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sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Escritor lança livro de poesias feito durante internação em clínica psiquiátrica

RIO — Esqueça aquela poesia que fala do amor apaixonado. Essa não é a praia do escritor João Pires da Gama, de 25 anos. Pelo menos não na obra “Para todos os corações selvagens” (Editora Multifoco), escrita durante uma de suas internações psiquiátricas — foram dez ao todo, desde os 15 anos. O jovem, que sofre de bipolaridade, síndrome de Borderline e depressão crônica, fala com naturalidade desconcertantes sobre seus transtornos, os abusos sexuais que sofreu e suas viagens ao inferno da bebida e das drogas. Há três meses de alta, ele garante que hoje os seus vícios são apenas o cigarro e a Coca-Cola. 

— Hoje em dia eu estou estável, me tratando com remédios. Foi difícil chegar até aqui — afirma ele, lembrando que o livro foi escrito após uma tentativa de suicídio — Escrevi cerca de cem poemas ao todo e escolhi alguns para publicar. Quis mostrar, com a poesia, aquilo que não se fala. Os demônios, os caminhos tortuosos da vida, a obscuridade da alma, a dor, o sofrimento.  

No poema que abre a publicação e que dá nome ao livro, João diz: “Eu e meu coração selvagem. Que bela dupla nós somos. Eu pego um táxi sem dinheiro. Eu bebo, eu bebo, eu bebo. (...) Eu e o meu coração selvagem. E o gosto por viver intensamente. Em todas as horas eu ardo. Todos os dias, todos os dias... E à noite eu padeço. Em pedaços, sempre em pedaços (...)”. 

— Meus textos trazem imagens e sensações. Foram feitos para mexer com os sentidos mesmo. Além da dependência, falo de outros temas como prostituição, ocultismo e agnosticismo — explica. 

Morador do Leme, João escolheu o bairro por ter uma história com aquela que é sua musa inspiradora: Clarice Lispector. Ele conhece o endereço em que a escritora vivia (Rua Gustavo Sampaio 88) e sabe de cor frases e citações inteiras da escritora. 

— Clarice é minha Bíblia. Já li todos os livros. Num de seus textos ela diz que gostaria de ter um filho chamado João. Daí eu penso: será que sou eu? — pergunta ele, enquanto acende mais um cigarro. 

No apartamento em que divide com a mãe e os gatos Frida e Noel, uma impressionante biblioteca chama a atenção pela diversidade de obras. De Clarice, é claro, passando por Baudelaire e Sylvia Plath, a livros de tarô e I Ching, suas mais recentes paixões. 

— Já estou até dando consultas. Sou meio bruxinho. Aliás, o I Ching está bom para mim. Diz que eu vou atravessar grandes águas que vão me levar à fortuna e ao sucesso — diz. 

Nesse caldeirão em constante ebulição que é a mente do escritor, duas novas obras estão em andamento: “A rainha solitária” e “O caçador". Por meio de sua história e de suas escritas, João sabe que vai dar voz a muitas pessoas que passam por problemas semelhantes. 

— Quero mostrar que existe vida após uma experiência como essa. Desde que a pessoa busque um chão, que encontre uma espiritualidade, uma força superior. Não precisa escolher uma religião. Pode simplesmente acreditar em si mesmo. Acho que sou um exemplo de sobrevivência e esperança — comenta.  O Globo

Projeto cria marco regulatório para acolhimento de crianças e adolescentes afastados da família de origem

Prestes a concluir seu mandato, a senadora Marta Suplicy (MDB-SP) apresentou nesta semana ao Senado Federal um projeto de lei para criação de um marco regulatório de acolhimento de crianças e adolescentes em situação de abandono ou afastados do convívio familiar. O texto busca reunir princípios e diretrizes das principais normas legais, infralegais, nacionais e internacionais sobre a área, como dezenas de resoluções do Conselho Nacional da Criança e do Adolescente.

O PLS 439/2018 será votado primeiro na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), depois na de Assuntos Sociais (CAS) e, em seguida, na de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Nesta última, a votação será em caráter terminativo, ou seja, poderá seguir para a Câmara sem passar pelo Plenário do Senado, se não houver requerimento contrário. O projeto de lei pode receber emendas dos demais senadores até a quarta-feira (28).

O projeto cria a Política Nacional de Acolhimento de Crianças e Adolescentes, destinada a menores que estejam sob acolhimento institucional, em programa de acolhimento familiar ou em família substituta. Todas essas medidas protetivas estão previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Além do ECA, o projeto se fundamenta na Lei Orgânica da Assistência Social (Lei 8.742, de 1993). Marta Suplicy alerta que os serviços de acolhimento não devem ser confundidos com instituições que abrigam jovens que cumprem medidas socioeducativas de internação em estabelecimento educacional.

“O projeto de lei visa estabelecer parâmetros e oferecer orientações metodológicas para que os serviços de acolhida de crianças e adolescentes possam cumprir sua função protetiva e de restabelecer direitos, compondo uma rede de proteção que favoreça o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, o desenvolvimento de potencialidades das crianças e dos adolescentes atendidos e o empoderamento de suas famílias”, afirma Marta Suplicy na justificação de sua proposta.

Objetivos

O objetivo principal do novo marco regulatório será ampliar, articular e integrar os programas, projetos, serviços e as ações de apoio social e familiar para a promoção, proteção e defesa do direito de crianças e adolescentes à convivência familiar e comunitária. Busca-se aperfeiçoar a prática de acolhimento e assegurar parâmetros técnicos de qualidade no atendimento e acompanhamento de entidades, famílias acolhedoras, famílias de origem, crianças e adolescentes.

Outro objetivo é fomentar a criação de programas para promover a autonomia do jovem egresso de programas de acolhimento, além de favorecer mecanismos de controle social sobre a execução da política nacional. União, estados, municípios e Distrito Federal deverão adotar, de maneira conjunta ou cooperada, as ações da política nacional preconizadas pelo marco regulatório.

Estudo diagnóstico

Deverá haver um estudo diagnóstico para cada caso, para subsidiar a decisão sobre o afastamento da criança ou adolescente do convívio familiar. O estudo diagnóstico deverá ser realizado sob supervisão e em articulação com o Conselho Tutelar, com a Justiça da Infância e da Juventude e com a equipe de referência do órgão gestor de assistência social. No documento, deverão ser avaliados os riscos a que estiver submetido cada atendido.

O estudo deverá conter informações como composição familiar, contexto socioeconômico e cultural, vínculos significativos na família, análise da rede social de apoio da criança ou adolescente e de sua família, com dados sobre familiares e parentes, amigos, vizinhos e padrinhos, dados sobre valores e costumes da comunidade da qual a família faça parte, condições de acesso da família a serviços e programas e projetos das diversas políticas públicas que possam responder às suas necessidades.

Também deverá conter informações sobre situações de vulnerabilidade e risco vivenciadas pela família; avaliação da situação atual da criança ou do adolescente e de sua família, inclusive quanto às dificuldades da família para exercer seu papel de cuidado e proteção; referências sobre história familiar e sobre padrões de relacionamento com violação de direitos; análise do grau de risco e de desproteção ao qual a criança ou o adolescente estará exposto caso não seja afastado do ambiente familiar e outras.

Além de avaliar a necessidade ou não de afastamento do convívio familiar, o estudo diagnóstico deverá analisar o perfil e as demandas específicas da criança ou do adolescente, de forma a subsidiar a decisão pelo encaminhamento para o serviço de acolhimento que melhor atenda suas peculiaridades.

Plano de atendimento

Para cada criança ou adolescente que for recebido em serviço de acolhimento, deverá ser elaborado de imediato o Plano de Atendimento Individual e Familiar, que deverá conter objetivos, estratégias e ações a serem desenvolvidos, tendo em vista a superação dos motivos que levaram ao afastamento do convívio e o atendimento das necessidades específicas de cada situação.

Esse plano terá de ser feito em parceria com o Conselho Tutelar e, sempre que possível, com a equipe interprofissional da Justiça da Infância e da Juventude. O plano deverá incluir estratégias para desenvolvimento saudável da criança e do adolescente durante o período de acolhimento, com encaminhamento, se necessário, para serviços de saúde, educação, assistência social, esporte e cultura, além do acompanhamento da situação escolar, preparação para o mundo do trabalho e outros. O plano de atendimento também deverá priorizar medidas para reintegração familiar.

Acompanhamento da família original

O acompanhamento da situação familiar deverá ser iniciado imediatamente após o acolhimento, para que a equipe técnica possa, no menor tempo possível, avaliar a adequação da medida protetiva de acolhimento. Crianças e adolescentes que já estiverem recolhidos também deverão ter o acompanhamento da situação familiar.

Durante o período de acolhimento, o serviço deverá encaminhar relatórios para a Justiça da Infância e da Juventude, com periodicidade mínima semestral, para subsidiar o acompanhamento da situação jurídico-familiar de cada criança ou adolescente.

O acompanhamento das famílias poderá usar instrumentos como estudo de caso, entrevista individual e familiar, grupos com famílias, visita domiciliar, orientação individual — em grupo ou familiar — e encaminhamento de familiares à rede de apoio, para tratamentos e serviços como psicoterapia, tratamento de uso, abuso ou dependência de álcool e outras drogas, outros tratamentos na área de saúde, além de ações voltadas à geração de trabalho e renda e educação de jovens e adultos.

Articulação

Para o atendimento e acolhimento de crianças e adolescentes e de suas famílias, o marco regulatório prevê articulação intersetorial do plano nacional com o Sistema Único de Assistência Social (Suas), com o Sistema Único de Saúde (SUS) e com o sistema educacional. Também poderão participar da articulação os serviços de acolhimento, o Poder Judiciário, o Ministério Público, a Defensoria Pública e o Conselho Tutelar.

Projeto político-pedagógico

Os serviços de acolhimento deverão elaborar um Projeto Político-Pedagógico (PPP), que será revisto anualmente, destinado a orientar a proposta de funcionamento do serviço como um todo, tanto no que se refere ao seu funcionamento interno, quanto ao relacionamento com a rede local, as famílias e a comunidade.

O projeto de lei traz ainda parâmetros e diretrizes para seleção, acompanhamento, capacitação e formação continuada de todos os profissionais do serviço de acolhimento. São eles: abrigo institucional; casa-lar; família acolhedora; e república, cada um com objetivos e especificidades diferenciadas.

A criança ou adolescente ameaçados de morte poderão, de maneira excepcional, ser acolhidos em abrigos fora de seu município de residência, para evitar riscos à segurança do atendido.
Em todos os casos, os serviços de acolhimento que atendam crianças e adolescentes ameaçados de morte deverão atuar em articulação com programas específicos de proteção, como o Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente Ameaçado de Morte. Nesses casos, o encaminhamento para o serviço de acolhimento deve ser considerado apenas quando esgotadas alternativas que preservem seus vínculos familiares, como, por exemplo, a mudança de contexto domiciliar ou de cidade, acompanhado da família, de familiar ou de responsável.

O projeto determina, ainda, que a situação de todas as crianças e adolescentes já acolhidos deverá ser revista, de modo a garantir que todos estejam em acompanhamento.

Princípios e diretrizes da Política Nacional de Acolhimento de Crianças e Adolescentes
O afastamento familiar deve ser uma medida excepcional
Todos os esforços devem ser empreendidos para manter o convívio com a família nuclear ou extensa, em seus diversos arranjos, a fim de garantir que o afastamento da criança ou do adolescente do contexto familiar seja uma medida excepcional, aplicada apenas nas situações de grave risco à sua integridade física ou psíquica. Devem ser considerados o melhor interesse e o menor prejuízo para o desenvolvimento da criança.
O afastamento deve ser provisório
Quando o afastamento do convívio familiar for a medida mais adequada para se garantir a proteção da criança e do adolescente, esforços devem ser empreendidos pelo conjunto de órgãos públicos envolvidos em sua proteção para viabilizar, no menor tempo possível, o seu retorno seguro ao convívio familiar, prioritariamente na família de origem, e, excepcionalmente, em família substituta, sob as modalidades de adoção, guarda e tutela. A reintegração deverá ocorrer em até dois anos preferencialmente.
Vínculos familiares e comunitários devem ser preservados e fortalecidos
Os serviços de acolhimento devem preservar e fortalecer vínculos familiares e comunitários das crianças e dos adolescentes atendidos. Crianças e adolescentes com vínculos de parentesco não devem ser separados ao ser encaminhados para serviço de acolhimento, salvo se isso for contrário a seus interesses ou se houver claro risco de violência.
Respeito à diversidade e não discriminação
A organização dos serviços deverá garantir proteção e defesa a toda criança e a todo adolescente que precisem de acolhimento, devendo ser combatidas quaisquer formas de discriminação de crianças e adolescentes atendidos em serviços de acolhimento, e das famílias de origem, baseadas em condição socioeconômica, arranjo familiar, raça, cor, etnia, religião, nacionalidade, sexo, gênero, orientação sexual e identidade de gênero, ou, ainda, por serem pessoas com deficiência, que vivam com HIV ou AIDS ou outras necessidades específicas de saúde.
Atendimento personalizado e individualizado
Toda criança e todo adolescente têm o direito de usufruir de um ambiente que favoreça seu processo de desenvolvimento, que lhe ofereça, prioritariamente, segurança, apoio, proteção e cuidado. Atendimento em pequeno grupo e com espaços privados para os atendidos. Respeito à individualidade e à história de vida do jovem.
Liberdade de crença e religião
A liberdade religiosa de crianças e adolescentes deve ser respeitada tanto pelo serviço de acolhimento quanto por aqueles com os quais venham a manter contato em razão de seu acolhimento. Nenhuma criança ou adolescente deverá ser incentivado ou persuadido a mudar sua crença religiosa enquanto estiver sob acolhimento.
Respeito à autonomia da criança e do adolescente
Criança e adolescente sob acolhimento devem ter assegurado o direito de ter sua opinião considerada na tomada de decisões sobre sua situação própria, respeitado seu processo de desenvolvimento. Fortalecimento gradativo da autonomia da criança e do adolescente, com oportunidade de participar da organização do próprio cotidiano em acolhimento, por meio do desenvolvimento de atividades, tais como a organização dos espaços de moradia, limpeza, programação das atividades recreativas, culturais e sociais.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Leonardo Gonçalves casa em “segredo” e pega fãs de surpresa; confira

O cantor Leonardo Gonçalves pegou a todos de surpresa após fotos de seu casamento com a apresentadora Glauce Cunha do programa adventista Caixa de Música.

As redes sociais foram tomadas após a divulgação da foto do casamento na noite desta quinta-feira, 22. No instagram a cantora Laura Moreno parabenizou o cantor. “Viva o amor”, disse ela.
Logo em seguida, os fãs e admiradores do cantor foram para as redes sociais mostrar a alegria e surpresa com a notícia que pegou todo mundo de surpresa. JMnoticias

Leonardo Gonçalves já foi casado com a cantora gospel Daniela Araújo, os dois se separaram em 2015.

Confira o apresentador participando do programa da sua agora esposa Glauce:

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Missionário que viajou a ilha remota para pregar foi morto a flechadas por índios

 
Índios assassinaram a flechadas um missionário cristão que foi à ilha onde a tribo vive com a intenção de pregar o Evangelho a eles. Informações veiculadas na imprensa internacional indicam que o corpo do evangelista não pode ser recuperado.  O missionário John Allen Chau, 27 anos, viajou à ilha North Sentinel, localizada no Oceano Índico, com o propósito de levar a mensagem do Evangelho aos índios, que vivem isolados no território pertencente à Índia.
 
De acordo com a agência France Presse, a ilha é proibida para visitantes, mas o missionário teria ignorado a advertência sobre a hostilidade dos índios. “Ele tentou chegar à ilha North Sentinel em 14 de novembro, mas não conseguiu. Dois dias depois, ele se preparou melhor. Ele chegou de canoa à ilha”, disse uma fonte.

Numa carta endereçada aos pais, o missionário pediu que ficassem em paz se algo acontecesse a ele: “Vocês podem pensar que sou louco, mas acho que vale a pena declarar Jesus a essas pessoas. Por favor, não fiquem zangados com eles ou com Deus se eu morrer”, escreveu John Allen.

A morte do missionário foi descoberta quando pescadores viram seu cadáver numa das praias da ilha, flechado. Ele teria sido arrastado para a areia pelos índios com a ajuda de uma corda, presa ao pescoço, e abandonado no local. O jornal Andaman Sheekah informou que fontes disseram que o missionário já teria tentado contato com os indígenas hostis outras cinco vezes, e que seu corpo não teria sido resgatado por conta do alto risco.

A polícia trata o caso como homicídio, mas como os índios não podem ser responsabilizados, pois a legislação impede que o grupo que vive isolado seja tratado com o mesmo peso da lei que rege a civilização. Já os pescadores que levaram o missionário à ilha foram presos e deverão ser processados.

O caso está sendo acompanhado pela embaixada americana na Índia, e a entidade International Christian Concern, que assessora missionários e cristãos perseguidos, confirmou que John Allen havia viajado com apoio da organização, assim como em outras oportunidades, quando visitou pontos remotos do planeta.

 Veja imagens aéreas da ilha onde o missionário foi morto:

Como Ciro pretende liderar a oposição a Bolsonaro?

Jair Bolsonaro representa um risco muito grave para a nação brasileira.
Jair Bolsonaro não é um risco para a democracia.

As duas frases acima foram ditas por Ciro Gomes.

Os contextos diferentes não parecem justificar o cavalo de pau entre uma declaração e outra.
Na primeira, o então candidato do PDT estava em campanha e o oponente acabava de ser esfaqueado.
Na outra, proferida há poucos dias, dirigia-se a investidores.
Ciro terminou a campanha em terceiro lugar, com 12,5% dos votos.
No segundo turno, anunciou um não-voto a Bolsonaro, e só.
Petistas esperam até hoje um apoio mais enfático a Fernando Haddad.

Encerrada a eleição, o ex-governador do Ceará reservou mais pauladas ao PT do que a Bolsonaro, outrora chamado de grave risco à nação.
Disse ter sido traído por Lula, responsável por frustrar uma aliança entre ele e o PSB, e atribuiu aos petistas um “projeto de poder miúdo” e de “ladroeira”.
A artilharia ocorre no momento em que tenta articular um movimento que seja, ao mesmo tempo, oposição a Bolsonaro e uma alternativa à frente de esquerda encabeçada pelo PT – um movimento que espera unir nomes do PSB, PSDB, PPS e DEM que não pretendam aderir automaticamente à base do novo governo.

Até aqui, porém, a resistência desses partidos a Bolsonaro é tímida.
O DEM, por exemplo, já emplacou três ministros na nova composição, entre eles o titular da Casa Civil.
No PSDB, o que não falta é gente se aninhando para o lado bolsonarista.
João Doria, tucano que pediu votos a Bolsonaro no segundo turno e se elegeu governador em São Paulo, é o maior símbolo deste movimento, para desespero de Fernando Henrique Cardoso, a quem o futuro presidente gostaria de fuzilar.
Atual presidente da legenda, Geraldo Alckmin deu apenas uma indicação do futuro até aqui: vai dar aulas na Uninove.

Haddad, por sua vez, tem passado os dias compartilhando notícias e análises críticas a Bolsonaro.
Em uma delas, rabiscou uma resenha das séries Black Mirror e The Handmaid’s Tale, distopias que, segundo ele, dialogam com as “bozoaflições contemporâneas”. Como escreveu um amigo, parece não ter entendido o recado das urnas e “continua falando pro Não Existe Amor em São Paulo”.
Entre todos os oponentes de Bolsonaro na disputa, Ciro é quem menos levou tempo para enrolar os dardos. Falta entender a estratégia – que, até aqui, não encarna a verborragia da campanha. Pelo contrário.

Quem observa com atenção as cenas dos últimos capítulos aposta que Ciro está de olho nos eleitores descontentes do ex-capitão que prometia, de saída, um ministério sem nomeações partidárias e aliados sem imbróglios judiciais – algo que encontra dificuldade para cumprir, como se vê pela escolha do futuro ministro da Saúde investigado por Caixa 2 e fraude em licitação.
Quem acreditou na conversa “contra tudo o que está aí” pode se transformar em um potencial explosivo de decepção.

Para ganhar esse terreno, Ciro tenta adaptar o discurso ao sentimento antipetista sem chutar quem optou por um defensor da ditadura.
Os próximos capítulos prometem.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Vitória sobre o Grêmio mantém Flamengo com chances de título brasileiro

A luta continua. O Flamengo venceu o Grêmio, no Maracanã, na noite desta quarta-feira, por 2 a 0 e se manteve na briga pelo título do Campeonato Brasileiro de 2018. O Palmeiras também venceu seu jogo, em São Paulo, e se mantém na frente com cinco pontos. Faltando duas rodadas para o final, o Flamengo precisa vencer os dois jogos restantes e torcer por dois tropeços palmeirenses para ficar com a taça. Os gols foram marcados no segundo tempo, por Uribe e Diego. 

Precisando da vitória a qualquer custo, o Flamengo dominou o jogo desde o início, deixando ao Grêmio apenas a opção do contra-ataque. Perigoso, mas ineficaz e sempre repelido pela zaga rubro-negra. Dorival Junior começou com Rhodolfo na zaga, no lugar de Leo Duarte, poupado, e Diego na vaga de Paquetá, suspenso. A formação travou o tricolor gaúcho em seu campo. Um padrão conhecido do time, a posse de bola, não se fez presente. Os gremistas até ficaram mais com ela. Mas o Flamengo finalizou mais ao todo e no final foi mais objetivo para sair com a vitória. 

O jogo

O primeiro tempo foi todo do Flamengo. Uma pressão constante por 45 minutos onde a bola só não entrou por teimosia. Com um minuto, Diego lançou Uribe que chegou depois de Paulo Victor por segundos. Três minutos depois, Uribe chuta forte, mas a bola bate na zaga e não vai ao gol. O Flamengo tinha 62% de posse de bola e jogava sozinho. Everton Ribeiro tentou surpreender o goleiro gremista aos 11, mas a bola saiu por cima. Aos 21, a torcida gritou gol, mas a cabeçada de Uribe mandou a bola na trave. A melhor chance, porém, quem teve foi Renê. Vitinho fez ótima jogada e achou Cuéllar. O colombiano fez outra jogada melhor ainda, driblou dois e sem equilíbrio tocou para Uribe. O atacante dividiu com Paulo Victor e a bola sobrou limpa para Renê, que chutou por cima, na mais clara chance de gol do primeiro tempo. E os primeiros 45 minutos ficaram nisso. 

O gol que teimou em não sair no primeiro tempo apareceu logo no minuto inicial da etapa final. Após cruzamento de Everton Ribeiro, Réver cabeceou e Uribe, como um bom centroavante, soltou a bomba para abrir o placar. O gol incendiou o jogo e a torcida. O Grêmio não poderia mais ficar no contra-ataque e o panorama mudou. Mas o Flamengo ainda era mais perigoso e tinha as melhores chances. Aos 16, Diego cruzou, Réver cabeceou e Ramiro tirou em cima da linha o que seria o segundo gol. 

Em São Paulo, o Palmeiras fez o primeiro gol. E Vitinho mandou para longe o que seria o segundo do Fla. O Palmeiras ampliava e o Grêmio chegava. Marlos, Jean Lucas e Berrío entraram. Mas foi César, com uma defesa particular, mais uma, em cabeçada de Geromel, que salvou o gol que acabaria o campeonato. O melhor ainda estava por vir. Como um raio, Berrío disparou pela esquerda e cruzou para Diego, livre, marcar o segundo e fechar a conta. 

Vitória garantida, agora é descansar e se preparar para o jogo contra o Cruzeiro, no Mineirão, às 17h. É até fim, até o último minuto. http://www.flamengo.com.br

Verdão goleia Coelho no Allianz Parque e mantém vantagem na ponta da tabela

O Palmeiras recebeu o América-MG na noite desta quarta-feira (21), no Allianz Parque, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Alviverde bateu o rival mineiro por 4 a 0, com gols de Luan, Willian, Dudu e Deyverson - todos no segundo tempo. O Maior Campeão do Brasil ficou mais perto do título nacional, mas, apesar do triunfo com placar elástico, o Alviverde não o garantiu matematicamente (o Flamengo, que bateu o Grêmio no Maracanã, está na briga, com cinco pontos atrás do Verdão na tabela).

Com o resultado positivo, o Palmeiras foi a 74 pontos, liderando o certame. A diferença para o Flamengo é de cinco pontos (o Rubro-Negro tem 69). Restam duas partidas para o fim do campeonato: o Palmeiras enfrenta o Vasco, no próximo domingo (25) em São Januário (RJ) e, por fim, o Vitória-BA, no Allianz Parque.

O triunfo por 4 a 0 não garantiu o título brasileiro ao Palmeiras, mas fez com que o time ampliasse sua sequência invicta no Nacional, que agora já é de 21 jogos - esta série, aliás, é a recordista em toda a história dos pontos corridos (ou seja, a partir de 2003). A série atual no Brasileirão contempla 15 vitórias (Paraná, Vasco da Gama, Vitória, Botafogo, Chapecoense, Atlético-PR, Corinthians, Sport, Cruzeiro, São Paulo, Grêmio, Ceará, Santos, Fluminense e América-MG) e seis empates (América-MG, Internacional, Bahia, Flamengo, Atlético-MG e Paraná).

Hoje com 21 partidas invictas no Brasileirão, o Alviverde precisa de mais dois duelos sem derrota para igualar a próxima série a ser batida, de 23 jogos (imposta no Nacional de 1994 – a segunda maior da história). Como restam dois compromissos pela frente no Brasileirão 2018, é possível que a marca seja alcançada nesta edição. A série recordista do clube em Brasileiros pertence ao lendário time de 1972/1973, conhecido como Segunda Academia, que ficou por invencíveis 26 duelos sem saber o que é perder na competição nacional.

Nos aspectos individuais, o atacante Willian merece destaque: além do gol, ele é o jogador com mais atuações no ano e, hoje, engordou essa marca; são 67 duelos disputados em 2018. Vale lembrar que o camisa 29 é o principal artilheiro do time no torneio nacional, com dez bolas na rede.

Se Willian é o palmeirense com mais jogos na temporada, Lucas Lima é o jogador que mais atuou neste Campeonato Brasileiro, com 32 partidas (de 36 possíveis). Além de ser um dos jogadores mais assíduos da temporada, o camisa 20 também se destaca nas assistências, sendo o segundo maior garçom do time neste ano, com 11 passes a gol (atrás apenas de Dudu, com 17).

Já Dudu, que também foi um dos autores dos gols da partida desta quarta (21), acumula outro recorde curioso pelo clube. De forma isolada, Dudu é o maior garçom do grupo palmeirense na temporada, deixando seus companheiros cara a cara com o goleiro para marcar 17 vezes (considerando já a desta quarta, para Willian Bigode). Apenas pelo Brasileiro, o Baixinho é o número um no quesito, isolado, com 12 assistências, seguido de Ricardo Oliveira, do Atlético-MG, com sete passes no certame.

Com 25 gols marcados no Allianz Parque, o camisa 7 é o número um em gols na arena palmeirense, inaugurada em 2014. Vale lembrar que Dudu é ainda o atleta com mais partidas na casa alviverde (98 duelos), mais vitórias (70 triunfos) e maior garçom (24 assistências). Além disso, em todas as vezes em que balançou as redes no estádio, a equipe alviverde jamais foi derrotada. Na arena, aliás, Dudu esteve em campo em dois títulos do alviverde: a Copa do Brasil de 2015, contra o Santos, marcando duas vezes na decisão, e o Brasileiro de 2016, contra a Chapecoense.

E não são só os jogadores. O técnico Felipão também detém excelentes números no Verdão: nesta sua terceira passagem pelo clube, a partir de 2018, Felipão acumula 28 partidas: são 18 vitórias, sete empates e apenas três derrotas. Incluindo também suas duas passagens anteriores (de 1997 a 2000 e, depois, de 2010 a 2012), o treinador dirigiu a equipe, ao todo, em 436 ocasiões (210V, 118E e 108E) – apenas Oswaldo Brandão, com 585 jogos, comandou o Alviverde mais vezes ao longo da história.

Quando o assunto se restringe apenas ao Campeonato Brasileiro, Felipão já é o técnico que mais comandou o time pelo torneio nacional, hoje com 185 jogos. O próximo alvo é se tornar o técnico com mais vitórias na competição nacional: hoje possui 75 triunfos, contra 76 de Vanderlei Luxemburgo. Ou seja, se vencer mais uma partida no certame, o atual comandante palestrino se tornará o número 1 também neste ranking, ao lado de Luxa; algo que pode acontecer ainda nesta edição do Brasileiro.

Agenda

O Palmeiras volta a campo no próximo domingo (25), para enfrentar o Vasco, em São Januário (RJ), às 17h, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em seguida, o Alviverde encerra sua participação no certame nacional atuando diante do Vitória, em casa, no Allianz Parque, no outro domingo (02/12), também às 17h. http://www.palmeiras.com.br