A aproximação com Israel e Estados Unidos
está na prioridade das propostas de Jair Bolsonaro (PSL) para a
política externa. Em direção oposta, Fernando Haddad (PT) pretende
fortalecer alianças com a América Latina e com a África.
Em seu plano de governo, Bolsonaro
planeja dar “ênfase nas relações e acordos bilaterais” no Ministério das
Relações Exteriores. Ele ainda quer deixar de “louvar ditaduras
assassinas e desprezar ou mesmo atacar democracias importantes, como
EUA, Israel ou Itália”.
Em declarações públicas, Bolsonaro
manifestou interesse em se aproximar de Israel e EUA e prometeu que suas
primeiras viagens internacionais terão como destino os dois países. “A
primeira viagem minha, caso eleito, será para Israel. A segunda, para os
Estados Unidos”, disse em entrevista ao Jornal Hora Extra.
O candidato do PSL também afirmou que vai transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém, seguindo os passos do presidente dos EUA, Donald Trump.
Bolsonaro ainda afirmou que não
reconhece a Palestina como país, em entrevista ao jornal O Globo. “Essa
embaixada palestina sairia dali. A Palestina é país? Nada contra o povo
palestino. Quando estive em Israel, conversei com muitos palestinos,
porque trabalham, ganham quatro vezes mais do lado de cá. Palestina não é
um país”.
Venezuela e China
Bolsonaro pretende afastar as
relações entre Brasil e Venezuela afirmando que o país não pode admitir
“essa ideologia”. Sobre os imigrantes venezuelanos no país, o
presidenciável propôs a criação de um campo de refugiados.
“O Brasil não pode ser um país de
fronteiras abertas. A questão de acolhimento de venezuelanos é uma
coisa. Acredito que você poderia buscar a ONU para que crie campos de
refugiados para atenuar esse problema deles e da população”, disse ao
jornal O Globo.
Bolsonaro também sugeriu mudança nas relações com China, um dos países que mais perseguem cristãos
no mundo sob o regime comunista. O candidato pretende manter as
relações comerciais com o país, mas não quer permitir que a China ou
qualquer outro país em vez de comprar no Brasil venha comprar o Brasil”,
segundo entrevista à rádio Jovem Pan.
Ele esclareceu que não irá manter
relações com países sob regimes ditatoriais: “Deixaremos de louvar
ditaduras assassinas e desprezar ou mesmo atacar democracias importantes
como EUA, Israel e Itália. Não mais faremos acordos comerciais espúrios
ou entregaremos o patrimônio do Povo brasileiro para ditadores
internacionais”, disse em seu plano de governo
América Latina
Em seu projeto, Bolsonaro planeja
aprofundar a integração do Brasil com todos os países latino-americanos
“que estejam livres de ditaduras”. “Precisamos redirecionar nosso eixo
de parcerias”, destaca.
Ele reforçou o bilateralismo em
entrevista à TV Globo. “Conversei com Macri [presidente da Argentina]
por telefone esses dias aí. Ontem [sexta, 19], rapidamente por telefone
conversei com o presidente eleito do Paraguai, recebi a visita de três
senadores do Chile, que não está no Mercosul. Mas nós vamos buscar uma
forma de fazer comércio com toda a América do Sul, sem viés ideológico”.
O presidenciável acredita que “países
que buscaram se aproximar mas foram preteridos por razões ideológicas
têm muito a oferecer ao Brasil, em termos de comércio, ciência,
tecnologia, inovação, educação e cultura”, conforme seu plano. Informações Guiame