A Polícia Civil do DF
vai investigar a agressão sofrida por jornalistas na Esplanada dos
Ministérios. Entre eles, está o fotógrafo Dida Sampaio, do jornal O
Estado de S. Paulo. A investigação será conduzida pela 5ª Delegacia de
Polícia (área central).
Dida prestou depoimento e informou características dos
suspeitos. Fotos e vídeos da violência também serão analisados. Os
jornalistas viraram alvos dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro
(sem partido) durante manifestação pró-governo na Praça dos Três Poderes, realizada nesse domingo (03/05). Os profissionais levaram socos, chutes e empurrões de participantes do ato, além de serem atacados verbalmente.
O fotógrafo do Estadão fazia imagens do presidente em frente à rampa do Palácio do Planalto
quando foi agredido. Ele usava uma escada para registrar o momento e
foi empurrado e socado por algumas pessoas. Caiu e acabou sendo chutado.
O
também fotógrafo Orlando Brito, 70, um dos mais premiados e respeitados
fotojornalistas do país, foi ajudá-lo. Acabou atacado sob gritos em
coro: “Lixo, lixo, lixo”.
As equipes da Folha de São Paulo e do Poder360 também foram agredidas, física e verbalmente.
O motorista do jornal O Estado de São Paulo Marcos Pereira chegou a
levar uma rasteira. A equipe do Estadão recorreu à Polícia Militar do
Distrito Federal (PMDF) para deixar o local em segurança.
Outros jornalistas, entre eles os do Metrópoles, que acompanhavam a manifestação também foram hostilizados verbalmente.
A
Polícia Militar acompanhou toda a manifestação. Foi chamada, mas não
interveio imediatamente. Os policiais acabaram se aproximando e cercando
os profissionais de imprensa quando a multidão seguia com a hostilidade
e tentava expulsar os jornalistas. O grupo foi retirado da área
escoltado. Ninguém foi preso.
O presidente apareceu na manifestação pró-governo que reuniu milhares de pessoas na Esplanada dos Ministérios. Os participantes protestavam contra o ex-ministro
Sergio Moro, que prestou depoimento no inquérito que apura denúncia de
que Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal.
Metropoles
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