A Polícia Civil, através da Delegacia de Homicídios de
Niterói e São Gonçalo (DH), está apurando se a deputada federal
Flordelis foi vítima de extorsão por um preso que fingiu ser policial
para obter dinheiro da parlamentar. A delegacia descobriu que três
números utilizados pelo suspeito para contato com a deputada, estão no
nome de um detento preso no Complexo de Gericinó, Zona Oeste do Rio. As
informações são do jornal Extra.
No celular de Flordelis, apreendido no dia 17 de setembro, conversas
de WhatsApp apontam que o suposto policial disse ter informações
privilegiada sobre as investigações do assassinato do pastor Anderson do
Carmo, como a existência de uma testemunha-chave. As conversas
apontaram também que o falso policial chegou a oferecer uma “pessoa de
confiança” para tirar os filhos da parlamentar da prisão. A deputada,
porém, não respondeu à proposta.
Entre as conversas, o homem dá recomendações para a parlamentar como a
de chamar a imprensa para entrevistas e explorar o lado emotivo nelas.
Ele ainda citou que Flordelis deveria “deixar a emoção tomar conta”
durante a reconstituição do crime, que aconteceu no dia 24 de agosto, na
casa da deputada em Niterói.
Sobre a cobrança de dinheiro, o suspeito até chega a citar que não
queria qualquer retorno financeiro da deputada, mas afirma que a ideia
de cobrar pelas informações foi de um amigo que trabalharia na DH de
Niterói que estava endividado.
A assessoria de imprensa de Flordelis afirmou que as ligações
recebidas por Flordelis foram encaminhadas para a Polícia Federal e que
por se tratar das investigações que estão em andamento, a deputada não
faria outros comentários. PN