BRASÍLIA — O ministro da Economia
Paulo Guedes
afirmou que deixará o cargo caso a
reforma da Previdência
apresentada pelo governo virar uma "reforminha". Além disso, ele alertou
que o Brasil pode quebrar já em 2020, de acordo com entrevista
publicada no site da revista Veja nesta sexta-feira.
— Pego um avião e vou morar lá fora. Já tenho idade para me aposentar —
disse ele, segundo a reportagem. — Se não fizermos a reforma, o Brasil
pega fogo. Vai ser o caos no setor público, tanto no governo federal
como nos estados e municípios.
Mais uma vez, Guedes deu a entender que não fará esforços para manter
seu cargo como ministro da Economia do governo Jair Bolsonaro:
— Eu não sou irresponsável. Eu não sou inconsequente. Ah, não aprovou a
reforma, vou embora no dia seguinte. Não existe isso. Agora, posso
perfeitamente dizer assim: ‘Olha, já fiz o que tinha de ter sido feito.
Não estou com vontade de ficar, vou dar uns meses, justamente para não
criar problemas, mas não dá para permanecer no cargo’. Se só eu quero a
reforma, vou embora para casa.
De acordo com a publicação, Guedes afirmou que o presidente Jair
Bolsonaro está totalmente empenhado em aprovar a reforma nos moldes em
que o projeto foi enviado pelo governo ao Congresso, com expectativa de
economia de até R$ 1,2 trilhão nos próximos dez anos.
Guedes reconhece que há uma margem de negociação, que pode no máximo ir a R$ 800 bilhões, e destacou ainda que a reforma previdenciária não está sendo apresentada apenas para equilibrar as contas públicas, mas que também se propõe a corrigir enormes desigualdades, de acordo com a revista.
O ministro reafirmou sua confiança nas convicções de Bolsonaro, e acredita em uma união política em torno da agenda econômica do governo.
— Eu confio na confiança que o presidente tem em mim — declarou.
OGLOBO
Guedes reconhece que há uma margem de negociação, que pode no máximo ir a R$ 800 bilhões, e destacou ainda que a reforma previdenciária não está sendo apresentada apenas para equilibrar as contas públicas, mas que também se propõe a corrigir enormes desigualdades, de acordo com a revista.
O ministro reafirmou sua confiança nas convicções de Bolsonaro, e acredita em uma união política em torno da agenda econômica do governo.
— Eu confio na confiança que o presidente tem em mim — declarou.
OGLOBO