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sábado, 24 de novembro de 2018

Pastor tem vínculo de emprego reconhecido com Igreja Batista e ganha causa na justiça

Um ex-pastor da Igreja Batista Getsêmani, em Belo Horizonte, teve o vínculo de emprego com a instituição reconhecido pela 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG). Para o desembargador Emerson José Alves Lage, relator no processo, ficou evidente que, “além do simples desempenho da atividade de ministério eclesiástico vocacionado, o pastor atuava como autêntico empregado da entidade”.

O líder religioso foi admitido em março de 2007 como pastor evangélico e dispensado em junho de 2017. Segundo ele, o exercício de suas funções extrapolava o trabalho vocacional. Disse que era obrigado a prestar contas, a responder pela gestão administrativa e financeira da igreja, a cumprir metas e ainda a transportar valores de coletas e dízimos, além de participar de reuniões semanais.

Em sua defesa, a igreja alegou ausência dos pressupostos da relação empregatícia, afirmando tratar-se de relação entre um líder espiritual e uma instituição religiosa. Em primeira instância, a 1ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte chegou a julgar improcedente o pedido do pastor, fundamentando ausência de onerosidade e de subordinação jurídica.

Mas, para o desembargador Emerson Lage, documentos anexados ao processo comprovaram a presença dos requisitos da relação de emprego. “Pelo que se percebe, a igreja mantinha uma condução administrativa e hierárquica sobre todas as suas missões, que eram conduzidas pelos seus pastores titulares e auxiliares, sob coordenação ou gestão da entidade, de forma a caracterizar, nitidamente, o seu poder de comando e subordinação jurídica e não aspectos puramente religiosos”, fundamentou o relator.

Quanto à onerosidade, o magistrado lembrou que se tornou evidente. “O trabalho era feito mediante a paga de um rendimento mensal, denominado de prebenda, acompanhando em alguns momentos de bonificações salariais e aparentes salários indiretos, como reembolso de despesas com telefone celular, combustível de automóvel e aluguel de moradia”, afirmou.

Para o desembargador-relator, não há, nessas condições e circunstâncias, como atribuir à atividade desenvolvida traços exclusivamente vinculados à fé ou à vocação. “O autor não era motivado somente ou apenas por sua fé. Ela pode ter sido seu elo de aproximação com a igreja, mas, quando adentrou no campo da denominada missão eclesiástica vocacionada, passou a ativar-se como autêntico empregado. Fazia dessa atividade seu meio de sobrevivência e subsistência, sujeitando-se às ordens e regras da igreja para o cumprimento de suas obrigações”, pontuou.

Ao acompanhar o relator, a Turma reconheceu o vínculo de emprego, com admissão em 24 de março de 2007 e rescisão contratual em 14 de junho de 2017, na função de pastor evangélico. Foi determinado na decisão que os autos retornem à Vara de origem para julgamento do restante do mérito.

A Igreja Batista Getsêmani não se manifestou até a publicação desta reportagem.

Com informações Hojeemdia

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

MAIS MÉDICOS | 92% de novas vagas preenchidas, mas dados geram desconfiança


São Paulo
No terceiro dia de inscrições para o edital emergencial do Mais Médicos, balanço divulgado pelo Ministério da Saúde indica que 92% das vagas disponíveis já foram preenchidas e que 25.901 profissionais inscreveram-se para o programa. O governo seleciona médicos para ocupar 8.517 vagas abertas após o fim da participação de profissionais cubanos no programa.

Apesar de positiva, membros do setor veem a maior procura ao edital com desconfiança. Isso porque, apesar da adesão de brasileiros ao programa ter aumentado nos últimos anos, o momento de apresentação às vagas costuma ser um dos principais entraves enfrentados no Mais Médicos. 

Em 2017, o Ministério da Saúde abriu concurso para selecionar brasileiros para o Mais Médicos. Ao todo, 6.285 se inscreveram para 2.320 vagas, mas só 1.626 apareceram para trabalhar. Cerca de 30% deixaram seus postos antes de um ano de serviço.

Desde a última quarta (21), quando as inscrições foram abertas, 7.871 médicos já escolheram os locais onde pretendem trabalhar, conforme previsto pelo edital. Na manhã desta sexta, 27 deles apresentaram-se para iniciar as atividades nos municípios que indicaram.

No balanço feito na quinta (22), 11.429 estavam inscritos até às 17h, dos quais 5.212 estavam efetivados. Na ocasião, muitos médicos reclamavam de instabilidade para acessarem o formulário de inscrição.  

Já nesta sexta, de acordo com a Saúde, dos quase 26 mil inscritos, 17.519 médicos que tiveram o pedido efetivado até às 16h30. A candidatura ao programa é confirmada quando as informações do médico já foram conferidas. Ele também precisa ter o registro válido no CRM (Conselho Regional de Medicina).  

No dia 21 de novembro, primeiro dia para o preenchimento do cadastro, houve 1 milhão de acessos simultâneos ao sistema, "volume característico de ataques cibernéticos", conforme confirmou o governo. O total é "mais que o dobro do número de médicos em atuação no país".
Os problemas fizeram com que as inscrições, que seriam realizadas inicialmente até o dia 25 de novembro, fossem estendidas até 7 de dezembro. 

Após o período de inscrição, a próxima etapa é a apresentação dos documentos exigidos para validação de gestores e início das atividades nos municípios. Inicialmente, o cronograma previa que as atividades iniciassem no dia 3 de dezembro.

Com a saída de médicos cubanos, que já deixa unidades de saúde sem médicos, a pasta passou a sugerir a possibilidade de apresentação imediata já a partir desta sexta, com data final até 14 de dezembro. Até o momento, segundo o ministério, 40 médicos já se apresentaram nas unidades básicas de saúde.

Ao anunciar o edital, o ministério informou a possibilidade de abrir um segundo edital para médicos formados no exterior no dia 27 deste mês. Com a alta procura, a previsão de novo edital para esse grupo é vista como improvável. 

Segundo o ministério, caso não haja comparecimento, a previsão é que as vagas sejam disponibilizadas em novo edital —novamente com prioridade para brasileiros ou estrangeiros com diploma revalidado.

Os profissionais do Mais Médicos recebem bolsa-formação (atualmente no valor de R$ 11,8 mil) e uma ajuda de custo inicial entre R$ 10 e R$ 30 mil para deslocamento para o município de atuação. Além disso, todos têm a moradia e a alimentação custeadas pelas prefeituras.

Desde 2017, a pasta passou a reajustar o valor da bolsa anualmente aos médicos participantes, e concedeu, também, um acréscimo de 10% nos auxílios moradia e alimentação de profissionais alocados em DSEI.  Folha/Mais Médicos

Sandra Parks, a menina de 13 anos morta por bala perdida após ser premiada por texto antiarmas

'Crianças pequenas são vítimas de violência armada sem sentido...', escreveu a estudante há dois anos em redação que foi premiada.

"Estamos em um estado de caos. Na cidade em que moro, ouço e vejo exemplos de caos quase todos os dias. Crianças pequenas são vítimas de violência armada sem sentido..." 

Há dois anos, a estudante Sandra Parks, com 11 anos na época, escreveu este texto em uma redação premiada sobre a onda de violência em sua cidade, Milwaukee, nos EUA. 

Na noite de segunda-feira, aos 13 anos, ela foi atingida por uma bala perdida enquanto estava dentro de casa. 

Desesperada, a família ligou para o 911 (número para emergências), mas Sandra não resistiu aos ferimentos e morreu no local. 

A mãe da menina, Bernice Parks, contou à polícia que foi dormir cedo e deixou os filhos vendo televisão. Ela acordou com o barulho de tiros pouco antes das 20h, e encontrou a filha sangrando no chão. 

"Ela disse: 'Mamãe, eu fui baleada. Chama a polícia'", disse Parks à emissora de televisão WITI. "Eu olhei para ela. Ela não estava chorando. Não estava gritando. Era tão pacífica... Não merecia deixar este mundo assim." 

O prefeito de Milwaukee, Tom Barrett, descreveu a situação como uma "insanidade".
"Tragicamente, a morte dela foi causada por alguém que decidiu atirar na casa dela, e ela está morta. Aos 13 anos, na semana do Dia de Ação de Graças, ela estava à noite em seu quarto, e morreu."
Barrett especulou no dia seguinte à tragédia que o atirador podia querer "acertar as contas, expressar raiva ou tentar assustar alguém". 

"Tudo o que sabemos é que uma menina de 13 anos morreu ontem à noite em seu quarto."
A polícia identificou dois suspeitos do crime. De acordo com o jornal local Milwaukee Journal Sentinel, Isaac D. Barnes foi acusado de homicídio e Untrell Oden, de ter ajudado a guardar duas armas.
A ex-namorada de Barnes teria sinalizado o possível envolvimento dele a um policial que estava no local do crime. Ela contou que ele se aproximou do carro dela, estacionado em uma rua próxima, carregando uma arma e usando uma máscara. 

Ele a teria insultado e dito: "Você tem sorte que as crianças estão no carro".
A polícia encontrou Barnes em uma casa da vizinhança, escondido dentro de um armário.
A taxa de homicídios de Milwaukee vem caindo após ter atingido um pico entre 2014 e 2015, mas a cidade ainda está entre as mais violentas dos EUA, segundo dados do FBI, a polícia federal americana.

'Ela era tudo que este mundo não é'

Sandra estudava na Keefe Avenue School, e seu texto - intitulado Our Truth ( "Nossa Verdade", em tradução livre) - ficou em terceiro lugar no concurso anual de redação Martin Luther King Jr., das escolas públicas de Milwaukee. 

Em entrevista a uma rádio pública, em janeiro de 2017, ela destacou que ansiava pelo "fim de toda a violência e... da negatividade que estava acontecendo".
"Você só escuta falar que alguém morreu e que alguém levou um tiro. As pessoas simplesmente não pensam de quem é o pai, o filho, a neta ou o neto que foi morto", afirmou. 

A mãe de Sandra disse ao Milwaukee Journal Sentinel que sua filha era "tudo que este mundo não é".
"Minha filha não era violenta. Minha filha não gostava de violência", disse ela. "Ela fazia feliz a todo mundo que ela conhecia." 

O sistema público de educação de Milwaukee informou que Sandra é a sétima estudante de uma escola distrital assassinada em 2018.
Em uma vigília em frente à casa da família na noite de terça-feira, a mãe Sandra fez menção ao número de vítimas. 

"Muitas crianças morreram recentemente e eu não diria que minha filha era melhor do que as outras", disse ela.
"Mas, meu Deus, Jesus, Senhor, tenha misericórdia..."
"Senhor, tenha misericórdia. Ela era uma estrela que estava tentando despontar, mas não sabia como." Informações Terra/Fonte: BBC News Brasil

84% das vagas do Mais Médicos já foram preenchidas

O site está estável e as inscrições seguem até 7 de dezembro. A apresentação aos municípios dos profissionais já alocados é imediata e vai até 14 de dezembro

Cerca 84% das vagas do novo Edital do Programa Mais Médicos já foram preenchidas. No terceiro dia de inscrições, o último balanço do Ministério da Saúde registra 19.994 inscritos com CRM Brasil ou que revalidaram o diploma no país. Desse total, 13.341 foram efetivadas e 7.154 profissionais já estão alocados no município para atuação imediata. Na apresentação ao município, que vai até 14 de dezembro, o médico deve apresentar todos os documentos exigidos no edital.

“Com a alta procura e a apresentação imediata do médico ao município, a expectativa é de suprir a ausência do médico cubano com o médico com CRM o mais rápido possível”, afirmou o ministro da Saúde, Gilberto Occhi.

A inscrição vai até 7 de dezembro pelo site maismedicos.gov.br que já apresenta estabilidade. No momento da abertura das inscrições para o novo edital, o Sistema do Mais Médicos recebeu mais de 1 milhão de acessos simultâneos. Para comparação, é mais que o dobro do número de médicos em atuação no país. A alta procura dos profissionais e os ataques cibernéticos ao sistema de inscrição provocou lentidão no Sistema e, por isso, o Ministério da Saúde prorrogou as inscrições.

“Assim que detectamos a ação fora do esperado, agimos com rapidez e, apesar dos ataques, não houve invasão”, esclareceu o ministro.

Neste edital do Mais Médicos são ofertadas 8.517 vagas para atuação em 2.824 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), que antes eram ocupadas por médicos da cooperação com Cuba.

PROGRAMA MAIS MÉDICOS

O Programa Mais Médicos ampliou à assistência na Atenção Básica e conta com 18.240 vagas em mais de 4 mil municípios e 34 DSEIs, levando assistência para cerca de 63 milhões de brasileiros.
Os profissionais recebem bolsa-formação (atualmente no valor de R$ 11,8 mil) e uma ajuda de custo inicial entre R$ 10 e R$ 30 mil para deslocamento para o município de atuação. Além disso, todos têm a moradia e a alimentação custeadas pelas prefeituras.

Por Alexandre Penido, da Agência SaúdeAtendimento à imprensa
(61) 3315-2898 / 3580

Escritor lança livro de poesias feito durante internação em clínica psiquiátrica

RIO — Esqueça aquela poesia que fala do amor apaixonado. Essa não é a praia do escritor João Pires da Gama, de 25 anos. Pelo menos não na obra “Para todos os corações selvagens” (Editora Multifoco), escrita durante uma de suas internações psiquiátricas — foram dez ao todo, desde os 15 anos. O jovem, que sofre de bipolaridade, síndrome de Borderline e depressão crônica, fala com naturalidade desconcertantes sobre seus transtornos, os abusos sexuais que sofreu e suas viagens ao inferno da bebida e das drogas. Há três meses de alta, ele garante que hoje os seus vícios são apenas o cigarro e a Coca-Cola. 

— Hoje em dia eu estou estável, me tratando com remédios. Foi difícil chegar até aqui — afirma ele, lembrando que o livro foi escrito após uma tentativa de suicídio — Escrevi cerca de cem poemas ao todo e escolhi alguns para publicar. Quis mostrar, com a poesia, aquilo que não se fala. Os demônios, os caminhos tortuosos da vida, a obscuridade da alma, a dor, o sofrimento.  

No poema que abre a publicação e que dá nome ao livro, João diz: “Eu e meu coração selvagem. Que bela dupla nós somos. Eu pego um táxi sem dinheiro. Eu bebo, eu bebo, eu bebo. (...) Eu e o meu coração selvagem. E o gosto por viver intensamente. Em todas as horas eu ardo. Todos os dias, todos os dias... E à noite eu padeço. Em pedaços, sempre em pedaços (...)”. 

— Meus textos trazem imagens e sensações. Foram feitos para mexer com os sentidos mesmo. Além da dependência, falo de outros temas como prostituição, ocultismo e agnosticismo — explica. 

Morador do Leme, João escolheu o bairro por ter uma história com aquela que é sua musa inspiradora: Clarice Lispector. Ele conhece o endereço em que a escritora vivia (Rua Gustavo Sampaio 88) e sabe de cor frases e citações inteiras da escritora. 

— Clarice é minha Bíblia. Já li todos os livros. Num de seus textos ela diz que gostaria de ter um filho chamado João. Daí eu penso: será que sou eu? — pergunta ele, enquanto acende mais um cigarro. 

No apartamento em que divide com a mãe e os gatos Frida e Noel, uma impressionante biblioteca chama a atenção pela diversidade de obras. De Clarice, é claro, passando por Baudelaire e Sylvia Plath, a livros de tarô e I Ching, suas mais recentes paixões. 

— Já estou até dando consultas. Sou meio bruxinho. Aliás, o I Ching está bom para mim. Diz que eu vou atravessar grandes águas que vão me levar à fortuna e ao sucesso — diz. 

Nesse caldeirão em constante ebulição que é a mente do escritor, duas novas obras estão em andamento: “A rainha solitária” e “O caçador". Por meio de sua história e de suas escritas, João sabe que vai dar voz a muitas pessoas que passam por problemas semelhantes. 

— Quero mostrar que existe vida após uma experiência como essa. Desde que a pessoa busque um chão, que encontre uma espiritualidade, uma força superior. Não precisa escolher uma religião. Pode simplesmente acreditar em si mesmo. Acho que sou um exemplo de sobrevivência e esperança — comenta.  O Globo

Projeto cria marco regulatório para acolhimento de crianças e adolescentes afastados da família de origem

Prestes a concluir seu mandato, a senadora Marta Suplicy (MDB-SP) apresentou nesta semana ao Senado Federal um projeto de lei para criação de um marco regulatório de acolhimento de crianças e adolescentes em situação de abandono ou afastados do convívio familiar. O texto busca reunir princípios e diretrizes das principais normas legais, infralegais, nacionais e internacionais sobre a área, como dezenas de resoluções do Conselho Nacional da Criança e do Adolescente.

O PLS 439/2018 será votado primeiro na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), depois na de Assuntos Sociais (CAS) e, em seguida, na de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Nesta última, a votação será em caráter terminativo, ou seja, poderá seguir para a Câmara sem passar pelo Plenário do Senado, se não houver requerimento contrário. O projeto de lei pode receber emendas dos demais senadores até a quarta-feira (28).

O projeto cria a Política Nacional de Acolhimento de Crianças e Adolescentes, destinada a menores que estejam sob acolhimento institucional, em programa de acolhimento familiar ou em família substituta. Todas essas medidas protetivas estão previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Além do ECA, o projeto se fundamenta na Lei Orgânica da Assistência Social (Lei 8.742, de 1993). Marta Suplicy alerta que os serviços de acolhimento não devem ser confundidos com instituições que abrigam jovens que cumprem medidas socioeducativas de internação em estabelecimento educacional.

“O projeto de lei visa estabelecer parâmetros e oferecer orientações metodológicas para que os serviços de acolhida de crianças e adolescentes possam cumprir sua função protetiva e de restabelecer direitos, compondo uma rede de proteção que favoreça o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, o desenvolvimento de potencialidades das crianças e dos adolescentes atendidos e o empoderamento de suas famílias”, afirma Marta Suplicy na justificação de sua proposta.

Objetivos

O objetivo principal do novo marco regulatório será ampliar, articular e integrar os programas, projetos, serviços e as ações de apoio social e familiar para a promoção, proteção e defesa do direito de crianças e adolescentes à convivência familiar e comunitária. Busca-se aperfeiçoar a prática de acolhimento e assegurar parâmetros técnicos de qualidade no atendimento e acompanhamento de entidades, famílias acolhedoras, famílias de origem, crianças e adolescentes.

Outro objetivo é fomentar a criação de programas para promover a autonomia do jovem egresso de programas de acolhimento, além de favorecer mecanismos de controle social sobre a execução da política nacional. União, estados, municípios e Distrito Federal deverão adotar, de maneira conjunta ou cooperada, as ações da política nacional preconizadas pelo marco regulatório.

Estudo diagnóstico

Deverá haver um estudo diagnóstico para cada caso, para subsidiar a decisão sobre o afastamento da criança ou adolescente do convívio familiar. O estudo diagnóstico deverá ser realizado sob supervisão e em articulação com o Conselho Tutelar, com a Justiça da Infância e da Juventude e com a equipe de referência do órgão gestor de assistência social. No documento, deverão ser avaliados os riscos a que estiver submetido cada atendido.

O estudo deverá conter informações como composição familiar, contexto socioeconômico e cultural, vínculos significativos na família, análise da rede social de apoio da criança ou adolescente e de sua família, com dados sobre familiares e parentes, amigos, vizinhos e padrinhos, dados sobre valores e costumes da comunidade da qual a família faça parte, condições de acesso da família a serviços e programas e projetos das diversas políticas públicas que possam responder às suas necessidades.

Também deverá conter informações sobre situações de vulnerabilidade e risco vivenciadas pela família; avaliação da situação atual da criança ou do adolescente e de sua família, inclusive quanto às dificuldades da família para exercer seu papel de cuidado e proteção; referências sobre história familiar e sobre padrões de relacionamento com violação de direitos; análise do grau de risco e de desproteção ao qual a criança ou o adolescente estará exposto caso não seja afastado do ambiente familiar e outras.

Além de avaliar a necessidade ou não de afastamento do convívio familiar, o estudo diagnóstico deverá analisar o perfil e as demandas específicas da criança ou do adolescente, de forma a subsidiar a decisão pelo encaminhamento para o serviço de acolhimento que melhor atenda suas peculiaridades.

Plano de atendimento

Para cada criança ou adolescente que for recebido em serviço de acolhimento, deverá ser elaborado de imediato o Plano de Atendimento Individual e Familiar, que deverá conter objetivos, estratégias e ações a serem desenvolvidos, tendo em vista a superação dos motivos que levaram ao afastamento do convívio e o atendimento das necessidades específicas de cada situação.

Esse plano terá de ser feito em parceria com o Conselho Tutelar e, sempre que possível, com a equipe interprofissional da Justiça da Infância e da Juventude. O plano deverá incluir estratégias para desenvolvimento saudável da criança e do adolescente durante o período de acolhimento, com encaminhamento, se necessário, para serviços de saúde, educação, assistência social, esporte e cultura, além do acompanhamento da situação escolar, preparação para o mundo do trabalho e outros. O plano de atendimento também deverá priorizar medidas para reintegração familiar.

Acompanhamento da família original

O acompanhamento da situação familiar deverá ser iniciado imediatamente após o acolhimento, para que a equipe técnica possa, no menor tempo possível, avaliar a adequação da medida protetiva de acolhimento. Crianças e adolescentes que já estiverem recolhidos também deverão ter o acompanhamento da situação familiar.

Durante o período de acolhimento, o serviço deverá encaminhar relatórios para a Justiça da Infância e da Juventude, com periodicidade mínima semestral, para subsidiar o acompanhamento da situação jurídico-familiar de cada criança ou adolescente.

O acompanhamento das famílias poderá usar instrumentos como estudo de caso, entrevista individual e familiar, grupos com famílias, visita domiciliar, orientação individual — em grupo ou familiar — e encaminhamento de familiares à rede de apoio, para tratamentos e serviços como psicoterapia, tratamento de uso, abuso ou dependência de álcool e outras drogas, outros tratamentos na área de saúde, além de ações voltadas à geração de trabalho e renda e educação de jovens e adultos.

Articulação

Para o atendimento e acolhimento de crianças e adolescentes e de suas famílias, o marco regulatório prevê articulação intersetorial do plano nacional com o Sistema Único de Assistência Social (Suas), com o Sistema Único de Saúde (SUS) e com o sistema educacional. Também poderão participar da articulação os serviços de acolhimento, o Poder Judiciário, o Ministério Público, a Defensoria Pública e o Conselho Tutelar.

Projeto político-pedagógico

Os serviços de acolhimento deverão elaborar um Projeto Político-Pedagógico (PPP), que será revisto anualmente, destinado a orientar a proposta de funcionamento do serviço como um todo, tanto no que se refere ao seu funcionamento interno, quanto ao relacionamento com a rede local, as famílias e a comunidade.

O projeto de lei traz ainda parâmetros e diretrizes para seleção, acompanhamento, capacitação e formação continuada de todos os profissionais do serviço de acolhimento. São eles: abrigo institucional; casa-lar; família acolhedora; e república, cada um com objetivos e especificidades diferenciadas.

A criança ou adolescente ameaçados de morte poderão, de maneira excepcional, ser acolhidos em abrigos fora de seu município de residência, para evitar riscos à segurança do atendido.
Em todos os casos, os serviços de acolhimento que atendam crianças e adolescentes ameaçados de morte deverão atuar em articulação com programas específicos de proteção, como o Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente Ameaçado de Morte. Nesses casos, o encaminhamento para o serviço de acolhimento deve ser considerado apenas quando esgotadas alternativas que preservem seus vínculos familiares, como, por exemplo, a mudança de contexto domiciliar ou de cidade, acompanhado da família, de familiar ou de responsável.

O projeto determina, ainda, que a situação de todas as crianças e adolescentes já acolhidos deverá ser revista, de modo a garantir que todos estejam em acompanhamento.

Princípios e diretrizes da Política Nacional de Acolhimento de Crianças e Adolescentes
O afastamento familiar deve ser uma medida excepcional
Todos os esforços devem ser empreendidos para manter o convívio com a família nuclear ou extensa, em seus diversos arranjos, a fim de garantir que o afastamento da criança ou do adolescente do contexto familiar seja uma medida excepcional, aplicada apenas nas situações de grave risco à sua integridade física ou psíquica. Devem ser considerados o melhor interesse e o menor prejuízo para o desenvolvimento da criança.
O afastamento deve ser provisório
Quando o afastamento do convívio familiar for a medida mais adequada para se garantir a proteção da criança e do adolescente, esforços devem ser empreendidos pelo conjunto de órgãos públicos envolvidos em sua proteção para viabilizar, no menor tempo possível, o seu retorno seguro ao convívio familiar, prioritariamente na família de origem, e, excepcionalmente, em família substituta, sob as modalidades de adoção, guarda e tutela. A reintegração deverá ocorrer em até dois anos preferencialmente.
Vínculos familiares e comunitários devem ser preservados e fortalecidos
Os serviços de acolhimento devem preservar e fortalecer vínculos familiares e comunitários das crianças e dos adolescentes atendidos. Crianças e adolescentes com vínculos de parentesco não devem ser separados ao ser encaminhados para serviço de acolhimento, salvo se isso for contrário a seus interesses ou se houver claro risco de violência.
Respeito à diversidade e não discriminação
A organização dos serviços deverá garantir proteção e defesa a toda criança e a todo adolescente que precisem de acolhimento, devendo ser combatidas quaisquer formas de discriminação de crianças e adolescentes atendidos em serviços de acolhimento, e das famílias de origem, baseadas em condição socioeconômica, arranjo familiar, raça, cor, etnia, religião, nacionalidade, sexo, gênero, orientação sexual e identidade de gênero, ou, ainda, por serem pessoas com deficiência, que vivam com HIV ou AIDS ou outras necessidades específicas de saúde.
Atendimento personalizado e individualizado
Toda criança e todo adolescente têm o direito de usufruir de um ambiente que favoreça seu processo de desenvolvimento, que lhe ofereça, prioritariamente, segurança, apoio, proteção e cuidado. Atendimento em pequeno grupo e com espaços privados para os atendidos. Respeito à individualidade e à história de vida do jovem.
Liberdade de crença e religião
A liberdade religiosa de crianças e adolescentes deve ser respeitada tanto pelo serviço de acolhimento quanto por aqueles com os quais venham a manter contato em razão de seu acolhimento. Nenhuma criança ou adolescente deverá ser incentivado ou persuadido a mudar sua crença religiosa enquanto estiver sob acolhimento.
Respeito à autonomia da criança e do adolescente
Criança e adolescente sob acolhimento devem ter assegurado o direito de ter sua opinião considerada na tomada de decisões sobre sua situação própria, respeitado seu processo de desenvolvimento. Fortalecimento gradativo da autonomia da criança e do adolescente, com oportunidade de participar da organização do próprio cotidiano em acolhimento, por meio do desenvolvimento de atividades, tais como a organização dos espaços de moradia, limpeza, programação das atividades recreativas, culturais e sociais.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Leonardo Gonçalves casa em “segredo” e pega fãs de surpresa; confira

O cantor Leonardo Gonçalves pegou a todos de surpresa após fotos de seu casamento com a apresentadora Glauce Cunha do programa adventista Caixa de Música.

As redes sociais foram tomadas após a divulgação da foto do casamento na noite desta quinta-feira, 22. No instagram a cantora Laura Moreno parabenizou o cantor. “Viva o amor”, disse ela.
Logo em seguida, os fãs e admiradores do cantor foram para as redes sociais mostrar a alegria e surpresa com a notícia que pegou todo mundo de surpresa. JMnoticias

Leonardo Gonçalves já foi casado com a cantora gospel Daniela Araújo, os dois se separaram em 2015.

Confira o apresentador participando do programa da sua agora esposa Glauce: