O Gideões recebeu neste Domingo (29), a presença do deputado federal e candidato a presidência da república, Jair Bolsonaro (PSL-RJ). Depois de um sábado marcado pela visita do também deputado, Cabo Daciolo (PEN-RJ), que constrangeu Reuel Bernardino durante sua fala no altar, agora foi a vez de Bolsonaro usar os microfones do Gideões para se apresentar ao povo evangélico. Bolsonaro falou durante cerca de 15 minutos, e se mostrou bastante metódico em sua fala, evitou trilhar por terrenos que desagradassem os presentes, mas não deixou de mostrar sua principal proposta de campanha para esse público; defender os valores da família. Bolsonaro se posicionou contra a ideologia de gênero, argumentou sobre a lei da palmada e falou que além de ter nascido em um lar católico, frequentou a igreja Batista por muitos anos.
O deputado também falou do relacionamento com sua esposa, que é evangélica, e reconheceu que não vai a igreja o quanto deveria.
Ovacionado pelo público, o candidato até recebeu uma oração no fim de sua fala. informaçõesofuxicogospel
A Assembleia de Deus Conquista em Cristo, fundada há 4 anos pelo pastor presidente Edson Queiroz, na cidade de Vitória da Conquista, vem se fortalecendo cada vez mais com o serviço social prestado por meio da mensagem Cristo, buscando sanar as mazelas espirituais e sociais, permitindo às pessoas que se identificam com a mensagem da cruz uma nova perspectiva de vida, dignidade e reinserção social. O trabalho quem vem prosperando e trazendo consigo resultados para o Reino de Deus, pôde demonstrar publicamente na noite deste sábado, 28, de abril, o efeito de seguidos esforços para alcançar as almas que buscam na fé o apoio para fortalecer as suas crenças.
Esforços que não medem distância, mas que cumpre o propósito de pregar o evangelho (...até os confins da terra), desta vez a cidade de Maiquinique foi alcançada, não apenas com a palavra, mas com um novo templo, da Assembleia de Deus Conquista em Cristo, que através da inauguração deste novo templo proporcionou aos fiéis da cidade uma condição de conforto e dignidade de se achegarem ao Senhor.
Pr. Gileno e diaconisa Anita
A inauguração foi marcada por fortes louvores ministrados pela diaconisa Neide, João Batista, Ana Carolina e Ministério de Louvor Conquista em Cristo. A palavra da noite foi ministrada pelo Pr. Junior, da cidade de Vitória da Conquista. O ato de desatar a fitar celebrando a inauguração fora realizado pelos pastores responsáveis Pr. Gileno, e sua esposa diaconisa Anita.
O Pr. presidente Edson Queiroz, fez a mediação do evento levando consigo todo corpo de obreiros, além da caravana de fiéis que marcaram presença abrilhantando a festa.
No livro bíblico de Romanos 10: 13-14 está escrito: “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele
de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?”. Nessa
passagem, o Apóstolo Paulo faz uma correlação entre a conversão do
pecador com a pregação do evangelho, mostrando que uma coisa é
consequência da outra. Todavia, como aplicar o ensinamento do texto nos
casos onde pessoas não podem ouvir?
Evidentemente o ouvir, nesse caso, não se trata apenas da audição,
mas de poder compreender as boas novas do evangelho através da
comunicação. A linguagem de sinais, por exemplo, ou libras, como é
conhecida atualmente, é o meio pelo qual pessoas com deficiência
auditiva podem “ouvir” a mensagem do evangelho e alcançar o Reino de
Deus mediante a graça.
Entretanto, são poucas pessoas que dominam a linguagem de sinais nas
igrejas evangélicas, especialmente pastores. O caso de Ronilson Lopes de
Almeida é uma exceção. Ele é pioneiro no Brasil como líder religioso
capaz de pregar o evangelho para surdos. Sua identificação com libras
começou na infância, aos 10 anos, quando conheceu uma família de surdos:
“Aos 10 anos eu conheci um surdo em uma festa. Tinha um rapaz com a
mão na caixa de som e com a outra ele sinalizava. Quando eu me aproximei
dele, vi que ele era surdo. Então ele começou a me ensinar o alfabeto
manual de sinais durante toda a festa eu fiquei do lado dele tentando me
comunicar”, disse o pastor.
“Quando terminou a festa ele me convidou para ir em sua casa. Eu fui
no outro dia, ele tinha uma família inteira surda, o pai, a mãe e mais
quatro irmãos. E os amigos também estavam lá. E eu fiquei muito
apaixonado com aquilo, eles me acolheram muito bem porque eu estava
interessado em aprender”, relembra.
O trabalho com surdos como um chamado de Deus
Apesar de aprender libras muito jovem, foi apenas em 1996 que o
pastor Ronilson começou a ver sua habilidade sendo confirmada como um
chamado de Deus. Na época já havia a tradução de cultos em libras, feita
pela Igreja Batista da Lagoinha, mas era algo limitado.
“Uma missionária chamada Ângela, que era da Jocum, havia iniciado um
trabalho com surdos e em 1996 quando eu cheguei, apenas 12 surdos
participavam dos cultos”, disse ele. “Eu era intérprete mas não tinha
esse chamado que eu tenho hoje”, explicou o pastor em uma entrevista
para o programa Noite e Cia, da Rede Super.
“Então Deus falou comigo claramente que Ele havia me chamado para
pregar para surdos e não somente para ouvintes”, contou Ronilson,
lembrando que uma das primeiras iniciativas que teve foi realizar um
campeonato envolvendo a comunidade de surdos que conhecia com a igreja.
Cerca de 180 pessoas com deficiência auditiva se voltaram para Cristo
após esse trabalho. informaçõesgospel+
O radialista e comunicador jornalístico Mateus Araújo, da BrasilFM, emissora de rádio da cidade de Vitória da Conquista, participou de uma entrevista no canal "Cê Viu?" com Ezequiel Porto e Simião Célio, onde pode dar seu parecer a respeito da evolução do rádio vinculado as redes sociais, e das vantagens que as emissoras de rádio levam, em relação aos outros veículos de comunicação mesmo com todo avanço tecnológico.
A entrevista foi longa, e tratou de assuntos diversos, uma série de vídeos foram preparadas para os seguidores do canal, sendo este, o primeiro vídeo disponibilizado no canal. Assista essa primeira parte da entrevista com Mateus Araújo, aproveite e inscreva-se no canal para acompanhar os próximos vídeos desta série de entrevista.
Após a prisão do Ex-presidente Lula, o Data Folha apresentou um empate técnico entre Marina e Bolsonaro em uma pesquisa recente.
Segundo a avaliação do pré candidato a presidência Jair Bolsonaro, o Data folha, não goza de credibilidade no Brasil, mas que vê nela grande poder de influência na nata política. Durante entrevista no programa Agora é com Datena, Bolsonaro questionou a Procuradora Raquel Dodge, sobre as urnas eletrônicas, pela ação tomada no Supremo Tribunal Federal pra acabar com o voto impresso, para ele isso não passa de uma jogada para eleger qualquer outra pessoa que seja ele nas eleições de 2018.
Questões sobre negros, LGBTs e igualdade entre as mulheres também foram tratadas durante a entrevista. E ao final, Bolsonaro afirmou que caso as eleições para este ano seja em voto impresso que ganharia facilmente no 1º turno, mas que se seguir o modelo das urnas eletrônicas dificilmente terá sucesso.
Assista o vídeo e confira os detalhes desta entrevista
O cinquentenário histórico do famoso discurso "I Have Dream" de Martin Luther King Jr. Foi o assunto do momento discutido no canal "Cê Viu?" que teve como comentarista o estudante de Ciências Sociais, o jovem Mateus Santana, que também é líder da juventude da Assembleia de Deus Santo Amaro, em Vitória da Conquista.
Para Mateus Santana, o legado de King, tem muito a contribuir no pensamento das pessoas que se importam com as causas sociais de nosso país. Fomentar a temática é uma forma de fortalecer nossos anseios pelas lutas dos direitos constitucionais previstos para todo cidadão comum, que ainda sofre pela não garantia de tais direitos. Segundo Mateus, a igreja deve usar seu poder de influência na sociedade fortalecendo seu discurso para amparar os necessitados como de fato os escritos sagrados propõe.
Assista ao vídeo e veja os detalhes importantes do legado de Martin Luther King Jr. e sua representatividade como um cristão protestante das causas sociais.
No ultimo final de semana, aconteceu em Vitória da Conquista, a 6ª edição do Conexões da Rua, no espaço de eventos Glauber Rocha, no Bairro Brasil. O movimento que traz a filosofia do Hip-hop teve como protagonista o canto de rap Dexter, uma referência para o público apreciador do gênero, que além de cantar seus maiores sucessos, também levou uma mensagem de reflexão para os presentes no evento.
O idealizador do evento, mano Roger Banca Sul, concedeu uma entrevista para o canal "Cê Viu?" e falou do objetivo deste evento e sua repercussão para cidade de Vitória da conquista. Que vê no hip-hop uma ferramenta de regeneração e inclusão social para jovens e adolescentes que se encontram dispersos na sociedade.
Memória de Bimba fest 2018, reuniu neste final de semana na cidade de Vitória da Conquista, diversos capoeiristas da cidade e localidades de todo estado baiano. O evento proporcionou a super valorização da arte da capoeira como instrumento de reinserção e formação social, onde por meio de competições e atividades afins, os alunos engajados nessa modalidade esportiva puderam expor suas habilidades durante o jogo e conquistar um novo degrau em sua formação enquanto capoeiristas, os alunos do grupo de capoeira Memória de Bimba, retribuíram o reconhecimento de seu Mestre (Contra-Mestre) Sandro, (idealizador do evento) e na oportunidade lhes fizeram uma homenagem durante a festividade.
A programação, foi composta não só pelos elementos que envolve a capoeira, o Hip-Hop também teve seu espaço, representado pela figura do Emissário Rall, que através de sua mensagem cantada ressaltou as riquezas que se podem encontrar em uma comunidade.Desejando boas vindas, e mostrando o quanto o gueto é magnifico.
Contra-Mestre Sandro, Professor Willian, Emissário Rael, Mestre Borrachinha, Mestre Acordeon, Mestre Madeira e Mestre Zé Lito
Troféus e premiações das competições
Capoeirando
Trabalhos manuais realizados por Dentinho Capoeira
Aquecimento de Mestres, Contra-Mestres e professores
O humorista, músico e comediante Driuzão, da cidade de Vitória da Conquista, participou de um momento de bate papo com os youtubers Ezequiel Porto e Simião Célio, no canal Cê Viu? O bate papo tratou pontos relevantes da carreira de Driuzão como youtuber, e como isso projetou a sua figura nas redes sociais conquistando o carinho do público.
O carisma fundamentado na comédia, levou o humorista Driuzão a se tornar uma das figuras mais ilustres e procuradas da cidade de Vitória da Conquista, passando a ser garoto propaganda de grandes marcas. Segundo ele foi um salto. A beira da depressão, viu na criação de conteúdos para o YouTube uma oportunidade de contornar a má fase e poder ser reconhecido como um artista.
Bom, ficou curioso? Confira no vídeo um pouco da história de Driuzão e veja o quanto é impossível não rir durante um bate papo com ele.r.s.r
O ex-ministro do Supremo Tribunal
Federal Joaquim Barbosa costuma dizer que a vida pública no Brasil é "um
apedrejamento constante". Porém, a partir de sexta-feira, ele deu um
passo que o coloca novamente na posição de alvo: filiou-se ao Partido
Socialista Brasileiro (PSB) e deve ser o candidato da sigla à
Presidência.
Essa caminhada pode acabar no dia 7 de outubro, data
de seu aniversário de 64 anos e também do primeiro turno das eleições.
Se eleito, Barbosa será o primeiro presidente negro da história do
Brasil.
Nascido em família pobre da pequena Paracatu (MG), pai
pedreiro, primogênito de oito irmãos, Barbosa foi faxineiro como a mãe,
digitador em gráfica, estudante de Direito em universidade pública.
Depois vieram o mestrado e o doutorado no exterior, o cargo de
procurador da República, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e,
depois, a presidência da Corte - também o primeiro negro nessa cadeira.
Barbosa
surge como possível candidato carregando uma imagem de luta contra a
corrupção, perfil criado durante o julgamento do mensalão, que condenou
petistas históricos à prisão pela primeira vez. Agora, desponta no
cenário eleitoral no momento em que políticos e partidos tradicionais
são alvo de denúncias, processos e prisões. Um deles, por exemplo, foi
quem indicou Barbosa ao STF: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) teve sua prisão decretada.
Sua postura "rígida", condenando
vários réus a anos de prisão, garantiu popularidade e capas de revistas
semanais como um "homem que estava mudando" o país.
Por outro
lado, o conturbado julgamento também criou entre críticos uma imagem de
juiz arrogante e intransigente. Um julgador que, ao defender suas teses,
não aceitava opiniões contrárias. Foram muitas as discussões acaloradas
com Ricardo Lewandowski, que era o revisor do processo.
Em um dos
episódios, o relator afirmou que o colega de Corte fazia "vistas
grossas" contra fatos que apontavam que os réus recebiam propina. Para
ele, não era possível divergir de fatos.
Lewandowski se disse
"estupefato" com a declaração, acrescentando que Barbosa não aceitava
quem o contrariasse. O presidente do STF na época, Ayres Britto,
concordou com Lewandowski e disse que fatos podem ser interpretados de
formas diferentes por diversas pessoas.
Direito de imagemSTFImage caption
Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski protagonizaram discussões durante julgamento do mensalão
Faxineiro, digitador, estudante
Joaquim
Barbosa, ou Joca, seu apelido, saiu de Paracatu no começo dos anos
1970. Tinha 16 anos. Queria fugir da pobreza e estudar. Acabou fazendo
um bico de faxineiro em um tribunal de Justiça em Brasília antes de
entrar na profissão de digitador na gráfica do Senado.
Trabalhava à noite, digitando textos para o Jornal do Senado, enquanto terminava o antigo 2º grau em uma escola pública.
Logo
depois, passou no vestibular de Direito na Universidade de Brasília
(UnB), tida como um dos polos de resistência estudantil à ditadura
militar que regia o país.
Era um época conturbanda na UnB. Em 6 de
julho de 1977, a universidade foi invadida por tropas militares
comandadas pela ditadura.
Estudantes foram presos; e professores e
funcionários, intimados. O estopim foi uma greve que estudantes e
professores declararam para dar um fim às agressões que sofriam. Por
coincidência, a intervenção na universidade veio depois de estudantes de
Direito pedirem um habeas corpus, reinvindicando o direito de assistir
às aulas durante a greve - Barbosa não fazia parte desse grupo.
Em
entrevista recente, ele lembrou dessa época. "Assisti a muitas aulas
com policiais na porta, vi colegas sendo presos na saída da faculdade."
No
ano seguinte, Barbosa fez parte de um coletivo de alunos de Direito que
assumiu o Diretório Acadêmico da universidade, rompendo uma direção
anterior que era mais idenficada com a direita.
O então aluno não
atuava de forma extensiva no movimento estudantil que combatia o regime.
Sua militância era mais na área jurídica, segundo José Geraldo de Sousa
Junior, contemporâneo de Barbosa na universidade.
Direito de imagemNelson Jr./STFImage caption
Barbosa surge como possível candidato carregando uma
imagem de luta contra a corrupção, perfil criado durante o julgamento
do mensalão
"Ele foi uma das pessoas que criaram um núcleo na
UnB que dava apoio jurídico para pessoas pobres sem acesso a advogados",
lembra Sousa Junior, hoje professor de Direito na UnB. "Foi um núcleo
inovador, porque na época não existia Defensoria Pública."
Sousa Junior acabou por reencontrar o colega anos depois - ele como reitor da UnB e Barbosa como ministro do STF.
Nessa
ocasião, em 2011, o STF julgava uma ação de inconstucionalidade
proposta pelo Democratas contra a política de cotas raciais da UnB. A
universidade foi pioneira no Brasil ao implantar, em 2003, um sistema
que reserva parte das vagas do vestibular para negros.
"O Joaquim
Barbosa teve um papel importante nesse processo (julgamento da ação),
participando de várias audiências públicas e votando a favor das cotas",
lembra Sousa Junior. "E o voto dele foi simbólico. Primeiro porque ele é
ex-aluno da universidade. Depois, por ser negro e ter estudado ações
raciais afirmativas na pós-graduação. Ele era referência e sujeito nesse
processo", diz o professor.
Em seu voto, o magistrado defendeu as
cotas como políticas públicas voltadas para concretizar princípios
constitucionais de igualdade e neutralizar "efeitos perversos da
discriminação racial, de gênero, de idade e de origem".
"Essas
medidas visam a combater não somente manifestações flagrantes de
discriminação, mas a discriminação de fato, que é a absolutamente
enraizada na sociedade e, de tão enraizada, as pessoas não a percebem",
declarou, na ocasião.
Direito de imagemArquivo/UnBImage caption
A Universidade de Brasília foi invadida por militares durante greve de estudantes e professores
Procurador, ministro
Nos
anos 1980, depois de concluir a graduação, Joaquim saiu do país para
melhorar sua formação. Fez mestrado e doutorado em Direito Público na
Sorbonne, tradicional universidade francesa - uma época que ele
classifica como "enriquecedora" e que ajudou a diminuir sua timidez
crônica. Fala inglês, francês e alemão.
Na volta, trabalhou no
setor jurídico do Ministério da Saúde e, depois, passou em um concurso
para o importante cargo de procurador da República, no Rio.
Em
2003, o então presidente Lula procurava uma pessoa para assumir uma
cadeira no STF. O petista queria um negro. A costura para indicação
envolveu os ministros Márcio Thomaz Bastos, da Justiça, e José Dirceu,
da Casa Civil - nove anos depois, o petista acabou condenado por Barbosa
no processo do mensalão.
Em 11 anos como ministro, Barbosa votou a
favor de temas considerados progressistas, como a união homoafetiva, o
aborto de anencéfalos e pesquisas com células-tronco.
Sua
passagem pela principal Corte do país, no entanto, ficou marcada por sua
rígida postura diante de casos de corrupção e pelas famosas discussões
com os colegas - ele decidiu sair do STF, mesmo podendo ficar.
Em
uma das brigas, depois de o então ministro César Peluzo chamá-lo de
inseguro, Barbosa retrucou, afirmando que o colega era "desleal, caipira
e tirano". Em outra, disse que Gilmar Mendes não estava falando com
"um de seus capangas do Mato Grosso".
Ele também já teve rusgas
com jornalistas. Em março de 2013, chamou um repórter Felipe Recondo, à
época no jornal O Estado de S. Paulo, de "palhaço" e o mandou "chafurdar
no lixo". O repórter havia pedido os gastos de gabinete e de viagens do
ministro por meio da Lei de Acesso à Informação.
Meses depois,
Barbosa pediu para o então presidente da Corte, Ricardo Lewandowski,
afastasse a mulher de Recondo, Adriana Leineker Costa, do cargo que ela
tinha no STF. O ministro afirmou ser "antiético" o fato de Costa
trabalhar no tribunal tendo como marido um jornalista. Ela acabou sendo
deslocada para outro tribunal.
Outro caso polêmico ocorreu quando o
magistrado processou o jornalista Ricardo Noblat, acusando-o de
racismo, difamação e injúria.
Em sua coluna no jornal O Globo,
Noblat criticou Barbosa por se envolver em discussões durante o
julgamento do mensalão. Ele escreveu: "Para entender melhor Joaquim
acrescenta-se a cor - sua cor. Há negros que padecem do complexo de
inferioridade. Outros assumem uma postura radicalmente oposta para
enfrentar a discriminação".
Na denúncia, o Ministério Público
Federal concordou com Barbosa. "Ao afirmar que o ofendido pertence à
categoria dos negros autoritários, o denunciado extrapola a injúria
racial (...) pois as ofensas passaram a visar não apenas uma pessoa
(...) mas sim menosprezar, induzindo à discriminação de todas as pessoas
de cor negra", escreveu o órgão.
Barbosa perdeu o processo.
'Inseperável da verdade'
Em
sua passagem pelo STF, Barbosa também deixou fama de intransigente e de
ter pouco traquejo no convívio com advogados e colegas da magistratura.
"Ele
não é uma pessoa de diálogo, ele é irascível", diz Nino Toldo,
desembargador federal de São Paulo e ex-presidente da Associação dos
Juízes Federais do Brasil (Ajufe).
Toldo conta que a Ajufe pediu
uma reunião com o ex-ministro em novembro de 2012, quando Barbosa
assumiu a presidência do STF. O ex-ministro só se reuniu com a
associação seis meses depois - e ainda chamou os colegas de
sindicalistas, o que foi malvisto na categoria.
Em 2013, Barbosa
participou de outra briga com os juízes ao suspender uma emenda
constitucional que criava quatro novos tribunais federais, uma demanda
da categoria e que está parada desde então. O ministro afirmou que o
governo teria de gastar muitos recursos para criar os tribunais. "Ele
tomou uma decisão monocrática, como presidente do STF, durante o
plantão", diz Toldo.
Na opinião do desembargador, "como presidente do STF, ele provou que não tem condições de ser presidente da República".
Um
advogado que atuou no STF durante o julgamento do mensalão também
critica a postura do ex-ministro em relação aos defensores - Barbosa
chegou a dizer que advogados "dormem até tarde" e já expulsou um deles
do plenário.
Direito de imagemSTFImage caption
Joaquim Barbosa foi o primeiro negro a assumir a cadeira de presidente do Supremo Tribunal Federal
"O ex-ministro se mostrava uma pessoa totalmente
resistente e intolerante à atuação dos advogados. Raramente recebia os
advogados, o que é uma praxe na Corte", disse o defensor, que preferiu
não se identificar. Segundo a assessoria de Barbosa, o magistrado só
recebia advogados caso a outra parte envolvida no processo também
estivesse presente.
Em uma entrevista em 2014, Barbosa explicou
sua postura rígida diante dos colegas. "Sou um sujeito inseparável da
verdade. Não suporto esse negócio de escolher palavrinhas gentis para
fazer algo inaceitável. Isso é da nossa cultura. O sujeito faz algo
inadmissível com belas palavras, com gentilezas mil. Isso é fonte de boa
parte do momentos de irritação que tenho aqui (no Supremo)", afirmou.
O
repórter questionou se essa declaração não poderia "causar mal-estar
com os colegas". Barbosa retrucou: "Tenho minha liberdade de expressão".
Outra
polêmica envolvendo o ex-ministro ocorreu em 2010, quando ele foi visto
em um bar, tendo cerveja à mesa, mesmo estando de licença médica do STF
em virtude de suas dores crônicas nas costas. Após a publicação da
reportagem, a assessoria de imprensa do ex-ministro afirmou que uma
fotografia dele no estabelecimento foi interpretada de maneira
equivocada: o copo de cerveja que estava na mesa não era dele, mas de
uma pessoa que o acompanhava na ocasião.
Em 2016, o projeto
jornalístico Panamá Papers divulgou que Barbosa não havia pago um
imposto durante a compra de um apartamento em Miami. O ex-ministro
afirma que não cabia a ele pagar a taxa, mas ao vendedor - e que toda a
situação foi regularizada.
'Sem palavrinhas'
Agora,
para ser presidente, Barbosa entra em um partido historicamente ligado à
esquerda, mas que nos últimos anos teve posições próximas do espectro
político oposto. O PSB votou a favor do impeachment de Dilma e apoiou o
presidente Michel Temer no início de seu governo.
Barbosa teve
opinião diferente: criticou o impedimento de Dilma, chamando-o de
"tabajara", e faz constantes críticas a Temer, apoiando inclusive a sua
saída da Presidência.
No cenário eleitoral, ele terá de escalar
novos degraus para sair do patamar de 5% das intenções de voto. Os dados
são da última pesquisa Datafolha e mostram um cenário ainda com Lula e
sem Marina Silva - no início do ano havia um rumor de que a ex-ministro
do Meio Ambiente poderia compor uma chapa com Barbosa.
Para Danilo
Cersosimo, diretor do instituto de pesquisas Ipsos, Barbosa é um
candidato com potencial de crescer. "Acho que ele tem grandes chances,
porque reúne atributos que são pertinentes e relevantes para a
população, que são a imagem de uma pessoa ética e que combate a
corrupção", diz.
Nesta semana, a consultoria de risco político
Eusásia Group colocou Barbosa como um candidato com o "melhor mix de
atributos" entre os políticos dispostos a concorrer.
Cersosimo
acredita que seu histórico de ascensão social pode ajudá-lo, porque a
população tende a se identificar com pessoas que saíram da pobreza para
uma carreira de sucesso.
Em entrevista de 2014 à GloboNews,
Barbosa refutou glorificar sua trajetória: "O que penso é o seguinte:
raríssimas pessoas no Brasil, incluindo aí os pobres e pessoas vindas da
elite brasileira, tiveram e souberam aproveitar as oportunidades que eu
tive. Mas não sinto como uma superação, as coisas foram acontecendo
naturalmente comigo", disse.
Ele citou a sorte como o ponto mais
importante de sua carreira. "Me sinto uma pessoa bastante afortunada. Ao
contrário do que dizem a meu respeito, menino pobre, filho de pedreiro
que ascendeu na vida, acho tudo isso uma bobagem." informações bbc.com
A situação em que o ex-presidente Lula se depara, não seguindo a sugestão do juiz Sérgio Moro para se apresentar até as 17h desta sexta para cumprir pena de prisão, motivou em todo país, movimentos em protestos por parte do partido dos trabalhadores, simpatizantes de esquerda. Em Vitória da Conquista, não foi diferente, durante a manifestação local o deputado estadual do PT José Raimundo Fontes, marcou presença e concedeu entrevista ao nosso blog.
Segundo o deputado, esse é um momento de muita reflexão e tensões no Brasil, para ele o que está em jogo não é apenas a possibilidade da prisão do ex-presidente Lula, mas que vê nesse conjunto de medidas já tomadas, uma forma de destruir as conquistas e os avanços que o povo brasileiro conseguiu nos últimos anos. Afirmou, é um momento grave, pois a atitude tomada em relação ao ex-presidente Lula, não tem base constitucional e legal.
Afirmou ainda, que os juristas são unânimes em dizer que não há provas no objeto da condenação do Lula, "o apartamento do Guarujá", e que mais uma vez o direito de defesa foi cerceado e que o juiz de Curitiba, não cumpriu com os ritos processuais. Para o deputado, o que predomina na questão é uma ameaça de prisão em segundo instância, mas que a forma de solucionar a questão está na democracia.
Durante a reportagem ocorreu uma interferência por parte de uma cidadão que transitava no local, gerando certo debate entre o mesmo e o deputado Zé Raimundo, confira no vídeo.
O cantor e compositor gospel Daniel Oseias se envolveu em uma grave
polêmica ultimamente. Áudios dele vazados expõem um momento de raiva, em
que ele supostamente discrimina o povo nordestino, em especial os
baianos. Além disso, ele diz ao agente que discute com ele que se for
preciso “arrancar a cabeça dele”, faria.
Daniel
Oseias vende músicas gospel para cantores. Em seu Facebook é possível
ver anúncios em que os cantores e ministérios podem gravar discos gospel
por apenas R$: 1.000. Um dos clientes, identificado como Léo Olliver,
comprou canções ao preço de R$ 600, mas reclamou via Facebook que não as
havia recebido ainda. Por conta disso, o compositor Daniel Oseias
enviou mensagens de áudio via Whatsapp, em que se vangloria por morar no
Sul do Brasil, especificamente Santa Catarina, que segundo ele é uma
“[…] cidade próspera. Não é um bando de f*dido que nem vocês. Uns
coitados que vendem o almoço para comprar a janta”, disse.
Após isso, ele também chegou a usar um tom ameaçador, em que diz que
sua ele ou sua família podem ir atrás de Léo para acertar suas contas:
“Hoje graças a deus canto para deus faço meu trabalho e tudo bem uso
essa forma de me controlar. Só que se precisar pegar uma pessoa que nem
você e arrebentar de pau e arrancar sua cabeça, eu faço. E se eu não
fizer, alguém da minha família faz”, garantiu. A repercussão, claro, foi
bastante negativa, principalmente pela fala xenofóbica do cantor, que
tentou diminuir a imagem dos baianos e nordestinos, passando uma ideia
de que no Sul, ao contrário, as pessoas vivem bem e não passam por
dificuldades financeiras.
Defesa do cantor
O Portal do Trono entrou em contato com o cantor, que
nos enviou um áudio explicando que havia se arrependido dos seus atos e
que não nutria pelos nordestinos ou baianos qualquer tipo de raiva ou
desgosto. Disse que errou pois é humano, que não vai ficar chorando e
batendo nessa tecla pra sempre nas redes sociais, criticou quem divulgou
os áudios e disse que recebeu o perdão de Deus, que é o mais
importante. Confira o áudio na íntegra acessando aqui: http://www.portaldotrono.com/cantor-gospel-humilha-baianos/
A terceira parte da entrevista com Mateus Santana (cientista social) já está disponível. A estreia do canal "Cê Viu?" apresentou aos espectadores pontos importantes relacionados ao meio político, que foram desde o Evangelicalismo e suas influências na esfera política, o caso Marielle Franco e seu elo com o feminismo, e agora para o ultimo vídeo da série de abertura do canal, o assunto tratado é os embates entre Direita e Esquerda, uma questão delicada que permeia pelo processo histórico social, mas, que é bem elucidada por Mateus Santana, durante suas pontuações.
A Igreja “Worship Center Christian Church”,
que fica no estado do Alabama – EUA, usou seus recursos financeiros
para quitar dívidas de 48 famílias de sua congregação. Cerca de 41 mil
dólares foram usados de forma generosa para que estas famílias possam
ter um novo começo, longe das dívidas.
O dinheiro doado foi o mesmo dinheiro que a instituição recebeu de doações de seus fiéis e a ideia foi do pastor presidente, Vanable H. Moddy, que afirmou que através deste ato pretende ser as “mãos e os pés de Jesus”, para aqueles que enfrentam adversidades: “Nós
sentimos o chamado para erradicar essas dívidas, porque queremos dar às
pessoas um novo começo e ajudá-las a sair deste buraco”.
A Igreja já trabalha há algum tempo ajudando os mais
necessitados, realizando trabalhos para pessoas desabrigadas, visitando
prisões na região e distribuindo alimentos. O pastor, que costuma dar
alguns sermões relacionados à gestão financeira, explica o porquê
considera sua atitude importante: “Tivemos uma série de mensagens
que ensina sobre as finanças, e uma das mensagens direcionadas foi sobre
a importância de viver livre de dívidas. Nesta mensagem, tratei com a
dor que a dívida realmente provoca nas pessoas e prejudica a qualidade
de vida de diferentes maneiras”.
As famílias ajudadas pela Igreja também receberam aulas
sobre gestão financeira e a partir de agora poderão viver com a paz de
quem não tem nenhuma dívida para quitar. Vanable disse que começou a
prestar atenção e viu que muitas famílias no estado do Alabama estão com
problemas financeiros, então além de sua igreja oferecer aulas, ele
achou que poderia fazer algo a mais, os ajudando a “sair do buraco”: “Nós
sentimos o chamado para erradicar essas dívidas, porque queremos dar as
pessoas um novo começo e ajuda-las a sair deste buraco”.
Recentemente, o Alabama aprovou uma lei que permite que os
credores possam quitar suas dívidas nos bancos, com taxas mais baixas. É
importante salientar que o pastor não estava em busca de uma solução de
curto prazo, pois foi à procura das famílias que estavam endividadas há
bastante tempo e entendeu que elas precisavam de conselhos e aulas de
educação financeira. Após quitarem suas dívidas, essas pessoas
participaram de workshops de finanças, para que de fato, possam nunca
mais contrair dívidas e passar os ensinamentos aos seus filhos.
No Brasil, um pastor evangélico resolveu investir o dinheiro dos dízimos e ofertas de uma maneira totalmente diferente, com ajuda dos fiéis ele construiu dezenas de casas populares para famílias carentes
Pelas redes sociais, cristãos relatam que não estão conseguindo comprar bíblias pela internet.
Depois de anunciar oficialmente seu apoio à liberdade religiosa, a
China impediu que a Bíblia Sagrada fosse vendida nas livrarias online e
nas grandes lojas de livros do país.
A remoção da Bíblia nas livrarias acontece em meio a tensões entre
China e Roma. O motivo é por causa de um acordo que daria ao Vaticano
mais controle sobre a nomeação de bispos chineses.
As principais plataformas de e-commerce chinesas como Alibaba’s
Taobao, JD.com e Amazon não vendem mais Bíblias. O mesmo acontece nas
maiores livrarias de Pequim, de acordo com funcionários.
Os cristãos estão usando as redes sociais para relatar que não estão
conseguindo comprar Bíblias pela internet. Uma das maiores livrarias do
país, a Xinhua, não tem Bíblias disponíveis para venda.
Segundo o jornal chinês Global Times, os reguladores do governo
conversaram com a JD.com sobre a venda de produtos ilegais, publicações e
outros materiais impressos online. A empresa “não conseguiu
regulamentar os produtos e causou um impacto social negativo”, disseram
os reguladores.
Em sessão que durou mais de 10 horas, a maioria dos ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF) votou contrariamente ao habeas corpus ao
ex-presidente Lula e concluiu o julgamento na madrugada desta
quinta-feira. O entendimento que prevaleceu é de que não fica ferida a
presunção de inocência ao se prender em segunda instância, como já havia
se posicionado o plenário sobre a questão em 17 de fevereiro de 2017. O
placar final foi de 6x5 negando o hc.
A defesa recorreu ao Supremo
para que o petista seja mantido em liberdade até que sejam esgotados
todos os recursos, inclusive na terceira instância, sobre pena de 12
anos e um mês, relacionada à condenação de lavagem de dinheiro e
corrupção passiva pelo apartamento triplex, no Guarujá.
Considerado
o voto definidor da sentença, o posicionamento da ministra Rosa Weber
afirmou, ao argumentar, que mesmo não concordando com a prisão em
segunda instância, como tem se posicionado em diversos julgamentos na
Turma, ela, no plenário acompanharia o entendimento formado pela maioria
da corte.
Segundo Rosa, "nessa linha de raciocínio, e sendo
prevalecente nesse STF o entendimento de que a execução provisória 'de
acórdão penal condenatório proferido em julgamento de apelação ainda que
sujeito a recurso especial ou extraordinário não compromete o princípio
constitucional da presunção de inocência' que foram reiterados por
decisões da Corte em fevereiro, outubro e novembro de 2016, 'quando
reafirmada a jurisprudência dominante', não há como 'reputar ilegal' a
decisão do Superior Tribunal de Justiça contra a qual Lula se insurge."
Primeiro
a votar, o ministro Edson Fachin, relator do caso, afirmou não
verificar "ilegalidade, abusividade ou teratologia no ato apontado".
Fachin citou pareceres que defendem estabilidade de jurisprudência nos
tribunais e votos dos ministros do STJ sobre o habeas corpus de Lula e
relembrou aos colegas que os votos seguiram a jurisprudência do STF que
permite prisão em segundo grau.
Rejeitaram o pedido da defesa de
Lula os ministros Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Luís Roberto
Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux e Cármen Lúcia.
Abriram
divergência em relação ao voto do relator, os ministros Gilmar Mendes,
Dias Tóffoli, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello.
Como votaram os ministros:
Edson Fachin:
"Trata-se
de uma análise de um ato concreto apontado como coautor e tido como
configurador de ilegalidade ou abuso de poder. Por isso, é tema
circunscrito e entendo de menor amplitude em relação às ações objetivas
ADCs 43 e 44. Não há hipótese de implementar nesse HC uma revisita ao
tema subjacente. O objeto desse HC se coaduna em meu modo de ver com a
destinação constitucional desse remédio em apreço nos termos do artigo
5º inciso 68", afirmou.
Gilmar Mendes:
"Não
é porque agora tem amigos dele que estão sendo atingidos. Coisa
nenhuma! Não opero com esses critérios. Não existe isso. Demagogia
barata, populismo vulgar. Todos sabem dessa minha capacidade de
enfrentamento. De mudar de posição de maneira clara. De dizer nos olhos
por que estou mudando. Aqui é notório que era preciso fazer uma revisão,
porque estamos cometendo injustiças aos borbotões e estamos
fortalecendo um estamento que não há mais contraste", afirmou.
Alexandre de Moraes:
"Me
parece que não há nenhuma ilegalidade ou abuso de poder que permitiria a
concessão do habeas corpus. A decisão do STJ ao aplicar decisão do STF
agiu com total acerto. A presunção de inocência, que é relativa, não só
no Brasil, mas em todo o ordenamento jurídico democrático, exige o
mínimo necessário de provas. O princípio de presunção de inocência não
pode ser interpretado de maneira absolutamente isolada, absolutamente
prioritária em relação a outros princípios constitucionais.
Roberto Barroso:
"É
ilógico moldar o sistema em função da exceção. Nós iremos frustrar a
sociedade brasileira caso mudemos a nossa interpretação. Esse não é o
país que eu gostaria de deixar para os meus filhos, o paraíso de
homicidas, estupradores e corruptos (…) É preciso saber se essa decisão
contém ilegalidade ou abuso de poder, pois esses são os argumentos que
justificam o habeas corpus. Não, cumprir decisão do STF não é
ilegalidade e menos ainda abuso de poder."
Rosa Weber:
"Nessa
linha de raciocínio e sendo prevalecente o entendimento de que a
execução provisória, ainda que sujeita a recursos, não compromete o
princípio constitucional de presunção de inocência, não tenho como
reputar ilegal, abusivo ou teratológico, o acórdão da 5ª Turma do STJ
que rejeitou a ordem de habeas corpus independentemente da minha posição
pessoal, e ressalvado a posição a respeito, ainda que, repito, o
plenário seja o locus apropriado para revisitar tais temas."
Luiz Fux:
"Um
ano e meio depois da jurisprudência firmada no Plenário, numa discussão
que levou horas e horas, pretende-se mudar a jurisprudência que seria
atentatória aos ditames da Constituição? E efetivamente não o é, não
viola a Carta"
Dias Tóffoli:
“Não há
petrificação da jurisprudência. Entendo por possibilidade de reabrir o
embrulho e enfrentar a questão de fundo”, disse, em referência ao
entendimento atual da Corte, estabelecido em 2016, que é favorável à
execução da pena após condenação em segunda
Ricardo Lewandowski:
"Hoje
é um dia paradigmático para a história desta Suprema Corte. A avaliação
deste dia eu deixarei para os especialistas, para os historiadores. Mas
é um dia em que esta Suprema Corte colocou o sagrado direito à
liberdade em um patamar inferior ao direito da propriedade"
Marco Aurélio Mello:
"Longe
de mim o populismo judicial, que entendo superpernicioso. Longe de mim a
postura politicamente correta, a hipocrisia. (…) "E o que temos em
termos de preceitos de envergadura maior? Que ninguém será considerado
culpado ate o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Não se
trata de uma jabuticaba, como muitos dizem nesse tribunal"
Celso de Mello:
"Há
movimentos parecem prenunciar a retomada de todo inadmissível de
práticas estranhas e lesivas à ortodoxia constitucional, típicas de um
pretorianismo que cumpre repelir (…) Os poderes do estado são
essencialmente definidos e limitados pela própria carta política". informações com em.com.br
O secretário de
Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social – SJDHDS, Carlos
Martins, e a diretora geral da Fundação da Criança e do Adolescente,
Regina Affonso, assinaram na tarde desta segunda-feira (02), em
Salvador, a ordem de serviço para elaboração e apresentação dos projetos
básico e executivo da Case – Comunidade de Atendimento Socioeducativo
Wanderlino Nogueira Neto, no município de Vitória da Conquista. A
unidade será a primeira do Brasil construída pelo RDC – Regime
Diferenciado de Contratação.
A obra terá um investimento de R$ 22
milhões, fruto de convênio entre os Governos Estadual e Federal, e
atende às orientações do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo
(Sinase), que organiza e executa as medidas socioeducativas aplicadas a
adolescentes que cometem atos infracionais. A unidade terá 90 vagas
masculinas para aplicação de Medida Socioeducativa de Internação e
Internação Provisória, e atenderá adolescentes da região Sudoeste, Sul e
Baixo Sul do estado.
Para o secretário Carlos Martins, a
construção da unidade demonstra o forte compromisso social do Governo do
Estado com as crianças e adolescentes. “A construção desta unidade em
Vitória da Conquista é uma conquista fruto de muitas lutas, e acontece
num momento histórico extremamente importante para aqueles que atuam
todos os dias em defesa de um sistema mais humanitário e com respeitos
aos direitos das nossas crianças e adolescentes”, afirmou.
De acordo com Regina Affonso, projeto
arquitetônico da nova Case atende às exigências do Sinase e vai ofertar
um atendimento mais humanizado e respeitoso para os adolescentes que
cometeram atos infracionais, com estímulo a ações pedagógicas que
integrem a arte educação, profissionalização, a escolarização formal
educandos para que eles possam ressignificar suas histórias e
construírem um novo projeto de vida”.
O secretário Carlos Martins registrou
ainda a contribuição dos deputados federais Jorge Solla (presente na
assinatura desta segunda-feira), Nelson Pelegrino, Antônio Brito,
Waldenor Pereira, Luiz Caetano e Daniel Almeida, que alocaram recursos
de emendas para as obras. Os deputados estaduais Zé Raimundo e Fabrício
Falcão também estiveram presentes, bem como o diretor de Edificações da
Conder, Anxieta Moita, e o diretor do consórcio vencedor da licitação,
Mauro Prates. O consórcio Sudoeste, que foi o vencedor do processo
licitatório, será o responsável pela construção da unidade.
Homenagem – A escolha
do nome da Case de Vitória da Conquista é uma homenagem ao jurista
baiano Wanderlino Nogueira Neto, que faleceu em fevereiro deste ano.
Conhecido internacionalmente como defensor dos direitos das crianças e
adolescentes, Wanderlino Nogueira Neto chefiou o Ministério Público do
Estado da Bahia de 1987 a 1989, tendo sido o primeiro promotor a ocupar o
cargo de procurador-geral de Justiça. O jurista tornou – se referência
na luta pelos direitos infanto juvenil, como consultor especial para os
escritórios do representante do Unicef no Brasil, Cabo Verde, Angola e
Paraguai.
Em 2011, recebeu da presidente Dilma
Rousseff o maior reconhecimento do governo brasileiro sobre direitos
humanos: o Prêmio Direitos Humanos, na categoria Garantia dos Direitos
da Criança e do Adolescente.
A segunda parte da entrevista com Mateus Santana, já está disponível no canal "Cê Viu?" na plataforma do YouTube. O primeiro vídeo gerou bastantes comentários tendo boa aceitação dos internautas que esperavam ansiosos pela continuação.
Nesse segundo momento, assuntos relacionados a Marielle Franco, e sua representatividade para o feminismo (essencialmente para o movimento da esquerda) foram pontos discutidos durante a entrevista.
As possíveis causas que culminaram na morte de Marielle Franco, e a sua repercussão, também foram desencadeados durante o dialogo. Acompanhe na integra como foi a segunda parte da entrevista com Mateus Santana.
Áudios inéditos do Superior Tribunal Militar (STM),
solicitados pelo Estado, mostram a íntegra de um julgamento de trinta
anos atrás: o do então capitão do Exército Jair Messias Bolsonaro, à
época com 33 anos, hoje com 63 e bem cotado presidenciável da
extrema-direita. Entre 1987 e 1988, Bolsonaro foi julgado duas vezes,
por diferentes Conselhos de Justificação, sob a acusação de “ter tido
conduta irregular e praticado atos que afetam a honra pessoal, o
pundonor militar e o decoro da classe”. Na primeira instância, em
janeiro de 1988, foi considerado culpado pela unanimidade dos três
julgadores, todos oficiais militares. Na última – o STM, em sessão
secreta de 16 de junho de 1988, integralmente gravada - Bolsonaro foi
considerado não-culpado por a 9 a 4 (ouça os áudios no final da
reportagem).
Bolsonaro e aliados de Lula trocam acusações durante atos em Curitiba
O julgamento do STM foi a última etapa do longo e
momentoso caso de rebeldia militar ocorrido durante a presidência de
José Sarney – a primeira depois da ditadura – e o desenrolar do segundo
ano da Constituinte. O maior derrotado pela absolvição do capitão
Bolsonaro foi o general Leônidas Pires Gonçalves, ministro do Exército
de Sarney, que avalizara publicamente a decisão da primeira instância,
reformada pelo tribunal superior.
São 37 áudios
nítidos, uns longos, outros mais curtos. Jogam luz numa história que vai
sendo esquecida, tem sido mal contada, e que esclarece uma parte
importante na trajetória do polêmico personagem. Foi com esse episódio,
cheio de vais e vens, que Bolsonaro saiu do anonimato, virou político e
agora se lança à presidência da República.
Bolsonaro, então candidato a vereador pelo Partido Democrata Cristão (PDC) em 1986.
Foto: Luiz Pinto / Agência O Globo
Um bom começo é vê-lo, ali pelo final de agosto de 1986,
caminhando à paisana em direção à sucursal da revista Veja, no Rio de
Janeiro. Levava na bolsa a farda de capitão – e com ela foi fotografado
na redação. A foto e o artigo “O salário está baixo” – um petardo
inusual contra a autoridade militar e o governo Sarney – foram
publicadas na seção “Ponto de vista”, última página de Veja de 3 de
setembro de 1986.
Fruto de uma demorada negociação, obtida por iniciativa
de Veja, mas francamente colaborativa por parte do capitão, o artigo
precisou de mais de uma ida à redação, e de adaptações compatíveis com o
estilo da seção. Não era sempre que um oficial do Exército dava a cara
pra bater, com nome, sobrenome, clareza, radicalidade e contundência. O
pé do artigo – disponível na internet - informava que seu autor era
“capitão do 8º Grupo de Artilharia de Campanha, paraquedista, 31 anos,
casado e pai de três filhos”.
Foi levado à prisão disciplinar, por quinze dias, a
partir de 1º de setembro, determinada em boletim interno pelo comandante
da Brigada de Paraquedistas, coronel Ary Schittiny Mesquita. Entre as
razões da “transgressão grave” estava “a de ter elaborado e feito
publicar em revista semanal de tiragem nacional, sem conhecimento e
autorização de seus superiores, artigo em que tece comentários sobre a
política de remuneração do pessoal civil e militar da União”. E, também,
“a de ter ferido a ética gerando clima de inquietação no âmbito da
Organização Militar”.
O rebelde da ocasião ganhou admirações nos quartéis,
espaço na mídia, e simpatia da oposição, inclusive à esquerda. Cumprida a
prisão, seguiu a carreira no 8º GAC de Paraquedistas. Continuou a
receber elogios por desempenho – uma marca de sua trajetória desde que
entrou no Exército, como registram os assentamentos militares que
constam dos autos do processo guardados no STM, assim como os áudios.
São três volumes, com 1.535 páginas, que o Estado
consultou com atenção. É no primeiro deles que consta o que aconteceu em
fevereiro de 1987, seis meses depois da prisão: ao sair dos
paraquedistas para a Escola Superior de Aperfeiçoamento de Oficiais
(ESAO) Bolsonaro recebeu elogios formais por “autoconfiança,
combatividade, coragem, idealismo, indivíduo de ideias e de juízo,
iniciativa e vigor físico”.
Arma é garantia de nossa liberdade', defende Bolsonaro em Curitiba
“Pôr bomba nos quartéis, um plano na ESAO”, publicou a
revista Veja na edição de 25 de outubro daquele 1987, terceiro ano do
governo Sarney. A reportagem informava que Bolsonaro e seu colega da
ESAO, Fábio Passos, prepararam um plano, “Beco sem saída”, para explodir
bombas em unidades militares do Rio. Tarde da noite da sexta-feira em
que Veja saía, os dois oficiais foram chamados ao comando da ESAO, e
escreveram, de próprio punho, textos em que negavam a autoria do “Beco
sem saída” e contatos com a revista. Bolsonaro considerou o publicado
como “uma fantasia”.
Na edição seguinte, de 1º de novembro, Veja publicou “De
próprio punho” – reafirmando a reportagem anterior e reproduzindo o que
seria um fac-simile de dois croquis, supostamente desenhados por
Bolsonaro, indicando locais em que as bombas seriam detonadas. Inquirido
e reinquerido em sindicância da ESAO, Bolsonaro nega. Na questão mais
delicada – a autoria dos croquis - dois exames grafotécnicos, um da
Polícia Federal, outro do Exército, consideraram impossível determinar.
Facebook retira do ar páginas de apoiadores de Bolsonaro
Em 13 de novembro, o caso foi levado para um Conselho de
Justificação. Nomeado pelo ministro do Exército, Leônidas Pires
Gonçalves, o conselho se instala em 8 de dezembro. É composto pelo
coronel Marcos Bechara Couto, presidente, e pelos tenentes-coronéis
Nilton Correa Lampert, interrogante e relator, e Carlos José do Couto
Barroso, escrivão. É quando se formaliza a acusação de “conduta
irregular, ter praticado atos que afetam a honra pessoal, o pundonor
militar e o decoro da classe”.
O conselho ouviu Bolsonaro meia dúzia de vezes, além de
seus advogados. A negativa foi mantida. Ouviu, ainda, jornalistas e
editores da revista Veja, oficiais do Exército vizinhos de Bolsonaro, as
esposas de alguns deles, incluindo Rogéria Nantes, mulher do capitão,
que recusou-se a falar. Ouviu também generais indicados pela defesa –
entre eles o general Newton Cruz, linha dura que Bolsonaro admirava
superlativamente.
Um novo laudo da Polícia Federal cravou a culpa do
acusado: “Não restam dúvidas ao ser afirmado que os manuscritos
“promanaram do punho gráfico do capitão Jair Messias Bolsonaro”. Logo
depois, a pedido do conselho, um quarto exame grafotécnico dos peritos
do Exército que fizeram o primeiro laudo não acusatório, acrescentou um
“complemento” contrário, afirmando que os caracteres “promanaram de um
mesmo punho gráfico”. Quatro exames grafotécnicos, portanto, empatando
em 2 a 2.
Em 25 de janeiro, Bolsonaro foi condenado pela
unanimidade do conselho com um libelo duro em que se registra “desvio
grave de personalidade e uma deformação profissional”, “falta de coragem
moral para sair do Exército” e “ter mentido ao longo de todo o
processo” ao negar contatos frequentes com a revista Veja.
Em fevereiro de 88, um despacho do ministro do Exército
concorda com o parecer do conselho – e ao mesmo tempo encaminha os autos
do processo para o Superior Tribunal Militar. É o Conselho de
Justificação 129-9 – relatado pelo general Sérgio de Ary Pires, tendo
por revisor o jurista e ex-deputado federal Aldo da Silva Fagundes.
Treze ministros participaram da sessão secreta de
julgamento de quatro meses depois, em 16 de junho de 88. Bolsonaro em
princípio não aceitou advogado – ele próprio fez sua defesa escrita -,
mas, no julgamento, foi defendido pela advogada Elizabeth Diniz Martins
Souto, que segue atuando em Brasília.
A sessão começa com o relatório do general Sérgio Pires,
que lê o libelo acusatório do primeiro Conselho de Justificação. Passa
muito tempo às voltas com uma questão de ordem sobre se o representante
do Ministério Público Militar poderia ou não poderia falar – acabou não
falando. Depois de um intervalo, já pelo meio da tarde, falou a defesa.
“Este processo constitui uma aberração jurídica terrível”, diz a dra.
Martins Souto no áudio 16, com 32 minutos. A posição do Ministério
Público Militar, lida pelo relator, diz que os autos colocam Bolsonaro
“na inconfortável posição de incompatibilidade para o oficialato”.
“Não culpado”, vota o relator, general Sérgio Pires.
Argumenta, no essencial, 1) que o capitão já pagou a pena pelo artigo na
revista Veja – os quinze dias de prisão; 2) carência de prova
testemunhal e 3) “profundas contradições existentes nos quatro exames
grafotécnicos, dos quais dois não apontam a autoria dos croquis” e dois
apontam, o que chama o princípio in dúbio pro réu
Oito ministros seguiram o relator: Ruy de Lima Pessoa,
Antônio Carlos de Seixas Telles, Roberto Andersen Cavalcanti, Paulo
Cesar Cataldo, Raphael de Azevedo Branco, Alzir Benjamin Chaloub, George
Belham da Mota e Aldo Fagundes, o revisor. Quatro votaram pela culpa e
pela reforma do capitão: Antônio Geraldo Peixoto, José Luiz Clerot, José
Luiz Leal Ferreira e Haroldo Erichsen da Fonseca. Aldo Fagundes, pelos
primeiros, entendeu que Bolsonaro se deixara levar pela vaidade – “essa
caminhada do anonimato à notoriedade é muito difícil” – e que isso era
“muito pouco” para afastá-lo do Exército. José Luiz Clerot, pelos
últimos, considerou que o que estava em jogo era “a mentira do capitão
Bolsonaro”, a quem atribuiu a autoria dos croquis, “o que o leva às
profundezas do inferno de Dante”.
Já era perto de onze da noite quando o julgamento
terminou. O presidente mandou entrar a imprensa, e anunciou: “Estando em
sessão pública, vou declarar o resultado dessa sessão secreta: por
maioria de votos o capitão Bolsonaro foi julgado não-culpado”.
Em dezembro de 1988, Bolsonaro foi para a reserva
remunerada com a patente de capitão. Já era, desde novembro, vereador
eleito do Rio de Janeiro pelo Partido Democrata Cristão. Bolsonaro não
quis dar entrevista.