certamente, uma mulher capacitada e bem preparada, certo?
Eu venho de um berço pobre. De um pai que era pedreiro alcoólatra e de uma mãe costureira. Venho de pais separados que brigavam muito. Mas eu sempre busquei meu “lugar ao sol”. Eu acho que a mulher tem que ser forte para isso. Tem que ter domínio da vida dela, do que ela quer.

Acredito no empoderamento das mulheres. Mulheres cristãs ou não, que criam seus filhos sozinhas, que lutam para vencer na vida, que querem estudar e crescer, que precisam sair da zona de perigo. Ainda é muito difícil para a mulher se posicionar na sociedade. Elas ainda são controladas pelos maridos.

E como uma mulher ainda vai trabalhar e deixar uma criança de 10, 12 anos ou um bebê sem ninguém para cuidar? Quase tudo fica 100% nas costas da mulher. Eu penso em lutar para dar melhores condições para essas mulheres em todos os sentidos. Seja a mulher da cidade até a mulher dos ribeirinhos, seja a empresária até a dona de casa.

O vislumbre político para Daciolo continua?
Acho que não tem como ele sair da política. Ele vai ficar um período sem mandato, mas acho que muito em breve vai ter um cargo público, vai de novo engrenar. Não sei se na próxima campanha ele vem como presidente, senador, governador, prefeito. A gente ainda não tem um plano traçado. Em tudo a gente pede direcionamento de Deus.

E as diferenças que vocês dois têm em relação a expressão da espiritualidade?
A gente lida muito bem com isso porque um acaba completando o outro. A minha opção de congregar na igreja Bola de Neve também foi por conta das minhas crianças. Para o jovem, sempre foi mais atrativo o ambiente desta igreja e eu queria manter minha família em comunhão com Deus.
E o perfil avivado de Daciolo sempre acaba “respingando” em toda família. O sobrenatural convive no meio de todos nós.

Você também fala “Glória a Deus”?
Falo muito! Lá em casa todo mundo fala muito.

É você que cuida da apresentação e aparência dele?
Sou bem preocupada com isso. Ele precisa estar impecável. E ele não tem nenhuma objeção. E falo: “Primeiro a gente vende nossa imagem, depois vem todas as outras coisas”.

Vocês têm algum acordo como casal?
Manter o amor, a chama acesa, manter o amor com os filhos, com o marido, depender de Deus. Acordos acontecem também no olhar. Se a gente se olhar, um e outro já sabem o que pensam.
Entre nós não existe intimidação ou medo. Foi o que te falei. “Vamos dar um mergulho?” Tanto da parte dele quanto da minha, vamos juntos. Por tantas coisas que fizemos acontecer no relacionamento é que estamos sempre juntos para qualquer coisa. Informações pleno.news