O
ensino de filosofia e sociologia poderá voltar a ser obrigatório no
nível médio. O senador Romário (Pode-RJ) anunciou, na semana passada,
que acatou uma sugestão popular com esse pedido. A sugestão (SUG 20/2018)
vai se tornar um projeto e será analisada pelas comissões do Senado.
Conforme informou Romário, o pedido alcançou o apoio de quase 140 mil
cidadãos no portal e-Cidadania, até o mês passado. Para que uma sugestão
popular seja analisada, o mínimo exigido é de 20 mil apoios.
O
senador disse considerar que se trata de uma iniciativa pertinente. Ele
destaca que a Constituição de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB – Lei 9.394/1996)
estabelecem de maneira explícita que a educação tem três finalidades: o
pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho. Daí a importância do
ensino da filosofia e da sociologia para o desenvolvimento do senso
crítico do estudante.
— As disciplinas são base para o pensamento crítico e para a formação cidadã do aluno — afirmou o senador.
A
sugestão partiu do professor Ricardo Reiter, do Rio Grande do Sul. Ele
argumenta que a filosofia e a sociologia são fundamentais na formação
humana de indivíduos politizados, autônomos e capazes de exercer a
cidadania com consciência. Acrescenta, ainda que, a partir da filosofia,
o aluno desenvolve o pensamento crítico e que a sociologia, por sua
vez, o ajuda a compreender o que é a cidadania.
Com a
reforma do ensino médio, apresentada pelo governo do ex-presidente
Michel Temer, o ensino dessas disciplinas deixou de ser obrigatório e
passou a ser optativo no ensino médio. Se a matéria se tornar lei, o
ensino voltará a ser obrigatório juntamente com as disciplinas
tradicionais, como português e matemática.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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